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Atividade Individual FGV - Análise das Demonstrações Contábeis (Nota 10), Trabalhos de Análise das Demonstrações Financeiras

Para desenvolver esta atividade, considere as demonstrações contábeis da empresa Magazine Luiza, referentes aos exercícios sociais de 2020 e 2019. O relatório deve conter os seguintes tópicos: introdução; análise horizontal; análise vertical; cálculo dos índices de liquidez; cálculo da estrutura de capital; cálculo da lucratividade; cálculo da rentabilidade e conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa.

Tipologia: Trabalhos

2023

À venda por 01/12/2023

jesiele-tavares
jesiele-tavares 🇧🇷

4.9

(67)

19 documentos


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Baixe Atividade Individual FGV - Análise das Demonstrações Contábeis (Nota 10) e outras Trabalhos em PDF para Análise das Demonstrações Financeiras, somente na Docsity! 1 MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL Estudante: Disciplina: Análise das Demonstrações Contábeis Turma: 1. INTRODUÇÃO De acordo com MARION (2009), a análise das demonstrações contábeis é um recurso que disponibiliza informações úteis para a tomada de decisões tanto interna quanto externamente à empresa. Com uma variedade de ferramentas, ela ajuda os gestores a gerenciar a empresa de maneira eficiente e eficaz, reduzindo riscos e aprimorando o desempenho e resultado da empresa. Com este propósito, este estudo de caso tem como foco a Magazine Luiza S.A., uma das maiores varejistas do país, fundada em 1957 na cidade de Franca, interior de São Paulo. O objetivo da anál ise consiste em examinar a situação financeira e patrimonial da empresa através da análise das demonstrações contábeis referentes aos exercícios sociais de 2019 e 2020. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo 31/12/2020 31/12/2019 Ativo circulante 14.799.483 12.157.015 Caixa e equivalentes de caixa 1.281.569 180.799 Aplicações financeiras 1.220.095 4.446.143 Contas a receber 3.460.711 2.769.649 Estoques 5.459.037 3.509.334 Ativos biológicos Tributos a recuperar 594.782 777.929 Outros ativos circulantes 2.783.289 473.161 Ativo não circulante 7.497.347 6.454.802 Ativo realizável a longo prazo 1.585.551 1.491.070 Investimentos 1.705.072 1.240.664 Imobilizado 3.613.297 3.196.199 Intangível 593.427 526.869 Ativo total 22.296.830 18.611.817 2 BALANÇO PATRIMONIAL Passivo + PL 31/12/2020 31/12/2019 Passivo Circulante 11.512.179 7.203.042 Obrigações sociais e trabalhistas 294.314 309.007 Fornecedores 7.679.861 5.413.546 Obrigações fiscais 331.113 307.695 Empréstimos e financiamentos 1.666.243 8.192 Outras obrigações 1.540.648 1.164.602 Passivo não circulante 3.459.364 3.843.838 Empréstimos e financiamentos 17.725 838.862 Errendamento mercantil 2.156.522 1.893.790 Tributos diferidos 0 3.725 Provisões fiscais, trabalhistas e cíveis 998.250 767.938 Lucros e receitas a apropriar 286.867 339.523 Patrimônio líquido 7.325.287 7.564.937 Capital social realizado 5.952.282 5.952.282 Reservas de capital -213.037 198.730 Reservas de lucros 1.574.891 1.410.757 Outros resultados abrangentes 11.151 3.168 Passivo total 22.296.830 18.611.817 Demonstração do Resultado do Exercício Período 31/12/2020 31/12/2019 Receita de venda de bens e/ou serviços 26.130.544 18.491.861 Custo dos bens e/ou serviços vendidos -19.672.090 -13.464.405 Resultado bruto 6.458.454 5.027.456 Despesas/receitas operacionais -5.753.929 -3.745.083 Despesas com vendas -4.476.887 -3.134.586 Despesas gerais e administrativas -1.295.041 -972.582 Perdas pela não recuperabilidade de ativos -100.388 -69.676 Outras receitas operacionais 81.834 352.031 Resultado de equivalência patrimonial 36.553 79.730 Resultado antes do resultado financeiro e dos tributos 704.525 1.282.373 Receitas financeiras 201.463 647.421 Despesas financeiras -526.543 -714.410 Resultado antes dos tributos sobre o lucro 379.445 1.215.384 Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 12.264 -293.556 Lucro/prejuízo do período 391.709 921.828 5 BALANÇO PATRIMONIAL Passivo + PL 31/12/2020 31/12/2019 A.H% Passivo Circulante 11.512.179 7.203.042 59,82% Obrigações sociais e trabalhistas 294.314 309.007 -4,75% Fornecedores 7.679.861 5.413.546 41,86% Obrigações fiscais 331.113 307.695 7,61% Empréstimos e financiamentos 1.666.243 8.192 20239,88% Outras obrigações 1.540.648 1.164.602 32,29% Passivo não circulante 3.459.364 3.843.838 -10,00% Empréstimos e financiamentos 17.725 838.862 -97,89% Errendamento mercantil 2.156.522 1.893.790 13,87% Tributos diferidos 0 3.725 -100,00% Provisões fiscais, trabalhistas e cíveis 998.250 767.938 29,99% Lucros e receitas a apropriar 286.867 339.523 -15,51% Patrimônio líquido 7.325.287 7.564.937 -3,17% Capital social realizado 5.952.282 5.952.282 0,00% Reservas de capital -213.037 198.730 -207,20% Reservas de lucros 1.574.891 1.410.757 11,63% Outros resultados abrangentes 11.151 3.168 251,99% Passivo Total 22.296.830 18.611.817 19,80% 2.2 ANÁLISE HORIZONTAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) Ao examinar a Demonstração do Resultado do Exercício, constata-se que a receita proveniente da venda de bens e/ou serviços cresceu em 41,31% em relação ao ano anterior, sugerindo um aumento nas vendas da empresa. Entretanto, o custo dos bens e/ou serviços comercializados também subiu em 46,10%, podendo indicar um aumento no preço dos insumos ou na quantidade de bens vendidos. O resultado bruto apresentou um acréscimo de 28,46%, sugerindo que a empresa conseguiu obter mais lucro com suas vendas, apesar do aumento dos custos. No que se refere às despesas e receitas operacionais, observa-se um aumento de 53,64%, com as despesas de vendas subindo em 42,82%, as despesas gerais e administrativas em 33,15%, e as perdas de ativos irrecuperáveis em 44,08%. Esses resultados podem indicar que a empresa teve um aumento significativo nos gastos operacionais, o que pode impactar negativamente o resultado. 6 Demonstração do Resultado do Exercício Período 31/12/2020 31/12/2019 A.H% Receita de venda de bens e/ou serviços 26.130.544 18.491.861 41,31% Custo dos bens e/ou serviços vendidos -19.672.090 -13.464.405 46,10% Resultado bruto 6.458.454 5.027.456 28,46% Despesas/receitas operacionais -5.753.929 -3.745.083 53,64% Despesas com vendas -4.476.887 -3.134.586 42,82% Despesas gerais e administrativas -1.295.041 -972.582 33,15% Perdas pela não recuperabilidade de ativos -100.388 -69.676 44,08% Outras receitas operacionais 81.834 352.031 -76,75% Resultado de equivalência patrimonial 36.553 79.730 -54,15% Resultado antes do resultado financeiro e dos tributos 704.525 1.282.373 -45,06% Receitas financeiras 201.463 647.421 -68,88% Despesas financeiras -526.543 -714.410 -26,30% Resultado antes dos tributos sobre o lucro 379.445 1.215.384 -68,78% Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 12.264 -293.556 -104,18% Lucro/prejuízo do período 391.709 921.828 -57,51% 3. ANÁLISE VERTICAL A análise vertical consiste em uma técnica de avaliação das demonstrações contábeis que permite examinar a proporção de cada item em relação ao total do demonstrativo. Essa ferramenta é empregada para avaliar a estrutura dos demonstrativos financeiros e identificar a importância de cada item em relação ao conjunto. A análise vertical pode ser feita de duas formas: por meio da análise da estrutura patrimonial, que avalia a composição do ativo, passivo e patrimônio líquido; ou por meio da análise da demonstração do resultado, que avalia a representatividade de cada conta em relação à receita líquida. No caso da análise da estrutura patrimonial, a análise vertical permite identificar a proporção de cada conta em relação ao total do ativo, passivo e patrimônio líquido. Isso permite avaliar a composição do patrimônio da empresa e identificar a representatividade de cada conta em relação ao todo. Já na análise da demonstração do resultado, a análise vertical permite identificar a representatividade de cada 7 conta em relação à receita líquida. Isso permite avaliar a eficiência operacional da empresa e identificar a representatividade de cada conta em relação à receita total. Para fazer esta análise usa-se a seguinte fórmula: AV = Valor da conta / Valor total do grupo de contas 3.1 ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL Ao utilizar a análise vertical, verifica-se que o ativo circulante correspondeu a 66,37% do ativo total em 2020, representando um aumento em relação ao ano anterior, que foi de 65,32%. Esse aumento pode ser explicado, sobretudo, pelo acréscimo nos estoques e em outros ativos circulantes. Dentre os ativos circulantes, o item com maior representatividade é o estoque, que representa 24,48% do ativo total, seguido por contas a receber, com 15,52%. Já as aplicações financeiras apresentaram uma redução significativa em sua representatividade, passando de 23,89% em 2019 para 5,47% em 2020. Já o ativo não circulante representou 33,63% do ativo total em 2020, uma leve elevação em relação ao ano anterior, que foi de 34,68%. Dentre os ativos não circulantes, o imobilizado é o item com maior representatividade, com 16,21% do ativo total, seguido por investimentos, com 7,65%. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo 31/12/2020 A.V (2020) % 31/12/2019 A.V (2019) % Ativo circulante 14.799.483 66,37% 12.157.015 65,32% Caixa e equivalentes de caixa 1.281.569 5,75% 180.799 0,97% Aplicações financeiras 1.220.095 5,47% 4.446.143 23,89% Contas a receber 3.460.711 15,52% 2.769.649 14,88% Estoques 5.459.037 24,48% 3.509.334 18,86% Ativos biológicos 0,00% 0,00% Tributos a recuperar 594.782 2,67% 777.929 4,18% Outros ativos circulantes 2.783.289 12,48% 473.161 2,54% Ativo não circulante 7.497.347 33,63% 6.454.802 34,68% Ativo realizável a longo prazo 1.585.551 7,11% 1.491.070 8,01% Investimentos 1.705.072 7,65% 1.240.664 6,67% Imobilizado 3.613.297 16,21% 3.196.199 17,17% Intangível 593.427 2,66% 526.869 2,83% Ativo total 22.296.830 100,00% 18.611.817 100,00% 10 Em relação à receita, as despesas com vendas aumentaram ligeiramente de 17,0% em 2019 para 17,1% em 2020. Por outro lado, as despesas gerais e administrativas diminuíram de 5,3% em 2019 para 5,0% em 2020, sugerindo uma possível melhor eficiência na gestão administrativa da empresa. O resultado antes do resultado financeiro e dos tributos teve uma queda em relação à receita, passando de 6,9% em 2019 para 2,7% em 2020. Esse resultado pode ter sido afetado pelas despesas financeiras, que representaram -2,0% em 2020 (ante -3,9% em 2019). Apesar da redução no resultado antes dos tributos sobre o lucro, a empresa alcançou um lucro líquido de 1,5% em relação à receita em 2020, o que pode ser considerado um resultado positivo. Demonstração do Resultado do Exercício Período 31/12/2020 A.V (2020) % 31/12/2019 A.V (2019) % Receita de venda de bens e/ou serviços 26.130.544 100% 18.491.861 100% Custo dos bens e/ou serviços vendidos -19.672.090 -75,3% -13.464.405 -72,8% Resultado bruto 6.458.454 24,7% 5.027.456 27,2% Despesas/receitas operacionais -5.753.929 -22,0% -3.745.083 -20,3% Despesas com vendas -4.476.887 -17,1% -3.134.586 -17,0% Despesas gerais e administrativas -1.295.041 -5,0% -972.582 -5,3% Perdas pela não recuperabilidade de ativos -100.388 -0,4% -69.676 -0,4% Outras receitas operacionais 81.834 0,3% 352.031 1,9% Resultado de equivalência patrimonial 36.553 0,1% 79.730 0,4% Resultado antes do resultado financeiro e dos tributos 704.525 2,7% 1.282.373 6,9% Receitas financeiras 201.463 0,8% 647.421 3,5% Despesas financeiras -526.543 -2,0% -714.410 -3,9% Resultado antes dos tributos sobre o lucro 379.445 1,5% 1.215.384 6,6% Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 12.264 0,0% -293.556 -1,6% Lucro/prejuízo do período 391.709 1,5% 921.828 5,0% 11 4. CÁLCULO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez são uma ferramenta importante para avaliar a saúde financeira de uma empresa e sua capacidade de pagar suas obrigações de curto prazo. Eles ajudam a medir a liquidez de uma empresa, que é a capacidade de transformar seus ativos em dinheiro rapidamente para cumprir suas obrigações financeiras. Os índices mais comuns são o índice de liquidez corrente, o índice de liquidez imediata e o índice de liquidez seca. Cada um desses índices mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo usando diferentes tipos de ativos. A partir dos dados do exercício entre 2019 e 2020 para a Empresa Magazine Luiza, chegamos aos resultados de liquidez, apresentados abaixo: 4.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA (I.L.I) O índice de liquidez imediata é um indicador que mede a habilidade de uma empresa em satisfazer suas obrigações de curto prazo por meio de seus ativos mais líquidos, tais como caixa e equivalentes de caixa. Um índice de liquidez imediata igual ou superior a 1 é visto como saudável para a empresa. A seguir, apresenta-se o cálculo desse índice para a empresa: Liquidez Imediata = disponível/passivo circulante Ano 2020 2019 Disponível (Caixa) 1.281.569 180.799 Passivo Circulante 11.512.179 7.203.042 I.L.I 0,11 0,03 0,11 1,29 0,81 1,09 0,03 1,69 1,20 1,24 I.L.I I.L.C I.L.S I.L.G Índices de Liquidez 2020 2019 12 Como se pode observar, o índice de liquidez imediata em 2020 foi de 0,11, o que significa que a empresa tinha R$ 0,11 em ativos de caixa e equivalentes de caixa para cada R$ 1,00 em dívidas de curto prazo. Esse valor indica que a empresa tinha uma posição de liquidez mais forte em 2020 em comparação com o ano anterior, quando o índice de liquidez imediata foi de 0,03, o que indica que a empresa tinha apenas R$ 0,03 em ativos de caixa e equivalentes de caixa para cada R$ 1,00 em dívidas de curto prazo. 4.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (I.L.C) O índice de liquidez corrente é um indicador que avalia a capacidade de uma empresa em honrar suas obrigações de curto prazo por meio de seus ativos de curto prazo, tais como estoques e contas a receber. Um índice de liquidez corrente igual ou superior a 1 é considerado saudável para a empresa, pois indica que a empresa dispõe de ativos suficientes para quitar suas dívidas de curto prazo. A seguir, apresenta-se o cálculo desse índice para a empresa: Liquidez Corrente = ativo circulante/passivo circulante Ano 2020 2019 Ativo Circulante 14.799.483 12.157.015 Passivo Circulante 11.512.179 7.203.042 I.L.C 1,29 1,69 No caso da Magazine Luiza, o índice de liquidez corrente em 2020 foi de 1,29, o que significa que a empresa tinha R$ 1,29 em ativos de curto prazo para cada R$ 1,00 em dívidas de curto prazo. Esse valor indica que a empresa tinha uma posição de liquidez razoável em 2020, embora tenha tido uma ligeira queda em comparação com o ano anterior, quando o índice de liquidez corrente foi de 1,69. Uma queda no índice de liquidez corrente pode indicar que uma empresa está enfrentando dificuldades para pagar suas dívidas de curto prazo e pode estar em risco de inadimplência. No entanto, no caso da Magazine Luiza, o índice ainda está acima de 1, o que sugere que a empresa ainda tem capacidade de pagar suas dívidas de curto prazo. 4.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA (I.L.S) O índice de liquidez seca é uma medida da capacidade de uma empresa de pagar suas dívidas de curto prazo usando seus ativos de curto prazo, excluindo os estoques. Ele é calculado dividindo o total de ativos de curto prazo menos os estoques pela quantidade total de passivos de curto prazo. Esse 15 Endividamento Geral = (passivo circulante + passivo não circulante) /ativo total Ano 2020 2019 Passivo Circulante + PNC 14.971.543 11.046.880 Ativo Total 22.296.830 18.611.817 E.G 67% 59% Com base nos números avaliados, pode-se observar que o índice de endividamento geral da Magazine Luiza aumentou de 59% em 2019 para 67% em 2020. Isso significa que a empresa aumentou a proporção de dívida em relação ao seu patrimônio líquido no período. Importante ressaltar que um aumento no endividamento geral não necessariamente indica uma situação problemática para a empresa, uma vez que a utilização de financiamentos pode ser uma estratégia saudável para o crescimento dos negócios. No entanto, é importante avaliar se o aumento da dívida está sendo utilizado de maneira eficiente e se a empresa tem capacidade de pagar seus compromissos dentro dos prazos estabelecidos. 5.2 ÍNDICE DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE) O índice de composição do endividamento é uma medida que analisa a estrutura da dívida de uma empresa, ou seja, como ela está distribuída entre as diferentes fontes de financiamento disponíveis. Esse indicador é importante porque a composição da dívida pode afetar a solvência e a liquidez da empresa. Abaixo seguem os valores do índice para a empresa Magazine Luiza: Composição do endividamento = passivo circulante/ (passivo circulante + passivo não circulante) Ano 2020 2019 Passivo Circulante 11.512.179 7.203.042 Passivo Circulante + PNC 14.971.543 11.046.880 C.E 77% 65% A partir dos dados analisados, observa-se que o índice de composição do endividamento da Magazine Luiza aumentou de 65% em 2019 para 77% em 2020. Isso significa que a proporção de dívida de longo prazo em relação ao total de dívida da empresa aumentou no período. Esse aumento na proporção de dívida de longo prazo pode ser vantajoso para a empresa, pois esse tipo de dívida geralmente apresenta uma taxa de juros mais baixa do que a dívida de curto prazo. No entanto, é importante avaliar se a 16 empresa está conseguindo gerar fluxo de caixa suficiente para honrar seus compromissos de dívida de longo prazo. 5.3 ÍNDICE DE IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO (IPL) O índice de imobilização do capital próprio é uma medida utilizada para avaliar a eficiência da empresa em utilizar seus recursos próprios na geração de lucros. Em outras palavras, o índice de mobilização do capital próprio indica a taxa de retorno que a empresa gera a partir do capital próprio investido pelos acionistas. Quanto maior for o índice de mobilização do capital próprio, melhor será o desempenho da empresa em utilizar seus recursos próprios para gerar lucros. Abaixo seguem os valores do índice para a empresa Magazine Luiza: Imobilização do capital próprio = (ativo não circulante - realizável a longo prazo)/ patrimônio líquido Ano 2020 2019 ANC - RLP 5.911.796 4.963.732 Patrimônio Liquido 7.325.287 7.564.937 I.C.P 81% 66% Com base nos resultados apresentados, o índice de imobilização do capital próprio da Magazine Luiza melhorou significativamente em 2020 em relação a 2019. Enquanto em 2019 o índice foi de 66%, em 2020 esse indicador alcançou 81%, o que significa que a empresa conseguiu gerar mais lucros a partir do capital próprio investido pelos acionistas. Esse aumento no índice de mobilização do capital próprio pode ser um sinal positivo para a empresa, indicando que ela está aumentando sua eficiência na utilização de seus recursos próprios e gerando mais valor para seus acionistas. 5.4 ÍNDICE DE IMOBILIZAÇÃO DE RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC) O índice de imobilização de recursos não correntes é uma medida financeira que indica a proporção dos ativos não circulantes (também conhecidos como ativos fixos) da empresa em relação ao seu patrimônio líquido. Esse índice é importante, pois indica o grau de imobilização dos recursos da empresa em ativos fixos, tais como imóveis, equipamentos, veículos, entre outros. Quanto maior for esse índice, maior será a quantidade de recursos da empresa investidos em ativos fixos. Abaixo seguem os valores do índice para a empresa Magazine Luiza: 17 Imobilização de recursos não correntes = (ativo não circulante - realizável a longo prazo)/(patrimônio líquido + passivo não circulante) Ano 2020 2019 ANC - RLP 5.911.796 4.963.732 PL + PNC 10.784.651 11.408.775 I.R.N.C 55% 44% Com base nos resultados apresentados, o índice de imobilização de recursos não correntes da Magazine Luiza aumentou em 2020 em relação a 2019. Enquanto em 2019 o índice foi de 44%, em 2020 esse indicador alcançou 55%, o que significa que uma proporção maior dos ativos da empresa está sendo investida em ativos fixos, como imóveis, equipamentos, veículos, entre outros. Esse aumento no índice de imobilização de recursos não correntes pode ser um sinal de que a empresa está investindo em expansão, modernização ou aquisição de bens duráveis, visando melhorar sua capacidade produtiva ou ampliar sua presença no mercado. 6. CÁLCULO DA LUCRATIVIDADE O indicador de lucratividade é um importante indicador financeiro que mede a capacidade da empresa de gerar lucro em relação a uma determinada base de comparação, como vendas, ativos, patrimônio líquido ou investimentos. Existem diversos indicadores de lucratividade, sendo os mais comuns o lucro líquido sobre vendas (margem líquida), o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), o retorno sobre o ativo (ROA) e o retorno sobre o investimento (ROI). Cada um desses indicadores oferece uma visão diferente da lucratividade da empresa e pode ser mais relevante em determinados contextos. De acordo com as demonostrações da empresa Magazine Luiza podemos chegar aos resultados gerais: 25% 3% 1% 117% 27% 7% 5% 99% Margem Bruta Margem Operacional Margem Liquida Margem Giro Ativo Indicadores Lucratividade 2020 2019 20 Giro do ativo = vendas líquidas/ativo total Ano 2020 2019 Vendas Liquidas 26.130.544 18.491.861 Ativo Total 22.296.830 18.611.817 MGA 117% 99% A margem de giro do ativo do Magazine Luiza apresentou um aumento de 18 pontos percentuais de 2019 para 2020, passando de 99% para 117%. Esse aumento indica que a empresa foi capaz de gerar mais lucro a partir do uso de seus ativos em 2020 do que em 2019. Esse indicador é importante para avaliar a eficiência da empresa em utilizar seus recursos para gerar lucro e pode ser comparado com outras empresas do mesmo setor para avaliar sua competitividade. O aumento na margem de giro do ativo indica uma melhora na eficiência da empresa em gerar lucro a partir de seus ativos. 7. CÁLCULO DA RENTABILIDADE O indicador de rentabilidade é utilizado para avaliar a capacidade de uma empresa em gerar lucro em relação a seus investimentos. Ele pode ser medido por meio de diversos indicadores, como margem líquida, margem bruta, retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), retorno sobre o ativo (ROA), entre outros. A análise da rentabilidade é importante para os investidores, pois indica a capacidade da empresa em gerar lucro e remunerar seus acionistas. De acordo com as demonostrações da empresa Magazine Luiza podemos chegar aos resultados gerais: 5% 2% 12% 5% ROE ROI Indicadores da Rentabilidade 2020 2019 21 7.1 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ROE) O ROE é um dos principais indicadores de rentabilidade utilizado pelos investidores para avaliar a eficiência da empresa em gerar lucro em relação ao seu patrimônio líquido. Ele é calculado pela divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido da empresa. O ROE é um indicador importante para avaliar a capacidade da empresa em gerar retorno para seus acionistas em relação aos investimentos realizados. Abaixo seguem os valores do índice para a empresa Magazine Luiza: Rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) = (lucro líquido/patrimônio líquido) x 100 Ano 2020 2019 Lucro Líquido 391.709 921.828 Patrimônio Líquido 7.325.287 7.564.937 ROE 5% 12% No caso da Magazine Luiza, podemos ver que o ROE da empresa caiu de 12% em 2019 para 5% em 2020. Isso indica que a empresa teve uma rentabilidade menor em relação ao capital investido pelos seus acionistas no último ano. 7.2 RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS (ROI) O ROI é um indicador importante porque ajuda a avaliar a eficácia e rentabilidade de um investimento. Ele pode ser comparado com outros investimentos para determinar qual é mais atraente. Abaixo seguem os valores do indicador para a empresa Magazine Luiza: Rentabilidade dos investimentos (ROI) = (lucro líquido/ativo total) x 100 Ano 2020 2019 Lucro Líquido 391.709 921.828 Ativo Total 22.296.830 18.611.817 ROI 2% 5% No caso da Magazine Luiza, podemos observar que o ROI da empresa caiu de 5% em 2019 para 2% em 2020. Isso indica que os investimentos realizados pela empresa em 2020 não tiveram uma eficiência tão grande quanto os investimentos realizados em 2019. 22 8. CONCLUSÃO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DA EMPRESA Ao analisar os indicadores financeiros apresentados, podemos observar que a situação econômica e financeira da Magazine Luiza apresenta alguns desafios, mas também pontos positivos. O ROE (Return on Equity) caiu de 12% em 2019 para 5% em 2020, indicando que a rentabilidade da empresa em relação ao capital investido pelos acionistas diminuiu. Além disso, o ROI (Return on Investment) também caiu de 5% em 2019 para 2% em 2020, indicando que os investimentos realizados pela empresa em 2020 não tiveram uma eficiência tão grande quanto em 2019. As margens bruta, operacional e líquida da empresa também apresentaram queda em 2020 em relação a 2019, o que indica que a empresa teve uma redução na sua capacidade de gerar lucro. A margem de giro do ativo, por outro lado, apresentou uma melhora, indicando que a empresa está conseguindo gerar mais receita com seus ativos. O endividamento geral da empresa aumentou de 59% em 2019 para 67% em 2020, o que pode indicar que a empresa está buscando financiamento para investimentos e/ou para enfrentar os desafios da pandemia. No entanto, a composição do endividamento indica que a maior parte da dívida é de longo prazo, o que pode ser positivo para a empresa. Em relação à liquidez, a Magazine Luiza apresenta uma boa liquidez corrente e geral, indicando que a empresa possui recursos suficientes para honrar suas obrigações de curto e longo prazo. No entanto, a liquidez imediata é relativamente baixa, o que pode indicar que a empresa pode ter dificuldades em pagar suas obrigações de curto prazo no curto prazo. No geral, a situação econômica e financeira da Magazine Luiza apresenta desafios, mas também pontos positivos. A empresa tem se destacado no mercado de varejo brasileiro nos últimos anos, investindo em tecnologia e em novos canais de venda, como o marketplace, o que pode contribuir para sua recuperação econômica. Além disso, a empresa tem se adaptado bem ao novo cenário imposto pela pandemia de COVID-19, acelerando seu processo de digitalização e investindo em medidas de segurança para seus colaboradores e clientes.

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