Baixe Adaptação dos Seres Vivos - Apostilas - Biologia e outras Notas de estudo em PDF para Biologia, somente na Docsity! SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................... ................................4 2 A ADAPTAÇÃO NOS SERES VIVOS .....................................................................4 3 SELEÇÃO NATURAL ......................................................................... .....................5 4 ADAPTAÇÕES DAS TARTATUGAS DE GALÁPAGOS ........................................6 5 CONCLUSÃO ......................................................................... .................................6 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................7 1 – INTRODUÇÃO Todos os seres vivos se adaptam a determinados ambientes, com características diferentes para que se misturem com o local e aumente as chances de sobrevivência. Essas adaptações não ocorrem por acaso e nem de uma hora para outra. Existem adaptações relacionadas a muitos aspectos da vida dos organismos. Algumas apresentam relação com os fatores não vivos, como o ar, a água, a luz. Outras dizem respeito à interação com outros seres vivos. Há aquelas ligadas à obtenção de energia para sobrevivência e as que influem na reprodução e na propagação da espécie. 2 – A ADAPTAÇÃO NOS SERES VIVOS O rato-canguru é um pequeno roedor que vive no deserto. Durante o dia, esconde-se em tocas profundas e relativamente frias, saindo apenas à noite em busca do alimento. As fezes desse rato são relativamente secas e seus rins produzem uma urina muito concentrada, com pouca água. Não possuem glândulas sudoríparas e, portanto, não suam. Nos desertos, o dia costuma ser muito quente e a disponibilidade de água é pequena. Escondendo-se de dia em tocas frias e perdendo pouca docsity.com água através de fezes secas e de urina concentrada, além de não suar, o rato-canguru consegue viver e se reproduzir no deserto. Diz-se, então, que ele está adaptado às condições desérticas, isto é, possui uma série de características que contribuem para a sua sobrevivência e reprodução naquele ambiente. Da mesma maneira, as raposas do Ártico estão adaptadas para viver naquele ambiente, onde o frio é muito intenso. Entre outras características, esses animais possuem muitos pêlos longos e lanosos e uma grossa camada de gordura sob a pele. Esses pêlos e a camada gordurosa dificultam muito as perdas de calor para o meio, contribuindo para a manutenção de temperatura do corpo. Mas ratos-cangurus provavelmente não sobreviveriam no Ártico, nem raposas-árticas no deserto. Na natureza, os seres vivos estão adaptados ao ambiente em que vivem. Num outro ambiente ou quando o ambiente em que vivem ocorre mudanças, as mesmas características que lhe eram favoráveis podem se mostrar inúteis e até mesmo prejudiciais. Por isso quando vemos informações através dos meios de comunicação que uma região vai ser inundada, por exemplo, para a construção de uma usina hidrelétrica e que o meio-ambiente sofrerá consequencias, estamos falando que os animais adaptados àquela região provavelmente irão morrer em razão da mudança de habitat e condições climáticas. 3 – SELEÇÃO NATURAL Em uma cidade inglesa chamada Manchester, em meados do século XIX, antes da industrialização da cidade, vivia mariposas de certa espécie: algumas claras e outras escuras. Mas o número de mariposas claras era muito maior. Depois que a cidade se industrializou, verificou-se o contrário: o número de mariposas escuras passou a ser muito maior. Antes da industrialização da cidade, o ar não era poluído. Não havia fuligem escura das fábricas, os troncos das árvores eram recobertos por liquens claros. Nesse ambiente de "fundo claro", as mariposas claras passavam mais despercebidas do que às escuras, quando posavam, por exemplo, numa árvore. Assim, pássaros insetívoros visualizavam melhor e devoravam mais as mariposas escuras. Daí, o grande número de mariposas claras em relação às escuras. A coloração clara era, portanto, uma característica favorável para as mariposas que viviam naquele ambiente. Mas veio a industrialização. E o ambiente mudou. A poluição praticamente eliminou os claros liquens que recobriam o tronco das árvores. A fuligem contribuiu para dotar o ambiente de um "fundo escuro". Nessa nova situação, eram as mariposas escuras que passavam mais despercebidas, as claras, facilmente identificadas pelos pássaros, eram mais devoradas. O número de mariposas escuras, então, se tornou maior e a sua coloração passou a representar a característica favorável. Pelo exposto acima, podemos concluir que as mariposas apresentavam uma variabilidade de cores: algumas eram claras e outras eram escuras. O ambiente atuou selecionando essa variabilidade: antes da industrialização da cidade, as mariposas claras eram as mais bem adaptadas ao meio, tinham maiores chances de sobreviver e de gerar um maior número de descendentes. Depois da industrialização da cidade, o ambiente mudou e o critério de seleção também mudou: as mariposas escuras é que passaram a ser as mais bem adaptadas ao meio. Chama-se seleção natural esse mecanismo de o ambiente selecionar os organismos que nele vivem. Os indivíduos portadores de características favoráveis têm maior chance de sobreviver e deixar descendentes férteis, enquanto os portadores de características desfavoráveis tendem a ser eliminados, pois terão menos chances. docsity.com