Baixe Gestão Financeira: Análise das Demonstrações Financeiras e outras Notas de aula em PDF para Gestão Financeira, somente na Docsity! AULA 03 - 05/06/2023 Professora: Isabel C. Paini ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS Diariamente estamos tomando decisões dentro de uma empresa e já estudamos que o gestor se utiliza de ferramentas para que tenha segurança nas suas escolhas. As demonstrações financeiras fornecem informações e dados essenciais para a tomada delas e é apoiado nisso que saberemos quando aumentar a entrada de capital de outros sócios, se é necessário negociar com fornecedores um prazo de pagamento mais estendido, fazer previsões para o futuro da empresa, qual será a entrada de recebíveis dos clientes e por aí em diante. Nesta aula exploraremos os principais demonstrativos financeiros, suas finalidades e como interpretá-los para obter informações acerca da situação econômica de uma empresa. Primeiramente, podemos dizer ainda que a Gestão Financeira acontece em curto, médio e a longo prazo. A gestão a curto prazo é a administração do capital de giro da empresa, ou seja, é o recurso que a empresa tem a sua disposição para cumprir com suas obrigações e pagar as contas em dia sem se socorrer de empréstimos, por exemplo. Levar as contas 'com folga', e, se não tiver essa folga, fazer a correta administração do capital de giro (dinheiro disponível). Em suma: No dia 01/07 a empresa tem uma conta à pagar no valor de R $5.000,00. Será que o gestor precisa esperar até aquele dia para descobrir se terá ou não dinheiro para pagá-la? Obviamente não. Ele já deve saber se a empresa terá capacidade ou não para isso, e de forma antecipada fazer com que haja dinheiro para cobrir aquela conta. Não é apenas administrar o seu capital de giro, mas também ter dinheiro suficiente em caixa, no banco, ter estoque na empresa, ter disponibilidade para pagar as obrigações. Pagando todas as despesas, o valor que sobrar disso será o seu capital líquido circulante, que possibilita aplicação de dinheiro em investimentos, compra de uma máquina nova além de uma maior segurança para cumprir com as contas futuras etc. Professora, sou da turma de RH, porque eu preciso entender sobre gestão financeira? Todos aqueles que fazem parte de uma empresa precisam entender que tudo dentro dela precisa de recursos financeiros para acontecer. Qual a relevância para minha vida aprender sobre gestão financeira? Aprender sobre gestão financeira é extremamente relevante para qualquer pessoa, independente da área que você atue. ❖ Tomada de decisões financeiras pessoais: Aprender sobre gestão financeira permite que você tome decisões mais controladas sobre como gerenciar seu dinheiro pessoalmente. Isso inclui fazer orçamentos, economizar para metas futuras, lidar com dívidas de forma eficiente e fazer investimentos inteligentes. Essas habilidades ajudam a garantir uma vida financeira mais estável e próspera. ❖ Alcance de metas financeiras: Ao compreender os princípios da gestão financeira, você estará mais preparado para alcançar suas metas financeiras de curto e longo prazo. Isso pode incluir economizar para uma casa, pagar a educação dos filhos, se aposentar ou iniciar um negócio. A gestão financeira eficaz ajuda a maximizar o potencial de atingir esses objetivos. ❖ Evite problemas financeiros: A falta de conhecimento em gestão financeira pode levar a problemas financeiros, como dívidas excessivas, falta de somente produzir esses relatórios, mas buscar informações para tomar atitudes consistentes. REDAÇÃO DADA PELA LEI 6.404/76 Demonstrações Financeiras - Disposições Gerais Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral. § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. § 5o As notas explicativas devem: I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e IV – indicar: a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o ); d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. § 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. § 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3o deste artigo. BALANÇO PATRIMONIAL A elaboração do Balanço Patrimonial é obrigatória por lei e é a principal demonstração financeira existente no relatório contábil. Este relatório mostra de fato o patrimônio da entidade, refletindo sua posição financeira em um determinado momento. Ribeiro (2009, p. 392) descreve que o “balanço Patrimonial deve compreender todos os bens e direitos, tanto tangíveis (matérias) como intangíveis (imateriais), as obrigações e o patrimônio líquido da empresa, levantados a partir dos resultados contábeis no seu livro razão”. Esse documento mostra o patrimônio da entidade, apresentando item a item o que o compõem. O artigo 178 da Lei das S/A nº 6.404/1976 estabelece que, “no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. Vejamos: Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I – passivo circulante; II – passivo não circulante; III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente. O balanço é dividido em duas partes, formado pelo passivo e patrimônio líquido no lado direito e o lado esquerdo é formado pelo ativo. Vejamos as principais diferenças: ATIVO Ativo são todos os bens e direitos de uma entidade, são avaliáveis em dinheiro e representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. Segundo Ferreira (2009, p. 13) “os bens são todos os elementos materiais e imateriais que integram o patrimônio, e direitos são valores a receber ou a recuperar nas transações com terceiros''. integram o passivo circulante, a diferença é que no passivo circulante as contas devem ser eliminadas até 12 meses, e no passivo não circulante entram as contas com prazo de vencimento superior a 12 meses. Iudícibus (2007, p.35) ainda descreve que “são as dívidas da empresa que serão liquidadas com prazo superior a um ano: financiamentos, títulos a pagar etc”. No passivo não circulante estão todas as obrigações cuja liquidação ultrapassa 12 meses. PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) O patrimônio líquido é a diferença entre os ativos e os passivos dentro do balanço patrimonial. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DE EXERCÍCIO (DRE) Segundo Matarazzo (2007, p.45) é “o resumo do movimento de certas entradas e saídas no balanço, entre duas datas”. É através das demonstrações de resultados do exercício que é possível analisar a situação financeira da empresa, aplicando assim os métodos de liquidez, endividamento e rentabilidade. A demonstração do resultado do exercício (DRE) deve ser estruturada observando as disciplinas contidas no artigo 187 da Lei nº 6.404/1976.: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC) A demonstração do fluxo de caixa revela quais foram as entradas e saídas de dinheiro no caixa, em um determinado período. Para Ribeiro (2009, p.426), “a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório contábil que tem por objetivo evidenciar transações ocorridas em um determinado período e que provocaram modificações no saldo da conta caixa”. Por meio da Demonstração do Fluxo de Caixa é possível avaliar a capacidade de gerar fluxos futuros de caixa da empresa, capacidade de saldar obrigações e pagar dividendos. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES A análise das demonstrações contábeis é uma técnica utilizada para realizar a comparação e interpretação dos demonstrativos financeiros da empresa, extraindo assim informações importantes para saber a situação econômica financeira da empresa, em um determinado período. A análise vertical e horizontal do balanço patrimonial de uma empresa é um instrumento de controle que aprimora a compreensão sobre a situação do negócio e aprimora a tomada de decisões. Podemos dizer que ela indica a viabilidade da organização, pois favorece a visão de longo prazo sobre as condições financeiras, Análise vertical: A análise vertical detalha a participação de cada item do balanço patrimonial sobre os ativos ou passivos totais. Por exemplo, qual é o percentual dos ativos circulantes (recursos disponíveis no curto prazo) em relação ao total dos ativos. Se uma empresa tem R$ 500 mil em ativos e, destes, R$ 250 mil são ativos circulantes, esse indicador será de 50%. Análise horizontal: Na análise horizontal, o objetivo é acompanhar o desempenho dos itens do balanço patrimonial de um período para o outro. Por exemplo, qual é a variação dos ativos totais de um ano para o outro. Se a empresa registrou um ativo total de R$ 500 mil em ativos em um ano e no outro esse indicador chegou a R$ 750 mil, houve uma variação de 50%. A principal diferença entre a análise vertical e a análise horizontal está no período analisado. Na primeira (vertical), a avaliação tem o objetivo de verificar o desempenho de diferentes contas ou grupos de contas dentro do mesmo período analisado. A outra (horizontal) é usada para fazer a comparação entre períodos diferentes, considerando as mesmas contas. Ademais, é através dos demonstrativos que podemos encontrar os seguintes índices: Análise dos ÍNDICES DE LIQUIDEZ: Através dos índices de liquidez podemos avaliar a capacidade de pagamento da empresa a um prazo imediato, a curto prazo e longo prazo. Análise dos índices de estrutura do capital: Os índices de estrutura de capital estabelecem relações entre as fontes de financiamentos próprios ou de terceiros. Através desses índices pode-se evidenciar a dependência da empresa em relação aos Passo 1: DESCREVENDO AS FUNÇÕES - Perfil dos contratados Essa etapa é muito subjetiva, pois cada empresa levanta um perfil adequado, mas o ideal seria que você buscasse pessoas com essas características: GERENTE: deve ter experiência na área, possuir formação em administração economia ou ciências contábeis, preferível que tenha alguma especialização e conheça esse tipo de negócio. ESTAGIÁRIO: deve ser proativo, ter boa comunicação, ser pontual e organizado, saber trabalhar em equipe, possuir conhecimentos básicos em excel e que esteja cursando nível superior em alguma das áreas acima mencionadas. ANALISTA: Formação em administração, ciências contábeis ou economia, possuir conhecimentos avançados em excel e desenvolvimento de planilhas, ter experiência mínima na área de no mínimo 2 anos. Passo 2: DESENHAR O ORGANOGRAMA: Muito bem, a primeira tarefa está concluída! Agora vamos para a segunda etapa que é ensinar Catarina a cuidar e planejar o seu capital. Ela sempre foi uma pessoa muito responsável com suas finanças pessoais e da pessoa jurídica, estabeleceu metas ao longo da vida e aplicou dinheiro para realizá-las assim que fosse possível. Apesar de saber de sua organização, seu papel aqui também é alertar Catarina sobre algumas questões atinentes ao seu negócio, como por exemplo: se a taxa de juro hoje está alta ou não, sobre o custo do capital (vou pegar dinheiro no mercado financeiro ou não), o custo do capital de giro da empresa, se o desemprego está aumentando, se está difícil de contratar pessoas qualificadas para as funções que ela precisa etc. E a pergunta que ela te fez é: Quais são as estratégias apropriadas para enfrentar esses obstáculos e administrar a gerência financeira da nossa empresa para que ela continue crescendo e se desenvolvendo? Logo, como você possui conhecimento teórico para auxiliar Catarina a resolver tudo isso, explicou que nas organizações e empresas, a gestão financeira assume as seguintes funções: ❖ planejamento financeiro ❖ controle financeiro ❖ administração de ativos ❖ administração de passivos Ainda, isso tudo faz parte de estratégias de administração de curto prazo e fornece suporte para cuidar da saúde da empresa, fazendo com que ela se mantenha aberta, funcionando, cumprindo suas obrigações em dia e o principal: gere lucro para os proprietários e sócios. LEMBRE-SE: A administração financeira coordena, monitora e avalia todas as atividades e fluxos financeiros da empresa. Ter o controle é conseguir elaborar uma estrutura de ativos e passivos que em um dado momento seja a melhor combinação entre origens dos recursos passivos e aplicação em ativos. Essa combinação proporciona receita de vendas que permite pagar as despesas e ainda gerar lucro suficiente para remunerar os proprietários e investidores. SÃO FUNÇÕES FINANCEIRAS: OBTENÇÃO de recursos é a captação de capital próprio ou de terceiros e a sua função financeira é selecionar o que é mais vantajoso para ela, obter capital próprio (dinheiro dos sócios, dos acionistas, fazendo aportes de capital) ou obter através de terceiros (tomando empréstimos nos bancos). APLICAÇÃO: é a destinação desse recurso financeiro, distribuir da melhor forma para que ele se mantenha e continue gerando ainda mais dinheiro. PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO: nada mais é do que prever necessidades futuras e disponibilizar as sobras e o que fazer com elas. Geralmente o que se faz com o dinheiro que sobra é aplicar na compra de mais materiais, máquinas, fazer aplicações no banco, etc. Se você precisar de uma alta liquidez, é prudente aplicar suas finanças em investimentos rápidos, mais líquidos, que possam se transformar em dinheiro rapidamente sem a necessidade de esperar muito tempo. Em determinado momento, você apresentou à Catarina o desempenho da empresa, dizendo que está em segundo lugar no mercado interno e a rentabilidade está superior à média das empresas desse setor, com lucro bruto na faixa de 10%, porém a empresa precisa estar ciente dos riscos que estamos expostos, e diferenciou os seguintes pontos: épocas do ano? Como vamos lidar com a falta de matéria-prima se isso acontecer? RISCOS FINANCEIROS QUAL A FORMA CONTROLE Recursos mínimos Como conseguir manter um valor mínimo em caixa para pagar as obrigações. Controle de caixa Importante fazer controle de contas a pagar e programar o pagamento para que seja feito em dia, funcionários, impostos etc. Administrar ativos e passivos Cuidar para que os ativos de curto prazo sejam maiores do que os passivos de curto prazo, não havendo necessidade de financiamento. Seu departamento conseguiu estruturar as contas, mas agora precisa realizar a ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS de forma ordenada e agora você é o analista da empresa e terá que fazer as seguintes tarefas: ● Estruturar o balanço patrimonial agrupando as contas em ativo, passivo e patrimônio líquido; ● Calcular os índices de liquidez corrente e seca da empresa. Para isso vamos lembrar: O que é o BALANÇO PATRIMONIAL: é uma ferramenta importante para avaliar a saúde financeira de uma empresa, sua capacidade de pagamento de dívidas e sua solidez patrimonial. É utilizado por investidores, acionistas, credores e outras partes interessadas para tomar decisões fortes sobre a segurança de investir em uma empresa, e também pelo departamento para apresentar sua situação financeira e patrimonial em um determinado período de tempo. O balanço fornece uma visão geral dos ativos, passivos e patrimônio líquido da empresa. Vejamos um exemplo: ATIVO PASSIVO CIRCULANTE Disponível Valores a receber Estoque CIRCULANTE Fornecedores Salários e Encargos Empréstimos Financiamento NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo Investimento Imobilizado Intangível NÃO CIRCULANTE Empréstimos Financiamentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas de Capital Lucros acumulados Em cima desse balanço, o profissional vai fazer análise e descobrir o Índice de LIQUIDEZ que mede a capacidade da empresa em cumprir com as suas obrigações. ● ÍNDICE DE LIQUIDEZ MAIOR QUE 1: a empresa possui alguma folga para cumprir com as suas obrigações.😀 ● ÍNDICE IGUAL A 1: os valores à disposição da empresa empatam com as contas que ela tem para pagar.😐 ● ÍNDICE MENOR QUE 1: demonstra que se houvesse necessidade da empresa em quitar as suas obrigações no curto prazo, ela não teria recursos suficientes.😭 O que é LIQUIDEZ? Liquidez é um conceito financeiro que se refere à facilidade e rapidez com que um ativo pode ser convertido em dinheiro sem significativa perda de valor. Em outras palavras, é a capacidade de transformar um investimento em dinheiro de forma rápida, sem que isso resulte em perdas substanciais. Ativos líquidos são aqueles que podem ser facilmente comprados ou vendidos no mercado, com um número suficiente de compradores e vendedores para realizar uma transação. Exemplos de ativos líquidos incluem dinheiro em espécie, depósitos bancários, títulos negociáveis em bolsas de valores, ações de empresas com alto volume de negociação, entre outros. Por outro lado, ativos com baixa liquidez são aqueles que não podem ser convertidos em dinheiro facilmente ou sem perdas. Por exemplo, propriedades imobiliárias, obras de arte ou investimentos de capital de risco podem ser considerados ativos ilíquidos, pois geralmente levam mais tempo e esforço para vender e convertê-los em dinheiro. A liquidez é um fator importante a ser considerado pelos investidores, pois afeta a capacidade de comprar e vender ativos, assim como a velocidade e os custos envolvidos nessas transações. Empresas e investidores individuais geralmente buscam um equilíbrio entre ativos líquidos e líquidos em suas carteiras de investimento, dependendo de seus objetivos financeiros, horizonte de investimento e tolerância ao risco. (GITMAN, 2010, p. 28)