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Manutenção e Operação de Bombas Centrífugas - Apostilas - Engenharia Mecânica, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

Apostilas de Engenharia Mecânica sobre o estudo da Manutenção e Operação de Bombas Centrífugas, Identificação de uma bomba centrífuga, Curvas características, Cavitação.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 11/06/2013

Salome_di_Bahia
Salome_di_Bahia 🇧🇷

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Baixe Manutenção e Operação de Bombas Centrífugas - Apostilas - Engenharia Mecânica e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! Manutenção e Operação de Bombas Centrífugas EE = | E 1 Ff Fr ir7 pet eae Lt mengo di Vo os TELS be TE : Sumário página 3 Definição de bombas 5 Bombas centrífugas 22 Forças atuantes 23 Identificação de uma bomba centrífuga 24 Curvas características 26 Cavitação 29 Alinhamento 33 Transporte 34 Instalação 36 Tubulações de sucção e recalque 37 Operação 39 Conservação 39 Manutenção 40 Manutenção preditiva 41 Manutenção preventiva 42 Manutenção corretiva 42 Inspeção e reparo de componentes 44 Itens de troca obrigatória 45 Questionário Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 5 BOMBAS COM ROTOR EM BALANÇO Monobloco Mancalizada Sucção frontal / Descarga vertical Em linha (in line) Em linha (in line) Com cavalete / suporte Em linha de centro (API 610) Bomba de poço / vertical BOMBAS COM ROTOR ENTRE MANCAIS Simples estágio Múltiplos estágios Bi-partidas simples Bi-partidas simples Bi-partidas axiais Bi-partidas axiais Bombas Centrífugas: São as mais utilizadas pela indústria em geral. Quaisquer processos que exigem movimentação de fluidos, essa movimentação é feita geralmente por uma bomba centrífuga. São classificadas de acordo com sua configuração mecânica, tipos de rotores, montagem e quantidades de estágios. Configuração mecânica: Com rotor em balanço: Neste grupo de bombas o rotor, ou rotores, são montados na extremidade posterior do eixo de acionamento que, por sua vez, é fixado em balanço sobre um suporte de mancais. Este grupo de bombas é subdividido em bombas monobloco, onde o eixo da bomba é o próprio eixo do motor acionador e não “mancalizada”, onde eixos de acionamento (da bomba) e acionador (do motor) são distintos. Com rotor entre mancais: São bombas com rotor, ou rotores, montados no centro do eixo, apoiados por mancais nas extremidades. Este grupo é subdividido em simples e múltiplos estágios Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 6 Bi-partido axialmente Bi-partido radialmente Rotor tipo turbina (verticais): Estas bombas podem ser subdivididas em bombas de poço profundo, bombas tipo barril, múltiplos ou único estágio, rotores radiais ou semi-axiais, bombas submersíveis para poços artesianos, etc. Tipos de rotores: Rotores podem ser radiais, axiais ou semi-axiais: Montagem: Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 7 Quantidades de estágios: Bombas multi-estágios são bombas que possuem mais de um rotor, com a finalidade de aumentar a pressão (altura manométrica total). O número de estágios depende do número de rotores. Bombas de simples estágio são bombas que possuem apenas um rotor. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 10 Rotor: Rotor ou impelidor é o componente giratório, dotado de pás que tem a função de transformar a energia mecânica de que é dotado em energia de velocidade e energia de pressão. Quanto a outras classificações podem ser: - fechado - semi-aberto - aberto Rotor fechado: são os mais utilizados e apresentam maiores rendimentos em operação que os demais. Rotor semi-aberto: são utilizados para bombeamento de fluidos com partículas sólidas. Rotor aberto: são utilizados para bombeamento de fluidos com grandes partículas sólidas e massas pesadas. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 11 Alguns tipos de rotores especiais: Exemplos de aplicação dos rotores: CARACTERÍSTICA DO FLUIDO TIPO DE ROTOR Fluidos limpos com baixo conteúdo de sólidos em suspensão e de diâmetros limitados. Rotor fechado, semi-aberto ou aberto Fluidos viscosos sem sólidos Rotor fechado, semi-aberto ou aberto Fluidos viscosos com sólidos Rotor semi-aberto ou aberto. Verificação da passagem máxima de sólidos Fluidos com sólidos de tamanho elevado Rotor fechado de uma pá Massa acima de 3%, esgoto bruto Rotor aberto Caldo de cana Rotor fechado Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 12 Simples Espiral Circular Dupla Espiral Combinada com Circular e Espiral Simples Corpo espiral: Completa a transformação da energia cinética em energia de pressão, além de conter o líquido bombeado. Tipos de carcaça: Difusor: São utilizados em bombas multi-estágios e servem para direcionar o fluido para o próximo estágio. difusor rotor Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 15 Caixa de selagem: A caixa de selagem tem como principal objetivo proteger a bomba contra vazamentos nos pontos onde o eixo passa através da carcaça. Os principais sistemas de selagem utilizados em bombas centrífugas são: - Gaxetas - Selo mecânico. Gaxetas: Podemos definir gaxetas como um material deformável, utilizado para prevenir ou controlar a passagem de fluidos entre duas superfícies que possuam movimentos, uma em relação à outra. Gaxetas são construídas de fios trançados de fibras vegetais (juta, rami, algodão), ou fibras sintéticas. De acordo com o fluido a ser bombeado, temperatura, pressão, ataque químico, etc., determina-se um ou outro tipo de gaxeta. A função das gaxetas varia com a performance da bomba, ou seja, se uma bomba opera com sucção negativa, sua função é prevenir a entrada de ar para dentro da bomba. Entretanto, se a pressão é acima da atmosférica, sua função é evitar vazamento para fora da bomba. Para bombas de serviços gerais, a caixa de gaxetas usualmente tem a forma de uma caixa cilíndrica que acomoda um certo número de anéis de gaxeta em volta do eixo ou da luva protetora do eixo. A gaxeta é comprimida para dar o ajuste desejado no eixo ou na luva protetora do eixo por um aperta gaxetas que se desloca na direção axial. Vedações de eixo por gaxetas necessitam de um pequeno vazamento para garantir a lubrificação e a refrigeração na área de atrito das gaxetas como eixo ou coma luva protetora do eixo. Geralmente entre os anéis de gaxetas, faz-se a utilização de um anel cadeado ou anel lanterna. Sua utilização se faz necessária, quando, por exemplo, o líquido bombeado contiver sólidos em suspensão, que poderão se acumular e impedir a livre passagem de líquido e impedindo a lubrificação da gaxeta. Com isto, ocorrerá o desgaste excessivo no eixo e na gaxeta por esmerilhamento. Este sistema consiste na injeção de um líquido limpo na caixa de gaxetas. Este líquido chega até os anéis de gaxetas através de um anel perfurado chamado de anel cadeado. Este líquido pode ser o próprio fluido bombeado injetado sobre o anel cadeado por meio de furações internas ou por meio de uma derivação retirada da boca de descarga da bomba. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 16 Recomendações para substituição das gaxetas: Gaxetas deverão ser substituídas quando apresentarem vazamentos excessivos que não são possíveis de controlar através do ajuste da sobreposta. 1. Remover os anéis de gaxetas velhos e o anel cadeado com auxílio de uma ferramenta em forma de gancho ou espiral. Tome a precaução de fechar o registro de recalque, pois ao soltar a sobreposta, as gaxetas ficam livres e o peso da coluna do fluido bombeado, pode afastar bruscamente os anéis de gaxetas, fazendo com o fluido bombeado cause acidentes. 2. Limpe a caixa de selagem e o eixo (ou luva protetora). Observe as condições de rugosidade, deformação e desgaste da caixa e do eixo (ou luva). A rugosidade não deve ser maior de 0,8 µm. 3. Quando possível, faça o controle dimensional da caixa de selagem. As tolerâncias recomendadas são: - Folga entre a sobreposta e o eixo (Fse) = de 0,40 a 050 mm - Folga entre a sobreposta e a caixa (Fsc) = de 0,25 a 0,30 mm - Batimento radial (empenamento) máximo do eixo = 0,025 mm Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 17 4. Conferir a bitola correta da gaxeta pela fórmula: Ø da caixa – Ø do eixo 2 5. Conferir o número correto de anéis de gaxeta e a posição do anel lanterna. Nº de anéis = profundidade da caixa de gaxetas bitola da gaxeta 6. Utilizar uma fita de PTFE “veda-rosca” ou fita crepe em volta no local da gaxeta onde será efetuado o corte, de modo que as fibras não se abram. 7. O comprimento dos anéis pode ser determinado através das fórmulas: L = (1,3 x S + D) x 3,14 (para bitolas até ½”) L = ((1,3 x S + D) x 3,14) + (S para bitolas acima de ½”) L = comprimento do anel S = bitola da gaxeta D = diâmetro do eixo ou da luva protetora. 8. Efetuar o corte dos anéis com um dispositivo de corte a 45º (para bitolas de até ½”) ou 90º (para bitolas acima de ½”). No caso de corte a 45º, fazer com que no fechamento do anel, os cortes se fechem. 9. Lubrificar os anéis um a um. Nunca utilizar graxa, utilizar um lubrificante compatível com a utilização, exemplo óleo mineral, vaselina ou silicone. 10. Com auxílio de uma ferramenta específica ou da própria sobreposta, empurre um anel de cada vez até o fundo da caixa. 11. Instalar os anéis de tal forma que fiquem defasados a 90º entre si. Sempre no último anel junto a sobreposta, a emenda deverá estar virada para baixo, evitando que o gotejamento gire junto com o eixo, formando um chuveiro. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 20 Suporte do mancal / Cavalete: Sua função é alojar os mancais que suportam as forças axiais e radiais. Nas bombas mono-estágios algumas bombas podem apresentar o sistema “back-pull-out” (saída para trás), que permite a retirada do cavalete e o conjunto girante sem desconectar a tubulação de recalque e sucção. Para aproveitar melhor esse recurso, usa-se o acoplamento com um espaçador de no mínimo 100 mm, assim também não será preciso soltar o motor elétrico, não perdendo o alinhamento entre os eixos do motor e da bomba. Acoplamento com espaçador Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 21 Rolamentos de esfera de uma ou duas carreiras Rolamento de rolos cilíndricos Rolamentos de esferas de contato angular (montados em tandem) Rolamentos de esferas de contato angular Rolamentos autocompensadores de esferas Montagem em O Montagem em X Mancais / Rolamentos: Suportam os esforços axiais e radiais resultantes da ação da força centrífuga do equipamento. Qualquer desalinhamento, por menor que seja, reflete na operação e vida útil deste componente. Usualmente o ajuste dos diâmetros alojamentos dos rolamentos é H7. Rolamentos de esferas de uma ou duas carreias de esferas, suportam bem cargas radiais e pequenas cargas axiais. Rolamentos auto-compensadores de esferas, suportam bem cargas radiais e pequenas cargas axiais. Rolamentos de rolos cilíndricos suportam somente cargas radiais. Rolamentos de esferas de contato angular, montado em tandem, suportam cargas axiais somente em uma direção. Rolamentos de esferas de contato angular, montado em O ou X suportam cargas axiais nas duas direções. O mais comum de se encontrar em rolamentos de contato angular, é a montagem em O. Todos os rolamentos utilizados em bombas centrífugas são de classe de folga radial C3. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 22 Forças atuantes: Quando bombas centrífugas estão em operação, surgem forças radiais e axiais sobre o rotor e conseqüentemente sobre todo o conjunto girante. Estas forças devem ser devidamente compensadas ou reduzidas, de forma a termos uma vida útil maior do equipamento e principalmente dos mancais das bombas. Força Radial: As forças radiais, na tecnologia das bombas centrífugas, envolvem as forças radiais hidráulicas geradas pela interação entre rotor e carcaça ou difusor da bomba. O meio mais empregado para a redução da força radial em bombas centrífugas é a alteração do corpo espiral: Força Axial: São forças geradas através do desequilíbrio causado pela diferença de pressão no rotor. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 25 Zona Ideal de Operação H Q 20 40 60 80 100 0 100 200 300 400 500 Q m3/h 6257 67 ø361 ø380 ø417 47 77 72 ø400 74,5 78 ø345 ø330 77 74,5 Rend.: 77% Rotor: 390mm Q = 300m3/h H = 70mca Operação fora da condição de rendimento máximo: Curvas de catálogo: Exemplo de uma curva de performance de uma bomba Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 26 0 10 0 100 200 300 400 500 N P S H m ø417 NPSHr: 3,5mca 0 50 100 150 200 0 100 200 300 400 500 N c v ø400 ø230 ø417 ø361 ø220 ø380 N: 100CV Exemplo de uma curva de NPSHr de uma bomba Exemplo de uma curva de potência de uma bomba Cavitação: A bomba centrífuga requer na sua entrada (sucção) uma pressão suficiente para garantir o seu bom funcionamento. Caso essa pressão seja demasiadamente baixa, atingindo a pressão de vapor, haverá a formação de vapor. As bolhas de vapor são conduzidas pelo fluxo até atingir pressões mais elevadas no interior da bomba onde ocorre a implosão das mesmas com a condensação do vapor e retorno ao estado líquido. Este fenômeno causa a retirada de material da superfície do rotor e da carcaça, sendo acompanha- do de vibrações e ruído característico ao de um misturador de concreto. A cavitação pode ocorrer em maior ou menor intensidade. Quando ocorre em pequena intensidade seus efeitos são quase imperceptíveis. Já em grande intensidade, ocorrem vibrações que comprometem a vida dos componentes mecânicos. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 27 ZONA DE BAIXA PRESSÃO Formação das bolhas de vapor ZONA DE ALTA PRESSÃO Pressão sobre as bolhas e implosão da mesma Onda de choque retira material do rotor/carcaça/etc. Tubulação Ciclos podem chegar a 25.000/s e pressões localizadas nas partes metálicas na ordem de 1.000 atm (ou 1.000 bar ou 10.000 mca). Conseqüências da cavitação: Os efeitos da cavitação dependem do tempo de duração, intensidade da cavitação, propriedade do líquido e resistência do material à erosão por cavitação, ou seja, a cavitação causa barulho, vibração, alteração das curvas características e danificação ou "pitting" do material. O barulho e vibração são provocados principalmente pela instabilidade gerada pelo colapso das bolhas. Sintomas da cavitação: Ruído Característico: A cavitação produz um ruído semelhante de “de grãos de areia” ou “bolas de gude”. Vibração Característica: O colapso produz excitações denominadas aleatórias, que se caracterizam por excitar freqüências naturais (ressonâncias). Alterações na performance: Dependendo da intensidade pode-se observar variações na pressão de descarga, visto no pela oscilação do Manômetro. Perdendo até mesmo a vazão. Oscilações nas Indicações da Corrente: É uma conseqüência direta das alterações na performance, tendo em vista que a potência consumida é função da pressão (AMT) e da Vazão, que variam em uma condição de cavitação. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 30 Desalinhamento angular puro: Também chamado de desalinhamento axial. Ocorre quando as linhas de centro dos eixos formam um ângulo entre si, mas os centros dos cubos estão na mesma linha de centro. Desalinhamento combinado: Quando existe a associação dos dois desalinhamentos anteriores, ou seja, as linhas de centro dos eixos não estão co-planares e formam um ângulo entre si. É o desalinhamento mais encontrado na prática. Separação Axial: É a distância entre eixos/cubos de acoplamentos recomendada pelo fabricante das luvas de acoplamento, que deverá ser mantida no processo de montagem e de alinhamento. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 31 Porque alinhar? Eixos mal alinhados são os responsáveis de muitos problemas nas máquinas: Os testes mostram que um alinhamento incorreto é a causa de cerca de 50% de avarias nas máquinas. Alinhamento pobre ou desalinhamento é a designação utilizada para definir que dois eixos não rodam co-linearmente, ou seja, o eixo de rotação não é o mesmo. Um mau alinhamento ocasiona: - aumento de vibrações - maior consumo de energia - maior desgaste dos rolamentos - desgaste excessivo dos acoplamentos. Métodos de alinhamento: Controle Radial: Fixar a base magnética do instrumento no diâmetro externo de uma das metades do acoplamento. Ajustar o relógio, posicionando o apalpador no diâmetro externo da outra metade do acoplamento. Zerar o relógio e movimentar manualmente as duas luvas do acoplamento, completando um giro de 360º. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 32 Controle Axial: Adotar o mesmo procedimento anterior, mas agora com o apalpador do relógio comparador colocado na face lateral do acoplamento. Método Alternativo: Na impossibilidade de usarmos o relógio comparador, podemos fazer o alinhamento utilizando-se de uma régua metálica e o calibre de lâminas: Apoiar a régua no sentido longitudinal em uma das partes do acoplamento, efetuando o controle no plano horizontal e vertical em relação a outra. Utilizar o calibre para o controle do alinhamento no sentido axial. Observar a folga recomendada pelo fabricante do acoplamento. O alinhamento radial e axial deve permanecer dentro da tolerância. Cada modelo oferece uma gama de tolerância distinta para seu acoplamento. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 35 Verificar se a base apóia igualmente em todos os calços. Apertar as porcas dos chumbadores uniformemente. Verificar o nivelamento da base no sentido transversal e longitudinal, com o auxílio de um nível com precisão de 0,1 mm/m. Se ocorrer desnivelamento, soltar as porcas dos chumbadores e introduzir entre o calço metálico e a base, onde for necessário, chapinhas para corrigir o nivelamento. Enchimento da base: Para a sólida fixação da base e um funcionamento sem vibrações, devemos preencher o interior da base com argamassa. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 36 Sucção PositivaSucção Negativa Tubulações de sucção e recalque: Instalação da sucção: A montagem da tubulação de sucção deve obedecer às seguintes considerações: - Somente após a cura da argamassa de enchimento da base, do trilho ou da sapata de fundação, é que a tubulação deve ser conectada ao flange da bomba. - A tubulação de sucção, tanto quanto possível, deve ser curta e reta, evitando perdas de cargas, e totalmente estanque, impedindo a entrada de ar. - Para que fique livre de bolsas de ar, o trecho horizontal da tubulação de sucção, quando negativa, deve ser instalado com ligeiro declive no sentido bomba-tanque de sucção. Quando positiva, o trecho horizontal da tubulação deve ser instalado com ligeiro aclive no sentido bomba-tanque de sucção. Instalação incorreta da redução excêntrica: Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 37 - O diâmetro nominal do flange de sucção da bomba não determina o diâmetro nominal da tubulação de sucção. Para fins de cálculo do diâmetro ideal, como referencial, a velocidade do fluxo pode ser estabelecida entre 1,0 e 2,0 m/s. - Quando houver necessidade de uso de redução, esta deverá ser excêntrica, montada com o cone para baixo, de tal maneira que a geratriz superior da redução fique em posição horizontal e coincidente com a da bomba, isto é para impedir a formação de bolsas de ar. - Curvas e acessórios, quando necessários, deverão ser projetados e instalados de modo a propiciar menores perdas de cargas. Por exemplo, dê preferência a curvas de raio longo ou médio. - O flange da tubulação deve justapor-se ao de sucção da bomba, totalmente livre de tensões, sem transmitir quaisquer esforços à sua carcaça. A bomba nunca deve ser ponto de apoio para a tubulação. Se isto não for observado poderá ocorrer desalinhamento e suas conseqüências: trincas e quebras de peças e outras graves avarias. - Em sucção positiva é recomendável a instalação de um registro para que o afluxo à bomba possa ser fechado quando necessário. Durante o funcionamento da bomba o mesmo deverá permanecer totalmente aberto. Tubulação de recalque: - A ligação da tubulação de recalque ao flange da bomba deverá ser executada com uma redução concêntrica, quando seus diâmetros forem diferentes. - Prever registro, instalado preferencialmente logo após a boca de recalque da bomba, de modo a possibilitar a regulagem da vazão e pressão do bombeamento, ou prevenir sobrecarga do acionador. Operação: Primeira partida: - Fixar a bomba e seu acionador firmemente à base. - Fixar a tubulação de sucção e de recalque. - Fazer as ligações elétricas, certificando-se de que todos os sistemas de proteção do motor encontram-se devidamente ajustados e funcionando. - Verificar o sentido de rotação do acionador com a bomba desacoplada (para evitar operação à seco ou soltar o acoplamento rosqueado). Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 40 Supervisão semestral: - parafusos de fixação da bomba, do acionador e da base - alinhamento do conjunto bomba-acionador. - substituir o engaxetamento, se necessário. - tubulações e conexões auxiliares. Supervisão anual: - desmontar a bomba para verificação do estado interno da mesma. Após a limpeza, inspecionar todas as peças. - se a bomba foi desmontada, substituir o óleo lubrificante dos mancais. Manutenção Preditiva: É aquela que controla o estado de funcionamento das máquinas em operação, através de instrumentos de medição, para prever falhas ou detectar alterações nas condições físicas que requeiram a manutenção. Objetivos: - determinar, quando for necessário, um serviço de manutenção em algum componente específico da máquina; - realizar inspeções internas, eliminando desmontagens desnecessárias; - aumentar o tempo disponível dos equipamentos; - minimizar os serviços de emergência ou não planejados; - impedir a extensão dos prejuízos; - aumentar a confiabilidade de um equipamento ou de uma linha de produção; - determinar, com antecedência em relação a uma parada programada, quais os equipamentos que requeiram revisão. Aspectos gerais: A manutenção preditiva é feita através da medição de vibração com aparelhos portáteis, podendo identificar defeitos como: - desbalanceamento do rotor; - desalinhamento de acoplamento ou mancal; - empenamento do eixo; - rolamentos danificados; - peças frouxas. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 41 Sua implantação requer investimentos com equipamentos e no treinamento para qualificação de pessoal de manutenção. Pontos de verificação de vibração e ruído: Manutenção Preventiva: É aquela que concentra todo o esforço para evitar que um equipamento sofra uma parada imprevista, que poderia acarretar sérios transtornos à produção. Objetivos: - estabelecimento da freqüência ideal de revisão de equipamentos; - determinar a troca de algum componente específico, quando necessário; - aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos; - minimizar os serviços de urgência ou não planejados; - impedir a extensão dos prejuízos; - aumentar a confiabilidade de um equipamento ou linha de produção. Aspectos gerais: A manutenção preventiva é de vital importância para a empresa, contudo devemos levar em consideração certos aspectos na sua implantação, como: - analisar a importância do equipamento na produção, pois muitas vezes impossibilita a parada para manutenção; - providenciar a disponibilidade de peças sobressalentes; - estabelecer um controle sistemático de manutenção. Isto facilita a execução, cresce a eficiência e obtêm-se dados como: custo, eficiência individual, etc; - montar uma equipe especializada para o cumprimento dessas tarefas Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 42 Manutenção Corretiva: É aquela que se corrigem os defeitos e falhas já ocorridos, procurando, sempre, evitar que os mesmos se repitam, podendo ser realizada em caráter de emergência ou não. Objetivos: - correção de um defeito que está se apresentando no equipamento em operação; - aumentar o tempo disponível do equipamento; - minimizar os serviços de emergência; - impedir a extensão dos prejuízos; - aumentar a confiabilidade do equipamento e da linha de produção; - correção do defeito que levou o equipamento ao colapso. Aspectos gerais: A manutenção corretiva á realizada após definir a necessidade da revisão de uma bomba, através de critérios de inspeção que justifique uma parada, sempre que houver: - alterações das características hidráulicas (baixo rendimento), prejudicando o sistema de bombeamento; - altas temperaturas nos mancais; - ruídos excessivos; - corrente do motor elevada; - vibrações excessivas; - necessidade de manutenção preventiva. Sugerimos que os equipamentos possuam registro individual, onde serão anotados todos os dados e ocorrências com os mesmos, e mantidos em arquivos. Inspeção e reparo dos componentes: Após ter desmontado a bomba, limpe todos os componentes e verifique se há áreas desgastadas ou avariadas. Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 45 Questionário: 1. Defina o que são bombas: 2. Diferencie bombas hidrostáticas e bombas hidrodinâmicas: 3. O que são bombas com rotor em balanço e bombas com rotor entre- mancais? 4. O que são bombas multi-estágios? Para que servem? 5. Explique a utilização dos rotores fechado, aberto e semi-aberto: 6. Em quais bombas são usados os difusores? Para que eles servem? 7. Qual a função da luva protetora do eixo? Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 46 8. Qual a função do anel cadeado? 9. Qual a função do anel centrifugador? 10. Qual a função do anel de desgaste? 11. Quais os tipos de vedação do fluido bombeado podem ser utilizados em uma bomba centrifuga? 12. Quais as forças que uma bomba centrífuga está submetida? 13. Uma bomba possui a seguinte inscrição: ABC 25-150. Qual o significado dessa inscrição? 14. O que indica uma curva característica de uma bomba centrífuga? 15. Explique o que é cavitação: Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação Bombas Centrífugas – Manutenção e Operação 47 16. Cite 2 problemas causados por cavitação: 17. Porque devemos alinhar os eixos da bomba e do motor? Quais problemas um mau alinhamento trás para o sistema? 18. Explique o que sucção negativa e positiva. 19. Explique o que é escorvar uma bomba. 20. Quais itens de uma bomba centrífuga devem ser trocados obrigatoriamente na desmontagem?
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