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Prova de Conhecimentos Específicos - Administração - Tipo II D - UFSJ, Notas de estudo de Administração Empresarial

Prova de Conhecimentos Específicos, Curso de Administração da Universidade Federal de São João del-Rei UFSJ, Processo Seletívo 2004, Língua Portuguesa Tipo I.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 03/07/2013

Boto92
Boto92 🇧🇷

4.6

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Baixe Prova de Conhecimentos Específicos - Administração - Tipo II D - UFSJ e outras Notas de estudo em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! 3 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS LÍNGUA PORTUGUESA - TIPO II Leia o texto abaixo para responder as perguntas que se seguem. Informação não basta Jairo Bouer1 Muitas vezes o jovem esquece ou abandona tudo o que sabe em algum lugar da cabeça. E isso o coloca cara a cara com o risco. Um ponto que une a atual geração de jovens é a grande quantidade de informa- ção a que ela é exposta desde muito cedo. O conhecimento está sempre ali, à distância de poucos toques e tecladas dos dedos. O jovem aprende, de forma surpreendente e precoce, a lidar com várias fontes de informação ao mesmo tempo. Ele funciona como uma grande antena, sempre ligada, sempre captando. E faz tudo isso muito bem. O quarto de dormir virou uma espécie de quartel-general da informação. De posse de controles remotos, botões, teclado e mouse, o mundo das notícias e das novidades se abre para o jovem de hoje como os adultos, no passado, descascavam uma banana. Ficou muito mais fácil ter o conhecimento. Por outro lado, o que se vê é que muito pouco dessa informação é aproveitada pelo jovem para a construção de um mundo melhor e mais seguro para ele mesmo. Não que a informação não esteja ali, fincada de forma definitiva em seus neurônios. Mas, muitas vezes, ela é esquecida ou proposita- damente abandonada, ali mesmo, dentro da cabeça. Do saber para o fazer, cria-se um abismo, diversas vezes, intransponível. E essa distância pode colocar o jovem cara a cara com o risco. Alguns trabalhos recentes que investigaram o comportamento dos jovens, principalmente em relação à sexualidade e ao uso de drogas, revelam melhor essa situação. Pesquisa do Ministério da Saúde em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), de 1999, mostra que a faixa dos 16 aos 25 anos é a mais bem informada sobre Aids. No entanto, esse conhecimento não parece refletir-se em comportamento seguro. Apesar de ser a faixa etária que melhor conhece a camisi- nha, o uso regular ainda está longe do desejado. Quarenta e quatro por cento dizem usar sempre – garotos usam mais que garotas (53% contra 35%). A informação não impede que os jovens sejam aqueles que mais se expõem a risco sexual. No campo das drogas, o fenômeno não é muito diferente. Em um estudo do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), de 1997, o uso de drogas entre os jovens também se revelou elevado. Vinte e cinco por cento dos estudantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas já experimentaram al- gum tipo de droga na vida, além do tabaco e do álcool. As campanhas e o bombardeio de informações sobre esse assunto são freqüentes, mas parecem enfrentar uma resis- tência ainda maior que no campo da sexualidade. Como trabalhar a informação de maneira que ela seja acessada e utilizada na hora em que for necessária? Se apenas a informação e a razão não parecem segurar o ímpeto desafiador e imprudente do 1 Jairo Bouer é Psiquiatra e apresentador do Programa diário Ao Ponto, no Canal Futura. 5 10 15 20 25 30 4 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS jovem, o que fazer? As apostas se voltam para o impreciso e pantanoso mundo das emoções. Pode ser que aí repouse a chave para o entendimento do que se passa. No sexo, o medo de falhar, a angústia de não saber fazer, vergonha, timidez, a sensação de que a paixão imuniza contra tudo e contra todos, a tentativa de forçar um pacto de fidelidade, a troca de um risco pretensamente calculado pela vivência mais intensa do prazer, tudo isso faz com que, na hora H, a informação fique no fundo da gaveta, junto com o pacote intacto da camisinha. Com a droga não é muito diferente: a pressão dos amigos, o desejo de experimentar sensações diferentes, a promessa do passaporte para pertencer a uma turma, o desafio, a transgressão de regras e limites, o alívio de uma angústia, o prazer, a falta de opção para o lazer, o vácuo emocional nas famílias são fatores que condenam as campanhas e os trabalhos de prevenção ao esque- cimento. Em São Paulo não há fim de semana em que não se leia uma notícia de aciden- te fatal com jovens embriagados. Poucos meses atrás, uma batida de carro em uma das marginais da cidade chamou a atenção de especialistas. Um grupo de jovens morreu em mais um acidente. No bolso e na carteira de todos eles, camisinhas foram encontradas. Por que, de um lado, a prevenção estava lá no bolso, ao alcance das mãos, e, de outro, a imprudência de guiar embriagados acabou com a vida deles? Por que esse risco óbvio e imediato não foi enxergado? É como se uma pequena chave, um controle do racional, tivesse sido mudada de posição. A informação traz o mundo da razão, o mundo das regras, o mundo do real para a vida do jovem. Talvez em alguns momentos ele queira justamente esquecer esse mundo real para viver em outro, mais livre, sem limites, mais lúdico, mais emocional, onde possa fazer o que bem quiser. Dentro dessa percepção distorcida, ele vê a informação como empecilho, como obstáculo, não como apoio e ajuda. Nessa hora, ele entende que a informação atrapalha e, assim, desliga esse filtro e deixa a vida exposta ao risco de acontecer. Os tempos modernos, nesse aspecto, tam- bém são mais cruéis. Talvez algumas décadas atrás, descontados certos mecanismos de controle social mais rígidos, o grau de transgressão (se é que esse indicador pode ser calculado) entre os jovens fosse muito próximo do que é hoje. Mas o mundo era menos agressivo e menos violento. As drogas menos disponíveis e menos potentes, os carros menos velozes e em menor quantidade, as ruas mais tranqüilas, a vida mais calma e menos competitiva. Tudo isso, arranjado de outra maneira, em pleno século XXI, aproxi- ma o jovem do risco. Mas o paradigma continua. Se hoje não existem limites em nossa capacidade de gerar informação, há um limite claro em nossa possibilidade de transfor- mar essa informação em objeto prático de uso e proteção da vida dos jovens. Algumas pistas são claras: a emoção tem peso fundamental nessa equação, a informação deve ultrapassar o campo da razão, o jovem de hoje, precoce e antenado, não aceita um discurso pronto e acabado, a simples proibição ou a radicalização de limites e regras é inoperante no mundo atual e alguns valores fundamentais para a vida ficaram atolados na pressa e na competição do mundo atual. Um pouco de tudo isso pode orientar a qualida- de das informações para um novo rumo. Talvez essa não seja uma tarefa imediatamente possível. Talvez só essa própria geração, escapando de suas derrapadas, consiga ama- durecer e ampliar os elos entre a razão e a emoção para seus filhos. (BOVER, Jairo. Informa- ção não basta. Veja, edição especial, São Paulo, n. 24, p. 62-63, ago. 2003, ano 36) 35 40 45 50 55 60 65 70 7 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 09 Na frase, “o uso das drogas entre os jovens também se revelou elevado”, linhas 25 e 26, o termo em destaque possui um caráter A) adverbial, pois atribui uma circunstância ao uso da droga, comparando com a sexualidade dos jovens. B) pronominal, pois retoma a tese do Cebrid e a relaciona com a problemática da sexualida- de dos jovens. C) pronominal, porque retoma a problemática da sexualidade, comparando-a com o uso de drogas. D) adverbial, porque atribui uma intensidade aos índices referentes ao uso da droga e à Aids. QUESTÃO 10 No período, linhas 27 e 28, “... já experimentaram algum tipo de droga na vida, além do tabaco e do álcool.”, o elemento destacado funciona como A) partícula argumentativa que atenua a proposição do Cebrid sobre as drogas. B) operador argumentativo que acentua a precocidade do uso de drogas. C) aspecto temporal que apenas fixa o uso de drogas pelos estudantes. D) expressão denotativa de tempo sem uma função argumentativa. QUESTÃO 11 No período “Mas o mundo era menos agressivo e menos violento.”, linha 61, o uso do conectivo “mas” possibilita estabelecer as seguintes relações: A) condições de vida semelhantes, comportamentos distintos dos jovens. B) controle social mais rígido, maior grau de transgressão dos jovens. C) controle social menos rígido, menor grau de transgressão dos jovens. D) condições de vida distintas, comportamentos semelhantes dos jovens. 8 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 12 Marque a alternativa na qual a oração em destaque tenha a mesma função sintática do termo destacado abaixo. “Um ponto que une a atual geração de jovens é a grande quantidade de informações a que ela está exposta desde muito cedo.” A) ... sensação de que a paixão imuniza contra tudo e contra todos. B) Alguns trabalhos recentes que investigaram o comportamento dos jovens... C) A informação não impede que os jovens sejam aqueles que mais se expõem a risco sexual. D) ... o vácuo emocional nas famílias são fatores que condenam as campanhas e os trabalhos de prevenção ao esquecimento. 9 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MATEMÁTICA - TIPO II QUESTÃO 13 Assuma os seguintes dados. i) O logaritmo decimal de 2 é igual a 0,3. ii) O logaritmo decimal de 1,05 é igual a 0,02. Considere, agora, a seguinte informação. Estudos demográficos estimaram que, daqui a t anos, em um certo país, a população será igual a P = milhões de habitantes. De acordo com o modelo matemático proposto, a população desse país dobrará de valor daqui a A) 10 anos. B) 15 anos. C) 20 anos. D) 22 anos. QUESTÃO 14 Considere a seguinte situação-problema. Um hotel, com 100 apartamentos individuais, foi alugado por uma empre- sa para realização de um congresso. No contrato de aluguel, aparece a seguinte cláusula: . Cada hóspede pagará R$ 800,00 mais R$ 10,00 por apartamento que . não for ocupado. A quantia MÁXIMA, em reais, possível de ser arrecadada pelo dono do hotel é igual a A) 85.000 B) 81.000 C) 80.000 D) 83.000 40 . (1,05)t 12 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 20 A figura abaixo ilustra um tronco de prisma reto, cuja base é o retângulo EFGH. • A face ABCD é perpendicular à face ADHE. • As medidas, em cm, das arestas HG, EH, AE e DH são iguais a a, b, c e d, respectivamente. A área total desse sólido, em cm2, é igual a A) (a + b)(d + c) + a(b + b2 + c2 + d2 - 2dc) B) (a + b)(d + c) + a(b + b2 + c2 + d2 + 2dc) C) (a + b)(d + c) + a(2b + d - c) D) (a + b)(d + c) + a(2b + d + c) 13 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 21 Se em que α, β e θ são as respectivas medidas dos ângulos internos de um triângulo retângulo, então E2 é igual a A) 1 B) C) D) QUESTÃO 22 Se a = 4 - 2 3 4 2 3 , então a–1 é igual a A) B) C) D) 324324 +−− 2 1− 2 1 12 3− 12 3 E = cos2 α + cos2 β + cos2 θ sen2 α + sen2 β + sen2 θ (cossec2α + cossec2β + cossec2θ)2 (cotg2α + cotg2β + cotg2θ)2 1 4 2 2 14 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 23 Considere a seguinte informação. De acordo com a Geometria, o centro da circunferência circunscrita a um dado triângulo é o ponto de intersecção das mediatrizes dos lados do triân- gulo. Assim, o triângulo de vértices nos pontos , e , respectivamente, pode ser inscrito numa circunferência cujo raio é igual a A) 5,0 B) 4,5 C) D) QUESTÃO 24 Considere a seguinte definição. Duas taxas de juros, num prazo determinado, são ditas equivalentes se ambas produzirem o mesmo efeito financeiro sobre um dado capital. A taxa de juros simples anual equivalente, em 2 anos, à taxa anual de juros compostos de 20%, é igual a A) 21% B) 20,1% C) 20,2% D) 22% ( )4,2( )3,212 −+ ( )3,212 −− 62 21 1 1 1 17 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 29 “... a quantidade total de terra cercada era de oito a nove vezes maior do que a atingida no período anterior, abarcando cerca de uma quinta parte da acreagem do país. Pouco surpreen- de que a consciência tenha levado até mesmo o Conde de Leicester à confissão franca: Sou como o ogro da lenda e devorei todos os meus vizinhos”. (DOBB, Maurice. A evolução do capitalis- mo, 1980) Como os cercamentos de terra, na virada dos séculos XVIII e XIX, se inseriram no processo de formação do capitalismo? A) Causaram um retorno à feudalização dos campos e à servidão da gleba, impossibilitando a obtenção de trabalhadores rurais pelas indústrias urbanas. B) Propiciaram a fixação do campesinato nas terras de uso comum, superando a servidão e desenvolvendo a pequena propriedade familiar. C) Expropriaram os camponeses dos meios de produção, expulsando-os de suas terras, fornecendo mão-de-obra para as indústrias e fazendas capitalistas. D) Representaram a coletivização das terras, com a criação de cooperativas, e o incremento de maquinário e novas técnicas agrícolas. QUESTÃO 30 “O nacionalismo emergente no final do século XVIII no Brasil é, na base, anticolonialista. A consciência nacional começa a despertar e passa a não ser contida pelas estruturas do Estado dentro do qual emerge. Para o Brasil, há que levar sempre em conta a variação regional dessa tomada de consciência, que não se submete a uma linha rígida e coerente; os exemplos de Minas Gerais e Bahia são expressivos para mostrar tal variação”. (MOTTA, Carlos Guilherme. Idéia de revolução no Brasil – 1789/1801, 1989) Quanto aos movimentos políticos da América Portuguesa, é CORRETO afirmar que A) as chamadas inconfidências do final do século XVIII, por aspirarem a emancipação política do domínio metropolitano, se diferenciavam das revoltas nativistas contra a política colonial opressiva, mas que não deixaram de reconhecer a legitimidade do poder da Coroa. B) os movimentos nativistas, assim como as inconfidências do final do século XVIII, nunca se opuseram ao domínio colonial, caracterizando-se pela luta entre os interesses de grupos das elites coloniais, sem pretender a emancipação política em relação à Coroa portuguesa. C) os movimentos políticos do final do século XVIII tinham como base ideológica as idéias socialistas, traziam a novidade da luta de classes, pretendiam a abolição da propriedade privada, ao contrário das revoltas nativistas, favoráveis apenas ao fim do pacto colonial. D) as sedições políticas do final do século XVIII restringiram-se à luta pela abolição da escra- vatura, sem questionar a legitimidade da administração colonial pela metrópole, que foi a bandeira de luta dos movimentos nativistas, motivados pela opressão fiscal lusa. 18 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 31 “O certo é que se os marcos cronológicos com que os historiadores assinalam a evolução social e política dos povos não se estribassem unicamente nos caracteres externos e formais dos fatos, mas refletissem a sua significação íntima, a independência brasileira seria antedatada de quatorze anos, e se contaria justamente da transferência da corte em 1808. Estabelecen- do no Brasil a sede da monarquia, o Regente aboliu ipso facto o regime de colônia em que o país então vivera.” (PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução política do Brasil. 2. ed. 1947) A chegada de D. João VI ao Brasil representou A) a proclamação da República em Portugal logo após a partida do Rei e o desinteresse na política colonial dos monopólios e das proibições de atividades industriais, incompatível com o liberalismo. B) a transformação do Rio de Janeiro em sede do Império português, dotando a colônia de instituições administrativas próprias, e a abolição do monopólio metropolitano no comér- cio e na indústria. C) o conflito entre o império ultramarino português e a Inglaterra, prejudicada com a abertura dos portos às nações amigas, favorável à França e à burguesia industrial da América portuguesa. D) o recrudescimento da política colonial, com a recriação das companhias de comércio, dos monopólios reais e dos alvarás proibindo as manufaturas, causando revoltas republi- canas no Sudeste. 19 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 32 Resultados de uma expedição colonialista francesa na África Ocidental, no fim do século XIX. (Apud WESSELING, H.L. Dividir para dominar: a partilha da África - 1880-1914. 1998) A corrida colonialista do século XIX teve como características: A) a afirmação do “relativismo antropológico”, com o reconhecimento da originalidade e da importância das culturas aborígines e a preservação das sociedades tribais. B) a universalização da civilização européia, com as revoluções industriais “terceiro- mundistas”, a integração racial e a difusão de valores do humanismo cristão. C) a globalização dos mercados e a difusão de uma cultura “pós-moderna”, com a generali- zação da robótica, da informática e das percepções relativistas e pragmatistas. D) a conquista de mercados fornecedores de matérias-primas e consumidores de manufatu- rados, o “darwinismo social” e a submissão e dizimação de comunidades locais. QUESTÃO 33 “O messianismo e o cangaço definiram os limites da rebeldia camponesa no âmbito do coronelismo, da forma peculiar de poder da República Velha que se personificava diante do camponês rebelado.” (MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil, 1981) Revoltas como a de Canudos e do Contestado, no princípio da República Velha, tiveram como fatores: A) o ímpeto imigratório dos camponeses e o objetivo de se tornarem operários. B) a luta pela terra e a contestação das relações de dependência do coronelismo. C) o jacobinismo republicano e a invasão das terras dos fazendeiros monarquistas. D) o fanatismo religioso e pregação da humildade e obediência aos coronéis. 22 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 36 “As nações do mundo pra cá mandaram Os seus capitais desinteressados As nações, coitadas, queriam ajudar, não é? (...) Começaram a nos vender e a nos comprar Comprar borracha, vender pneu Comprar minério, vender navio Pra nossa vela, vender pavio Só mandaram o que sobrou de lá Matéria plástica, que entusiástica, que coisa elástica, que coisa drástica Rock balada, filme de mocinho Ar refrigerado e chiclet de bola E coca-cola...” (Trecho de O Subdesenvolvido, de Carlos Lyra e Francisco Assis, de 1962, obra também conhecida como “hino” da União Nacional dos Estudantes). As relações do Brasil com os EUA, na década de 1960, eram de A) dependência, com a remessa de lucros pelas empresas multinacionais, o impacto da indústria cultural norte-americana e a ingerência política dos EUA, culminando no golpe de 1964. B) reciprocidade, com a globalização dos mercados em todo o mundo, a fusão étnico- cultural eletrônica e cibernética e a administração do Estado por técnicos politicamente neutros. C) independência, com a hegemonia do capital nacional nas indústrias de bens duráveis e de produção e na indústria cultural nascente, na defesa da reforma agrária e no combate ao latifúndio. D) conflito, com a implantação do socialismo por João Goulart, a reforma agrária sem indeni- zação, a nacionalização das empresas estrangeiras e a reserva de mercado para a cultu- ra nacional. 23 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS GEOGRAFIA - TIPO II QUESTÃO 37 Observe o mapa abaixo. Um avião que, partindo do ponto A, deseja chegar ao ponto B percorrendo a menor distância deverá seguir na direção A) norte. B) oeste. C) sudeste. D) leste. 24 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 38 O Mundo visto na Bandeira da ONU. “O mundo visto na Bandeira da ONU não está centrado em nenhum país, mas no pólo norte. Onde só há gelo, tenta transmitir a idéia de que a entidade é neutra e representa os interes- ses de todos os seus países membros. Porém, na prática, sabemos que quem manda na ONU são os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança: os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, a Rússia e a China. Coincidentemente, esses países estão mais próximos do centro da projeção do que, por exemplo, os países subdesenvolvidos, localiza- dos na periferia do mapa. (...) Será essa representação, símbolo da ONU, uma alegoria das relações de poder no mundo?”. (SENNE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione. p. 439. (adaptado) A projeção utilizada na elaboração do mapa-múndi da ONU e que permite os questionamentos do autor recebe o nome de projeção A) azimutal. B) cilíndrica. C) cônica. D) mercator. 27 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 41 Observe o mapa abaixo. O Aqüífero Guarani, representado no mapa, A) vem sendo ameaçado pelo crescimento da agricultura orgânica nas regiões de clima subtropical, onde o regime das chuvas aumenta a infiltração de poluentes agrícolas no subsolo. B) tem suas águas situadas próximas à cidade de São Paulo, totalmente contaminadas pelo esgoto doméstico que é lançado nos rios, sem tratamento nenhum. C) encontra-se ameaçado pelo avanço da monocultura intensiva sobre as chamadas áreas de recarga, onde a proximidade do aqüífero com a superfície o expõe aos agrotóxicos trazidos pela água da chuva ou dos rios. D) pode ser fundamental para lavouras em áreas em risco de desertificação, como a Amazô- nia e o norte do Rio Grande do Sul. 28 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 42 Sobre a questão energética mundial, é INCORRETO afirmar que A) a demanda crescente de energia elétrica no Brasil abriu um novo mercado para os países vizinhos, que estão exportando os seus excedentes para o Brasil. B) a hidroeletricidade, seguida pelo petróleo, são as principais fontes de energia do mundo. C) países desenvolvidos como Japão e França não possuem auto-suficiência na produção de petróleo. D) o consumo de energia de um país está diretamente ligado ao seu nível de desenvolvimento econômico. QUESTÃO 43 Cultura Indígena “No Brasil, laboratórios estrangeiros apropriam-se de matéria-prima da flora nacional e de conhecimentos tradicionais das nações indígenas. Nos últimos cinco anos, 97% das 4.000 solicitações de patentes feitas no Brasil vieram de empresas estrangeiras que pesquisam plantas, fungos e microorganismos desenvolvidos graças a conhecimentos indígenas.(...) Para os índios, seus conhecimentos são coletivos. Para as empresas, uma mercadoria que deve render lucros. Há séculos, usa-se no Brasil a espinheira santa para tratar problemas de estômago. Caso você não tenha a planta e recorra ao remédio, saiba que estará pagando ao laboratório Nippon Mektron Japan, dono da patente da planta”. (Frei Betto, Adital – www.adital.org.br, publicado em fevereiro de 2002) Com base no texto acima é CORRETO afirmar que A) as empresas estrangeiras praticam pirataria industrial e se apropriam indevidamente dos produtos desenvolvidos pela farmacologia brasileira. B) as patentes registradas pelos laboratórios internacionais ampliam os royalties recebidos pelo governo brasileiro. C) a biopirataria impede que grande parte dos lucros obtidos com a industrialização e comer- cialização da riqueza biológica e cultural brasileira permaneça em nosso país. D) o Brasil não possui tecnologia suficiente para transformar a nossa diversidade cultural e biológica em produtos industriais. 29 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 44 (Fonte: MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática p. 113) A análise da figura acima revela que A) quanto mais valioso o produto transportado, maior será o tempo gasto para o seu escoa- mento. B) as indústrias pesadas devem utilizar o transporte rodoviário e aéreo para transportar com maior rapidez e menor custo. C) o transporte hidroviário e ferroviário necessita de maior tempo para escoar a mercadoria o que inviabiliza sua utilização em um país com as dimensões territoriais como o Brasil. D) tempo e custo são inversamente proporcionais. O transporte aéreo apresenta vantagem em relação ao tempo e desvantagens em relação ao custo. 32 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 47 Leia o texto abaixo. CAPITULAÇÃO “Os EUA têm um sofisticado sistema de protecionismo comercial. Esse sistema não se estrutura em torno de tarifas de importação, que estão entre as menores do mundo, mas de um arsenal legislativo anti-dumping e de impressionantes subsídios à agricultura. As leis anti- dumping, formalmente dirigidas contra a concorrência externa desleal, veiculam de fato os interesses de lobbies industriais incapazes de competir com eficiência. Elas propiciam a imposição numa base unilateral e seletiva, de cotas de importação e tarifas excepcionais contra produtos estrangeiros. A siderurgia decrépita americana sobrevive sobre o amparo dessas leis, que punem os produtores de aço da China, Coréia do Sul, Rússia e Brasil. (MAGNOLI, Demétrio. Folha de S. Paulo, São Paulo, 26 de junho de 2003) A análise do texto acima mostra que A) os EUA exercem na prática o ideário neoliberal de incentivo ao livre comércio e à livre concorrência entre as empresas do mundo. B) a agricultura e a indústria brasileiras e conseqüentemente a criação da ALCA independem das leis que regem a economia dos EUA. C) países como Brasil, China, Coréia do Sul e Rússia não possuem capacidade tecnológica para concorrer com a indústria siderúrgica dos EUA. D) as leis anti-dumping, os subsídios agrícolas e cotas de importação dos EUA têm como objetivo proteger a economia dos EUA da concorrência de produtos oriundos de outros países. 33 UFSJ - PROCESSO SELETIVO / 2004 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 48 Observe a figura abaixo. Sobre o espaço geográfico, representado pelo mapa acima, é INCORRETO afirmar que A) a industrialização dessa região apresentou grande impulso durante a Guerra Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. B) empregam mão-de-obra altamente qualificada e produzem bens extremamente sofistica- dos. C) recebe o nome de cinturão industrial ou manufacturing belt, é rica em minério de ferro e apresenta uma grande diversidade industrial. D) hospeda um dos mais produtivos setores do campo da informática, que ficou conhecido mundialmente como o Vale do Silício.
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