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Guias e Dicas
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BIOQUÍMICA biomoléculas, Notas de estudo de Bioquímica

Carboidratos, aminoácidos, proteínas, peptídeos.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 30/08/2011

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Fundação Oswaldo Aranha
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA
PROFESSORA ADRIANA FORSTER ARAÚJO
NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________
PERÍODO: __________
TURMA: ____________
Volta Redonda
2010
NOMENCLATURA E ESTRUTURA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
Composto Estrutura – Nomenclatura oficial e usual
Hidrocarbonetos
Alcano, alceno,
alcadieno e alcino
Álcool
Fenol
Éter
Éster
Aldeído
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Fundação Oswaldo Aranha

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA

PROFESSORA ADRIANA FORSTER ARAÚJO

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________

PERÍODO: __________

TURMA: ____________

Volta Redonda 2010

NOMENCLATURA E ESTRUTURA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

Composto Estrutura – Nomenclatura oficial e usual

Hidrocarbonetos Alcano, alceno, alcadieno e alcino

Álcool

Fenol

Éter

Éster

Aldeído

Cetona

Ácido Carboxílico

Amina

Amida

Anidrido

Sal de ácido

Haleto

Composto de Grignard

INTRODUÇÃO

A bioquímica estuda a composição, a estrutura e as transformações das substâncias envolvidas na constituição e no funcionamento dos seres vivos. Os elementos que em geral participam da composição das moléculas de tais substâncias são: carbono, hidrogênio e eventualmente o enxofre e fósforo. São encontrados ainda, íons de muitos metais e de alguns não metais. A maior parte das moléculas envolvidas nos processos biológicos são maiores e mais complexas que as moléculas estudadas na química em geral. As interações entre essas biomoléculas são também mais complicadas, porém as propriedades físicas e químicas dessas substâncias dependem essencialmente da estrutura molecular das mesmas. Portanto, todo o estudo da “Bioquímica” está fundamentado nos conhecimentos básicos da Química Geral e Orgânica, tais como, a identificação de grupamentos funcionais, a existência ou não de ligações polares, insaturações, etc. Nas biomoléculas os elementos se ligam por covalência todavia, ocorrem interações ou ligações não covalentes entre diferentes biomoléculas. Os principais tipos de interações não covalentes são:

  • ligações eletrostáticas ou iônicas,
  • pontes de hidrogênio e
  • forças de Van de Waals.

As propriedades das biomoléculas dependem do efeito combinado de interações covalentes e não covalentes.

São os carboidratos mais simples, dos quais derivam todas as outras classes. Quimicamente São polihidroxialdeídos (ou aldoses ) - ou polihidroxicetonas (ou cetoses ), sendo os mais simples monossacarídeos compostos com no mínimo 3 carbonos: O Gliceraldeído A Dihidroxicetona

Feita exceção à dihidroxicetona, todos os outros monossacarídeos - e por extensão, todos os outros carboidratos - possuem centros de assimetria (ou quirais), e fazem isomeria óptica. A classificação dos monossacarídeos também pode ser baseada no número de carbonos de suas moléculas; assim sendo, as TRIOSES são os monossacarídeios mais simples, seguidos das TETROSES, PENTOSES, HEXOSES, HEPTOSES , etc. Destes, os mais importantes são as Pentoses e as Hexoses. As pentoses mais importantes são: Ribose Arabinose Xilose As hexoses mais importantes são: Glicose Galactose Manose Frutose Monossacarídeos em Solução Aquosa: Os monossacarídeos em solução aquosa estão presentes na sua forma aberta em uma proporção de apenas 0,02% O restante das moléculas está ciclizada na forma de um anel hemiacetal de 5 ou de 6 vértices. O anel de 5 vértices é chamado de anel furanosídico

O anel de 6 vértices é chamado de anel piranosídico

Na estrutura do anel, o carbono onde ocorre a formação do hemiacetal é denominado "Carbono Anomérico" , e sua hidroxila pode assumir 2 formas: Alfa - Quando ela fica para baixo do plano do anel Beta - Quando ela fica para cima do plano do anel A interconversão entre estas formas é dinâmica e denomina-se Mutarrotação

Exemplo: Para a molécula da glicose, em solução aquosa, temos as seguintes proporções:

D - Glicopiranose: 62% D - Glicopiranose: 38% D - Glicofuranose: menos de 0,5%

D - Glicofuranose: menos de 0,5% Forma aberta: menos de 0,02% As outras hidroxilas da molécula, quando representadas na forma em anel, seguem a convenção:

  • Se estavam para a direita - Para baixo do plano do anel
  • Se estavam para a esquerda - para cima do plano do anel.
  • Existe ainda a possibilidade de se dividir as estruturas em anel em 2 grupos, conforme sua configuração espacial: - Estrutura em cadeira - mais comum - Estrutura em barco
  • Monossacarídeos Epímeros - São monossacarídeos que diferem entre si na posição de apenas uma hidroxila.
  • Exs: Glicose e Galactose são epímeros em C Glicose e Manose são epímeros em C 2. Dissacarídeos:

São carboidratos ditos Glicosídeos , pois são formados a partir da ligação de 2 monossacarídeos através de ligações especiais denominadas "Ligações Glicosídicas"

A Ligação Glicosídica Ocorre entre o carbono anomérico de um monossacarídeo e qualquer outro carbono do monossacarídeo seguinte, através de suas hidroxilas e com a saída de uma molécula de água.

Os glicosídeos podem ser formados também pela ligação de um carboidrato a uma estrutura não-carboidrato, como uma proteína, por exemplo.

O tipo de ligação glicosídica é definido pelos carbonos envolvidos e pelas configurações de suas hidroxilas. Exs:

Na Maltose Gli (1,4)-Gli Na Sacarose Gli (1,2)-Fru Na Lactose Gal (1,4)-Gli

3. Polissacarídeos:

São os carboidratos complexos, macromoléculas formadas por milhares de unidades monossacarídicas ligadas entre si por ligações glicosídicas. Os polissacarídeos mais importantes são os formados pela polimerização da glicose, em número de 3:

3.1 O Amido: É o polissacarídeo de reserva da célula vegetal Formado por moléculas de glicose ligadas entre si através de numerosas ligações (1,4) e poucas ligações (1,6), ou "pontos de ramificação" da cadeia Sua molécula é muito linear, e forma hélice em solução aquosa.

chamado de carbono alfa por ser adjacente ao grupamento carboxila (ácido). A figura abaixo representa a estrutura de um aminoácido.

Os 20 aminoácidos encontrados nas proteínas têm um grupo carboxila e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono alfa, assim chamado por sua proximidade à carboxila ácida). Eles diferem uns dos outros através de suas cadeias laterais ou grupos R, os quais variam em estrutura, tamanho e carga elétrica, e influenciam a solubilidade do aminoácido em água. Os aminoácidos em solução em pH neutro são predominantemente iontes dipolares (ou, do alemão, zwitterions) em vez de moléculas não ionizadas. O arranjo tetraédrico dos quatro grupamentos diferentes em torno do átomo de carbono alfa confere atividade ótica aos aminoácidos. As duas formas em imagem especular são chamadas de isômero L (levógero) e isômero D (dextrógero). Só os aminoácidos L são constituintes de proteínas, devido à especificidade da enzima peptidil transferase, que só faz a ligação peptídica se a cadeia lateral do aminoácido estiver para a esquerda. Os D-aminoácidos foram encontrados apenas em pequenos peptídios da parede de células bacterianas e em alguns peptídios que tem função de antibióticos. Os aminoácidos são classificados como essenciais e não essenciais.

3 PROTEÍNAS

Conceito: são compostos orgânicos de alto peso molecular, são formadas pelo encadeamento de aminoácidos. Representam cerca do 50 a 80% do peso seco da célula sendo, portanto, o composto orgânico mais abundante de matéria viva. Observações:

  • Pode-se dizer que as proteínas são polímeros de aminoácidos o que em suas moléculas existem ligações peptídicas em número igual no número de aminoácidos presentes menos um.
  • Pode-se dizer, também, que os aminoácidos são monômeros dos peptídeos e das proteínas.
  • Polímeros são macromoléculas formadas pela união de várias moléculas menores denominadas monômeros.
  • Nota - Uma molécula protéica contém desde algumas dezenas até mais de 1.000 aminoácidos. 0 peso molecular vai de 10.000 a 2.800.000. A molécula de hemoglobina, por exemplo, é formada por 574 aminoácidos e tem peso molecular de 68.000. Justifica-se, assim, o fato de as moléculas protéicas estarem incluídas entre as macromoléculas.

4 PEPTÍDEOS E POLIPETÍDEOS

Um peptídeo é formado por dois ou mais aminoácidos covalentemente ligados por ligações peptídicas entre um grupo ácido carboxílico de um aminoácido à um grupo amina de outro. Um polipetídeo é formado por uma longa cadeia peptídica (tipicamente com massa molecular <10.000).

Ligação Peptídica

Nas proteínas, a carboxila alfa de um aminoácido une-se à amina alfa de outro por uma ligação denominada peptídica ou amídica. A ligação peptídica une dois aminoácidos resultando na formação de um dipeptídeo com a perda de uma molécula de água.

4.1. CLASSIFICAÇÃO

Pode-se classificar as proteínas em três grupos:

Proteínas simples - São também denominadas de homoproteínas e são constituídas, exclusivamente por aminoácidos. Em outras palavras, fornecem exclusivamente uma mistura de aminoácidos por hidrólise. Pode-se mencionar como exemplo: As Albuminas

  • São as de menor peso molecular
  • São encontradas nos animais e vegetais.
  • São solúveis na água.

Exemplos: albumina do plasma sangüíneo e da clara do ovo.

As Globulinas

  • Possuem um peso molecular um pouco mais elevado.
  • São encontradas nos animais e vegetais
  • São solúveis em água salgada.

Exemplos: anticorpos e fibrinogênio.

As Escleroproteínas ou proteínas fibrosas

  • Possuem peso molecular muito elevado.
  • São exclusivas dos animais.
  • São insolúveis na maioria dos solventes orgânicos.

Exemplos: colágeno, elastina e queratina.

Proteínas Conjugadas

  • São também denominadas heteroproteínas. As proteínas conjugadas são constituídas por aminoácidos mais outro componente não-protéico, chamado grupo prostético. Dependendo do grupo prostético , tem-se:

Proteínas conjugadas Grupo prostético Exemplo Cromoproteínas Pigmento hemoglobina, hemocianina e citocromos Fosfoproteínas ácido fosfórico caseína (leite) Glicoproteínas Carboidrato mucina (muco) Lipoproteínas Lipídio encontradas na membrana celular e no vitelo dos ovos

Organização molecular de uma proteína: Representação esquemática dos níveis de organização molecular de uma proteína

Nota - A forma das proteínas é um fator muito importante em sua atividade, pois se ela é alterada, a proteína torna-se inativa. Esse processo de alteração da forma da proteína é denominado desnaturação, podendo ser provocado por altas temperaturas, alterações de pH e outros fatores.

A desnaturação é um processo, geralmente irreversível, que consiste na quebra das estruturas secundária e terciária de uma proteína.

Nota - uma proteína difere da outra:

  1. Pelo número de aminoácidos: uma proteína A é formada por 610 aminoácidos de determinados tipos e ordenados numa certa seqüência. Uma proteína B é formada pelos mesmos tipos de aminoácidos, na mesma seqüência, mas em número de 611. A proteína B será diferente da A apenas por conter uma unidade a mais.

  2. Pelo tipo de aminoácidos: uma proteína C apresenta, num certo trecho de sua molécula, aminoácidos corno valina, glicina, leucina, triptofano, treonina, alanina e arginina. Uma proteína D, formada pelo mesmo número de aminoácidos e na mesma seqüência que a proteína C, apresenta nesse trecho os aminoácidos valina, glicina, isoleucina, triptofano, treonina, alanina e arginina. Apenas pelo fato de na proteína C haver leucina no trecho de molécula considerado, as proteínas C o D são diferentes.

  3. Pela seqüência dos aminoácidos: uma proteína E é formada, em determinado trecho de sua molécula, pelos aminoácidos cisteína, serina, metionina, leucina, histidina e lisina. Uma proteína F é formada pelos mesmos aminciácidos, mas, no tracho em

exame, há uma inversão na posição de dois deles; cisteína, metionina, serina, leucina, hístidina e lisina. Por causa disso, as proteínas E e F são diferentes.

  1. Pelo formato da molécula: as moléculas protéicas assumem determinados formatos é, quando os formatos de duas moléculas são diferentes, elas também o são.

Conclui-se, então, que podendo repetir-se à vontade os 20 tipos de aminoácidos e, ainda, combinando-se de várias formas a partir das diferenças que acabamos de examinar, uma célula pode produzir muitas proteínas diferentes. Imagina-se, então, quantas proteínas podem ser produzidas por todos os seres vivos.

Funções

As proteínas podem ser agrupadas em várias categorias de acordo com a sua função. De uma maneira geral, as proteínas desempenham nos seres vivos as seguintes funções: estrutural, enzimática, hormonal, de defesa, nutritivo, coagulação sangüínea e transporte. Função estrutural - participam da estrutura dos tecidos.

Exemplos:

  • Colágeno: proteína de alta resistência, encontrada na pele, nas cartilagens, nos ossos e tendões.
  • Actina e Miosina: proteínas contráteis, abundantes nos músculos, onde participam do mecanismo da contração muscular.
  • Queratina: proteína impermeabilizante encontrada na pele, no cabelo e nas unhas, Evita a dessecação, a que contribui para a adaptação do animal à vida terrestre.
  • Albumina: proteína mais abundante do sangue, relacionada com a regulação osmótica e com a viscosidade do plasma (porção líquida do sangue).
  • Função enzimática - toda enzima é uma proteína. As enzimas são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas. Dentre as proteínas com função enzimática podemos citar, como exemplo, as lipases - enzimas que transformam os lipídios em sua unidade constituintes, como os ácidos graxos e glicerol.
  • Função hormonal - muitos hormônios de nosso organismo são de natureza protéica. Resumidamente, podemos caracterizar os hormônios como substâncias elaboradas pelas glândulas endócrinas e que, uma vez lançadas no sangue, vão estimular ou inibir a atividade de certos órgãos. É o caso da insulina, hormônio produzido no pâncreas e que se relaciona com e manutenção da glicemia (taxa de glicose no sangue).
  • Função de defesa - existem células no organismo capazes de "reconhecer" proteínas "estranhas" que são chamadas de antígenos. Na presença dos antígenos o organismo produz proteínas de defesa, denominados anticorpos. O anticorpo combina-se, quimicamente, com o antígeno, da maneira a neutralizar seu efeito. A reação antígeno-anticorpo é altamente específica, o que significa