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Atividade Individual FGV - Transformação Digital (Nota 10), Trabalhos de Eletrônica Digital

Você deve delinear um roadmap de transformação digital para uma organização a partir da análise dos fatores necessários para essa evolução, incluindo sugestões de mudanças. Para realizar esta tarefa, você deve propor um projeto de transformação digital para uma organização da sua escolha.

Tipologia: Trabalhos

2023

À venda por 02/12/2023

jesiele-tavares
jesiele-tavares 🇧🇷

4.9

(69)

16 documentos

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Baixe Atividade Individual FGV - Transformação Digital (Nota 10) e outras Trabalhos em PDF para Eletrônica Digital, somente na Docsity! 1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Disciplina/Turma: Transformação Digital-0823-1 Estudante: 1. Introdução 1.1 Apresentação da Empresa Fundada em 1979 e localizada em Porto Trombetas (PA), a Mineração Rio do Norte (MRN) construiu uma sólida reputação por meio de operações eficientes e práticas responsáveis, consolidando sua presença como uma das líderes na extração e exportação de bauxita no Brasil, representando 40,17% da produção nacional. Atualmente, seus acionistas incluem empresas renomadas como Vale, South32, Rio Tinto, Companhia Brasileira de Alumínio e Hydro. No entanto, a composição acionária está prestes a mudar com a aquisição de 45% da MRN pela empresa Glencore, conforme anunciado em abril de 2023. O processo produtivo abrange a extração, beneficiamento, transporte ferroviário, secagem e embarque de navios. Em 2022, suas vendas totalizaram 12,791 milhões de toneladas, distribuídas principalmente para refinarias brasileiras, América do Norte, Europa e Ásia. A infraestrutura em Oriximiná inclui um parque industrial, ferrovia, porto, usinas termoelétricas e a cidade-empresa Porto Trombetas, onde residem cerca de 6.000 pessoas. Com uma base sólida e valores que orientam suas operações, a MRN vislumbra um futuro dinâmico e expansivo. A integração de tecnologias de vanguarda, como o PROJETO AUTONÔMOS, que visa a implementação de caminhões autônomos para realizar o transporte do minério, exemplifica o compromisso da empresa em manter-se na vanguarda da inovação, assegurando seu papel como líder indiscutível no cenário da mineração global. 1.2 Problemática: Transporte Caminhões na Mineração No setor da mineração, as fases de carga e transporte desempenham um papel crucial no ciclo de extração e beneficiamento do minério. Contudo, diante dos custos associados a essas etapas e da busca incessante por aumentar a produtividade, reduzir emissões de gases tóxicos na atmosfera e minimizar os riscos de acidentes para os colaboradores em áreas operacionais, torna-se imperativo o avanço 2 tecnológico para a automação dos processos de transporte. Essa automatização visa não apenas garantir a segurança, mas também promover a competitividade das operações mineradoras. 1.2 Projeto Autonômos A adoção de caminhões autônomos pela Mineração Rio do Norte (MRN) emerge como um passo estratégico significativo, inserindo a empresa no cenário da transformação digital e promovendo uma sinergia entre eficiência operacional, segurança dos empregados e sustentabilidade ambiental. A introdução dessa tecnologia inovadora representa não apenas uma evolução tecnológica, mas também um compromisso com práticas mais eficazes e responsáveis. Em termos de transformação digital, a incorporação de caminhões autônomos destaca o compromisso da MRN com a modernização de suas operações. Essa tecnologia proporciona uma gestão mais inteligente e eficiente dos recursos, otimizando a logística e a movimentação de materiais, o que contribui diretamente para a maximização da produção e a redução de custos operacionais. 1.2.1 Tecnologia Os equipamentos autônomos possuem a capacidade de operar de forma independente, sem a necessidade de intervenção humana direta. Esses dispositivos podem ser integrados a sistemas complexos de operação e produção na indústria mineradora, abrangendo operações em minas a céu aberto. Nesse contexto, interagem de maneira coordenada com outros equipamentos, independentemente de serem tripulados ou não. Os caminhões autônomos são equipados com tecnologia avançada, incluindo um sistema de GPS de alta precisão que permite a identificação da posição do equipamento em tempo real. Além disso, contam com um sistema de comunicação wireless, assegurando uma comunicação contínua com a sala de controle. 5 3 Liderança e Cultura Organizacional A MRN atualmente adota um estilo de liderança democrático, promovendo conscientização e educação sobre os desafios da transformação digital por meio de workshops e materiais informativos. No entanto, para otimizar a implementação do projeto Autônomos, é crucial que a liderança adote um estilo mais inclusivo e ágil, incentivando a participação ativa no processo. Isso contribuiria para criar uma cultura de inovação e experimentação, elementos essenciais para o sucesso da transformação digital. Um estilo de liderança centrado na definição clara de objetivos e metas mensuráveis alinha a equipe, criando uma visão compartilhada. A adaptação de estruturas hierárquicas para promover comunicação ágil e tomadas de decisão eficientes fortaleceria ainda mais a capacidade de resposta às mudanças, um requisito crucial para o processo de transformação Quanto à cultura organizacional, é necessário avaliar se ela favorece plenamente a transformação digital. Seria benéfico promover uma cultura mais inovadora, onde a liderança recompense ideias criativas relacionadas ao Projeto Autônomos. Além disso, fomentar a colaboração interdepartamental é crucial para otimizar a eficácia do processo. Neste sentido, mudanças culturais necessárias incluem a promoção de uma mentalidade mais flexível e adaptável, encorajando a liderança a ser ágil na resposta a desafios e no aprendizado contínuo. A comunicação transparente e contínua deve ser enfatizada para manter a equipe informada sobre o projeto Autônomos, e a liderança deve estar aberta a ajustes em estruturas e processos conforme necessários. Dessa forma, uma liderança mais inclusiva, ágil e inovadora, aliada a uma cultura organizacional que favoreça a colaboração e a flexibilidade, será mais favorável à transformação digital na MRN, contribuindo para o sucesso do Projeto Autônomos. 6 4 Funções e competências Para implementação do Projeto Autonômos será necessária a estruturação de um corpo técnico responsável por operacionalizar o sistema. Neste sentido, as funções e as competências que devem ser mapeadas e desenvolvidas para atuação no projeto são descritas a seguir: Formação Função Competência Engenheiro de Controle e Automação Desenvolver e otimizar algoritmos de controle para a operação autônoma dos equipamentos. Experiência em sistemas autônomos, programação avançada e conhecimento em controle de processos. Especialista em Tecnologia da Informação (TI) Gerenciar a infraestrutura de tecnologia, incluindo sistemas de comunicação e segurança da informação Conhecimento em redes, segurança cibernética e integração de sistemas. Engenheiro de Segurança do Trabalho Avaliar e garantir a segurança nas operações remotas, identificando potenciais riscos e implementando medidas preventivas. Experiência em segurança ocupacional, conhecimento em normas regulamentadoras. Especialista em Sistemas de GPS Gerenciar e otimizar o sistema de GPS de alta precisão nos equipamentos autônomos. Experiência em tecnologias de posicionamento global, conhecimento em hardware e software de GPS. Especialista em Comunicação Wireless Garantir a eficácia do sistema de comunicação sem fio entre os equipamentos autônomos e a sala de controle. Experiência em redes sem fio, comunicação veículo- infraestrutura. Engenheiro Mecânico/Eletromecânico Supervisionar a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos autônomos. Conhecimento em mecânica, eletromecânica e manutenção de veículos pesados. Analista de Dados Analisar os dados gerados pelos equipamentos autônomos para fornecer insights e otimizar operações Habilidades em análise de dados, estatística e familiaridade com ferramentas analíticas. Gestor de Projeto Coordenar todas as fases do projeto, assegurando prazos, orçamento e integração das equipes. Habilidades em gestão de projetos, liderança e visão estratégica. 7 5 Infraestrutura Considerando a Infraestrutura necessária para operacionalização do Projeto Autônomos, é necessário investimento em infraestrutura de comunicação robusta para garantir a conectividade dos caminhões autônomos, além da adoção de sistemas de geolocalização avançados e infraestrutura de dados eficiente. Abaixo segue descritivo da infra necessária para o projeto: • Treinamento e Centro de Desenvolvimento de Competências: Estabelecer áreas de treinamento avançadas e centros de desenvolvimento de competências para capacitar os operadores dos caminhões convencionais a lidar com os equipamentos autônomos. Isso inclui salas de aula equipadas com simuladores e ferramentas de treinamento interativo. • Rede de Comunicação de Alta Velocidade: Aprimorar a rede de comunicação de alta velocidade para garantir a transferência eficiente de dados entre os equipamentos autônomos e a sala de controle. Isso inclui infraestrutura de comunicação sem fio e backbone de rede robusto. • Sistemas de Posicionamento e Navegação: Implementar sistemas de GPS de alta precisão para garantir o posicionamento preciso dos equipamentos autônomos, a partir da instalação de estações de referência GPS e a integração com o sistema de controle central. • Infraestrutura de Manutenção Remota: Desenvolver infraestruturas que permitam a manutenção remota dos equipamentos autônomos, através do uso de tecnologias como realidade aumentada para suporte técnico remoto. • Centro de Controle Remoto: Estabelecer um centro de controle remoto equipado com tecnologias avançadas para monitorar e gerenciar as operações autônomas em tempo real, por meio da criação de salas de controle equipadas com interfaces avançadas e sistemas de monitoramento. • Estação de Carregamento e Manutenção Autônomas: Projetar e implementar estações automatizadas para carregamento e manutenção dos equipamentos autônomos, como sistemas de recarga elétrica ou abastecimento de combustível automatizados e áreas de manutenção equipadas com tecnologia avançada. • Infraestrutura de Armazenamento e Processamento de Dados: Aprimorar centros de dados capazes de lidar com grandes volumes de dados gerados pelos equipamentos autônomos, através da implementação de soluções de armazenamento em nuvem e servidores de alta capacidade. 10 8 Conclusão A implementação do projeto Autônomos representa um marco crucial na jornada de transformação digital da MRN. Ao integrar caminhões autônomos em suas operações de mineração, a empresa não apenas abraça a inovação tecnológica, mas também alinha suas estratégias aos pilares fundamentais de segurança, eficiência operacional e sustentabilidade. A priorização da segurança, evidenciada pelo uso de tecnologias anticolisão e de alta precisão nos caminhões autônomos, reflete o compromisso da MRN com o bem-estar de seus colaboradores e a mitigação de riscos operacionais. Essa abordagem não apenas cria um ambiente mais seguro, mas também fortalece a reputação da empresa como líder em práticas operacionais responsáveis. Em termos de eficiência operacional, a transformação digital proporcionada pelo projeto Autônomos não só eleva a produtividade, com maior número de horas trabalhadas e rotas otimizadas, mas também promove a longevidade dos equipamentos, reduzindo custos de manutenção e aumentando a vida útil dos caminhões. Esses ganhos operacionais não apenas impulsionam a rentabilidade, mas também posicionam a MRN como referência em eficiência no setor. Além disso, a adoção de tecnologias focadas na sustentabilidade é um testemunho do compromisso da MRN com práticas ambientais responsáveis. A redução do consumo de combustível, emissões de CO2 e desgaste de pneus não apenas contribui para a preservação do meio ambiente, mas também atende às demandas crescentes por responsabilidade ambiental na indústria. Assim, o projeto Autônomos não é apenas uma transformação tecnológica; é uma estratégia holística que reforça a posição da MRN como uma empresa líder, investindo não apenas em sua própria eficiência, mas também no bem-estar dos colaboradores e na sustentabilidade ambiental. Este é um passo significativo em direção a um futuro em que a inovação digital impulsiona não apenas os resultados financeiros, mas também a responsabilidade social e ambiental da MRN. 9 Referências BRUNDRETT, Scott. Industry analysis of autonomous mine haul truck comercialization. Simon Fraser university, Summer 2014. Acessado em 26/09/2023. Disponível em https://docslib.org/doc/6562076/industry-analysis-of-autonomousmine-haul-truck-commercialization. FIEMIG, 2022. Uso de caminhões autônomos na mineração aumenta segurança e reduz emissões de carbono. Acesso em: 25/09/2023. Disponivel em: https://valor.globo.com/conteudo-de- marca/fiemg/noticia/2022/08/30/uso-de-caminhoes-autonomos-na-mineracao-aumenta-seguranca- e-reduz-emissoes-de-carbono.ghtml. 11 MRN: O que fazemos. Acesso em 25/09/2023. Disponível em: https://www.mrn.com.br/index.php/pt/o-que-fazemos. PARREIRA, Juliana. An interactive simulation model to compare an autonomous haulage truck system with a manually-operated system. THE UNIVERSITY OF BRITISH COLUMBIA. 2013. Acesso em 27/09/2023. Disponível em https://open.library.ubc.ca/collections/24/items/1.0074111. SOUZA, W. T. J. Seleção de caminhões rodoviários para mineração utilizando a metodologia de auxílio multicritério à decisão. Estudo de caso: mineração de bauxita. 2012. 146p. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral, Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto, Brasil, 2012.