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Diário de leitura Memórias literárias, Notas de estudo de Método de Ensino

Memórias literárias Desde que aprendi a ler, tive contato com o mundo da leitura através de gibis e outras obras infantis que recebia através de doações, presentes de parentes que vinham de longe e outros através da biblioteca bem pequena (uma prateleira) que havia na escola em que estudei os anos iniciais. Durante a adolescência, tive muito incentivo à leitura tanto por minha família, em especial da minha irmã mais velha, que na época já era professora, quanto por uma professora dos anos finais do Ensino Fundamental, esta sempre nos envolvia em projetos de leitura.

Tipologia: Notas de estudo

2021

Compartilhado em 01/03/2024

vilmaria-neves
vilmaria-neves 🇧🇷

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Baixe Diário de leitura Memórias literárias e outras Notas de estudo em PDF para Método de Ensino, somente na Docsity! Universidade Estadual do Maranhão-UEMA Núcleo de Tecnologias para Educação-UEMAnet Curso de Especialização em Literatura e Ensino Disciplina: Letramento Literário e Ensino Vilmária Neves da Silva Profs. Dra. Marta Helena Piovesan e Dra. Soraya De Melo Barbosa Sousa Tutor: Prof. Me.Caio da Silva Carvalho Diário de leitura 1. Memórias literárias Desde que aprendi a ler, tive contato com o mundo da leitura através de gibis e outras obras infantis que recebia através de doações, presentes de parentes que vinham de longe e outros através da biblioteca bem pequena (uma prateleira) que havia na escola em que estudei os anos iniciais. Durante a adolescência, tive muito incentivo à leitura tanto por minha família, em especial da minha irmã mais velha, que na época já era professora, quanto por uma professora dos anos finais do Ensino Fundamental, esta sempre nos envolvia em projetos de leitura. A minha irmã me presenteou com uma coleção de condensados das principais obras de Machado de Assis e encantei-me pelas histórias, personagens e estes mesmos livros eu costumava escolher para análises literárias solicitadas pela professora. Eu adorava fazer as análises e as peças teatrais baseadas nas histórias lidas. Em relação ao Ensino Médio, não fiz muitas leituras de obras completas solicitadas pelos professores, utilizavam mais fragmentos de textos. Mas eu lia os livros escolhidos por mim fora da escola, poderíamos pegar livros emprestados na biblioteca pública, que se chamava Farol da Educação e depois já ao final do 3º ano li as obras solicitadas para realizar o vestibular. Na graduação, li bastantes obras e a cada novo texto ou nova disciplina, aprendia a ler de uma maneira diferente tentando desvendar os mistérios da leitura, do autor e observá-lo sob diversos aspectos. Nesse período, aprendi a ler de uma forma nova que nunca tinha feito antes. Muitos livros marcaram-me durante o meu percurso de leitora, “Os miseráveis” de Victor Hugo, “Dom Casmurro” e “Helena” de Machado de Assis, Capitães de areia, de Jorge Amado, entre outros e na faculdade as obras “O Senhor das moscas” de William Golding e “A Revolução dos bichos” de George Orwell. Com estas obras aprendi a fazer a leitura crítica e reflexiva buscando inferências e comparações com o mundo real. Ministro aulas de Língua Portuguesa para turmas de 8º e 9º anos e sempre busco incentivá-los e mostrá-los novas formas de observar o texto, pontos a serem lidos com mais cuidado e os conhecimentos de mundo que podemos atrelar ao contexto presente no texto lido que podem ajudar a decifrar e compreendê-lo. Atualmente sou uma leitora pontual, sempre gosto de ter algo em mãos para ler em qualquer momento do dia. Tenho lido livros com temáticas referentes à ansiedade, estresse e outros temas relacionados às questões psicológicas e comportamentais. Alio às minhas leituras acadêmicas, materiais para planejamento de aulas, leituras para e com meus alunos em sala de aula. Além das leituras diárias com minha filha. Acredito que o papel da família e da escola é fundamental para a formação leitora, pois através das obras que lhe são ofertadas, o discente passa a ter contato com o mundo literário, tornando-se cada vez mais um leitor ativo e crítico. Pois iniciando pelas leituras mais simples e atrativas como revistas, gibis entre outros gradualmente chegarão às obras com enredos mais complexos. Assim, certamente, culminará no letramento literário dos alunos. 2. Compreensão dos contos A leitura dos contos “Natal na barca” de Lígia Fagundes Telles e “A casa tomada” de Julio Cortazar, traz um ar de mistério, de obscuridade quanto às ações dos personagens envolvidos nas narrativas, o espaço onde os fatos desenvolvem-se e o comportamento das mesmas diante do que lhes ocorre. O conto de Lígia Fagundes apresenta uma linguagem mais complexa, cheia de alegorias, o título pode remeter a diversos sentidos que se consegue depreender no decorrer da leitura. O texto de Júlio apresenta uma linguagem mais clara e simples. Em ambos, há muitas descrições dos fatos, do espaço e ambiente, das ações das personagens, além de apresentá-las ao leitor. Ao finalizar a leitura, é perceptível o contraste entre os dois textos e os sentidos que ambos trazem para a reflexão leitora. São enredos bem distintos, personagens diferentes, porém pode-se observar algo em comum quanto à temática que envolve mistério, medo, morte e ressurreição, amor a algo ou a alguém, mas com comportamentos e ações opostas dos personagens. “O natal na barca” nos traz uma mãe que aparenta características de pessoa sofrida e que apesar de ter sido abandonada pelo marido, ter perdido um filho de apenas quatro anos de idade, não se deixa abater e mantém-se apegada à inabalável fé que possui e vivacidade em seus olhos. Parece se agarrar com todas as forças para proteger aquilo ou a quem ama. Queria muito vê o filho morto pelo menos mais uma vez e com a sua fé consegue através de um sonho encontrá-lo junto a Deus. Mas na noite escura, noite de Natal, dentro de uma barca sob um rio misterioso, ela acredita na recuperação do outro filho que parece morto em seus braços, mas que ali ressuscita através da fé que possui o que nos remete ao título do texto e a ideia de renascimento. Em “A casa tomada”, os personagens, que são irmãos, adoram a casa em que moram onde guardava as recordações dos familiares e de toda a infância. Não se casaram e se dedicaram àquele lugar pretendendo morrerem ali. Boa parte do tempo se dedicam