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Guias e Dicas
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Brise Soleil de Lâminas Duplas, Teses (TCC) de Desenho Industrial

Produto utilizado na arquitetura para direcionamento independente de vento e iluminação natural para ambientes fechados.

Tipologia: Teses (TCC)

2016

Compartilhado em 29/11/2022

angelina-chacur-lopez
angelina-chacur-lopez 🇧🇷

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Brise Soleil de Lâminas Duplas e outras Teses (TCC) em PDF para Desenho Industrial, somente na Docsity! 1 “O elemento arquitetônico com função de quebrar a direção dos raios solares já comparece em muitas arquiteturas, mesmo de épocas mais remotas. Porém do gênero placas horizontais ou verticais, móveis ou fixas, com nome específico de “brise-soleil”, constitui uma sistematização criada por Le Corbusier para um de seus projetos em 1933. Tendo o mestre contemporâneo aplicado esses elementos para o Ministério da Educação no Rio de Janeiro, ficam eles decididamente incorporados à arquitetura brasileira.(...) Daí por diante, os arquitetos brasileiros conscientes da importância e da excelência desses elementos especiais na arquitetura brasileira, passaram a usá-los nas diversas soluções que hoje se revestem de características bem nacionais.” Corona & Lemos (1972) CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO Através de pensamentos racionais, universalistas e abstratos da arquitetura influenciados por mudanças ocorridas em varias civilizações mundiais, a visão modernista foi estabelecida. No inicio do século XX, a partir da linguagem moderna, foram criados elementos lineares que modificavam as fachadas dos edifícios. A esses elementos, denominou-se “brise-soleil” (quebra-sol em francês), sendo ele um dispositivo de proteção solar externo a edificação, formado por um conjunto de lamelas que, em sua maioria, encontram se posicionadas paralelamente. A criação desse elemento construtivo permitiu minimizar, de forma natural, o calor gerado pelos raios solares em torno dos prédios, principalmente quando estes possuem aberturas e superfícies transparentes ou translúcidas. No Brasil a arquitetura moderna foi caracterizada pela utilização, dentre outras coisas, desses dispositivos de proteção solar. As idéias de Le Corbuser não foram simplesmente adotadas elas foram reinventadas. Durante as décadas de 40 e 50 existiam muitos edifícios que já tinham adotado tais elementos, como por exemplo, o Ministério de Educação e Saúde (1936-1942), da equipe liderada por Lucio Costa, ou o edifício Seguradoras (1943), dos Irmãos Roberto. Essas edificações tornaram se ícones dessa nova arquitetura moderna, uma arquitetura que adequaria um edifício à condições adversas de clima, através do uso de um elemento puro e abstrato, o qual seria projetado de acordo com os padrões estéticos da época. Não havia mais o processo de tentativa e erro do passado, cujo resultado era uma arquitetura bastante adequada ao clima brasileiro, com elementos 2 como as varandas, muxarabis e gelosias. No período moderno foi sistematizado o uso da proteção solar. Com o tempo a redução de sua utilização e de outras soluções de condicionamento passivo foi o desenvolvimento e acessibilidade aos equipamentos de condicionamento artificial, principalmente do ar condicionado, resultando em edificações encerradas e isoladas do meio ambiente. Porém, o alto consumo energético e questões relativas à psicologia ambiental proporcionaram discussões, reavaliando o uso generalizado desses sistemas, procurando valorizar o condicionamento natural e soluções que contemplem o desenvolvimento de tecnologias e energias alternativas. A integração de ambos - condicionamento natural e artificial - é indicada, sendo os sistemas artificiais uma complementação aos naturais, exceto em atividades específicas que exijam um controle ambiental bastante rigoroso. Em paises tropicais como o Brasil, o sol gera uma enorme quantidade de radiação e calor, em qualquer posição em que esteja, causando grandes gastos com o ar condicionado. O uso do brise-soliel pode reduzir a entrada de raios solares de ate 50% ou 60% diminuindo os gastos com ar condicionado em ate 33% (fonte: Avaliação do Desempenho Térmico de Três Tipologias de Brise-Soleil Fixo, Segundo Gutierrez, Grace Cristina, 2004.), gerando um ambiente mais confortável e produtivo. Embora a utilização do brise-soleil seja recomendada, proporcionando conforto ao usuário e benefícios econômicos, observa-se que a conscientização da importância desse elemento de condicionamento passivo é mínima, bem como da divulgação de seu uso e propriedades térmicas. Propõe-se o resgate desse elemento construtivo com ênfase na função de proteção solar, avaliando sua eficiência, projeto e indicação, e também valorização de sua expressão plástica. Este trabalho visa, além do resgate histórico destes elementos protetores, contribuir com o questionamento sobre o conceito de eficiência dos dispositivos sombreadores, tentando-se também olhar para a proteção solar não somente como um escudo protetor com características específicas para ser eficiente, mas também como parte de um sistema maior, isto é, design, na qual também tem seu papel, que nem sempre pode ser cumprido a partir de regras preestabelecidas. É preciso aquilatar a importância da proteção solar, e não impor regras rígidas, visando sempre gerar ao usuário, um maior conforto. 5 Figura 2- Oxidação dos componentes giratórios do brise-soleil – 1 Figura 3 – Oxidação dos componentes giratórios do brise-soleil – 2 Figura 4 – Oxidação da haste de conexão 6 Figura 5- Pontos de oxidação na haste de conexão e a ausência de peças de acabamento. Outro problema do sistema se encontra no seu processo de instalação – conforme a figura 6. Figura 6- Montagem do brise-soleil Termobrise Refax – Modelo líder de Mercado (Fonte: Montagem TERMOBRISE REFAX, 2007) 7 Esse é realizado da seguinte forma:  O local onde o brise-soleil será instalado é medido para garantir a fabricação precisa dos dispositivos do sistema, estabelecendo assim os tamanhos de lâmina e gabarito mais adequados ao edifício.  Depois das peças já fabricadas, é feita uma pré-montagem na fábrica para garantir o funcionamento perfeito do conjunto.  Em seguida ele é desmontado, embalado e empilhado para ser transportado até o seu local de montagem.  Com a ajuda do gabarito, o posicionamento da mão francesa do brise- soleil é demarcado na parede.  Com a ajuda de equipamentos especiais, faz-se a furação na parede para a fixação do brise-soleil, que pode ser chumbado ou aparafusado com buchas.  Todo o posicionamento do brise-soleil é feito em cima dos andaimes. O primeiro passo para a sua fixação é a perfuração da parede. Isso permite que se chumbe o conjunto de suporte telescópico e eixo principal ou porta painel.  Conjunto de brise-soleils já fixado, agora falta a montagem da peça de acionamento. Esse processo é muito cansativo e demorado, fatores ergonômicos e projetuais não são levados em consideração para facilitar a instalação, a manutenção e o manuseio do objeto. 2.2: Objetivos do Projeto Nos continentes de clima temperado, tais como Europa e América do Norte, desenvolveram um padrão de edificações que erroneamente vem sendo copiado em paises de clima tropical, onde grandes janelas envidraçadas translúcidas são utilizadas para otimizar, da melhor forma possível, o calor e a luz trazidos pelo sol. Esse tipo de arquitetura, quando adotada em paises tropicais, como no caso do Brasil, 10 quentes. Para assegurar o conforto térmico dos usuários de uma edificação é necessário controlar a entrada de calor e de vento. O brise-soleil surgiu como uma resposta para esta questão. Porem, os modelos hoje encontrados no mercado apresentam problemas diversos, como por exemplo, a falta de conscientização ecológica na escolha dos materiais aplicados em alguns de seus elementos. Alem disso, foi constatado que o produto ainda não desempenha suas funções com total eficiência, o que justifica sua importância como escolha de tema projetual. 2.5: Metodologia: A metodologia aplicada para a realização deste trabalho foi dividida em cinco partes: 1°) Coleta de dados: Nesta fase foi marcada por duas etapas:  Na primeira foram pesquisados todos os dados teóricos referentes ao projeto.  Na segunda foi feita uma pesquisa de campo para analisar os problemas mais freqüentes encontrados no produto. Após os dados coletados e as observações feitas, são definidos os problemas e os objetivos para começar a elaboração de um briefing onde serão estabelecer os parâmetros projetivos dos possíveis conceitos, e onde informações básicas, tais como, dimensionamento, análise mercadológica, situação problema seriam vistas agora como requisitos projetuais. 2°) brainstorm: Após identificas os principais problemas e as vantagem dos atuais modelos do mercado nacionais e internacionais conclusões foram tiradas e soluções foram elaboradas. No final dessa etapa três conceitos foram definidos, o conceito Bipartido, o conceito Versátil e o conceito Combinado. 3°) Escolha do Conceito: 11 O conceito escolhido foi o bipartido por melhor atender os requisitos projetuais, por apresentar uma inovação na sua forma e por ser o mais viável de fabricar. 4°) Dimensionamento: O dimensionamento seguiu a linha já existente no mercado onde o que varia é o comprimento da Lamina. 5°) Apresentação: Essa etapa é concretizada com o auxilio áudio-visual do powerpoint. 12 CAPÍTULO 3: LEVANTAMENTO, ANÁLISE E SINTESE DE DADOS Pesquisas em sites, livros e visitas ao Edifício da Petrobras, Ministério da Educação, ao Hospital Universitário da UFRJ, prédio residencial localizado no bairro Centro do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Saúde, entre outros, possibilitou- nos a execução de uma pesquisa com usuários do produto o que nos levou à análise deste para os conseguintes levantamento, análise e síntese de dados. 3.1. Levantamento dos Fatores Determinantes do Projeto 3.1.1: Análise mercadológica: O brise-soleil pode ser fixo ou móvel, podendo apresentar outras variações relacionadas ao posicionamento das suas laminas. A) Fixo:  Variação quanto o posicionamento: Horizontal, Vertical e Combinado, conforme figura 7. Figura 7– As tipologias de brise-soleil e máscaras de sombra, (OLGYAY & OLGYAY, 1957).  Variação quanto ao dimensionamento: igual da fachada do prédio onde é instalado, conforme figura 8. 15 Fonte: http://www.refax.com.br/brise/termobrise.html, 2008. Analise Mecânica Ele é fixado nas fachadas dos prédios, tanto na horizontal ou vertical, de acordo com os critérios dos clientes. A estrutura de fixação do termobrise é formado por perfis de alumínio extrusados, fixados a fachada através do suportes telescópicos, conforme figura 12. Figura 12 – Estrutura de fixação 16 Modelo: HIGH-TECH - Fabricante: MERLO – CRUZFER, figura 13 Figura 13- modelo HIGH-TECH “MERLO – CRUZFER (Fonte: Catalogo CRUZFER, 2007) 1) Características:  Lamelas - em chapa de alumínio pré-lacada, perfurada, com reforço tubular em alumínio de Ø de 60 mm, espessura de chapa 1,5 mm de acordo com lamela escolhida. Secções standard de 250 e 530 mm.  Guias laterais - em alumínio extrudido com secção retangular de 60x100 mm. Perfis providos de ranhuras para a acoplação de distanciadores.  Distanciadores - em alumínio ou aço, com comprimento de acordo com lamela ou necessidade de montagem. A distância entre distanciadores é variável entre os 1200 mm e 1500 mm, dependendo das estruturas utilizadas.  Comando elétrico - por motor de 220 v, que permite a orientação das lamelas em 120º, através da barra de comando que se encontra acoplada ás lamelas. Este comando permite o movimento de um grupo de lamelas até 10 metros. 2) Dimensionamento: Tabela 3: Dimensões da High-tech (fonte: Catálogo CRUZFER, 2007) Modelo Comprimento máximo mm Dimensão da seção mm Espessura mm Peso Kg/ml Material Comando HT 530 3500 98 X530 1,5 4,0 Alumínio Elétrico HT 250 2000 50 X 210 1,5 2,0 Alumínio Elétrico 17 Analise Mecânica: APLICAÇÃO: Fachada de prédios. “Exterior, para proteção solar e regulação da luminosidade. Aplicação em todo o gênero de edifícios: comerciais, industriais, residenciais, públicos, etc.” Figura 14-Corte da lâmina. 20 Modelo: BRISE INCONYLON - Fabricante: INCONYLON, figura 17. Figura 17-BRISE INONYLON 1) Características:  O PVC usado no modelo Inconylon foi desenvolvido com uma formulação específica, onde entram aditivos especiais, como por exemplo, modificadores de impacto e protetores contra raios ultravioletas.  Por ser um termoplástico, o PVC não conduz calor, não havendo necessidade de enchimento com materiais antitérmicos, como o poliuretano expandido. Devido a esta propriedade, o Inconylon colabora para a economia de energia, evitando assim um gasto excessivo com aparelhos de ar condicionado.  O modelo Inconylon possui alta resistência aos ventos. Foi testado pelo IPT sob severas condições de vento, de até 180km/h. Os testes mostraram, que podemos fazer Brise-soleil com até 3m de altura.  Uma das grandes vantagens do produto é o seu emprego no litoral, pois não sofre a ação da maresia como o alumínio 21 Analise mecânica APLICAÇÂO: Brise-soleils horizontais, verticais e toldos. Tipos de tampa para os diferentes tamanhos de brise-soleil da linha Inconylon, conforme a figura 18. Figura18- Tamanhos de tampas. 22 BRISE-SOLEIL DE VIDROTEMPERADO, figura 19: Figura 19- Brise-soleil de vidro laminado localizado no Centro de Cultura Judaica São Paulo- SP, edifício projetado por Roberto Loeb. (FONTE: Texto resumido a partir de reportagem de Cida Paiva Publicada originalmente em FINESTRA Edição 32 Janeiro de 2003.) 1) Característica:  O edifício foi construído em área aberta, sujeita às cargas de vento e à elevada incidência da luz do sol, exigiu a concepção de uma fachada protegida por sistema de Brise-soleil fixo de vidro, conforme figura 20. Figura 20- Fachada rodeada por sistema de Brise-Soleils fixos (projeto especial)  O Brise-soleil é pergolado com estrutura de concreto armado compostos por vigas em balanço com aberturas circulares produzem 25  Modelos Internacionais Brise-soleil SUNSCREENS, figura 24: Figura 24- Modelo SUNSCREENS 1) Características:  Lâminas ajustáveis têm eixos de base posicionados em um canal de alumínio – no topo e na base para aplicações verticais e em cada lado para horizontais. Uma vara de ligação junta cada lâmina do brise-soleil para assegurar movimento uniforme, conforme figura 25. O controle de ajuste da unidade se dá por um atuador elétrico acoplado no eixo principal. Figura 25- Posicionamento das laminas. (Fonte: Catálogo da NACO, 2007.)  Rotação: A rotação das laminas é no sentido horário.  Medidas: Os perfis das lâminas disponíveis são de 200 mm ou 300 mm, e são 26 produzidos modularmente sem padrão de comprimento, tendo sido criadas para atender ângulos de fechamento.  Espaço entre as laminas: O vão (comprimento) das laminas depende de aspectos de design. Comprimentos recomendados são dados para cada tipo de lâmina, conforme figura 26. Figura 26- Tipos de lâminas.  Tampas de acabamento: Tampas de fechamento com o formato do perfil são encaixadas nas lâminas elípticas.  Conexão das varras: Canal de alumínio anodisado natural com pinos de aço sem pintura.  Conector: Barra chata, acima e ao fundo para os eixos verticais e para cada uma das horizontais, essas hastes de acionamento garantem um movimento uniforme.  Laminas: Canal de alumínio extrusado, acabado com aço anodisado.  Eixos: Aço sem pintura: Eixos contêm buchas de nylon. Eixos laterais e de topo são encaixados pelo colar centralizador (centralising collar).  Operação elétrica: Motor de 24volts pode ser fornecido. 27 Brise-soleil EXTÉRIEUR:  Brise-soleil LS1, figura 27. Figura 27- Sistema LS 1. O sistema de lamelas LS 1 é equipado por lamelas de vidro que estão apoiadas em uma estrutura tubular de alumínio, que permite um espaçamento máximo de 3600 mm entre duas vigas. A largura das lamelas varia de 300 até 600 mm. 30 E04F 10/08 Título: BRISE SOLEIL DE PERFIS DE PVC RIGIDO Resumo: Modelo de utilidade de um Brise-Soleil composto de perfis em forma "Z" e espaçadores tubulares ambos de PVC rígido (Figura 29, itens 2 e 3), fabricados pelo processo de extrusão, e reforço estrutural metálico com tratamento antioxidante (Figura. 29 item 1), que pode ser instalado em vão sem esquadrias (Figura 30) permitindo inclusive uma visibilidade da área interna para área externa, oferecendo assim uma privacidade da área interna. Também pode ser instalado em vão com esquadrias, afastado da parede, na área externa formando um colchão de ar (Figura 31, item 1) que proporciona maior conforto térmico, o que reduz o consumo de energia elétrica pelo menor uso do condicionador de ar, sendo que o mesmo evita a iluminação direta, fazendo com que a luminosidade não reflita nas mesas de serviços e em especial nas telas dos monitores de computadores. Figura 29- Espaçadores tubulares. 31 Figura 30- Instalação em vão sem esquadrias. Figura 31- Instalação em vão com esquadrias. Nome do Depositante: Uniplast S/A (BR/SC) Nome do Inventor: Miguel Angel Seixa Llano Nome do Procurador: CWB - Marcas e Patentes S/C Ltda 32 Tabela 5- Comparação dos modelos analisados: Modelos Tipo Lamina Material Acionamento Análise TERMOBRISE 330 Móvel: Horizontal e vertical Alumínio Manual A possibilidade quanto ao tipo, ora horizontal ora vertical, é interressante, porém o material na qual ele é feito não é uma solução HIGH-TECH Móvel: Vertical Alumínio Motorizado Possui um design diferente de lâmina, porém este só pode ser usado motoramente o que pode ser uma desvantagem. LINEA S Móvel: Horizontal e vertical Alumínio Manual e motorizado Tem grandes vantagens de acionamento e quanto ao tipo, seu ponto negativo fia a cargo do material empregado na sua fabricação. Brise-soleil INCONYLON Móvel: Horizontal E vertical PVC Manual Tem grandes vantagens de acionamento e quanto ao tipo. O PVC é um bom material para ser empregado, no entanto a sua utilização não é bem vista pelos usuários do produto por acharem que este tem pouca presença estética. Brise de vidro temperado Fixo vertical Vidro Sem acionamento Por ser fixo já apresenta desvantagens claras em relação aos outros modelos por ser um brise-soleil que só se adeque a um tipo específico de prédio. SUNSCREENS Móvel: Horizontal e vertical Alumínio Motorizado Tem um design comum que é acionado motoramente o que pode ser uma desvantagem. Brise-soleil LS1 Móvel Horizontal Vidro Motorizado Possui um design diferente de lamina porem este só pode ser usado motoramente o que pode ser uma desvantagem. Brise-soleil LS 2 Móvel Horizontal Vidro Motorizado Possui um design diferente de lamina, porém este só pode ser usado motoramente o que pode ser uma desvantagem. 35 também como uma barreira de som pode agregar um valor de suma importância ao produto alem de trazer altos benefícios aos seus usuários. Atualmente no mercado existe um material muito utilizado que cumpre essa função: a lã de vidro, que também serve com isolante térmico. No entanto, hoje, o uso deste este material é restrito na Europa. Além disso, O PROJETO DE LEI Nº. 4.777, visa à proibição do uso da lã de vidro no Brasil, por ser prejudicial à saúde. A substituição deste material por outro se tornou, então, um pré-requisito para o projeto, para reduzir por absorção o ruído os materiais acústicos mais indicados são lã mineral (ou lã de rocha), espuma, madeira expandida e fibra de coco, conforme figura 34. Figura 34- Materiais termo-acústicos. 36 Tabela 6: Análise comparativa dos materiais pesquisados Materiais Imagens Vantagens Desvantagens Lã de Rocha  Podem ser flexíveis, rígidos ou semi-rígidos.  Baixa condutividade térmica.  Indicados para tratamentos térmicos e acústicos para a construção civil e indústria.  Os painéis em lã de rocha basáltica são classificados como incombustíveis  Não corrosivo.  Calor específico: 0,84 KJ/Kg oC.  Densidade: 20-180 kg/m3  Difícil aplicação em laminas.  O processo de aplicação da lã de rocha necessita moldes específicos. Espuma de Poliuretano  Isolante acústico.  Material leve com dimensões variadas.  Normalmente é utilizada colada no exterior da estrutura.  O produto não é ecologicamente correto Bioespuma  Inicialmente, a Bioespuma foi produzida com mamona, mas hoje tem a soja e o milho como duas das principais fontes de matéria-prima porque obtiveram melhores resultados técnicos e menor preço. Fibra de coco  Produto ecológico.  Uma alternativa viável para a substituição das fibras sintéticas.  Boa rigidez dielétrica.  Melhor resistência ao impacto.  Densidade: 85 kg/m3  Placa de 20 mm: Coeficiente ponderado de absorção = 0,4 – Classe D  Placa de 40 mm: Condutividade térmica: 0,053 W/(m.K).  Difícil aplicação em lâminas.  O processo de aplicação da lã de rocha necessita moldes específicos. B) Controle da luminosidade Arquitetos alegam que a aplicação do produto deve-se: 37  ao índice de iluminamento incidente acima daquele dito ideal para os freqüentadores do edifício  às incidências de raios solares, que causariam ofuscamento aos freqüentadores do local na maior parte do ano, gerando moléstias no trabalho  à vista externa ao prédio não ter uma estética agradável  ao embelezamento do edifício A qualidade da iluminação dos postos de trabalho não é definida apenas pela sua intensidade. Deve-se levar em conta também à distribuição da densidade luminosa, a limitação do ofuscamento, a direção da luz e da sombra. No que diz respeito à intensidade luminosa deve-se seguir os padrões definidos na NBR 5413, a qual estabelece uma iluminância de 750 a 1000 lux para áreas de trabalhos em escritórios. As características de reflexão dos materiais, cor e textura podem também evitar o ofuscamento refletido, proporcionando maior conforto visual. 40 O ar natural possui uma maior carga de ionização negativa tão necessária para uma respiração saudável. Ele favorece a assimilação de vitaminas, reduz o cansaço, facilita os processos mentais e de consciência, melhora o ânimo e a disposição físico- mental. Os condicionadores de ar, assim como outras máquinas, consomem o íon negativo do ar, prejudicando assim a saúde e o bem estar. Hoje em dia, conciliar o conforto ambiental e a eficiência energética das edificações é um dos principais desafios para a arquitetura. O brise-soleil, assim como o toldo, é um usado para minimizar a carga térmica no interior dos edifícios. Soluções como estas procuram aproveitar as condições naturais existentes na edificação, reduzindo a necessidade da utilização de sistemas de climatização artificial, promovendo assim uma grande economia de energia elétrica. É fortemente recomendado o uso de recursos naturais em pró do conforto térmico. No entanto, em casos que exigem um rigoroso controle de temperatura sugere-se a conciliação do sistema artificial de ventilação e/ou de condicionamento do ar. A escassez de energia elétrica e a elevação de tarifas fazem deste 2008 o momento ideal para a reafirmar esse conceito. 3.1.3: Fatores Econômicos Ao analisarmos os fatores econômicos que são levados em consideração para a elaboração de um brise-soleil podemos destacar alguns tópicos tais como a produção, o transporte, a matéria prima e o gasto energético do produto. A produção em si não é vista como um ponto crítico, pois a sua execução é adequada ao tipo de produto fabricado. Primeiramente o perfil principal é extrusado, e este, normalmente possui uma alma metálica em seu interior para servir de sustentação. Em seguida, ele é preenchido por um material termo acústico, como por exemplo, o poliuretano expandido, para agregar propriedades de isolamento térmico e de absorção acústica ao perfil. 41 Para finalizar o processo de produção, o perfil é fechado por ambos os lados, por uma tampa injetada de ABS, e é nesta estrutura onde são colocadas as arruelas, para reduzir o atrito de giro. A ultima etapa é fixar as laminas no brise-soleil, e para isso são usadas buchas de Nylon, material auto-lubrificante, que são encaixadas no eixo principal, conforme figura 36. Figura 36- Peças da produção do Brise-soleil. A questão do transporte e da matéria prima utilizada é um ponto que varia de produtor para produtor o que impossibilita uma analise mais precisa. O custo energético é outro fator que foi pesquisado, pois para se obter uma resposta coerente, foi preciso saber se a economia proporcionada pelo brise-soleil é realmente relevante, e se essa resposta for positiva, quanto desta economia é perdido quando ele é motorizado. 42 A) Sistemas manuais e automáticos A utilização de motor em brise-soleil está diretamente ligada a edificações nas quais as janelas não podem ser abertas, porém quando isso acontece o custo de produção e o consumo de energia sobem sensivelmente. A adição desses motores ao conjunto do bise-soleil é avaliada quanto ao preço, consumo de energia e necessidade, a qual segundo os vendedores desses produtos tem o seu preço diretamente proporcional à força exercida pela movimentação das laminas. Não existe, porém, uma forma de calcular a força necessária para o acionamento, devido ao fato de que as lâminas (ou lamelas) dos brise-soleils são fixadas centralmente, estando balanceadas durante o acionamento e ficando para o acionamento somente as forças de atrito de acordo com a forma construtiva de cada instalação. Portanto para esse tipo de aplicação, a força necessária deve ser determinada empiricamente, ou seja, através da medição na própria instalação, ou pelo conhecimento do fabricante do brise-soleil. Conclui- se assim, de forma geral, que quanto menor o atrito, menor o custo do motor, tendo-se em vista as diminuições do custo a partir do projeto, algumas formas gerais de reduzir o atrito foram pesquisadas e entre elas estão:  Diminuir a área de contato entre superfícies e utilizar objetos que possam reduzir o atrito, tais como, arruelas com insertos lubrificantes, óleo de Rodinhas dentre outros.  Amenizar o peso das laminas, isso dependeria da densidade de seus materiais, tanto do utilizado para a fabricação do perfil quanto para o material que preenche o seu espaço interior para intensificar a capacidade de isolamento térmico e acústico. Tabela com informações sobre classificação sobre níveis de ruídos estão presentes no anexo 2. B) Economia de gastos de energia elétrica Uma das funções de um brise-soleil é reduzir os gastos de energia elétrica com ar condicionado. Sendo o objeto geralmente capaz de reduzir a temperatura do ar em 45 Hoje a produção da lamina de um brise-soleil é feita, em sua maioria, por extrusão o que permite a variação de seu dimensionamento linear. A ausência de padronização dimensional do brise-soleil pôde ser constatada a partir de pesquisas com os fabricantes. Isto é certamente um fator dificultante da industrialização do produto.  Tampas inferiores e superiores: São injetadas em ABS, e geralmente, as tampas inferiores possuem em sua geometria um espaçamento para se unirem as hastes conectoras, conforme figura 37: Figura 37: Tampas Seus tamanhos variam de acordo com o tamanho da lamina.  Buchas: São usadas para a fixação das laminas dos brise-soleis nas suas respectivas bases. Elas, na sua maioria, são feitas em nylon por este ser um material auto lubrificante, o que conseqüentemente serviria para a redução do atrito na área de giro. 46 No entanto, sendo esta peça utilizada num ambiente aberto, onde estará em contato constantemente com a água, o Nylon passa a não ser o material mais indicado para a sua fabricação, pois com o tempo esse absorverá a água e perderá suas dimensões básicas, podendo mais tarde acarretar na ruptura da própria peça.  Mecanismos de giro: Foi observado que o conector das laminas estava, em muitos dos modelos, ligados a parte de acionamento. Isto fazia com que seus produtores buscassem posiciona-lo no local da lamina que fosse mais distante do centro de giro, e mais próximo à janela, quando instalado. Agiam desta forma para minimizar a força de acionamento manual exercida pelo usuário, ou pelo motor, para o acionamento, fato que realmente ocorre e pode ser constatado pela fórmula de física do torque, conforme figura 38: Figura 38: Fórmula de física do Torque.  Haste: Durante a pesquisa exploratória dos diversos modelos de brise-soleil existentes, foi constatado que o conector das lamelas (haste) é feito de metal. Foi verificado que, na maioria dos modelos, esse metal, fica exposto às ações do tempo, e por conseqüência tendem a enferrujar e comprometendo seriamente o mecanismo de rotação das lamelas do brise-soleil. 47  Base: É produzida em material metálico. A maioria dos modelos, em alumínio, por ser este leve e de baixo custo e resistente. Na base são colocadas as demais partes do brise-soleil, tais como a bucha, as laminas e o suporte estetoscópio.  Suporte Telescópio: Os modelos de suporte estetoscópio analisados podem ser fixação na fachada dos edifícios de duas formas: 1) Por parafusos e buchas. 2) Chumbado diretamente na estrutura predial. 3.1.5: Fatores de ecologia Após a produção de qualquer material sólido, tanto em nível urbano quanto industrial, sobram resíduos, sendo que estes, sobretudo em locais menos desenvolvidos, são descartados aleatoriamente. Contudo, em certos casos, o descarte obedece a um tratamento regular, tal como ocorre em alguns países mais avançados. Hoje, pode se observar o aumento na tendência do uso de matéria prima reciclável na criação de novos produtos. A matéria prima original de caráter reciclável vem sendo mais consumida que a reciclada, por se tratarem de materiais mais baratos. No entanto deve-se incentivar o consumo e uso do material reciclado para que o ciclo sustentável do mesmo se conclua, justificando com isso o tratamento regular do material. As latas de alumínio surgiram no mercado americano em 1963. Após o consumo, as latas passam por um processo de reciclagem. Para isso, são coletadas, amassadas, enfardadas, e encaminhadas a indústria onde haverá a fundição em fornos. A partir deste processo são produzidos lingotes que são vendidos aos fabricantes de lâminas ou repassados a indústrias de autopeças. 50 CAPÍTULO 4: DESENVOLVIMENTO DE ALTERNATIVAS OU IDÉIAS BÁSICAS A partir das premissas de projeto foram desenvolvidas propostas visando solucionar os pontos fracos dos modelos de brise-soleils analisados e acrescentar-lhes qualidades funcionais, ecológicas e estéticas, dentre outras. 4.1: Evolução da forma do eixo de giro: O local do conector das laminas, como se pode constatar na figura 39, foi alterado, ficando mais próximo ao eixo, de modo que o mesmo pudesse ser inserido dentro da base, conforme figura 40. Este posicionamento garante a limpeza estética do brise-soleil e a proteção dos componentes do mecanismo de giro contra chuva, vento e poeira, o que multiplica a vida útil do produto, sem aumentar quantidade de matéria prima necessária para a fabricação do conjunto. Figura 39: Imagem do conector das lâminas do brise-soleil. 51 Figura 40- Mostra o posicionamento da haste conectora dentro da base. Com tudo, esta solução acarretou em novos desafios: a facilitação da montagem do conjunto e a busca de um novo posicionamento para a peça de acionamento (pega). 4.2: Desenvolvimentos das alternativas de conceito A) Conceito 1: Brise Simes, figura 41. Figura 41- Conceito Simes 52 A lâmina foi desenhada de forma que uma de suas pontas servisse como pega para o giro manual do conjunto, conforme figura 42. Figura 42- Formato arredondado da pega manual. Além disso, elas possuem um encaixe de formato redondo que possibilita o encaixe de um conjunto no outro, em qualquer angulação, permitindo que o modelo se adapte a formatos de paredes de prédios irregulares, retos ou arredondados, conforme figuras 43, 44 e 45. Figura 43: Possibilidades de angulação de encaixe entre lâminas. 55 a escolha de que uma ou mais lâminas sejam agregadas – ou desagregadas- ao movimento do conjunto, conforme figura 48. Figura 48- Botão de opção: Permite o giro individual ou conjunto das lâminas, aumentando combinações de direcionamento de vento e regulagem de intensidade de luz e sombra em ambientes Para facilitar a montagem do brise-soleil, foram feitos dois furos na base, coincidentes em diâmetro com dois furos feitos na haste conectora das lâminas. Um parafuso é colocado para a imobilização da haste no lugar certo para a fixação das lâminas. Para a instalação destas, bastaria colocá-las na posição fechada de modo que o pino que conecta na haste fique posicionado no local referente aos furos feitos na haste para seu encaixe, quando estacionada pelo parafuso, conforme a figura 49. Figura 49- Furo gabarito de montagem. 56 Além de facilitar a produção, este mecanismo também possibilitaria a manutenção do trilho como sendo um tubo quadrado extrusado, o que garante que o preço de custo deste conceito similar ao do brise-soleil líder de mercado, sendo superior esteticamente, e funcionalmente, apresentando também uma fácil fabricação, com aumento da vida útil de seus componentes e com grandes facilidades de montagem. B) Conceito 2: Brise versátil, figura 50. Figura 50- Brise Versátil O segundo conceito foi desenvolvido para agregar, ao ambiente, ergonomia de diversos gêneros geralmente não adotados nos brise-soleils que se encontram hoje no mercado. A luz e o vento fornecidos gratuitamente pelo meio ambiente podem ser aproveitados e transformados de varias formas. Este conceito é formado por lâminas transparentes. Dentro de cada uma delas se encontra um rolo no qual podem ser instalados os mais diversos materiais flexíveis, podendo ser eles translúcidos, opacos, com propriedades acústicas e térmicas, e até mesmo células fotovoltaicas, podendo gerar assim maior conforto acústico e térmico ou maior incremento estética, e até mesmo a iluminação de ambientes com cores 57 diferentes, no caso de o material inserido ser parcialmente translúcido, conforme figura 51. Figura 51- Lâminas transparentes com rolos de diferentes materiais. O Brise Versátil possui um sistema de rolamento do rolo que contém o material, o que permite que se instalem diferentes materiais um mesmo conjunto que são rolados simultaneamente por uma manivela, operação esta que se faz manualmente. O giro da manivela, então possibilitaria que o ambiente mude características térmicas, luminosas e sonoras em qualquer momento, de acordo com a vontade do usuário, conforme figura 52. Figura 52- Detalhe da manivela 60 D) Conceito 4: Brise Duplo, figura 56. Figura 56- Brise Duplo. Este conceito foi elaborado especialmente para aqueles que buscam um brise- soleil que desempenhe suas funções principais com melhor êxito. A partir da observação da atuação do brise-soleil foi constatado que quando o vento provinha de um mesmo sentido que a luz o usuário era obrigado a escolher entre a luz e o vento, conforme figura 57. Figura 57- Esquema de Luz X Vento 61 Este modelo desenvolvido capta o vento de qualquer direção, bloqueando a luz proveniente também de qualquer direção. Sua lamina possui duas partes que se movem independentemente o que permite até mesmo que o vento captado seja redirecionado para dentro de um ambiente. Suas peças são encaixáveis e empilháveis. A lâmina ao longo do desenvolvimento deste conceito sofreu mudanças, evoluções, o primeiro desenho apresentava uma lamina com as suas duas partes no mesmo formato de molde de extrusão, o que economiza gastos de produção, conforme figura 58. Figura 58- Primeiro esboço do Brise Duplo, onde a parte A era igual à parte B. O segundo esboço da lamina deste conceito manteve a sua forma original e a idéia de duas partes iguais formando uma lâmina. No entanto o arranjo das partes foi alterado possibilitando o fechamento do conjunto por ambos os lados. Essa mudança de posicionamento não só tornou mais viável a fabricação e a utilização do Brise Duplo, como gerou uma estética formal mais diferencial, conforme figura 59. 62 Figura 59- Segundo esboço da lamina do Brise Duplo. Nesse segundo esboço, com o melhoramento dos esboços iniciais, surgiu a idéia de agregar funções e materiais a cada sub lâminas, uma seria opaca e estaria ligada diretamente a ventilação dos ambiente e a outra seria semi-translúcida e estaria diretamente ligada a entrada de luz do ambiente. Assim, num ambiente vedado seria possível permitir a entrada de luz. Além de aprimorar as funções básicas de um brise-soleil, acabou por gerar uma solução esteticamente satisfatória. O terceiro e definitivo formato de lamina, possui o mesmo formato inicial dos dois primeiros esboços, tem diferentes materiais aplicados as suas partes, mantendo a idéia do segundo esboço, porém para aprimorar a sua estética formal, optou se pela criação de duas partes distintas onde uma se sobre põe a outra, fazendo uma “luva”, conforme figura 60. 65 CAPÍTULO 5: DESENVOLVIMENTO E RESULTADO DO PROJETO Figura 62: Brise Duplo O conceito desenvolvido foi resultado da análise das alternativas geradas e da combinação dos seus pontos positivos. Ele permite a escolha de qualquer possibilidade de uso de vento e luz nos ambientes, proporcionando maior conforto, como demonstra a figura 63. 66 Figura 63: Possibilidades de uso. Segundo o livro Manual de Conforto Térmico, de Anésia Barros Frota, o vento é a movimentação das moléculas que compõem o ar que tem a finalidade de homogenizar a concentração das partículas do ar, não importando a direção de origem do mesmo, ele tenderá a entrar com velocidade em ambientes onde há pouca concentração de moléculas. No entanto, tal como podemos observar nas palhetas de ar condicionados de veículos, é possível direcionar a entrada de vento nos ambientes. A movimentação dos brise-soliels e similar aos sistemas de palhetas veicular citados anteriormente, e 67 como tal, permite a manipulação da entrada de num ambiente, melhorando assim, a sensação térmica. Além disso, pode-se notar que certas situações do dia requerem luz e vento; outras, sombra e vento; ou ainda, o vento não é desejado, mas sim a luz e até mesmo, em alguns momentos nem a luz, nem o vento são bem vindos. Os brise-soleils móveis que existem hoje no mercado são utilizados para direcionar a entrada de vento dentro dos ambientes OU bloquear a luz, não podendo executar as duas funções ao mesmo tempo, já que a posição dele para o bloqueio de luz nem sempre coincide com a posição desejada para a entrada do vento. A combinação de duas sub-lâminas permite que o objeto seja utilizado para atender diversas funções. Caso 1: A sub-lâmina 1 ( opaca) é utilizada para bloquear a luz enquanto que a sub- lâmina 2 é movimentada para redirecionar o vento. Isso torna o brise-soleil duplo mais eficiente que os que simples, permite que o vento entre na região da sala escolhida pelo usuário, conforme a figura 64. Figura 64: Mecanismo independente de direcionamento do vento e de bloqueio de luz 70 As lâminas utilizadas no final de sua seqüência linear são as lâminas inteiras. As tampas destas lâminas – figura 69 - possuem um formato distinto das outras em pro de um melhor acabamento estético do conjunto. Figura 69: Tampa do Brise Simples Estas lâminas, com suas respectivas tampas podem ser também utilizadas para a composição do brise-soleil simples, conforme pode-se ver na figura 70. Figura 70: Brise Simples. 71 Este modelo de lâmina, tanto na sua forma simples ou dupla almeja adapta-se a fachadas de edifícios curvilíneos e retos, vedando completamente o espaço entre as lâminas. O suporte telescópico é um sistema opcional do conjunto. Deve ser aplicado nos casos em que se deseja que o Brise Duplo seja instalado fora do peitoril das janelas. Este sistema é composto por três partes:  O corpo principal: É a peça ligada diretamente na base  O distanciador: Possibilita que a distância entre a parede da fachada e as lâminas seja regulada. Pode ser posicionado com a parte arredondada virada para a parede, ou para dentro do corpo principal da mão francesa, podendo ser fixado diretamente na parede reta ou fixado no componente giratório para a instalação em paredes curvas.  O componente giratório: Permite que o conjunto se adapte fachadas de edifícios curvas. Os conectores dos brise-soleils são componentes de acabamento também complementares que servem para melhorar o posicionamento entre eles. Estes componentes permitem o perfeito encaixe das laminas de um conjunto nas de outro. Também se trata de uma peça de acabamento opcional que almeja o perfeito encaixe e vedação, a qual é principalmente recomendada para edifícios curvos. A base possui uma abertura lateral para facilitar a instalação dos seus componentes mecânicos e possíveis situações de manutenção, conforme a figura 71. Figura 71: Abertura lateral da base para facilitar a instalação e a manutenção. 72 5.1 Detalhamento da alternativa selecionada 5.1.1: Dimensionamento das partes Todo o dimensionamento de furação é feito em polegadas. Dentro do conjunto são encontrados alguns tipos de encaixe:  Encaixe liso com folga.  Encaixe liso com pressão.  Encaixe pos rosca.  Encaixe com fecho por pressão. As folgas para encaixe deverão ser calculadas por um arquiteto, assim como o tamanho de partes de encaixe por pressão. Estes dependem do índice de resiliência do material e, por esta razão, foram apenas aplicados a peças feitas em PET reciclado. O conceito escolhido, o Brise Duplo ,é formado pela união de em quatro sistemas principais que foram dimensionados de acordo com as medidas estabelecidas pelo mercado e as necessidades projetivas do modelo. Os sistemas e suas respectivas medidas são : A) Sistema 1: Base, figura 72: Figura 72: Sistema da Base. 75 A.3) Tampa da base, figura 77: Figura 77: Tampa da base Contendo o mesmo comprimento da base, e podendo ser facilmente aberta ou fechada, contribui com a simples instalação da haste de ligação entre as lâminas nas tampas destas, facilitando também o ajuste de porcas e arruelas. A.4) Trava da base, figura 78: Figura 78- Trava da base. B) Sistema 2: Suporte telescópico, figura 79: 76 Figura 79- Suporte Telescópico. Este sistema contém 3 partes principais: B.1) Corpo do suporte telescópico, figura 80. Figura 80- Corpo do suporte telescópico. 77 Seu dimensionamento é igual ao mínimo necessário para impedir que as lâminas, quando giradas, atinjam a parede. B.2) Distanciador, figura 81: Figura 81- Distanciador. Permite variar a distância entre a parede e a base. A distância máxima entre a base e a parede, proporcionada por este elemento, é de 250mm o que cede uma folga de 100mm da ponta da lâmina, quando totalmente aberta até a parede. B.3) Regulador de Angulação, figura 82: Figura 82- Regulador de Angulação. Este componente foi criado como uma forma de baratear, a partir da criação de uma padronização da mão francesa, o custo dos brise-soleils feitos com a finalidade de adaptar-se a paredes curvas, pois foi observado que para a adaptação dos modelos que existem hoje no mercado a prédios curvos, é necessária a execução de projetos especiais únicos que incluem a medição de toda a fachada do prédio, e 80 C.2) Pega na lâmina, figura 86: Figura 86- Explodida da Pega 2. Ela é fixada em baixo das sub-laminas internas do Brise Duplo, conforme a figura 87. Figura 87- Pega do Brise Duplo posicionada em baixo da lâmina. 81 C.1) Haste de acionamento das laminas, figura 88: Figura 88:Haste de acionamento das laminas. O comprimento da haste segue a seguinte equação: 200mm x (número de lâminas a serem acionadas ao mesmo tempo) + 10mm ( 5mm para cada lado do último furo) . A haste possui um furo de mesmo diâmetro dos pinos das tampas das lâminas a cada 200mm para o encaixe das mesma e uma furação entre cada um deste furos para a colocação da haste de conexão da pega no local desejado. O furo para a entrada da pega e de mesmo diâmetro do furo para a entrada das tampas. Isto possibilita um sistema de furação automatizada, facilitando a produção. Além disso, é vantajoso para instalação, uma vez que a pessoa responsável pela montagem não tem que se preocupar com a posição da haste com relação à pega. C2)Pega, figura 89: Figura 89- A Pega. 82 Segundo dados do livro de Ergonomia do Itiro Iida, pág.118, a largura da mão do homem maior é de 11,6cm. A largura da pega foi definida a partir desta medida, como comprova o desenho técnico. Sua grossura de 3 cm foi também definida a partir de dados da mesmo livro ( figura da pág. 246), o qual estabelece esta dimensão para pegas como sendo a que propicia a força máxima para empurrar e girar. C3)Cremalheira, figura 90: Figura 90- Cremalheira. A cremalheira é aparafusada na pega, e tem como trilho de deslocamento, o rasgo da tampa. Ela, quando acionada, move a engrenagem, e esse movimento é transferido até a haste das lâminas. O dimensionamento de seus dentes foi calculado a partir de fórmulas contidas no livro de Desenho Técnico Mecânico. C4) Engrenagem, figura 91: 85 Figura 94- Tampa da pega. Após ter a pega posicionada em sua superfície, a tampa é aparafusada em sua lateral, para ser fixada na caixa, podendo ser aberta ou fechada a medida em que for preciso fazer algum tipo de conserto ou manutenção. O rasgo da tampa possui o comprimento equivalente ao perímetro do arco da engrenagem referente à distância percorrida para que o a lâmina gire dentro da angulação limitada pelo toque de uma lâmina na outra (para ambos os lados) A distância do rasgo para a base foi determinado pelo posicionamento ideal da pega no conjunto, local este que se caracteriza por se localizar próximo ao peitoril da janela e suficientemente distante da lâmina para que esta não colida com a mão do usuário no momento em que este aciona o sistema, conforme a figura 95. Figura 95: Área livre para manuseio da pega 1. 86 C7) Caixa da pega, figura 96: Figura 96- Caixa da pega. Ela é aparafusada na base do Brise Duplo, pelo lado de dentro, conforme a figura 97. Figura 97- Explodida da caixa. 87 O pino onde se encaixa a engrenagem contém parte de espessura maior, cuja medida deve ser determinada por um engenheiro, para a fixação da cremalheira. A cremalheira, por sua vez possui em seu centro de giro uma entrância que é de medida pouco maior que parte sobressalente do pino. Desta forma, o pino fixará a cremalhiera, mas não impedirá a sua rotação por atrito. D) Sistema 4: Partes da Laminas, o Brise Duplo é formado pela união de duas sub laminas, conforme a figura 98. Figura 98- Lâmina do Brise Duplo. D.1) Base da Pega 2, figura 99. Figura 99 – Base da Pega 2 90 Figura 102- Explodida da Sub-Lamina 1. D.2) Sub-lamina 2, figura 103: Figura 103- Lamina Partida. Essa sub-lamina é formada por quatro itens principais, conforme a figura 104: 91 Figura 104 –Explodida da sub-lamina 2. E) Conjunto, figura 105: Figura 105 – Conceito do Brise Duplo. 92 O dimensionamento do espaçamento entre eixos foi projetado de acordo com os tamanhos padrão das janelas mais encontradas no mercado e em livros de arquitetura. Observou-se que 95% de suas dimensões de altura e de largura são divisíveis por 20 cm. Utilizamos esta medida para dar a dimensão de espaçamento entre elas. Durante a fase de pesquisa de mercado consumidor, observou-se uma tendência mercadológica, pelos construtores aquitetônicas, produtores de brise-soleils e dos próprios consumidores, em procurar por uma padronização de materiais e cores, as quais normalmente são obtidas através de palhetas de cores e materiais para facilitar a produção e proporcionar ao cliente a sensação de ampla variedade.Com base nisso, foi estabelecida uma palheta de cores que poderá ser adotada na confecção do modelo, conforme mostra a figura 106 e 107. Figura 106- Paleta de cores, com duas opções de cores frias e duas opções de cores quentes. Figura 107- Opções de Cores de Madeira, duas variando pra cinza e duas para o amarelo. 95 Figura 112: Tampas para a fabricação de toldos Figura 113: Toldos 5.1.2: Determinação do material das tolerâncias e acabamentos Para a fabricação da engrenagem, da cremalheira, da pega, da haste de conexão das lâminas, do conector da pega, do fecho da base, das lâminas semi- 96 translúcidas e de suas tampas foi escolhido o material PET reciclado. Para a fabricação das lâminas opacas sugere-se ainda o uso de madeira plástica feita de compósitos de PVC com fibra de celulose. Politereftalato de etila, ou PET, é um poliéster. Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados, o que o caracteriza como material ecologicamente correto. Algumas de suas características e propriedades são:  Cristalino  Excelente equilíbrio de propriedades  Excelente resistência a uma ampla variedade de produtos químicos à temperatura ambiente  Alta resistência a fluência, com baixa absorção de umidade  Excepcional resistência a impactos  Filme tenaz, durável e dimensionalmente estável  Pode ser metalizado gravado em relevo, cortado em tiras e laminado  Disponível na forma de cristal claro, branco opaco e translúcido  Suave propriedade antiestática, promotor de adesão, selante de calor Este material foi escolhido para os elementos mecânicos do brise por não ser de caracter oxidante e por apresentar uma alta resistência a impactos, garantindo uma maior durabilidade ao brise-soleil. Foi também optado para as lâminas por ser resistente, evitando o desgaste ou cizalhamento do produto durante os seus transporte, montagem e uso. A propriedade de selar calor contribui para o bom desempenho antitérmico do produto. Seu carater favorável a adesão favorece o encaixe das lâminas em suas respectivas tampas. Ademais, o material favorece a possibilidade de escolha de combinação de cores e respectivos índices de translucidês de lâminas para a composição da fachada de um edifício. A possibilidade de escolha da cor da lâmina translúcida permite também agregar ergonomia cognitiva à ambientes. É aconcelhavel que a haste que conecta a pega, responsável pelo giro da lâmina 2 (localizada do lado mais próximo à janela), seja de caráter translúcido, pois, 97 com isso, será agregado ao conjunto uma maior leveza estética, levando a uma melhor harmonia visual. Os elementos do sistema da base e do suporte telescópico, a caixa da pega, e sua tampa são produzidos em alumínio reciclado anodizado. Este material foi escolhido, pois além se ser um material não-oxidante, um perfil de pequena espessura (3mm) é suficientemente resistente para suportar o peso de todo o conjunto e para gerar um acabamento estético de caráter metálico, sem prejudicar seu funcionamento. A anodização do alumínio aumenta sua resistência à corrosão, favorecendo a vida útil do brise-soleil. Cada lâmina de material opaco possui um enchimento de bioespuma de mamona, o que proporciona a redução da transmissão do calor da parte de fora para a parte de dentro da edificação. Este material foi escolhido por obter as seguintes características:  Biodegradável e ecologicamente correto.  Custo inferior à espuma de poliuretano e à lã de vidro  Alto índice de absorção acústica  Possibilitar redução de temperatura  Fácil instalação. Adapta-se a qualquer forma sem requerer a fabricação de moldes para este fim. A sua aplicação é mais aconselhável nos casos em que o conjunto de brise- soleils é instalado dentro do peitoril das janelas gerando, portanto, melhor vedação o que resulta em melhor absorção acústica e redução térmica. O material escolhido para as buchas é o teflon, por ser este o material de menor atrito dentre os analisados. O coeficiente de atrito deste material equivale ao do gelo, segundo a tabela em anexo. Esta propriedade garante que a força necessária para se girar as lâminas do brise-soleil seja pequena. 5.1.3: Determinação do processo de fabricação A utilização de processos automáticos para a fabricação das peças se faz necessária, por se tratar, o brise-soleil, de um produto produzido em grande escala.