Baixe CLINICA DE PEQUENOS ANIMAIS ORTOPEDIA e outras Resumos em PDF para Ortopedia, somente na Docsity! FRATURAS E OSTEOSSÍNTESE Antes de tudo deve-se fazer o suporte à vida: -ABC DO TRAUMA A: vias aéreas superiores, pode ter dispneia, cianose, ruído respiratório, taquipnéia ou secreção B: vias aéreas inferiores, cianose, respiração abdominal, ortopneia, crepitação (em contusão pulmonar) e estertor ou abafamento (auscultação cardíaca fica abafada pois o coração fica longe da caixa torácica) em pneumotórax. Pode haver também ruptura diafragmática. C: circulatório, extremidades frias, hipocorado, taquicardia compensatória - TRAUMA NEUROLÓGICO: paraparesia, tetraparesia =, misocloria, reflexo palpebral alterado, reflexo de narina e bloqueio respiratório. - TRAUMA ABDOMINAL: USG para confirmar liquido e paracentese - TRAUMA URINÁRIO: sonda para aferir débito urinário - TRAUMA ORTOPÉDICO: Exame ortopédico: -HISTÓRICO: medicação. Tempo, fraturas ou doenças articulares pré existentes -INSPEÇÃO: claudicação, impotência do membro, ataxia, marcha andando e correndo, valgo ou varo, sentar, levantar, subir e descer e o estado corporal -PALPAÇÃO: em decúbito lateral optar por palpar a pata com problema por último em cães com comportamento dócil. Fazer sempre de distal para proximal. Dedos: falanges distal, média e proximal Punho: flexão, extensão e lateralização para avaliar ligamentos Metacarpo, rádio e ulna: palpação para avaliar presença de crepitação ou aumento de volume. Cotovelo: pronação e supinação (gatos) Úmero: abdução Assimetria muscular: atrofia do membro acometido e hipertrofia do sobrecarregado. SEMPRE PEDIR RX EM DUAS PROJEÇÕES. BIOMECANICA DAS FRATURAS A fratura é decorrente de uma força gerada no osso, sendo ele incapaz de resistir à deformidade causada pela força que pode ser peso ou aceleração. Fraturas de velocidade baixa são mais simples, com pouco dano a tecidos adjacentes. Já as de velocidade alta podem ter múltiplas linhas de fratura com mais danos aos tecidos adjacentes. O osso tem função elástica ou plástica. Pode se deformar e retomar sua posição normal ou toma nova forma de acordo com o tempo em que passa na mesma posição. A fratura ocorre quando excedem-se essas forças. Forças que atuam na fratura: flexão, torção, axial (compressão e distração). Dependendo da força haverá um tipo de fratura. Por elas pode-se saber quais forças serão neutralizadas no foco de fratura. CAUSAS DE FRATURA: trauma, enfermidades ósseas (hiperpara, neo, osteomielite, cisto) CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS: Galho verde, fissura, completa (simples, múltipla ou cominutiva). Transversa, obliqua, espiral, segmentada, compressão e avulsão. Redutível: faz encaixe anatômico. Não redutível: não há encaixe anatômico e há falha óssea Estável: permanece no lugar após ser realinhada Instável: tende a sair do lugar após realinha mento. É obrigatoriamente cirúrgica. Os objetivos são restaurar a função óssea e tecidos adjacentes, neutralizar forças que atuam na fratura, estimular e promover cicatrização óssea e minimizar os danos vasculares. Cicatrização óssea: - consolidação primária ou endosteal: não há formação de calo ósseo. A fratura deve ser muito estável e a distância entre os fragmentos deve ser menor que 1mm. PLACA - consolidação secundária ou clássica: há formação de calo ósseo que forma uma ponte na fratura e a remodela. PINO, TALA, FIXADOR EXTERNO. REDUÇÃO DE FRATURAS: -Fechada: não há exposição óssea, preserva tecidos moles e vascularização. Há dificuldade de redução perfeita. Indicada para fraturas alinhadas, em galho verde, cominutivas não redutíveis e abaixo do cotovelo e joelho; - Aberta: possibilita a visualização do osso e aplicação direta de implantes. Tem trauma vascular iatrogênico e maior chance de infecção. Indicada para fraturas articulares, anatomicamente redutíveis e cominutivas “dont touch” (apenas abre e alinha o osso, não tocas nos fragmentos para não danificar o coágulo para formação de calo). METODOS DE FIXAÇÃO: imobilização do membro -COAPTAÇÃO EXTERNA (tala/bandagem) faz fixação indireta do osso Ossos abaixo do cotovelo e joelho, imobilizar articulação proximal e distal Robert Jones: bandagem de conforto, não é para estabilizar. A modificada coloca-se menos algodão e uma estrutura rígida para impedir a movimentação do fragmento. Usada em fraturas redutíveis e estáveis, com consolidação rápida (jovens, incompletas e compactação). Retira quando formar calo e retorna toda semana para avaliar a bandagem. Pode ser feita também em fratura única em ossos compostos como radio e ulna, tíbia e fíbula, associada a métodos de osteossíntese. TIPOS DE OSTEOSSÍNTESE -anatomica: redução dos fragmentos e trauma vascular maior. Tendência a consolidação primaria (1m-45d). se formar calo ósseo a distancia entre os fragmentos é maior que 1mm ou a placa não está firme o suficiente.