Baixe 1 a 2 semana do desenvolvimento embrionário humano e outras Transcrições em PDF para Embriologia, somente na Docsity! EMBRIOLOGIA PRIMEIRO CICLO Mecanismos de Fecundação GAMETOGÊNESE É o processe de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas chamadas de espermatogênese e ovulogênese (espermatozóide e ovócito 2, como produtos finais respectivamente), sendo células haploides (número de cromossomos pela metade) pelo processo de meiose nas células sexuais. •Espermatogênese 1. Espermatozóides produzidos no testículo; 2. São armazenados no epidídimo; 3. Fases da gametogênese: •Ovulogênese: 1. Ovócitos produzidos no ovário; 2. Armazenados no ovário até serem liberados para as tubas uterinas e posteriormente útero na ovulação; 3. Fases da gametogênese: (multiplicação) 2n=46 46C 46DNA (preparar para a meiose) 2n=46 46C 92 DNA n=23 23C 46DNA Meiose1 n=23 23C 23DNA Meiose 2 (meiose) n=23 23C 23DNA (multiplicação) VIDA FETAL 2n=46 46C 46DNA (preparar para a meiose) VIDA FETAL 2n=46 46C 92DNA (meiose) PUBERDADE n=23 23C 46DNA Meiose1 n=23 23C 23DNA Meiose2 ESQUEMA DE ESPERMIOGÊNESE (com a ação do estrógeno): 1. O CG concentra-se perto do núcleo; 2. As MT concentram-se na região próximo ao centríolo, que se transforma em flagelo, tendo o início da formação do acrossomo e tendo parte do citoplasma que será eliminada; 3. No epidídimo ocorre o processo de decapacitação, a qual é o acumulo de moléculas na cabeça protegendo a proteína do receptor e a beta defencina (são peptídeos catiônicos relacionados a proteção de superfícies epiteliais, tem efeito antimicrobiano e são presentes no sistema imunológico congênito), ambos ajudando o espermatozoide a sobreviver no corpo reprodutor feminino. OBSERVAÇÃO!!! O corte transversal da peça intermediária, mostrará o flagelo formado por 9 grupos de 2 microtúbulos e 1 par central. (MT) (CG) 1) 2) 3) Receptor do espermatozóide Beta defencina Capa de glicoproteínas e proteínas seminais da decapacitação Detalhes da Primeira Semana 1) O 1º dia do desenvolvimento embrionário (DE) que coincide com 14º dia do ciclo menstrual (CM), acontece após da fecundação (do 1º para o 2 º DE) ocorre a primeira mitose/cliva (divisão celular do tipo mitótica) – enquanto o embrião está indo em direção uterina por movimento ciliares e por peristaltia - no 2º dia DE há 2 blastômeros (células embrionárias) por 1 mitose longitudinal. 2) No 3º dia do DE a 2º mitose originará 4 células. A citocinese será em ângulo de 90º com a primeira cliva, assim os números de blastômeros vão aumentando e diminuindo o seu tamanho, pois na fase de mórula (aglomerado de células a partir de clivagens do zigoto) o embrião não sofre alteração de tamanho. Do 3º para o 4º dia do DE o número de célula vai para 8, chamadas de micrômeros envolvidos pela zona pelúcida. Quando o embrião apresenta 8 a 16 células ou de 16 a 32 células (depende da literatura) formadas e compactadas no início do desenvolvimento embrionário, caracteriza a fase de mórula envolvido pela zona pelúcida. 3) A zona pelúcida é porosa, e por ela permite a passagem de líquidos da mucosa uterina, o que significa que quando o embrião vai rolando pela tuba uterina, ele vai absorvendo nutrientes. 4) A zona pelúcida é de extrema importância!!! Sem ela as células tem contato direto com a tuba uterina, podendo desenvolver a implantação antes do momento correto e no local errado. 5) As 3 primeiras clivagens não mudam, o plano de diversão é igual. 6) As células da mórula sofrem um fenômeno chamado de compactação, que consiste em que as células que estão no centro da mórula produzem zonas de oclusão e junções comunicantes, deixando-as mais presas, assim também acontece com as células da periferia da mórula, ficando mais grudadas entre si do que as do centro e vice e versa. Nesse período do 4º pro 5º do dia do DE está formando desmossomos, junções comunicantes e zônulas de oclusão (que são especializações da membrana) que promovem a compactação, junto a pressão dos líquidos que entram pela zona pelúcida, separando as células do centro da periferia, ai o líquido pressiona a massa de células em um canto do embrião. A passagem de mórula pra blástula há segregação das partes compactadas. 7) Com a segregação das células periféricas e das células centrais que não é de forma aleatória, há formação de uma cavidade, caracterizando, com precisão, a fase de blástula. A cavidade é denominada de blastocele, se desenvolve depois da mórula pelo acúmulo de líquido entre as células, que afasta os micrômeros da mórula para periferia, determinando a formação dessa cavidade, ocorrendo no 5º dia do DE. 8) A massa de células que ficam internamente são chamadas de embrioblasto (conjunto de células provenientes da mórula que ficaram compactadas e unidas por junções de oclusão, desmossomos e junções comunicantes, essas células formarão o corpo do embrião) e a massa de células da periferia são chamadas de trofoblasto (camada externa da fase de blástula; ocorre pela diferenciação de células da mórula que ficam mais soltas e na periferia; correspondem as células da mórula que se dividem mais rapidamente; essas células desenvolvem para formar os anexos embrionários e cavidade blastocele). 9) No 5º para o 6º dia do DE está ocorrendo a degeneração da zona pelúcida. No 6º dia do DE, já apresenta uma blástula em estado final, com aumento de tamanho, saindo da tuba uterina e ganhando o endométrio com embrioblasto, com trofoblasto e com cavidade blastocele. 10) No 7º dia do DE, ocorre uma delaminação do embrioblasto, dando origem ao hipoblasto (delaminação de células cúbicas do embrioblasto voltado para a blastocele, marcando o final da primeira semana do DE). Além disso, o trofoblasto passa por diferenciação, dando origem a 2 tecidos, o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto. 11) O citotrofoblasto forma a periferia do embrião, o limite do embrião. O sinciciotrofoblasto é erosivo, ele invade/rasga/penetra a parede do endométrio, implantando o embrião. 12) O final da primeira semana, o embrião está preso superficialmente a parede do endométrio. FECUNDAÇÃO E FERTILIZAÇÃO FASE MÓRURA E FASE BLÁSTULA FINAL DA PRIMEIRA SEMANA Detalhando a Segunda Semana 1) Do 7º para p 8º dia do DE, o embrioblasto delamina (organiza aglomerados de células em fileiras, com o mesmo formato) a qual já tinha formando o hipoblasto (com células cúbicas simples, correspondente a região ventral do embrião), formará o epiblasto (com células colunares simples, na parte correspondente a região dorsal do embrião) com uma estrutura bilaminar do embrião, sendo o 8º dia do DE sendo marcado pela delaminação de células colunares. O embrião corresponde a essas 2 camadas de célula, onde irá ocorrer a formação do corpo humano. 2) Enquanto isso, o citotrofoblasto, que ainda não penetrou totalmente no endométrio, realiza mitoses sucessivas, a fim de fornecer células ao sinciciotrofoblasto, a qual está crescendo e invadindo o endométrio. 3) O endométrio, corresponde a um tecido epitelial com células colunares simples, ciliadas ou não, junto a um tecido conjuntivo frouxo, com células chamadas de trofoblasto, com glândulas tortuosas por cauda da ação do endométrio, com vasos capilares e fibras colágenas. 4) No 8º ao 9º dia do DE, começa a ser formado, na região do epiblasto, uma cavidade revestida por um grupinho de células achatadas, denominada de membrana aminiótica (1º anexo embrionário- anexos são membranas que ajudam ao desenvolvimento do embrião), chamada de cavidade aminiótica. O âmnio é um grupo de células que se diferenciam a partir do epiblasto e passa a revestir uma cavidade em formação na parte dorsal do disco bilaminar. Essa membrana é constituída de tecido epitelial pavimentoso simples e essas células são chamadas de amniogênicas. 5) O citotrofoblasto continua a fornecer células ao sinciciotrofoblasto (que é erosivo) a qual continua a rasgando/penetrando no endométrio com enzimas hialuronidase, colagenase, entre outras, permitindo, assim, a penetração do embrião completa. 6) Quando o sinciciotrofoblasto consegue fazer a penetração completa do embrião e englobando-o por completo dentro da parede do endométrio, marca o 10º dia do DE. O endométrio reage a essa penetração, tendo uma diminuição de fibras colágenas pelos trofoblastos e passam a armazenar glicogênio por influência hormonal do HCG (gonadotrofina coriônica – hormônio produzido pela placenta em desenvolvimento, que entre outras funções estimula a continuidade de desenvolvimento do corpo lúteo, para que este secrete progesterona, mantendo o desenvolvimento do endométrio uterino). O capilar contínuo do tecido passa a se tornar um capilar cheio de fenestras sem diafragma, chamada de sinusóide e isso permite um intenso fluxo de sangue e substâncias. Essas modificações em conjunto + a entrada do embrião ao endométrio é chamada de reação decidual, com isso os trofoblastos são chamadas de células deciduais. 7) Com a penetração completa do embrião no endométrio e após o sinciciotrofoblasto englobar todo o embrião, ocorre uma pequena ferida na parede superficial do endométrio. O corpo da mãe vai passar por um processo de cicatrização da área que foi feita essa ferida. Como todo processo de cicatrização corresponde como se fosse uma resposta inflamatória, esse processo ocorrer nessa área, com macrófagos limpando a área lesionada e formando coágulo. Após todo esse processo, as células trofoblastos irão produzir de forma intensa colágeno e com isso formará um tampão de coagulação/fibrinoso, “fechando” a ferida que foi aberta com a penetração do embrião determinando a cicatrização desse orifício. Quando o ferimento estiver totalmente coberto pelo epitélio do endométrio, marca do 12º dia do DE e marcando o 26º do CM. 8) Outros fenômenos vão ocorrendo junto a penetração completa do embrião. O sinciciotrofoblasto começa a desenvolver espaços em si (partes degeneradas/degradadas) por apoptose (morte programada da célula), produzindo lacunas - cuidado para não confundir e pensar que o tecido está morrendo, o tecido está vivo e crescendo, apenas algumas partes dele sofre essa degeneração. Isso ocorre, pois quando o sinciciotrofoblasto (um dos componentes da placenta) vai rasgando/penetrando o endométrio, irá rasgar vasos sanguíneos do tipo sinusóide, se banhando de sangue da mãe, a qual preenche as lacunas criadas por apoptose, estabelecendo uma circulação de nutrientes por difusão da mãe para o embrião em seu desenvolvimento, chamada de circulação uteroplacentária.