Baixe Alimentação, Gordura e Reprodução de Peixes no Rio Tibagi: Estudo de Caso e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Biologia, somente na Docsity!
ATIVIDADE ALIMENTAR DE ESPÉCIES DE PEIXE DO RIO
TIBAGI , RELACIONADA COM O DESENVOLVIMENTO
DE GORDURA E DAS GÔNADAS
Sirlei Terezinha Bennemann 1
Mário Lu ís Orsi 1
Oscar Akio Shi ba tta 1
ABSTRACT. FEEDING ACTIV IT VAND ITS RELATIONS WIT II FAT ANO GONAOAL OEVELO-
PMENT OF FlSII SPECIES FROM TIB AG I RIVER. The tish assemb lag e in a str etch ofTibagi ri ver was studi ed during th e period of one yea r, throu ght monthly sa mplin g. lt was observed lhat four fi sh species (Sehizodo ll inlel'lIIedius Ga ra ve llo & Britski , 1990 , Aeeslrorhynehus laellslris Reinhardt, 1874 , Pimelodus maeulalus Lacépede, 18 03 and SIe indacl1l1 er ina inseulpla Fernandez- Yepez, 1 948) were very tI'equent and th ey represenl ali lhe main trophi c groups. ln orde r to characte riz e feeding activity, tàt storage and reproduction the l11eans degree of repletion, fat and matur ation , obtained for each speci es in each month we re compared among th e four fi sh specie s. SIeinda- c1merina insculpla, a detritivovous spec ies was th e one wi th the hi ghe st teeding activity while A. lacuslris, a piscivorous fi sh, showed the lo wes t feeding ac tivity. For these two spe cies it was cle ar ly observed a se quence of even ts: hi gher feeding ac tivity tollowed by hi gher tàt stOl'age followed by rep rodu cti on, that was not observed tor P. maculalus and S. inlermedius. The variations in leeding ac ti vity and fat stOl'age showed by P. maculalus and S. inlermedius might be rel ated to their di ets. KEY WORDS. Fish , feeding activity, go nada l development, Tibagi ri ver, Paraná
Nos rios neotropicais os estudos rel acionando atividade alimentar, desenvol- vimento de go rdura e reprodução dos peixes, enfocam, de uma maneira geral, como dependentes do ciclo hidrológico, quando ocorrem períodos bem marcados de cheia e seca. Assim na época das chuvas é quando ocorre a maior atividade alimentar e também o a rm aze namento de gordura para, em seguida ocorrer a desova. Nest a situação, o alimento dos peixes é principalmente de origem alóctone, proveniente das matas e que se torna acessível e abundante na época das chuvas. Em estudos dos peixes de rios da re g ião amazônica esses aspectos são mencionados por GOULDING (1980), JUNK (1985) e LOW E-M cCONNELL (1987) e na bacia do rio Orinoco por MACH ADO - ALLISSON (1992).
No entanto, além dos fatores hidrol óg icos, vários fatores biológicos podem estar relacionados. GOULDlNG (1980) menciona que as diferentes dietas, bem como a nature za e origem do alimento, e o porte da espécie devem ser considerados. J UNK
(1985) associa o desenvolvimento de go rdura e sua sazonalidade à migraç ão e
- Departamento de Biologia Animal e Vegeta l, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina. 86051-970 Londrina, Paraná, Brasil.
R evt a bras. Zoo L 13 (2) : 50 1 - 512, 19 96
502 BENNEMANN^ et^ aI.
reprodução e GODINHO (1994) atribui que o desenvolvimento de gordura tem ligação com a reproqução e não com as flutuações do nível da água. Portanto, é importante que cada habitat e o conjunto desses fatores hidroló- gicos e biológicos que coordenam essa relação sejam considerados. Assim, durante o período estudado no rio Tibagi, na localidade Sertanópolis, que caracterizou-se por não apresentar épocas marcantes de cheia e seca e sem grandes variações do
nível da água, propos-se a caracterizar as espécies Schizodon intermedius Garavello
& Britski, 1990 (herbívora), Acestrorhynehus laeustris (Reinhardt, 1874) (piscívo-
ra), Pimelodus macula/us Lacépede, 1803 (onívora) e Steindachnerina insculpta
(Fernandez-Yepez, 1948) (detritívora) quanto às médias mensais do grau de reple- ção (GR), do grau de gordura envolvendo o trato digestivo (GG) e do grau de maturação (GM) e analisar a variação destes parâmetros durante o período estudado. Além disso, verificar a variação destes parâmetros em relação a variação da pluviosidade, níve l da água e temperatura do ar e da água.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de co leta A bacia do rio Tibagi localiza-se na região centro-norte do Estado do Paraná, Brasil, entre os paralelos 23° e 25°30'S e meridianos 5 [0 e 49°30 'W. Com mais de 65 afluentes e centenas de subafluentes, possui uma extensão de 550Km. O trecho da localidade estudada (Fig. I), Sertanópolis, situa-se na região final da planície e tem influência do represamento do rio Paranapanema, onde o rio Tibagi deságua. Neste trecho, de pouca correnteza, a largura média é de 500m e, na sua porção central, a profundidade pode atingir até 25m. A área amostrada não apresenta mata ciliar mas possui abundante vegetação aquática nas pequenas baias
(composta por Eichhornia crassipes Marth Solms, Salvinia aurieulata Aublet,
Pistia sp.), Ciperaceae, Gramineae e Polygonum spectabile Martius enraizadas nas
margens. O solo é utilizado exaustivan1ente com cultivares, que muitas vezes são plantadas até as margens do rio.
Nível da água , nível pluviométrico e temperaturas (ar e água)
O nível da água durante o período (Agosto/ 1992 a Julho/1993), no trecho estudado, não variou mais que um metro. Em dezembro foi o mês em que as águas estiveran1 mais baixas. As chuvas foram abundantes na maioria dos meses e o menor valor de pluviosidade foi verificado em dezembro. Nos meses setembro, outubro, novembro, janeiro e fevereiro foram verificados os maiores valores de pluviosidade, conforme figura 2. A distribuição dos valores mensais das temperaturas do ar e da água (super- fície e fundo) encontram-se na tigura 3. Os valores correspondem médias de temperaturas verificadas no período de 24 horas em cada mês de coleta. As médias de temperatura do ar variaram entre 16,2°C a 29°C e as da água (superfície e fundo) tiveram variações entre 16,8 °C a 28°C e 16,7°C a 26,6°C, respectivamente.
504
30 25 20
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10 6
- temperaturas minlmas
- temperaturas máximas
BENNEMANN et ai.
C Temperatura AmbIente C Ternperatura da Superfície da Água
- Temperatura do Fundo da Agua . ~ ~. ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ MESES
Fig. 3. Distribuição das temperaturas médias mensais (a mbiente, água: superfície e fundo).
Um total de 793 exemplares foram ana li sados: 295 Schi::.odon intermedius,
207 Aeeslrorhynehus laeustris, 156 Pimelodus maeulalus e 135 Steindaehnerina
insculpta. Para determinação dos graus de repleção (GR) e gordura (GG) foi utilizada a escala conforme Y ABE & BENN EMANN (1994). Para determinação do estádio de maturação gonadal foi utilizada a seguinte classificação: I (imaturo), II (repouso), III (maturação), IV (maduro), V (desova) e VI ( de sova do), segundo SANTOS (1982). As médias dos graus de repleção (GR), gordura (GG) e maturação (GM) mensais foram calculadas empregando-se a expressão adaptada de SANTOS (1982):
GR GG GM = "[.(i.fa) " N
onde: (i) número de pontos atribuídos (de 1 a 4 para repleção, de I a 3 para a gordura e de I a 6 para maturação); (fa ) freqüência abso luta de estômagos com grau "i"; (N) número de indivíduos ana li sados Para o grau de maturação os pontos foram atribuídos da seguinte maneira [os mesmos graus atribuídos por SANTOS (1982)]: Estádio I = grau 1 (imaturos, não fizeram parte da anál ise); Estádio JJ = grau 2 ( repouso); Estádio JJJ = grau 3 (maturação); Estádio [V = grau 4 (maduro); Estádio V = grau 5 (desova); Estádio
V[ = grau 6 (desovado).
Foram considerados em atividade reprodutiva os indivíduos encontrados em estágios maduro, desova e desovado s.
RESULTADOS
Atividade alimentar
Dos espécimes analisados, foram registrados com estômagos vazios: 54,4% de Sehi::.odon inlermedius, 76,5% de Aceslrorhynchus lacus /i -is e 39,5% de Pim e- lodus maeulalus. Em Steindaehnerina insculpla, todos os exemplares analisados estavam com conteúdo estomacal (Fig. 4).
Atividade alimentar de espécies de peixe do rio Tibagi... 505
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Fig. 4. Freqüências relativas de estômagos com conteúdo e vazios, em (A) Schizodon intermedius, (8) Acestrorhynchus lacustris, (C) Pimelodus maculatus e (O) Steindachnerina insculpta.
A distribuição das freqüências relativas dos exemplares com conteúdo estomacal durante os meses do ano foi superior a 50%, com exceção de outubro,
dezembro e julho para S. intermedius e outubro e julho para P. maculatus. As
freqüências relativas de estômagos com conteúdo paraA. lacuslris, foram inferiores
a 50% em todos os meses do ano. A soma das freqüências relativas dos graus de repleção I e 2 foi superior a
80% para S. intermedius, P. maculallls e S. insclllpla (Fig. 5). Para A. lacuslris, as
freqüências relativas dos graus de repleção 1,2 e 3, ficaram distribuídas com valores semelhantes (Fig. 5). Na comparação com a média 1 ,0 (méd ia das médias do grau de repleção das
quatro espécies) verifica-se que S. insclllpta teve em todos os meses médias do grau
de repleção aci ma de 1,0 , S. inlerm edills e P. maculalus tiveram suas maiores
freqUências relativas entre as amplitudes de variação I a 1,5 e A. lacustris, teve todas
as médias abaixo de 1,0 (Fig. 6).
Reprodução e desenvolvimento de gordura em cada espécie
Schizodon intermedius Foram verificados espécimes em atividade reprodutiva nos meses de dezem- bro, janeiro, fevereiro e maio. Os valores da média do GM foram baixos, pois a gra nd e maioria dos exemplares estavam em maturação (Fig. 7A). Nos meses de atividade reprodutiva (com indivíduos em estagios maduro, desova e desovado) foram verificados poucos exemplares. Na figura 7A, podem ser verificadas também, as médias dos graus de gordura que foram s up eriores ao valor 1 ,0 em tod os os meses e os picos foram verificados em outubro, maio e julho, meses em que a atividade alimentar teve valores do GR baixos (0,38, 0,70 e 0,65 respectivamente).
Atividade alimentar de espécies de peixe do rio Tibagi. .. 507
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Fig. 7. Distribuição das médias dos graus de repleção (GR), de gordura (GG) e de maturação (GM) em (A) Schízodon íntermedíus , (B) Acestrorhynchus lacustrís, (e) Pímelodus maculatus e (D) Steíndachnerína ínsculpta.
508 BENNEMANN^ et^ ai.
sugerindo que esta espécie provavelmente desove em locais próximos ao local amostrado. As médias foram diferentes de 3,0 somente nos meses acima referidos (Fig.7C). Os maiores valores das médias do grau de gordura foram em outubro e julho (1,85 e 1,62). Esses valores ocorreram durante os mesmos meses que ocorreram os menores valores das médias dos graus de repleção (0,57 e 0,61), como é mostrado na figura 7C.
Acestrorhynchus lacustris
Em dezembro foi verificado maior quantidade de indivíduos maduros (35), que coincide com a época de maior GM (Fig. 78). Foram observados exemplares com atividade reprodutiva (estádios maduro, desova e desovado) desde outubro até fevereiro. Ainda, foram verificados nos meses de abril, com um exemplar e maio e julho, com dois exemplares, em estádio maduro. As médias dos graus de gordura tiveram seus picos em agosto e junho (1, e 1,62). Durante o período de maior atividade reprodutiva os valores do GG mantiveram-se todos abaixo do valor 1,0 (Fig. 78).
Steindachnerina insculpta
Esta espécie foi verificada em contínua atividade reprodutiva em vários meses. Em outubro e fevereiro todos os indivíduos estavam em estágio maduro. Esses dois meses, mais o mês de maio (com os exemplares em estágio maduro e desova) foram os meses de maior Gm (Fig. 70). Somente em cinco meses (agosto, setembro, novembro, junho e julho) não foram constatados espécimes em atividade reprodutiva. Nesses meses a média de GM permaneceu com valor 3,0 (Fig. 70).
DISCUSSÃO
Foram verificadas variações quantitativas e/ou temporais distintas na ativi - dade alimentar entre as quatro espécies estudadas. O trecho do rio Tibagi estudado não apresentou acentuada variação no regime hídrico e, além do que, é importante mencionar que estas espécies têm seu alimento principal de origem autóctone. As variações da atividade alimentar podem estar influenciadas pelo regime hídrico, mas não quanto a dependência ao acesso d:) alimento, como em outros rios neotropicais citados em GOULDING (1980), ]UNK (1985), LOWE-McCONNELL (1987) e MACHA- Do-ALLISSON (1992). Aventou-se então a hipótese do próprio alimento estar funcionando como
fator limitante na atividade a lim entar e reprodutiva das espécies. No entanto, S.
intermedius caracterizada por YABE & 8ENNEMANN (1994) como herbívora, não
teve na vegetação aquática um fator limitante. As macrófitas Salvinia auriculata,
Eichhornia crassipes, Pistia sp. e gramíneas, embora tivessem variação na quanti-
dade disponível, sempre estiveram presentes no ambiente, durante o período estu-
dado. Da mesma forma, a principal presa de A. lacus/ris foi Astyanax bimaculatus;
insetos jovens e adultos e outros itens disponíveis foram os principais itens comidos
por P. macula/us; o item " detrito" ingerido por S. insculpta, não sugere ser um fator
limitante, pois sempre estiveram presentes no ambiente.
510 BENNEMANN et ai.
adaptação comportamental a ingestão de detritos de maneira constante (BOWEN
1983). WOOTTON (1990) ainda adiciona que o alimento dos detritívoros é de baixo
conteúdo energético e devido a is so, precisam comer continuamente. Na espécie
detritívora, S. insculpta, aqui estudada, os resu lt ados refletiram um comportamento
alimentar que os autores ac ima mencionam, pois todos os exemplares verificados
continham alimento no estômago. Além disso, foi a espécie que teve a maior média
do grau de repleção.
Os baixos graus de gordura verificados para S. insculpta podem, em parte,
estar associados ao tipo de alimento ingerido. Ou ainda, ao fato de que espécies de
menor porte acumulam menores quantidades de gordura, como observou GOUL-
DTNG (1980). Realmente, S. insculpla,junto com A.lacl/Slris, foram as duas espécies
de menor porte e que tiveram as menores médias dos graus de gordura.
Por outro lado, no caso de S. insculpla, ficou evidente que a gordura foi gasta
nas atividades reprodutivas. As médias do grau de gordura estavam baixas quando
todos os exemplares estavam maduro s, em outubro e fevereiro e também logo após
os meses seguintes de intensa atividade reprodutiva, novembro e março. BO ND
(1979), cita que os peixes diminuem ou cessam a alimentação nos meses em que
estão se reproduzindo. Nos meses de outubro e fevereiro, quando todos os exem-
plares de S. insculpta estavam maduros , ocorreram as menores médias do grau de
repleção.
Considerando que o habitat no trecho do rio Tibagi (Sertanópolis), durante
o período estudado, foi bastante uniforme, parece ter influenciado para a caracteri-
zação da relação das atividades a lim entar/armazenamento de gordura/reprodução
das quatro espécies quanto a sazonalidade não marcante dessas atividades, em
função do habitat, parecendo o que SCHWASSMANN (1992) relata para espécies de
pequeno porte e que vivem em riachos com florestas, sendo ambientes bastante
uniformes, durante todo o ciclo anual.
Assim, as variações de épocas e intensidades dessas atividades e suas
relações são atribuíd as ao tipo de dieta, porte da espécie e padrão reprodutivo. Em
duas das espécies (s. insculpta e A. lacustris) que ti veram bem evidenciadas
atividades reprodutivas na área estudada, pode ser constatada claramente a seq uên-
cia dos evento s: maior atividade alimentar, armazenamento de gordura e ocorrência
da reprodução, conforme pode ser visua li zado na tabela r.
AGRADECIMENTOS. Es te estudo teve supOlt e financeiro pelo convênio UELlCOPATII
KLAB IN e auxílios suplementares do CNP q e da CA PES. Agradecemos ao Sr. Manoel Reis
que gen tilmente permitiu a utilização de sua propriedade rural próxima ao rio. À Ângela Teresa
Si lva-Souza e Lúcia Giul iano-Caetano, que coordenaram o gru po de es tudo s ictiológico s ne sta
fase de pe squi sa. Agradecemos muito às pessoas que no s aj udaram nas coletas, patticularmente
Mauro Caetano Fi lh o, Ricardo Siqueira , Edson Santana e Jacson Franco Bennemann , que
trabalharam no barco indepe nd ente da hora , frio, ve nto e so l. À Angela Maria Veregue, Alda
Maria Borgui e Ana Karina Varoni pela co leta de dado s da s gônadas do s peixes estudados. À
Claudia Bueno dos Reis Mattinez pela ajuda e comentár ios de ste manuscrito. Finalmente, à
Priscila Lazoski pela confecção das figur as.
Atividade alimentar de espécies de peixe do rio Tibagi. .. 511
Tabela I. Quadro comparativo entre as atividades alimentar/armazenamento de gordura e reorodutiva nas auatro esoécies estudadas. no oeriodo Aaosto/1992 - Julho/1993.
s. intermedius Atividade alimentar Armazenamento de gordura Atividade reprodutiva P. maculatus Atividade alimentar Armazenamento de gordura Atividade reprodutiva A. lacustris Atividade alimentar Armazenamento de gordura Atividade reprodutiva S. insculpta Atividade alimentar Armazenamento de gordura Atividade reprodutiva
AGO SET OUT NOV DEZ JAN
fIfII//II-
FEV MAR ABR MAl JUN (^) JUL
ri
_ Picos de atividades (maiores GR e GG) e indivíduos em atividade reprodutiva (estádios maduro, desova e desovado). ? Possível época de reprodução, segundo GODINHO et ai. (1977).
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