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Extração de Oleos de Sementes - Monografia - Engenharia Quimica - UFPR, Notas de estudo de Engenharia Química

Apostilas de engenharia quimica sobre o estudo da extração de oleos de sementes, propriedades, métodos de extração.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 05/03/2013

Roberto_880
Roberto_880 🇧🇷

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Baixe Extração de Oleos de Sementes - Monografia - Engenharia Quimica - UFPR e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! EXTRAÇÃO E COMPARAÇÃO DE ÓLEOS DE SEMENTES docsity.com Resumo A importância do consumo de óleos vegetais está diretamente ligada à nossa saúde, por isso estudos referentes às propriedades desses óleos vêm crescendo bastante nos últimos anos. Existem vários métodos de extração, mas um muito utilizado, é a extração por Soxhlet, que por refluxo, arrasta ácidos graxos separados de sementes por solvente orgânico. O solvente utilizado é o n -hexano que foi escolhido por ser menos volátil menos oneroso e apresenta a mesma eficiência do que outros solventes. Este trabalho tem como objetivo extrair óleo de semente de soja (Glycine max L. merr), gergelim (Sesamum indicum L.), castanha-do-pará (Bertholletia excelsa H.B.K.) e sementes de linhaça (Linum usitatissimum), através de solvente e comparar suas propriedades. O solvente, por sua vez, possui ponto de ebulição entre 65 - 69 oC, então, para manter a temperatura constante, é controlada uma quantidade de 150 a 190 gotas por minuto. Para a montagem do sistema, é necessário balão esmerilhado, ligado diretamente a ele, o Soxhlet propriamente dito e um condensador de bolas. Deve também ser executada a extração em capela e para aquecimento o mais indicado é a manta térmica. Com o óleo extraído, realizouse índice de Iodo pelo método W ijs que consiste na absorção de io do da amostra e assim determinação de insaturações, mostrando que a quantidade do índice de iodo contida no óleo de linhaça é superior as demais com 159,46; seguida pelas sementes de soja com 142,79; gergelim com 116,99; e castanha-do-pará com 104,38 g de iodo/ 100 ml da amostra. Também foram realizadas análises do índice de refração através do refratômetro, onde foram obtidos praticamente os mesmos resultados comparando as quatro sementes, o índice de refração determinado da soja foi de - 1, 474; da linhaça 1,480; do gergelim 1,471; e da castanha – do- para 1,471. Contudo, os óleos das sementes foram extraídos com sucesso, assim sendo, com analise de Wijs foi determinado que a quantidade de Iodo contida nos óleos das docsity.com 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES ................................................................................................ 26 3.3 EQUIPAMENTOS ............................................................................................................. 26 3.4 PRÉ TRATAMENTO DA AMOSTRA ................................................................................... 27 3.4.1 SECAGEM DAS SEMENTES ........................................................................................... 27 3.5 EXTRAÇÃO POR SOXHLET ............................................................................................... 28 3.6 ANALISES FISICO - QUÍMICAS ......................................................................................... 30 3.6.1 MÉTODO DE WIJS............................................................................................................ 30 3.6.1.1 PREPARO DAS SOLUÇÕES PARA O MÉTODO DE WIJS ................................................ 30 3.6.1.2 DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO ............................................................................ 30 docsity.com 7 3.6.2 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO .................................................................. 33 3.6.2.1 UTILIZAÇÃO DO REFRATOMETRO TIPO ABB .............................................................. 33 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................. 35 4.1 TABELA ........................................................................................................................... 35 4.2 TABELAS COMPARATIVA ................................................................................................ 35 5. DISCUSSÕES ..................................................................................................................... 37 6. CONCLUSÃO E SUJESTÕES ................................................................................................ 38 7. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................... 39 docsity.com 8 INDICE DE FIGURAS FIGURA 1 Estrutura de um Óleo................................................. .............................................13 FIGURA 2 Estrutura de uma Gordura........................................... ...........................................13 FIGURA 3 Gordura ou Óleo (Triacilglicerol)...................................... .....................................15 FIGURA 4 Biossíntese da LDL.......................................................... .......................................17 FIGURA 5 Lipoproteína de Alta Densidade ............................................................................18 FIGURA 6 docsity.com Resultados do volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação ............... 35 TABELA 6 Valo de Índice de Iodo para comparação ................................................... 36 TABELA 7 Valor do Índice de refração para Comparação............................................ 36 TABELA 8 Resultados do Índice de Refração .............................................................. 36 docsity.com 10 1. INTRODUÇÃO A maioria dos óleos vegetais em seu estado natural tem aplicações limitadas devido à sua composição química específica e seu baixo ponto de fusão, uma vez que as gorduras têm maior aplicação na formulação de produtos comerciais. Para ampliar sua utilização, os óleos vegetais são modificados qui micamente, pela hidrogenação ou interesterificação, ou fisicamente pelo fracion amento (PETRAUSKAITE et al., 1999). A interesterificação é atualmente o processo mais docsity.com importante para a modificação físico -química de óleos e gorduras (NOOR LIDA ET AL., 2002). Óleos e gorduras são interesterificados quimicamente na presença de um catalisador inorgânico, como metóxido de sódio (G IOIELLI, 1998). Lipídios estruturados podem ser definidos como triacilgliceróis reestruturados ou modificados para alterar a composição em ácidos graxos ou sua distribuição nas moléculas de glicerol, por métodos químicos, enzimáticos ou de engenharia genética (LEE, AKOH, 1998; OSBORN, AKOH, 2002). Os lipídios estruturados são normalmente obtidos por interesterificação. Sob a perspectiva de custo e aplicação em larga escala, a interesterificação química parece ser o método mais atrativo (W ILLIS, MARANGONI, 1999). Lipídios estruturados são normalmente misturas de triacilgliceróis modificadas para apresentar composição particular em ácidos graxos ou triacilgliceróis, a fim de obter alguma propriedade desejável, como o valor calórico reduzido ou o ponto de fusão alterado. Lipídios estruturados contendo ácidos graxos também podem apresentar características favoráveis quanto à resposta imune, síntese de eicosanóides e ações antiinflamatórias (AKOH, MOUSSATA, 1998). A industrialização de oleaginosas que são plantas vegetais que possuem óleos e gorduras que podem ser extraídos através de processos adequados, constitui-se num dos mais importantes setores do sistema agroindustrial, pel a importância de seus produtos nas indústrias siderúrgicas, de cosméticos e como matéria-prima no processamento de alimentos p ara o consumo animal e humano, (PARAÍSO apud BARBOSA 1998). Os óleos vegetais representam um dos principais produtos extraídos de plantas da atualidade e cerca de dois terços são usados em produtos alimentícios fazendo parte da dieta humana (REDA & CARNEIRO, 2007). docsity.com 12 2. EMBASAMENTO TEÓRICO 2.1 Óleos e Gorduras Do ponto de vista químico, verifica-se que os óleos são formados, principalmente, por ésteres de ácidos insaturados, enquanto as gorduras são formadas por ésteres de ácidos saturados. Uma conseqüência importante desse fato é a seguinte: hidrogenando (H 2 + Ni como catalisador) as duplas ligações existentes num óleo, podemos transformá -lo numa gordura. Esse é o principio de fabricação das margarinas a partir de óleos vegetais (FELTRE, 1994). Os óleos e gorduras são, por definição, substâncias que não se misturam com a água (insolúveis) e podem ser de origem animal ou vegetal. O óleo vegetal, que é o que dá origem aos óleos de cozinha, pode ser obtido de várias plantas, ou sementes, como os que estamos utilizando no trabalho que são soja, castanha do Pará, Gergelim e linhaça. Sua constituição química é composta por triglicerídeos, que são formados da condensação entre glicerol e ácidos graxos. A diferença entre gordura e óleo é tão somente seu estado físico, em que a gordura é sólida e o óleo é líquido, ambos a uma temperatura de até 20°C, ou seja, quando estão sob forma sólida são chamados de gorduras e quando estão sob forma líquida são chamados de óleos (SOLOMONS, 2002). Tanto óleos quanto gorduras são substâncias formadas a partir de ácidos docsity.com carboxílicos com cadeias carbonadas longas, conhecidos por ácidos graxos. Esses ácidos são, em geral, monocarboxílicos (apresentam apenas um radical carboxila: -COO”), e formam os chamados glicerídeos que, por sua vez, pertencem à família dos lipídios 5. Os ácidos graxos formadores dos óleos diferem dos formadores das gorduras por possuírem mais insaturações em sua cadeia. Devido a isso, os óleos possuem menor ponto de fusão e maior ponto de ebulição que as gorduras sendo, por isso, geralmente, líquidos na temperatura ambiente (± 20ºC). Já gorduras, nesta temperatura, são, geralmente, sólidas. Existem diferenças entre óleos provenientes de origem animal e os de origem vegetal. Óleos de origem animal, em geral, são docsity.com 13 mais densos que os óleos vegetais, devido ao menor número de insaturações da cadeia carbônica. Os óleos vegetais possuem de uma a quatro insaturações, isto é são caracterizados por apresentar ao longo da sua estrutura carbono (ligações duplas ou triplas), sendo líquidos à temperatura ambiente (figura 1); as gorduras são sólidas à temperatura ambiente, devido a sua constituição em ácidos graxos saturados, ou seja, apresentam ao logo da cadeia carbono (figura 2) (ALTANAN, 1958). Figura 1: Estrutura de um óleo Fonte: Solomons, 2006 Figura 2: Estrutura de uma Gordura Fonte: Solomons, 2006 docsity.com Manteiga de cacau Gorduras Banha de porco Animais Manteiga (leite) Sebo de boi (Fonte: Feltre, 1994) docsity.com 15 Os glicerídeos são alimentos muito importantes para nosso organismo. No estomago e no intestino existem enzimas denominadas lípases, que catalisam a hidrolise dos glicerídeos com a formação de glicerina e ácidos graxos. No metabolismo, nosso organismo de três destinos a glicerina e aos ácidos graxos formados:  Reagrupam-os em moléculas mais complexas, que constituirão as células, os tecidos etc;  Queima-os para obter energia, sendo interessante notar que os lipídios liberam 9 Kcal/g, energia superior a da queima dos carboi dratos e das proteínas, que é da ordem de 4 Kcal/g;  Guarda-os, na forma de novas moléculas, nos tecidos adiposos no organismo (fato que ocorrendo em excesso leva uma pessoa a engordar). A gordura é o material reserva do nosso organismo; sua queima, contudo , é mais difícil do que a dos carboidratos, pois estes têm moléculas mais simples que a dos lipídios (FELTRE, 1994). docsity.com 2.2.2 Triglicerídeos Os triglicerídeos e os ácidos graxos apresentam reações de particular importância que são utilizados em muitos métodos analíticos e nos processos de industrialização dos óleos e gorduras. Os triacilgliceróis são compostos insolúveis em água e a temperatura ambiente e possu em uma consistência de líquido para sólido (figura 3). Figura 3: Gordura ou Óleo (Triacilgliceróis) Fonte: http://www.dbm.ufpb.br/DBM_bioquimica_monitoria.htm docsity.com 17 O colesterol não precisa ser digerido para ser absorvido. Porém, é importante saber que a maior parte do colesterol do organismo é produzida pelo próprio organismo, sendo apenas 25% proveniente da dieta. 2.3.2 Metabolismos das gorduras e do colesterol Após a digestão, a próxima é etapa é a absorção. As g orduras e o colesterol não se dissolvem em água ou mesmo no sangue. Ocorre que o organismo lança proteínas carregadoras que embalam as gorduras e as transportam pelo sangue até os tecidos. Existem 02 tipos principais destas proteínas: 2.3.2.1 LDL (Low Density Lipoprotein) Do inglês, Low Density Lipoprotein, que significa lipoproteína de baixa densidade, essas partículas são as principais transportadoras de lipídios. Parte do LDL é metabolizada no fígado e utilizado para fabricar membranas celulares. Após ser absorvido pel o intestino, o colesterol é transportado até os tecidos sob a forma de LDL. O excesso de colesterol no sangue ocorre oxidação e ele começa se depositar na parede das artérias, causando aterosclerose. Por isso o LDL é chamado de colesterol “ruim”. Figura 4: Biossíntese da LDL (Fonte: Site Infoescola) docsity.com 18 2.3.2.2 HDL (High Density Lipoprotein) Do inglês, High Density Lipoprotein, HDL significa lipoproteína de alta densidade. As HDL são as principais transportadoras de fosfolipídios. Quando estão circulando na corrente sanguínea, elas captam parte do colesterol que está em excesso no sangue e o transporta até o fígado. No fígado, ele é convertido em bile. Figura 5: lipoproteína de Alta Densidade. Fonte: Site Infoescola Alguns especialistas acreditam que o HDL remove o colesterol que está depositado nas placas que causam aterosclerose, fazendo com que a formação dessas placas seja mais lenta e também que a ingestão de óleos vegetais insaturados aumenta a produção de HDL e mantém os níveis de colesterol normais. Por esse motivo o HDL é chamado de “bom” colesterol. 2.4 Ácidos Graxos e suas funções Quimicamente, ácidos graxos são cadeias longas e são os principais componentes dos óleos e gorduras. Estes compostos são constituídos por átomos de carbono e hidrogênio (cadeia hidrocarbonada) e um grupo carboxila. Um ácido docsity.com graxo possui um grupamento carboxila na extremidade polar e uma cadeia de hidrocarbonetos na cauda apolar. Quando estes ácidos graxos possuem apenas ligações simples entre os carbonos da cadeia hidrocarbonada, são denominados de ácidos graxos saturados, ocorrendo uma ou mais duplas ligações serão denominados de insaturados docsity.com 10 20 66 0 Milho 13 24 60 0 Azeite de Oliva 13 72 8 docsity.com 0 Soja 16 44 37 0 Amendoim 17 49 32 0 Palma (dendê) docsity.com 50 37 10 0 Coco 87 6 2 0 Fonte: Site Banco de Saúde docsity.com todos os óleos e gorduras, sendo componente dominante no óleo de oliva, alcançando níveis de até 75%. Em gordura animal o seu teor é superior a 40%. docsity.com 21 2.4.1 Omega 3 O Omega 3 é uma dessas gorduras conhecidas como ácido graxo essencial, muito importante para uma boa saúde. O corpo humano não é capaz de produzir, tendo que obtê-lo da alimentação. Varias pesquisas vem demonstrando os benefícios do omega 3 para o coração e todo si stema circulatório, seus benefícios incluem também atividade antiinflamatória, atividade anti-trombos (entupimento dos vasos sanguíneos), redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos e redução da pressão arterial. Os benefícios do Omega 3 estendem-se para a redução do risco de desenvolver diversas doenças, como diabetes, acidente vascular cerebral (derrame), artrite reumatóide, asma, síndromes inflamatórias intestinais (colites), alguns tipos de câncer e declínio mental. Alguns estudos também indicam que o Omega 3 traz benefícios para o humor, o aprendizado e para o sistema imunológico. Apesar de os benefícios do ômega 3 serem comprovados cientificamente, ainda não se sabe que efeitos podem provocar no organismo a longo prazo se consumido altas doses. Atualmente ele é largamente comercializado nas farmácias na sua forma concentrada em cápsulas, algo que ainda não foi avaliado pela ciência. 2.5 Descrições das Sementes e de seus Derivados Aqui serão realizadas extração e comparações físico -químicas de óleos de docsity.com sementes de soja, gergelim, castanha do Pará e sementes de linhaça que serão descritas: 2.5.1 Soja A Soja (Glycine Max L.) Merr., é extraída de uma leguminosa domesticada pelos chineses a cerca de cinco mil anos. Sua espécie mais antiga, a soja selvagem, crescia principalmente nas terras baixas e úmidas, nas proximidades dos lagos e rios da China Central. Há três mil anos a soja se espalhou pela Ásia, e a partir de docsity.com 23 2.5.3 Castanha - do - Pará Pesquisas recentes indicam que ingerir uma castanha -do-pará (Bertholletia excelsa H.B.K.) diariamente pode ser um poderoso suplemento alimentar, graças à alta concentração de selênio, o mineral antioxidante que protege o organismo dos efeitos dos radicais livres. É isso que aponta um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, que comprova que a ingestão diária de duas castanhas pode elevar em 65% a quantidade de selênio na corrente sanguínea. Outro levantamento recente, feito pelo Laboratório de Minerais da USP (Universidade de São Paulo), recomenda o consumo de 55 microgramas de selênio por dia, em consonância com as sugestões internacionais RDA (Recommended Dietary Allowances) de 55 a 70 microgramas de selênio, o que sugere que o consumo de uma cas tanha por dia atenderia as exigências diárias desse importante mineral. Em termos práticos, a noz é capaz de prevenir e reduzir a incidência de câncer, colesterol, doenças do coração e neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, além de fortalecer o si stema imunológico (REVISTA ÓLEOS E GORDURAS, ano XII). 2.5.4 Linhaça As sementes de linhaça (Linum usitatissimum) são ricas em ácidos graxos essenciais, fibras e compostos fenólicos, que exercem atividade antioxidante. A linhaça (Linum usitatissimum L.) é a semente do linho, planta pertencente à família das Lináceas, que tem sido cultivada há cerca de 4000 anos nos países docsity.com mediterrâneos. É uma semente com várias aplicações, podendo ser usada como matéria-prima para produção de óleo e farelo. O óleo é usado pel as indústrias na fabricação de tintas, vernizes e resinas, já o farelo é vendido para fábricas de rações animais (GALVÃO et al, 2008). Até as duas primeiras décadas do século XX, a extração industrial de oleaginosas se fazia, exclusivamente pelo uso de pre nsas. As prensas, embora extraíssem um óleo de muito boa qualidade, deixavam resíduos no material sólido (torta) superiores, por exemplo, a 5% para grãos como o de soja. Tais resíduos além de implicarem em perda de óleo, afetavam a qualidade da torta, que é também um docsity.com 24 dos produtos efluentes do extrator. A extração por solvente, por outro lado, é capaz de retirar o óleo, deixando resíduos inferiores a 1% (CUSTODIO, 2003). Assim este trabalho tem como objetivo, extrair óleo d e sementes e comparar suas propriedades e quantidades extraídas, através de solvente. Os óleos extraídos são substâncias insolúveis em água (hidrofóbicas), que na temperatura de 20° C exibem aspecto líquido. As gorduras distinguem-se dos óleos por apresentar um aspecto sólido à temperatura de 20° C. São formados predominantemente por triglicerídios, compostos resultantes da condensação entr e um glicerol e ácidos graxos. Além dos óleos de origem vegetal (oleaginosas), existem os óleos de origem animal e microbiana. 2.6 Extração por Solvente A extração por solvente, desde seu surgimento, mostrou -se o modo mais interessante de se extrair óleos vegetais de suas matrizes. O sucesso do processo a solvente está em sua capacidade de reduzir a níveis bastante baixos, o resíduo de óleo presente em materiais oleaginosos. O solvente que se estabeleceu desde o início do processo a solvente foi à fração hexana do petróleo, que além de vir de uma fonte não-renovável de matéria prima, traz consigo os infortúnios atrelados ao mercado do petróleo, sendo ainda tóxico e Inflamável (CUSTODIO. 2003). Na extração por solvente orgânico, o farelo obtido apresenta teor de óleo docsity.com 26 3. Materiais e Métodos 3.1 Aquisições das Amostras As sementes de gergelim, linhaça e soja foram adquiridas a granel, na loja de produtos naturais Grãos da Terra, a semente de castanha -do-pará foi embalada pela empresa Estrela do Oriente e adquirida no Semar Supermercados, ambos na cidade de Suzano. 3.2 Reagentes e soluções Os reagentes e solventes utilizados neste trabalho, seus respectivos fabricantes e grau de pureza estão apresentados na Tabela 1.1. TABELA 2.: Reagentes e solventes utilizados. Reagente Fabricante Grau de pureza Hexano Synth docsity.com P.A. Álcool etílico Embalagem do Desconhecido laboratório Água destilada Destilador do laboratório Desconhecido 3.3 Equipamentos TABELA 3: Equipamentos utilizados. Equipamento 2 Aparelhos de Soxhlet Especificação Cientifica/Pyrex docsity.com Almofariz Balança analítica Gehaka capacidade máxima 199,99 g Balão de fundo chato Pyrex 250 ml Balão de fundo chato Classe A 300 ml docsity.com processo, ao passo que a umidade impede a retira do óleo contido na semente devido as suas forças intermoleculares. As amostras foram secas em estufa à 105ºC por 90 minutos e em seguida foram levadas ao dessecador . docsity.com 28 3.5 Extração por Soxhlet Inicialmente pesou-se, aproximadamente, 20,0976 g de amostra de soja, 20,1820 g de gergelim, 20,1102 g de castanha -do-pará e 20,0234 g de linhaça na balança analítica, utilizando o Becker como recipiente. Posteriormente, dobrou -se um papel de filtro no formato de um cartucho e transferiu -se o resíduo seco do alimento para o cartucho de papel, de modo que a amostra não tivesse contato com o meio externo. Após, pesou-se o balão previamente seco em estufa a 105º C. Dentro da capela, com o exaustor ligado, foram transferidos 150 mL de solvente hexano para o balão com o auxílio da proveta. Montou -se o sistema e colocou-se a amostra devidamente preparada no cartucho de Soxhlet e acoplou -a este no aparelho, onde a extremidade superior foi a coplada ao condensador de bolas conforme mostra figura 6. Figura 61:: Sistema Pré Montado ontado no Processo de Extração por Soxhlet. Figura Sistema Pré- mno processo de Extração Para a realização do experimento foi inicialmente montado um sistema experimental do tipo Soxhlet. O sistema continha um Balão volumétrico, um aparelho de Soxhlet, um condensador de bolas, uma manta de aquecimento e duas docsity.com mangueiras, tudo ligado a um suporte universal. docsity.com foi uma balança analítica GEHAKA AG-200. Com auxilio de uma pipeta volumétrica, adicionou-se em cada erlenmeyer identificado 10 mL hexano e utilizando outra pipeta volumétrica acrescentou-se 20 mL de solução de Wijs formando uma solução de coloração âmbar . O recipiente foi tampado e cuidadosamente agitado com movimentos rotacionais para uma perfeita homogeneização da solução, em seguida deixado em repouso ao abrigo da luz durante trinta minutos. docsity.com 31 Após este período, foi retirado o erlenmeyer e adicionou -se 10 mL de iodeto de potássio a 15%, e 100 mL de água destilada fervida e resfriada, fazendo com que a coloração passasse para marrom. Depois de agitado, foi acrescentado 2 ml de solução de amido solúvel a 0,5 %, agitado novamente a coloração mudou pra azul escuro. Figura 8: Inicio da Titulação. Em seguida utilizando uma bureta de 50 ml iniciou-se a titulação com tiossulfato de sódio 0,1 M (padronizado); com movimentos constantes a mistura de azul ficou incolor, indicando o ponto de viragem. Figura 9: Ponto de viragem. docsity.com 32 O mesmo procedimento foi realizado para todas as amostras. Figura 10: Final da titulação. Também foi realizada uma determinação em branco. Todos os valores da massa da amostra e volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação da amostra e na titulação da prova em branco foram anotados, e utilizados no seguinte cálculo para determinação d e índice de iodo: Cálculo: I .I  ( B  A) xfx1,27 P Sendo: B = nº de mL de Solução de Tiossulfato de Sódio 0,1M gasto na titulação do branco. A = nº de mL de Solução de Tiossulfato de Sódio 0,1M gasto na titulação da amostra. f = fator de correção da solução de Tiossulfato de Sódio 0,1M (f=1,12) P = nº de gramas da amostra. docsity.com 34 Figura 11: Refratômetro Abbe Digital de Bancada - Q767BD (NOVA). docsity.com 35 4. Resultados e Discussões 4.1 Tabela Tabela 4: Resultados do Índice de Iodo. Média do índice de iodo Amostra (cg de iodo/ g da amostra) Soja 142,7935 Gergelim 116,9918 Linhaça 159,4644 docsity.com Castanha-do-pará 104,3760 Tabela 5: Resultados do volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação Amostra Volume (ml) de tiossulfato de sódio gasto na titulação Soja Gergelim 11,4 Linhaça 6,3 Castanha-do-pará 16,2 Prova em branco docsity.com 36 Tabela 7: Valor de Índice de refração para comparação. Amostra Índice de refração ou nD Óleo de linhaça 1,477 - 1,482 Óleos de gergelim 1,465 - 1,469 Óleos de soja 1,465 - 1,475 Óleos de castanha – do – Pará 1,464 - 1,468 Valores para Comparação Disponível no Site Campestre docsity.com Tabela 8: Resultados do Índice de refração adquirido s. Óleos analisado Índice de refração ou nD Óleo de linhaça 1, 4805 Óleos de gergelim 1, 4667 Óleos de soja 1, 4738 Óleos de castanha – do – Pará 1, 4665 docsity.com 37 5. Discussão Com o método de Wijs realizou-se a analise do Índice de Iodo, onde o óleo de linhaça apresentou a Maior concentração, com 159,4644 Cg de iodo/ 100g da amostra; a soja apresentou 142,7935 Cg de iodo/ 100g da amostra ; o Gergelim continha 116,9918 cg de iodo/ 100g da amostra; e a castanha obteve o menor índice, com 104,3760. Esse método demonstra níveis de insaturações de amostras de óleo, já que a quantidade de insaturações é proporcional ao seu índice de Iodo. Isso most ra a importância e características de cada óleo nesse aspecto . O índice de refração é uma propriedade física das substâncias. Ele é utilizado para indicar e caracterizar o meio ou para indicar a pureza do mesmo. Esse índice também pode ser usado para indic ar a concentração das substâncias, já que ele varia com a concentração, é definido como sendo razão entre a velocidade da luz no vácuo e na substância analisada. Essa velocidad e depende do meio em que ela está se propagando, ou seja, quanto mais bem organizadas estão as moléculas, mais difícil a passagem de luz e vice versa. A análise do índice de refração é muito sensível ao estado físico em que a substância se encontra, depende ainda da pressão da temperatura. A densidade relativa pode ser comparada ao índice de refração de amostras diferente de uma mesma substância e não de amostras de substâncias diferentes, pois as partículas mudam de acordo com o meio e, o índice de refração depende da organização das mesmas e não do tipo. docsity.com 39 7. Bibliografia AKOH, C.C.; MOUSSATA C.O. Lipase-catalysed modification of borage oil: incorporation of capric and eicosapentanoic acids to form a structured lipid . J. Amer. Oil Chem. Soc., v.75, n.6, p.697-701, 1998. ALTANAN, Reinout. F. A. A exploração industrial de sementes oleaginosas Amazônicas. INPA, 1958, 24p. (INPA, química publicação, 004). Analytica, Fevereiro/Março, n° 27, p. 60 a 67. 2007. 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