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mostra a vida de oração de jesus do ponto de vista humano.
Tipologia: Esquemas
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Tudo o que os nossos santos sabem sobre oração, em Jesus se dá por entendido. A consciência da união com Deus é viva e presencial. Em Jesus, a vida orante, a traduzimos a uma experiência que nossos santos vão fazendo. Somos comunhão com Deus quando entramos em comunhão com os seres humanos. A última oração é no Getsemani, quando surge a consciência de comunhão universal. Jesus entende que tem que entregar a vida. Não é que Jesus vê a Deus como Pai. Deus é mistério trinitário. Se desvela na vida de Jesus e na vida de cada homem. O mistério da encarnação é o que dá sentido à fé cristã. Por isso, a experiência de Jesus é que vive a presença de Deus. Quando João da + escreve C39 recorda o mistério trinitário. Deus nos fez à imagem de Deus. O mistério de união inter-humana é o que acontece com Jesus. A vida aberta à Deus se encarna nesta história. Jesus vai se abrindo ao mistério de união. O espírito é que faz um. O “pai nosso” é a abertura do humano a Deus. Jesus não vai à oração para se colocar diante de Deus. O que ora em Jesus é o espírito, pois a oração é vida, e o espírito é que dá vida. Mestre, ensina-nos a orar (Lc 11,1). Como oras, para que teu ser se transforme quando entras em contato com a raiz que te origina, com a fonte que é o Pai? Que falta à nossa oração? Muitas vezes projetamos nossa individualidade e esquecemos que também somos comunhão. O mestre ensinou atitudes. Não falar muito, mas recolher-se. Quanto mais profunda e serena é a oração no fundo do coração, mais se percebe a presença de Deus. E mais se percebe a comunhão com os demais. Na casa de meu Pai há muitas moradas, tantas como graus de transparência. Nossa imagem de Deus tem que se apoiar na fé de Jesus, manifestada na oração do Getsemani. A importância da oração para Jesus. A oração pertence de cheio à vida de Jesus. Orar para Jesus é pronunciar esse “tu”, Abba, na qual nasce a consciência de um “eu”. J. Jeremias : “The prayer of Jesus”. ET SCM Press 1967. Oração do Getsemani Mc 14,32-42 e paralelos. Bultmann – The History of Synoptic Tradition. ET Blackwell 1963. Diz que seria uma criação da comunidade. Dibelius – criação que apresenta Jesus como o mártir ideal cujos sofrimentos correspondem àqueles referidos pelo salmista, constituindo uma prova do seu messianismo. J. MELLONI : El Cristo interior. Herder, Barcelona 2010.
No Getsemani Jesus recebe essa força de doação que lhe permite esquecer de si mesmo. F. Hahn , The Titles of Jesus in Christology. Et Lutterworth 1969.
O nós do evangelho reaviva o mais íntimo de minha pessoa ao rezar, porque na relação com Deus o nós da comunidade e a dimensão personalista do abrir-se a Deus se compenetram mutuamente. O mais importante ao orar não é o palavreado mágico que ahoga o espírito e nos distrai, senão o vivê-lo em uma presença que abarca toda a vida. Há que avivar continuamente esta relação e referir sempre a ela os assuntos da vida cotidiana. Quanto mais seja Deus o fundamento de nossa existência, mais seremos homens e mulheres de oração. Esta orientação, que impregna toda nossa consciência, à presença silenciosa de Deus no fundo de nosso pensar, meditar e ser, nós a chamamos oração silenciosa. No fundo é oração de união. Quanto mais presente Deus está em nós, mais podemos estar verdadeiramente com Ele na oração vocal. Mas pode se dizer também o inverso a oração ativa (a verdadeira oração vocal, que intui santa Teresa) faz realidade e aprofunda nosso estar com Deus. Ser em Deus. Em nossa vida aberta a Deus, que sobre tudo, se realiza desde a fé a Igreja que é a que Jesus ofereceu. As fórmulas que surgiram em Israel ou a Igreja, tem sempre sua hermenêutica na fé de Jesus que nos dá o Espírito. Por isso, Deus veio em nossa ajuda e nos ensina a rezar com as palavras do Pai Nosso. Ao rezar esta oração adoramos o Pai no Espírito e verdade. Vive-se a oração mística, que não é submergir- se em sim mesmo, senão um encontro com o Espírito de Deus na palavra que nos precede, um encontro com o Filho e com o Espírito Santo e, assim, um entrar em união com o Deus vivo (Mt 6,5-13). Seria o caminho para poder viver e experienciar o que a oração de Jesus nos pode ajudar a viver em união com o Pai. Lucas introduz o Pai Nosso como fruto da demanda dos discípulos que foram testemunhos de sua oração (11,1). Com ele se expressa que o Pai Nosso vai mais alem da comunicação de palavras para rezar. Quer formar nosso ser, quer exercitar- nos nos mesmos sentimentos de Jesus. Ao tempo que pelas palavras chegaremos ao seu conteúdo, se há de ter também presente que ao ser fruto da oração de Jesus, faz que as palavras tenham uma profundidade muito maior que a que podemos alcançar. O Pai Nosso não deve ser uma simples recitação de palavras, mas sim, deve nos levar a uma interiorização e, ao mesmo tempo, um exteriorização das palavras de Jesus, fazendo vida em nossa vida.
No NT e AT não se fala de Deus como Pai. Isso porque Deus não é nem homem nem mulher. A experiência religiosa feminina levava a uma visão panteísta de Deus. partindo deste pressuposto, a essência das coisas e os homens aparece necessariamente como uma emancipação do seio materno de Ser. A imagem do Pai era mais adequada para expressar a alteridade entre Criador e criatura, a soberania de seu ato criativo. Deixadas aparte as divindades femininas pode o AT amadurecer sua imagem de Deus, abrir-se à esta transcendência. Rezamos como Jesus nos ensinou. Dizemos “nosso” porque só em comunhão com Cristo podemos chamar “Pai” a Deus. dizemos sim à Igreja viva, em que o Senhor quis unir a sua nova família. O Pai Nosso nos converte em uma família. O “nosso” é uma experiência vivida por Jesus. A oração nos leva à comunhão. Fomos criados para a comunhão. No céu, origem e medida de nota paternidade. Se a paternidade terrena nos individualiza e separa, a celestial une: Céu significa essa outra altura de Deus da que todos vivemos e a que todos devemos encaminhar-nos. A paternidade nos céus nos remete à esse “nós” maior que supera toda fronteira, derruba todos os muros e cria a paz. Deus não está nem aqui, nem ali, isto é, nem nas minhas idéias nem nas idéias dos outros. Santificado seja vosso nome: que é o nome de Deus? no primeiro contexto israelita o nome identificava ao Deus de cada povo mas sendo o Deus de Israel único, sua definição é ambígua, pode se dizer que desvela e esconde seu nome. É correto que em Israel não se pronuncia o Nome, que não o degradaran a uma espécie de Deus idolátrico. Javé não poderia ser mais um Deus, por isso, seu nome não pode ser dito, pois ele é o verdadeiro Deus. Em nosso caso é o modo de poder-nos dirigir a alguém, estabelecer uma relação. Se entrega a nosso mundo humano. Se fez acessível e também vulnerável. O que chega a seu cumprimento começou com a entrega do homem, através do novo Moisés (Jo 17,6). O que começou na sarça que ardia no deserto do Sinai. Agora podemos ter este nome no coração. Quanto mais podemos obscurecer sua luz... Mas seria um rechaço maior o silenciar-lo. Unicamente podemos pedir-lhe que não deixe que a luz de seu nome se apague em nosso mundo. Venha a nós o seu Reino: não apresenta um mundo que funciona como utopia da sociedade sem classes. Jesus não dá simples receitas, mas estabelece uma prioridade predominante o “Reino” que quer dizer soberania de Deus, buscar seu Reio e sua justiça é prioritário (Mt 6,33). Reconhecemos a Deus seu direito e nele encontramos o critério para medir o direito entre os homens. Exemplo disso seria a oração de Salomao, que pede um coração dócil (1Rs 3,9). O primeiro e essencial é este coração dócil para que seja Deus quem reine e não nós. O Reino de Deus chega através do coração que escuta. Com Jesus esta petição se centra em Jesus. O coração dócil se alcança quando nos aproximamos uns dos outros. A vinda do Reino é a continuação da vida de Cristo nos seus. Rezar pelo Reino significa dizer: Jesus, deixa- nos ser teus. E tu podes entregar o universo ao Pai para que Deus seja todo para
todos (1Cor 15,28). Ser um como tu Pai é um, como encontramos no evangelho de João. A vida de cada um é para os demais. Esse é o mistério da comunhão universal. Tanto em João da Cruz quanto Teresa de Jesus essa realidade se faz visível. Faça tua vontade na terra como no céu: há uma vontade de Deus para nós que deve converter-se em critério de nosso querer e o característico do céu é que ali se cumpre a vontade de Deus. a terra seria o oposto, na medida que se subtrai a vontade de Deus, enquanto que se converte no céu se se abre a ela. Que significa vontade de Deus? está em nosso interior, mas escondida. Se descobre com ajuda da Lei, que brilha em toda a sua grandeza quando resplandece à luz da plena revelação de Deus em Cristo. A vontade de Deus se deriva do ser de Deus e, por tanto, nos introduz na verdade de nosso ser, nos salva da autodestruição produzida pela mentira. O caminho à vontade de Deus é o caminho da justiça. É o caminho de Jesus, Cuja fonte de vida é a vontade do Pai. É o que se expressa na oração do horto, que reflete no fundo de sua alma, aberta á salvação de todos, e refletida em Hb 5,7 como obediência que responde à encarnação como expressão do mistério de sua vontade: aqui estou para fazer a sua vontade, ou seja, fazer a vontade daquele que me enviou. O envio é conceber o ser desde Deus como entrega. Por isso Jesus é quem e através de quem se cumpre plenamente a vontade de Deus. olhando para ele, aprendemos que por nós mesmos não podemos ser inteiramente justos: nossa vontade nos arrasta continuamente como uma força de gravidade longe da vontade de Deus, para nos converter em mera terra. União de quietude de santa Teresa de Jesus é fazer que a vida deve estar centrada em Deus. Viver o Reino é fazer com que Deus seja o centro da vida. A identificação com Cristo nos converte em mistério de comunhão com Deus. Nos ensina a fazer a vontade de Deus. O pão nosso de cada dia nos dai hoje: é a consciência que nos livra de pensar que podemos dar a vida por nós mesmos ou só com nossas forças. Só abrindo-nos a Deus chegamos a ser nós mesmos. Podemos e devemos pedir. (Lc 11,9-13). É interessante recordar o caráter comunitário da petição pão nosso, assim como comenta são Cipriano. Assinala-se assim também a pobreza, só se pede o necessário para viver, e na precariedade de hoje, sem a preocupação pelo amanhã (São Cipriano). É também alicerce para todos aqueles que oferecem sua vida e testemunho na confiança colocada no Senhor. É um deixar-se conduzir pela providência divina. A pobreza é um gesto de solidariedade dos pobres. Criou na história novos modos de valorizar as coisas e uma nova disposição para servir e comprometer-se em favor dos demais. O hoje da petição nos recorda o maná. A comunidade de discípulos, que vive cada dia a bondade do Senhor, renova a experiência do povo de Deus a caminho, que era alimentado por Deus no deserto. Se descobre o sentido da vida como êxodo e se une a caminho de quem estimava o opróbrio de Cristo como uma riqueza maior.