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Relatorio - lipideos - saponificação, Notas de aula de Biotecnologia

Relatorio aula pratica sobre lipideos. Objetivos: Entender o que é saponificação e as reações necessárias para a formação do sabão. Reconhecer o comportamento dos sabões em soluções aquosas com e sem gordura.

Tipologia: Notas de aula

2014
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Compartilhado em 14/06/2014

vanessayg
vanessayg 🇧🇷

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Baixe Relatorio - lipideos - saponificação e outras Notas de aula em PDF para Biotecnologia, somente na Docsity! Curso Técnico em Biotecnologia Processos Bioquímicos Professora Sharon Schlup Relatório 11 SAPONIFICAÇÃO Eveline Vale Mayumi Oyama Vanessa Grafulin Porto Alegre, 24 de junho de 2013 Objetivos Entender o que é saponificação e as reações necessárias para a formação do sabão. Reconhecer o comportamento dos sabões em soluções aquosas com e sem gordura. Introdução Os lipídios são moléculas biológicas de grande importância para a fisiologia de seres vivos (LEHNINGER, 2002). Também são largamente utilizados em produtos alimentícios, comésticos, farmacêuticos, químicos e biocombustíveis. São de origem vegetal, animal e mineral. Uma das características mais marcantes dos lipídios é a insolubilidade em água e a solubilidade em solventes orgânicos. Os lipídios podem se dividir em dois grupos, os simples e os complexos. Os simples são os não-saponificáveis (não contem ácidos graxos):  Terpenos  Esteróis  Carotenóis Os complexos, saponificáveis (contem ácidos graxos), são:  Acilgliceróis  Ceras  Fosfolipídeos  Esfingolipideos  Glicolipideos (Material de Eveline referente a aulas teóricas de tecnologia de alimentos do curso de técnico em nutrição). O lipídio é comumente insolúvel em água em razão de sua estrutura hidrofóbica (LEHNINGER, 2002). Em ocasiões onde a parte central do lipídio também tem contato com a água, formam-se lipossomos: Imagem 4. Bicamada lipídica se enrola no seu próprio eixo dando origem ao lipossomo. Os lipídios podem ser distribuídos em várias categorias, demonstrando a variedade na sua estrutura: o Ácidos graxos o Triacilgliceróis o Ceras o Fosfolipídios o Esfingolipídios o Isoprenóides (MOTTA). Imagem 5. Esquema da classificação de lipídeos. Os ácidos graxos são precipitados de maneira simples com a adição de HCl ou NaCl. A ocorrência de precipitação caracteriza uma saponificação. Neste fenômeno, a reação entre lipídeos saponificáveis (citados anteriormente) e solução aquecida de NaCl resulta em um sal sódico, o que chamamos de sabão. A adição de HCl a uma solução de sabão forma dímeros por fortes ligações de hidrogênio (ProBio, 2003). O sabão exerce um papel importantíssimo na limpeza porque consegue interagir tanto com substâncias polares quanto com substâncias apolares. Isso pode ser entendido analisando sua estrutura. Ele possui uma extremidade polar, onde o cátion da base se ligou, tornando-a hidrofílica e, portanto, solvente em água; e outra apolar que é hidrofóbica, insolúvel em água, e solúvel em gorduras (PERUZZO & CANTO, 2003). Lipídios também contribuem para outro fenômeno, a emulsificação. Esta reação consiste na formação de uma mistura estável e imissível em água composta por agentes anfipáticos (MENDONÇA E BARCELOS). Materiais  5 mL de óleo de soja,  10 mL de Solução alcoólica de hidróxido de sódio a 10%.  Bico de bunsen, sobre uma tela de amianto  1 mL de Cloreto de sódio a 35 %,  1 mL de Ácido clorídrico 1 M concentrado (deverá ser manipulado na capela de exaustão),  30 mL de água destilada.  1 béquer de 100 mL  2 pipetas de 10 mL, 1 pipeta de 1mL  1 bastão de vidro  1 estante para tubos de ensaio.  5 tubos de ensaio de vidro grandes. Métodos Experimento 1 – Saponificação de lipídeos  Inserir em um béquer 2 ml de óleo de soja.  Adicionar 10 ml de solução alcoólica de NAOH,  Aquecer em bico de bunsen, sobre uma tela de amianto, com agitação contínua até a completa saponificação, isto é, ate que a fase líquida desapareça e seja formada uma camada levemente endurecida. A agitação deverá ser feita com bastão de vidro.  Acrescentar 20 ml de água destilada e agitar até a completa dissolução do sabão. Figura 3. Aquecimento da solução contida no béquer. O conteúdo foi agitado com bastão de vidro continuamente para que acontecesse a saponificação: Figura 4. Solução em aquecimento sendo agitada com bastão de vidro. A saponificação se dá quando a fase líquida é substituída por uma camada levemente endurecida, dando uma aparência cremosa: Figura 5. Solução saponificada após aquecimento em bico de bunsen com tela de amianto. Com a solução já saponificada, adicionamos 20 mL de água para a dissolução do sabão. Com isto, passamos para o experimento seguinte. Experimento 2 – Estabilização de uma emulsão Conforme a tabela disponibilizada, pipetamos 1 mL* de óleo em dois tubos. No tubo 1 houve adição de 10 mL água e no tubo 2, adição de 10 mL da solução de sabão. Figura 6. Emulsão dos tubos. À esquerda, tubo 1 com óleo e água. À direita, tubo 2 com óleo e sabão. Não satisfeitas com o resultado observado, principalmente para o tubo 2, refizemos as adições ao tubo pipetando 15 mL da solução de sabão ao invés de 10 mL: Conclusão e Discussão De um modo geral, os resultados obtidos nesta prática foram satisfatórios. No experimento 1, onde misturamos óleo de soja e uma base forte (NaOH) e aquecemos, obtivemos como produto o sabão. A reação que ocorreu foi a saponificação, o hidróxido de sódio atacou os triglicerídeos, deslocando o glicerol e formando sais sódicos, que recebem o nome de sabões. Como eles possuem uma parte apolar (longa cadeia carbônica, hidrofóbica) e uma parte polar (íon proveniente da base, hidrofílico), neste caso COONa, eles tem a capacidade de dissolver a gordura e são solúveis em água. Na parte 2, que consistiu na estabilização de uma emulsão, repetimos o experimento pois o resultado obtido da primeira vez não foi o esperado. No tubo que continha apenas água e óleo, a água ficou com um aspecto estranho e por isso chegamos a conclusão de que o tubo devia estar com resíduos de alguma outra substancia e refizemos o experimento em outro tubo. Depois de ter feito isso, conseguimos observar a não miscigenação da água destilada e do óleo de soja, que ficou flutuando sobre a água já que é menos denso. No tubo 2, adicionamos mais sabão (quantidade proporcional ao do protocolo correto) e então observamos mais claramente a ação do mesmo: ao misturarmos água, sabão e óleo, formam-se micelas, gotículas de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água). Assim, a micela é dispersa na água, o que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apolares. O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas (PERUZZO & CANTO, 2003). Por isso observamos que a água destilada ficou esbranquiçada. No experimento 3, adicionamos o sabão preparado no experimento 1 a dois reagentes diferentes. No tubo 0, onde acrescentamos 5 gotas de NaCl observamos a formação de duas fases bem distintas: a superior, apolar, contendo o sabão e a inferior polar e aquosa. Já no tubo 1, acrescentamos 5 gotas de HCl concentrado e observamos a formação de precipitado. O que ocorreu foi a recuperação do ácido graxo, houve uma reação de neutralização entre o sabão e o HCl, que resultou na formação de um ácido carboxílico de cadeia longa e cloreto de sódio (NaCl), um sal solúvel em água: R – COONa + HCl → R – COOH + NaCl Bibliografia CARDOSO, Felipe et al. RELATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I - PRÁTICA DE PREPARAÇÃO E PROPRIEDADES DE SABÕES. Teresina, UFPI, 2010. Lipídeos. Disponível em: <http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const _microorg/lipideos.htm> MENDONÇA, A. T. & BARCELOS, M. F. P. Emulsões e emulficantes. Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/28569581/EMULSOES- SEMINARIO> MOTTA, V. T. Bioquímica Básica. Cap. 9 – Lipídios e membranas. NELSON, D. L. e COX, M. M. Lehninger – Princípios de Bioquímica. 3ª edição. 2002. PERUZZO, F. M. & CANTO, E. L. Química na Abordagem do Cotidiano. Ed. Moderna. 2003. SANTOS, A. P. S. A.. et al..Bioquímica Prática – Protocolos para análise de biomoléculas e exercícios complementares. Pag. 34 – Caracterização de lipídios. Referência de Imagens CHAVES & MELLO-FARIAS. Bioquímica Básica em imagens – Um guia para sala de aula. Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Química e Geociências. Departamento de Bioquímica. 2008.
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