Baixe Arquitetura e urbanismo e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! DESEMPENHO BIOCLIMÁTICO DOS LUGARES Maria Elaine Kohlsdorf QUATRO SUBDIMENSÕES BIOCLIMÁTICAS HIGROTÉRMICA ACÚSTICA LUMINOSA QUALIDADE DO AR MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Observa os fatores configurativos do espaço incidentes no conforto físico dos indivíduos, em termos de temperatura e umidade (conforto higrotérmico), som (conforto acústico), luz (conforto luminoso) e qualidade do ar. O desempenho dos lugares para expectativas referentes a cada uma das quatro subdimensões bioclimáticas depende de: I. fatores climáticos específicos à situação considerada; II. atributos morfológicos incidentes no controle climático mediante modificação das ações de tais fatores nas sensações humanas . 1 Tiradentes, MG (V.Medeiros) Refere-se ao atendimento de condições de iluminação confortáveis e adequadas ao desempenho de atividades considerando-se fatores climáticos e atributos morfológicos incidentes no controle da quantidade e da qualidade de luz. Otimização ou redução da quantidade de luz proveniente da abóbada celeste vincula-se a determinantes climáticos: presença do sol e sua inclinação; nebulosidade e luminosidade da abóbada; acuidade e movimento do ar. A recepção da quantidade de luz proveniente da abóboda celeste varia conforme: posição do sol, latitude e longitude geográficas; tipo específico de céu, hora, dia e mês do ano; regime pluviométrico, balanço hídrico, umidade relativa do ar e possibilidades de evaporação; tamanho, cores e proporções dos recintos e luz artificial neles eventualmente atuante. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : c) subdimensão luminosa 4 características climáticas e necessidades de controle de insolação ; implicações luminosas de atributos configurativos frente às características climáticas. x Refere-se ao atendimento de necessidade de boa qualidade do ar considerando- se fatores climáticos e atributos morfológicos incidentes em condições de pureza da atmosfera tais, que sejam adequadas à saúde humana. Qualidade do ar é a capacidade do meio ambiente em receber e diluir poluentes emitidos para o ar. Há maior risco de contaminação atmosférica em áreas urbanizadas devido ao aumento de fontes poluidoras (veículos automotores e concentrações industriais) e a dificuldades oferecidas por tecidos urbanos à eliminação de poluentes: fatores climáticos de estabilidade da atmosfera e ventos influenciam possibilidades do meio ambiente em aceitar e dissolver poluentes aéreos; características morfológicas atuam na dispersão, diluição e expulsão de partículas nocivas à saúde humana. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : d) subdimensão da qualidade do ar 5 características climáticas e necessidades de controle de ventos, insolação e umidade relativa do ar; implicações na qualidade do ar de atributos configurativos frente às características climáticas. x 1) Configuração do relevo do solo 2) Densidade de ocupação 3) Orientação solar e eólica 4) Permeabilidade do solo 5) Áreas aqüíferas 6) Vegetação arbustiva e arbórea 7) Rugosidade 8) Porosidade 9) Materiais constituintes das superfícies expostas às trocas térmicas 10) Distância das fontes de ruído 11) Obstáculos à propagação do som 12) Superfícies paralelas horizontais e verticais 13) Usos do solo conforme sua possibilidade de geração de incômodos bioclimáticos MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Atributos morfológicos incidentes no controle dos fatores climáticos 6 Esses atributos morfológicos atendem de modo diferente cada uma das quatro subdimensões bioclimáticas: atributos 1, 2, 7 e 9 incidem de modos específicos, nos quatro tipos de conforto bioclimático; atributos 10, 11 e 12 incidem apenas no conforto acústico; atributo 3 incide no conforto higrotérmico, mas parcialmente e de modo específico, nos demais tipos de conforto bioclimático; atributos 4, 5, 6, 8 e 13 incidem ora em um tipo, ora em outros tipos de conforto bioclimático. Essas propriedades se expressam no quadro seguinte . SÍTIO PROTEGIDO SÍTIO DEVASSADO Fonte: LENGEN (2002) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão higrotérmica Categorias morfológicas / 1) configuração do relevo do solo 9 Características climáticas e necessidades de controle de ventos, insolação e umidade relativa do ar mediante a configuração do relevo do solo (entendida como condicionante da implantação de edifícios, da organização de seus conjuntos e da composição do tecido urbano). MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão acústica Categorias morfológicas / 1) configuração do relevo do solo 10 Fonte: Romero (2001) Configuração do relevo do solo como modificador da intensidade e direção dos ventos (estes últimos, entendidos como condicionantes da difusão e propagação das ondas sonoras e da percepção de ruídos). MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão luminosa Categorias morfológicas / 1) configuração do relevo do solo 11 V.Medeiros Modelagem em 3D do relevo do solo de trecho do Distrito Federal (Valério Augusto Medeiros, s/d). Brasília situa-se em uma encosta suave do domo para leste, nela incidindo largamente o sol nascente. A insolação é forte nessa região, devido a fatores geográficos (como latitude, longitude e altitude). Necessário : controle da luminosidade excessiva nos lugares, mediante características morfológicas . MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica Categorias morfológicas / 2) densidade de ocupação 14 UNIEURO – Arquitetura e Urbanismo – P6 / Vila Planalto / 2-2008 (Nelma Pantoja, Marcio Carpina, Carlos Elmiro) Quanto maior a densidade de ocupação, menor a possibilidade de circulação de ventos e de resfriamento – tanto do conjunto urbanizado, quanto dos interiores de lotes e de edifícios. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica Categorias morfológicas / 2) densidade de ocupação 15(EURIMAGE) (TOPOCART) Baixa densidade de ocupação (Brasília) e alta densidade de ocupação (Rabat): ventilação excessiva transporta os ruídos em longas distâncias (Brasília) e o concentra nos lugares quando há pouca ventilação (Rabat). MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão luminosa Categorias morfológicas / 2) densidade de ocupação 16 Toledo (D. Zamboni) Brasília (Alfainter) Alta densidade de ocupação em Toledo (menor luminosidade nas áreas livres públicas) e baixa densidade em Brasília (maior luminosidade nas áreas livres públicas). MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica 19 Categorias morfológicas / 3) orientação solar e eólica Orientação de aberturas e uso de varandas em Villa na Itália (A. Palladio) . Média diária dos níveis de insolação do entorno do Palácio do Itamaraty (22 /12/ 16h), software ECOTECT V5.2, simulação: Darja Kos Braga . V.Medeiros s/ref. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica 20 Categorias morfológicas / 3) orientação solar e eólica UnB – Laboratório de Sustentabilidade Direção do vento & som Fonte: MASCARÓ (1991) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão luminosa 21 Categorias morfológicas / 3) orientação solar Clarabóia iluminando circulação e quartos na casa Battlò (A. Gaudi), Barcelona. M. Kohlsdorf Orientação de aberturas em edificações no México (Luís Barragán) . s/ref. s/ref. s/ref. Trajeto aparente do sol em trecho do campus da UnB (CEPLAN) FAU – UnB – PU 2 / / 2-2005 - CUSW (Ana Cristina, Jaqueline, Maria Tereza) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica 24 Categorias morfológicas / 4) permeabilidade do solo Vegetação arbórea e de forração possibilitam níveis distintos de permeabilidade do solo devido, principalmente, a seus tipos de raízes (mais e menos profundas). Em áreas livres públicas ou no interior de lotes, pavimentação em blocos articulados (pedras, peças de cimento etc.) aumenta a permeabilidade do solo se as peças não forem ligadas por rejuntes (juntas secas). V.Medeiros MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão da qualidade do ar 25 Categorias morfológicas / 4) permeabilidade do solo Village Homes, Ca. / USA (L. Andrade) A permeabilidade do solo aumenta relativamente, mesmo com revestimento gramínio – mas se beneficia por plantio de arbóreas com raízes profundas. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 5) áreas aqüíferas 26 Refere-se aos corpos d‟água de superfície e presentes na área observada e em suas proximidades – seja esta área um edifício contido em um lote ou como projeção; uma fração urbana, uma cidade inteira ou uma área metropolitana. Os corpos d‟água podem ser importantes modificadores dos fatores climáticos e se deve observá-los como: quantidade; tamanho; forma; localização. Espelho d‟água integrado a edifício e à área livre em seu entorno imediato no campus da UnB (Filgueiras Lima / Lelé) Evangelos Christakou Evangelos Christakou Brasília (Google Earth) Áreas propícias à retenção de partículas em suspensão Áreas de difícil retenção de partículas em suspensão Áreas pouco propícias à retenção de partículas em suspensão MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão da qualidade do ar Categorias morfológicas / 5) áreas aqüíferas 29 MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 6) vegetação arbustiva e arbórea 30 A vegetação arbustiva e arbórea incide nos fatores climáticos e se a observa, em edifícios contidos em lotes, projeções ou quaisquer áreas urbanas, conforme: seu percentual na superfície total da situação considerada; sua densidade como massa vegetal (muito, médio ou pouco densa); sua disposição na área (isolada, dispersa ou concentrada); seus tipos mórficos (forma e tamanho da copa e do fuste, relação geométrica entre copa e fuste). Fonte: GANDEMER & GUYOT apud MASCARÓ et al. (2002) s/ref. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica 31 Categorias morfológicas / 6) vegetação arbustiva e arbórea VEGETAÇÃO DENSA : BLOQUEIA PASSAGEM DO VENTOVEGETAÇÃO ESPARSA : AMENIZA PASSAGEM DO VENTO Fonte: MASCARÓ apud MORAIS (2005) Village Homes, Ca / USA (L. Andrade) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 7) rugosidade 34 Refere-se a saliências e reentrâncias volumétricas tanto em interiores de lotes, quanto em quaisquer áreas urbanas, e naquelas importa a relação entre alturas e seus espaçamentos porque estas formam “rugas” as quais incidem nos fatores climáticos conforme seu espaçamento e que sejam mais ou menos profundas. Classifica-se a rugosidade como alta, média ou baixa. M.Trieb (Stadtbauatelier) Movimento turbilhonar = movimento do ar ascendente ou descendente, rotacional ou não rotacional, a partir de obstáculos ao vento. Fonte: MASCARÓ (1991) V.Medeiros MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica 35 Categorias morfológicas / 7) rugosidade Ventos modificados em intensidade e direção mediante rugosidade no Setor Comercial Norte de Brasília (Fonte: FAU-UnB / Laboratório de Sustentabilidade) V.Medeiros V.Medeiros V.Medeiros Impacto de ruído em trecho do campus da UnB Fonte emissora de ruído Zona de condução do ruído pelo vento (a partir de CEPLAN-UnB) Categorias morfológicas / 7) rugosidade DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES 36 Fonte: ROMERO (2001) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 8) porosidade 39 Em interiores de lotes ou em áreas livres públicas, a porosidade se refere à relação entre espaços abertos e fechados sendo esta, incidente em fatores climáticos como insolação, mas especialmente, ventilação e precipitações. Permeabilidade ao sol, ventos e chuvas pode ser alta, média ou baixa e se realiza mediante: aberturas versus vedações edilícias; taxas de ocupação de lotes; áreas abertas versus fechadas). Maior porosidade = Melhor ventilação Melhoria das condições de trocas térmicas, renovação dos ar, possibilidade de ventilação cruzada Fonte: ROMERO (2000), MORAIS (2005) Aberturas X vedações na casa Battlò (A. Gaudi), Barcelona (M. Kohlsdorf) Áreas com diferentes intensidades de porosidade (devidas a tipos de malha, macroparcelamento e taxas de ocupação dos lotes) na Vila Planalto / Brasília = possibilidades distintas de ventilação e de conseqüente desempenho higrotérmico da configuração espacial. Brasília – Asa Sul (M.E.Kohlsdorf) UNIEURO – Arquitetura e Urbanismo – P6 / 2-2008 (a partir de Nelma Pantoja, Marcio Carpina, Carlos Elmiro) Áreas com média (vias) e baixa porosidade (quarteirões) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica Categorias morfológicas / 8) porosidade 40 Pilotis em superquadra na Asa Sul do Plano Piloto de Brasília: aumento da porosidade na área contígua ao edifício e, possivelmente, em regiões mais distantes. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica 41 Categorias morfológicas / 8) porosidade Simulação de níveis de ruído nas proximidades de vias expressas, devido a forte permeabilidade na região (http://www.navcon.com/SPLANRailNoise.htm) Muros para diminuição de porosidade em regiões adjacentes a vias expressas visando queda dos níveis de ruído naquelas. V. Medeiros V. Medeiros MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 9) materiais constituintes das superfícies expostas 44 As superfícies externas de edifícios e dos diversos tipos de áreas urbanas se expõem diretamente aos fatores climáticos. Características como cor, textura, porosidade etc. de seus materiais podem modificar fatores climáticos e, assim, atingir o conforto bioclimático dos freqüentadores de tais lugares. Deve-se observar esses atributos conforme eles incidam em propriedades dos materiais relacionadas aos confortos: higrotérmico, acústico, luminoso e de qualidade do ar. V. Medeiros Vena Venturihouse, R. Venturi (Encarta) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão higrotérmica Categorias morfológicas / 9) materiais constituintes das superfícies expostas às trocas térmicas 45 Duas cidades em climas semelhantes e desempenhos higrotérmicos diferentes, devido aos materiais de revestimento de pisos das áreas livres e das fachadas edilícias. Macau (V. Medeiros) Cidade sul coreana (M.Trieb / Stadtbauatelier) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica Categorias morfológicas / 9) materiais constituintes das superfícies expostas à recepção de ruídos 46 Brasília – Setor Comercial Norte (a partir de G.Kohlsdorf) Exemplo de emprego de materiais de revestimento de fachadas edilícias inadequados ao conforto acústico nas áreas livres públicas: materiais não absorventes de ondas sonoras podem aumentar a intensidade dos ruídos. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 10) distância entre fontes geradoras e receptoras de ruídos 49 Em edifícios, seus interiores e quaisquer tipos de áreas urbanas, essa categoria é específica à subdimensão do conforto acústico. Quanto menor for a distância entre fontes geradoras e receptoras de ruídos, mais forte será a intensidade do som percebido e, conseqüentemente, maior será o desconforto acústico. E vice versa. Intensidades de ruídos em Paris e New York (fonte: Fau-UnB / Laboratório de Sustentabilidade, http://www.awe- communications.com/Propagation/Urban/IRT/images/ex2_larg e.jpg e http://www.llnl.gov/casc/audim/images/ts-release- yellow.jpg) V.Medeiros V.Medeiros MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica Categorias morfológicas / 10) distância entre fontes geradoras e receptoras de ruídos 50 FAU – UnB – PU 2 / Área junto à EPIA / 2-2005 (a partir de Alice, Andiara, Irina) L T - D L T - J L T - I L T - A L T - C L T - A L T - G L T - F L T - E L T - H L T - B L T - C L T - B P R O J - A L T - D P R O J - D P R O J - B P R O J - C P R O J - E L T - A L T - L L T - K L T - I L T - E L T - C L T L L T - C L T - B L T - E L T - D L T - A L T - N L T - M L T - F L T - O L T - H L T - J L T J L T K L T - F L T - A L T - 2 L T F L T - B L T H L T I B L - A L T G L T A A E - A L T E L T D L T B L T C L T - 1 L T A L T C L T B L T D L T F L T E W3 Norte Eixo oeste Ruido da vias principais que ladeiam o setor Ruido da vias W3 e Eixos e Via Tansversal Som áereo Ruido de Fundo Intensidades de ruídos no Setor Comercial Norte de Brasília e junto à via EPIA, em Brasília. V.Medeiros MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 11) obstáculos à propagação do som Em edifícios, seus interiores e quaisquer tipos de áreas urbanas, essa categoria é específica à subdimensão do conforto acústico. Obstáculos à propagação do som são corpos os quais impedem a passagem das ondas sonoras: portanto, quanto menos porosos forem volumes e superfícies, menor será a propagação de ruídos. 51 MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES Categorias morfológicas / 12) superfícies paralelas horizontais e verticais DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA: subdimensão acústica 54M. E. Kohlsdorf (a partir de V. Medeiros / http://asusmart.com/images/UC_figure1.jpg VARIAÇÕES PARA POSSIBILIDADES REALIZAÇÃO DE EFEITO VALE MEDIANTE RELAÇÕES ENTRE EDIFÍCIOS. Em frações urbanas, o „efeito vale‟ depende da forma de implantação de edifícios e outros volumes e o exemplo de sua maior intensidade é interior de túneis. MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA Categorias morfológicas / 13) usos do solo cf. geração de incômodos Para cada tipo de expectativa bioclimática (higrotérmica, acústica, luminosa e por qualidade do ar) se deve observar as atividades conforme suas: possibilidade de geração de incômodo; concentração e dispersão (alta, média ou baixa). 55 Em edifícios, seus interiores e quaisquer tipos de áreas urbanas, os usos do solo significam os tipos de atividades realizadas nesses lugares. Na dimensão bioclimática, importam conseqüências de tais práticas ao conforto biológico, em termos de temperatura e umidade, sons, luminosidade e qualidade do ar. Logo, os usos do solo devem ser observados conforme a geração de tais auxílios ou incômodos aos indivíduos – e assim devem ser eles classificados. Ecovila Findhorn, Escócia (L. Andrade) L. Andrade MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão higrotérmica Categorias morfológicas / 13) usos do solo conforme sua possibilidade de geração de calor 56FAU – UnB – Diplomação – Vila Planalto / 2002 (a partir de L. Bortolon) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES DIMENSÃO BIOCLIMÁTICA : subdimensão da qualidade do ar Categorias morfológicas / 13) usos do solo conforme sua possibilidade de geração de poluentes aéreos 59 Colagem (M.E. Kohlsdorf) MARIA ELAINE KOHLSDORF – SÉRIE APOIO IMAC : INTRODUÇÃO AO DESEMPENHO DIMENSIONAL DOS LUGARES 60