CADERNO DO PROFESSOR, Notas de aula de Língua Portuguesa

Baixe CADERNO DO PROFESSOR e outras Notas de aula em PDF para Língua Portuguesa, somente na Docsity! ISBN: 978-65-59650-08-8 CADERNO DO PROFESSOR 3° ANO 1˚ BIMESTRE - ENSINO FUNDAMENTAL I E N S IN O F U N D A M E N TA L I 1º B IM E S T R E C A D ER N O D O P RO FE SS O R  -  3º A N O ApoioParceiros da Associação Nova Escola Realização P2_AP_Capas_3Ano.indd 6 15/02/2021 23:35 3° ano - caderno do professor - ensino fundamental i1º bimestre 1ª edição, 2021 Parceiros da Associação Nova Escola Apoio AP_3ANO_1BI_CP book.indb 1 16/02/2021 10:37:28 Conheça seu material A seguir, as professoras-especialistas que acompanharam a elaboração do Material Educacional explicam como cada componente curricular está organizado e qual proposta pedagógica estrutura as aulas. línGua PortuGuesa “Em Língua Portuguesa, as atividades propostas estão organi- zadas a partir de práticas de linguagem realizadas nos diferentes campos de atuação das ações humanas por meio de diferentes gê- neros textuais que atuam como instrumentos linguísticos que per- mitem a participação dos alunos em diferentes interações. Assim, cada capítulo é iniciado por uma contextualização de como o gênero textual, foco da unidade, se realiza socialmente. Além dessa contextualização há espaços para que o aluno expo- nha o que já sabe, sendo convidado a realizar uma primeira pro- dução textual oral ou escrita para que seja possível avaliar quais conhecimentos os alunos já detêm. A seguir são exploradas as especificidades do gênero textual pelo desenvolvimento de ativi- dades que envolvem práticas de leitura/escuta, análise linguística/ semiótica, oralidade e produção de textos. Ao final do capítulo a produção de textos orais e escritos é realizada no interior de uma proposta comunicativa, ou seja, os textos produzidos serão divul- gados, lidos, comentados e apreciados. Em ambiente virtual estão disponibilizadas atividades com foco no desenvolvimento de práticas de análise linguística. Nelas os alunos são colocados como protagonistas de um processo inves- tigativo sobre o sistema de escrita alfabética e sobre as regras ortográficas: descobrindo regularidades, registrando os saberes e aplicando em novos contextos o que foi aprendido.” Heloisa Jordão, especialista de Língua Portuguesa matemÁtiCa “A proposta de trabalho com a Matemática está alinhada ao Referencial Curricular Amapaense (RCA) e contempla as cinco Unidades Temáticas – Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e medidas, Probabilidade e estatística – integradas às outras áreas de conhecimento. A concepção de ensino de Matemática leva em conta a resolução de problemas como eixo condutor das atividades visando ao letramento matemático. O material foi cuidadosamente elaborado envolvendo o contexto regional, de modo que os alunos se identifiquem com as situações de aprendizagem propostas e possam desenvolver o pensamento matemático por meio da reso- lução de problemas ligados ao seu cotidiano. Ao longo de todo o processo, os alunos discutem e validam ideias e estratégias de resolução para as atividades propostas, refletem sobre as possíveis soluções, fazem registros, num ambiente de aprendizagem que valoriza e estimula a participação ativa dos es- tudantes e busca, assim, desenvolver habilidades e competências.” Luciana Tenuta, especialista de Matemática História “A rotina didática sugerida para as aulas de História permite que os professores façam a mediação de atividades que possibilitem aos estudantes reconhecerem no seu entorno aspectos da sua cul- tura e da sua História. A referida produção coaduna com os princí- pios de construção do sujeito tomando como base a consciência de si – a existência de um “Eu”, do “Outro” e do “Nós” preconizados na BNCC e no Referencial Curricular Amapaense. As propostas de atividade são orientadas pela perspectiva da aprendizagem his- tórica, de forma que os estudantes possam se reconhecer como protagonistas da sua realidade social e valorizar os conhecimentos da sua experiência de vida. As atividades propostas buscam alcan- çar as habilidades da BNCC e do documento curricular regional, de modo pluralista, contextual e interdisciplinar, trazendo a história do Amapá e a história do estudante para o cerne das reflexões. Neste cenário, o projeto didático é bastante instigante, na medida em que tem como grande mote as realidades experienciadas no estado. O material é muito rico e problematiza questões próximas às vivências estudantis.” Danielle Ferreira, especialista de História GeoGrafia “A rotina didática sugerida para as aulas de Geografia permite que os estudantes realizem a observação e análise da espaciali- dade dos objetos e fenômenos, em diferentes escalas, permitindo reconhecer que o espaço geográfico está sempre em transforma- ção. As aulas propostas se pautam no desenvolvimento de uma aprendizagem ativa e significativa, valorizando os conhecimentos prévios e as experiências dos estudantes, além de práticas e ativi- dades que os permitam construir explicações sobre a sua realidade social e análise de seu lugar de vivência. Em todos os blocos ocorre, de forma concomitante, o desen- volvimento dos conteúdos, conceitos e processos relacionados à Alfabetização Geográfica juntamente com os da Alfabetização Cartográfica.” Cíntia Nigro, especialista de Geografia CiênCias “A rotina didática sugerida para as aulas de Ciências da Nature- za está organizada de modo que permita aos estudantes interpre- tar os fenômenos científicos à luz do seu cotidiano social e construir suas compreensões sobre a importância do fazer ciência, atenden- do às demandas do Referencial Curricular Amapaense. As aulas estão organizadas em blocos que levam o estudante ao desen- volvimento de cada habilidade prevista no RCA. Cada aula inicia com um momento de contextualização da temática e uma questão norteadora, na qual para encontrar suas respostas os estudantes precisaram alcançar o objetivo de aprendizagem proposto. Num segundo momento da aula, propõe-se estratégias para que os es- tudantes ajam cognitivamente sobre os objetos de conhecimento e finaliza com uma sistematização do que foi aprendido”. Fransueli Bahr, especialista de Ciências AP_3ANO_1BI_CP book.indb 4 16/02/2021 10:37:29 Conheça seu material Este material é composto de quatro volumes, com uma versão para os alunos e outra para você, professor. Cada volume corresponde a um bimestre do ano letivo e inclui aulas de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências, nesta ordem. Os componentes curriculares estão identificados por cores e por uma página de capa, que mostra quando as respectivas aulas começam. CiênCias matemÁtiCa línGua PortuGuesa História 1. Dentro da parte correspondente a cada componente curricular, você encontra as unidades, conjuntos de aulas ligadas às mesmas habilidades do Referencial Curricular Amapaense (RCA): 2. Abaixo do quadro com as habilidades, está a seção Sobre a proposta, com uma introdução ao tema presente na aula. 3. No Para saber mais, os nossos professores-autores separaram sugestões de referências para aprofundar seus conhecimentos sobre como os alunos podem alcançar as habilidades descritas. 4. Cada unidade está numerada em sequência e o início está marcado por um quadro com as cores do componente curricular. No exemplo acima, temos as aulas de História marcadas em roxo e as de Matemática em verde. organizaçÃo dos Cadernos – 176 – 1 Som: pro­ prie dadeS, propagação e percepção HABILIDADE Do RCA EF03CI01 Produzir diferentes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno. Sobre o bloco O tema deste bloco de proposta é o som e suas proprie- dades, assim como modos de propagação e de percepção. Inicialmente, os alunos vão explorar os conceitos de som e de propagação mediante a análise de possíveis interfe- rências nesse processo. Por meio de uma atividade prática, a turma produzirá sons com base na vibração de objetos variados, identificando a intensidade e a altura deles e os elementos que influenciam a ocorrência desse fenômeno. Outro momento bastante significativo desse bloco é a oportunidade para que a turma perceba a propagação do som em meio gasoso, líquido e sólido. Na atividade do tipo “faça você mesmo”, os alunos produzirão instrumen- tos musicais utilizando materiais recicláveis. Por fim, a escuta e a identificação de diferentes sons cola- boram para a compreensão de como se dá sua percepção pelo corpo humano. As questões presentes no bloco têm o objetivo de incentivar os alunos a se manifestar e podem auxiliá-los a elaborar oralmente aquilo que já sabem sobre o tema. Explore as imagens reproduzidas, assim como as legendas que as acompanham a fim de enriquecer a abor- dagem do conteúdo e facilitar seu entendimento. PÁGINA 226 1. o Som Sobre a proposta Os conteúdos abordados nesta proposta consistem em uma exploração inicial do conceito de som e de sua pro- pagação. Nas propostas seguintes, o tema será ampliado. Por se tratar de uma atividade introdutória, é importante realizá-la com os alunos, a fim de despertar neles o inte- resse e a curiosidade e identificar quais são os conheci- mentos prévios que possuem. Objetivo de aprendizagem ⊲ Explorar o conceito de som e as propriedades que in- terferem na sua propagação. Material ⊲ Gravetos. ⊲ Barbante. ⊲ Frutos pequenos de cuieira (cuia) ou material reciclá- vel, como latas metálicas e copos de iogurte. ⊲ Massa de modelar. ⊲ Tesoura com pontas arredondadas. Vídeo ⊲ O FuNcIONAMENTO do ouvido. como funciona o ouvi- do? A viagem do som. Smile and Learn. Disponível em: https://bit.ly/2IbsKpr. Acesso em: 4 nov. 2020. Para saber mais ⊲ MúsIcA das esferas. TV Escola. Disponível em: https:// bit.ly/3l8PTr1. Acesso em: 19 jun. 2020. ⊲ cOMO funciona o telefone de copos? Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: https://bit.ly/2u2z3hv. Aces- so em: 19 jun. 2020. Orientações Antes da realização desta proposta, combine com os alunos que levem para a escola cuias pequenas, sem a massa de dentro, ou latas em geral (ou copos de iogurte), com um pequeno furo no fundo. cada dupla utilizará duas cuias, ou duas latas ou dois copos de iogurte. Deixe dois telefones sem fio prontos, um com um barbante maior e outro com um barbante menor. A respeito dos materiais, a ideia é utilizar aqueles mais fáceis de serem levados pe- los alunos para a sala, portanto podem ser adaptados de acordo com a disponibilidade. CIÊNCIAS226 Leia o texto e observe a imagem que o acompanha. 1. O SOM SOM: PROPRIEDADES, PROPAGAÇÃO E PERCEPÇÃO 1 Certo dia, Cauê estava brincando com seu amigo Pedro no quintal de sua casa, tocando um instrumento chamado xilofone. A porta e a janela da casa estavam fechadas. A mãe de Cauê, que estava dentro de casa, falou: — Cauê, hora de tomar banho! Uma hora depois, ela foi até o quintal, e o menino continuava brincando com o amigo. A mãe de Cauê perguntou por que ele ainda não tinha tomado banho. Cauê explicou: — Mamãe, eu não ouvi! Por isso continuei aqui na brincadeira com o Pedrinho. E Pedrinho complementou: — A brincadeira estava tão boa que não ouvimos nada! Converse com a turma. ⊲ Você já passou por alguma situação parecida? Como ela ocorreu? ⊲ Por que Cauê não ouviu a fala da mãe? – 12 – PÁGINA 10 1. Função dos poemas concretos e visuais Sobre a proposta Esta é a primeira de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poema concreto e visual, no campo de atuação artístico-literário, e faz parte do módulo de leitura/escuta (compartilhada e autônoma). A finalidade desta vivência é reconhecer as particularidades do poema concreto e visual, no que diz respeito à utilização de recur- sos gráficos e visuais. Objetivos de aprendizagem ⊲ Reconhecer as particularidades do poema concreto e visual, no que diz respeito à aplicação de recursos grá- ficos e visuais. ⊲ Identificar a função social do gênero, bem como sua aplicabilidade no cotidiano. Objetos de conhecimento ⊲ Reconstrução das condições de produção e de recep- ção de textos. ⊲ Estratégias de leitura. Prática de linguagem ⊲ Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). Material ⊲ Cartolina. ⊲ Pincel para registro em cartolina. ⊲ Fita adesiva. Orientações Escreva o tema deste encontro no quadro: No meio do caminho tinha um poema, Tinha um poema no meio do caminho A partir desse tema, direcione a turma a compartilhar as respostas registradas no Caderno do Aluno às perguntas: ⊲ Você já ouviu falar em poesia? ⊲ O que você pensa que seja uma poesia? Após ouvir as hipóteses e mediar os conhecimentos levan- tados por eles, solicite a leitura individual do texto a seguir. A Boneca Deixando a bola e a peteca Com que inda há pouco brincavam, Por causa de uma boneca, Duas meninas brigavam. Dizia a primeira: “É minha!” — “É minha!” a outra gritava; E nenhuma se continha, Nem a boneca largava. Quem mais sofria (coitada!) Era a boneca. Já tinha Toda a roupa estraçalhada, E amarrotada a carinha. Tanto puxaram por ela, Que a pobre rasgou-se ao meio, Perdendo a estopa amarela Que lhe formava o recheio. E, ao fim de tanta fadiga, Voltando à bola e à peteca, Ambas, por causa da briga, Ficaram sem a boneca... ⊲ Fonte: BILAC, Olavo. Poesias infantis. 18. ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 195 Oriente a releitura do texto, mas, dessa vez, de maneira coletiva e guiada por você. Depois, promova as seguintes reflexões: ⊲ O que chamou a atenção no poema? ⊲ Vocês já leram outros poemas? ⊲ O que é um poema? ⊲ Será que todos os poemas possuem a mesma estru- tura? Ouça as respostas dos alunos e medeie o debate, se necessário. PRATICANDO Orientações Mobilize a atenção da turma e anuncie que outro poema será apresentado. Solicite a leitura individual do poema de Annie Carvalho, “Aqueles olhos”, que segue: LÍNGUA PORTUGUESA10 1 POEMAS CONCRETOS E VISUAIS 1. FUNÇÃO DOS POEMAS CONCRETOS E VISUAIS Leia o texto a seguir. Agora responda. ⊲ Você já ouviu falar em poesia? O que você pensa que seja uma poesia? No meio do caminho Tinha um poema, Tinha um poema No meio do caminho. [...] Paródia baseada em versos do poema No meio do caminho de Carlos Drummond de Andrade. – 72 – Unidade Temática ⊲ Números. Sobre o bloco Este bloco objetiva desenvolver as seguintes habilidades relacionadas às características do Sistema de Numeração Decimal: valor posicional, composição e decomposição de números até 9999; construção e utilização dos fatos básicos da adição e multiplicação para o cálculo mental ou escrito; estabelecimento de relação entre os números naturais de até quatro algarismos e os pontos de uma reta numérica para uti- lizá-la na ordenação dos números naturais, relacionando-os com deslocamentos para a direita ou para a esquerda. Espera-se que, ao final deste bloco, os alunos consigam re- conhecer os princípios e características do Sistema de Nume- ração Decimal para ler e escrever números naturais até 9999 e produzir escritas numéricas identificando regularidades e regras do Sistema de Numeração Decimal. As atividades propostas colocam o aluno como centro do processo de aprendizagem. Ele não apenas absorve conteú- dos, mas também agrega, trazendo conhecimentos a partir de suas vivências e experiências. Nessa perspectiva, o aluno não é só o centro das ações: sua participação é fundamental. O trabalho em equipe e a relação amigável entre professor e aluno são elementos importantes para o desenvolvimento do protagonismo infanto-juvenil. PÁGINA 86 1. Unidade, dezena, centena e Unidade de milhar Sobre a proposta Esta proposta traz atividades envolvendo composição e decomposição de um número natural e a relação existente entre unidade, dezena, centena e unidade de milhar. Objetivo de específico ⊲ Estabelecer relação entre unidade, dezena, centena e unidade de milhar. Objeto de conhecimento ⊲ Compreensão de números de até quatro algarismos (re- lação de unidade, dezena, centena e unidade de milhar; composição e decomposição de números até 9999). Conceito-chave ⊲ Composição e decomposição de números naturais. Material ⊲ Cartaz. ⊲ Cédulas e moedas que estão no Anexo XX no Caderno do Aluno. 1 números de até qUatro algarismos HABILIDADES DO RCA EF03MA02 Identificar características do sistema de numeração decimal (valor posicional e comportamento do zero, por exemplo), utilizando a composição e a decomposição de número natural de até quatro ordens. EF03MA03 Construir e utilizar fatos básicos da adição e da multiplicação para o cálculo mental ou escrito, utilizando estratégias e procedimentos pessoais e convencionais. EF03MA04 Estabelecer a relação entre números naturais e pontos correspondentes da reta numérica para utilizá-la na ordenação dos números naturais e também na construção de fatos da adição, subtração e multiplicação, relacionando-os com deslocamentos (para a direita ou para a esquerda) e sentido (de um número para outro). MATEMÁTICA86 Vamos ajudar Cauê? Ajude Cauê a fazer as trocas e a preencher as lacunas com algarismos para representar as quantidades. A primeira já está feita. 1. UNIDADE, DEZENA, CENTENA E UNIDADE DE MILHAR NÚMEROS DE ATÉ QUATRO ALGARISMOS 1 Cauê trocou uma cédula de R$ 100,00 por 10 (dez) cédulas de R$ 10,00. Assim, viu que com 10 (dez) dezenas ele forma 1 (uma) centena. Ele trocou uma cédula de R$ 10,00 por moedas de R$ 1,00. E descobriu que em uma dezena tem unidades. Cauê descobriu que em R$ 210,00 tem centenas mais dezena. Portanto, tem unidades. BA NC O CE NT RA L/ AM BI EN TE BR AS IL © FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 86 15/02/2021 16:07:02 PF-3_AP_MT_3ANO_1BI_CP.indd 72 16/02/2021 08:57:12 – 128 – 1 O lugar Onde vivemOs HABILIDADES Do RCA EF03HI07 Identificar semelhanças e diferenças existentes entre comunidades de sua cidade ou região, e descrever o papel dos diferentes grupos sociais que as formam. Sobre a proposta Nesta unidade, apresentaremos aos alunos a diversi- dade de modos de vida existente no Amapá. Por meio de informações sobre as comunidades quilombolas, indíge- nas e ribeirinhas, busca-se apresentar à turma diferentes costumes e tradições. A pergunta central da unidade é: todas as pessoas têm o mesmo modo de vida? A partir dela, pretende-se levar os alunos a conhecer o meio urbano e o meio rural, identi- ficando suas características e percebendo algumas seme- lhanças e diferenças entre esses locais. As atividades propostas exigem capacidade de leitura e de análise, dispondo de conceitos específicos do conheci- mento histórico. Nesta etapa, é fundamental que a turma seja estimulada a observar e a questionar as fontes para que possa desenvolver uma aprendizagem com base no pensamento crítico e questionador. página 166 1. espaçO rural e espaçO urbanO Sobre a proposta Esta proposta apresenta aspectos gerais e conceituais para abordar as diferenças e semelhanças entre os espa- ços urbanos e rurais. Objetivo de aprendizagem ⊲ Comparar a organização entre os espaços rural e urbano. Para saber mais ⊲ COMUNIDADES ou populações tradicionais. Instituto EcoBrasil. Disponível em: https://bit.ly/3hOr3vX. Aces- so em: 23 set. 2020. Orientações Inicie a atividade discutindo as características dos es- paços urbanos e rurais a partir da imagem disponível no Caderno do Aluno. Atente para possíveis hierarquizações entre a vida no campo e na cidade. Enfatize que existem diferenças entre os modos de vida nesses dois ambientes, entretanto, isso não quer dizer que um seja melhor ou pior que o outro. Se a escola estiver localizada em uma área rural, reforce algumas características sobre esse local e busque valorizar esse estilo de vida, desconstruindo pos- síveis estigmas sociais atrelados a tal concepção. Depois, explore as falas dos alunos propondo um debate a partir das seguintes perguntas. ⊲ Existem ruas no espaço urbano? E no espaço rural? Como elas são? ⊲ Como é a vegetação nesses dois espaços? ⊲ Em ambos os locais existem moradias? ⊲ Alguém da sala tem familiares que vivem no espaço rural? E nas cidades? Descreva o modo de vida nesses locais. Escreva no quadro os nomes dos grupos citados pelos alunos e acrescente outros que porventura surgirem na discussão. Aproveite a oportunidade para organizar uma avaliação diagnóstica e, assim, identificar os conheci- mentos dos alunos sobre a vida no campo e na cidade. Após a exploração das falas dos alunos sobre as dife- renças entre o espaço urbano e o espaço rural, aborde a questão proposta no Caderno do Aluno. Incentive a tur- ma a iniciar um debate e a sugerir hipóteses para essa pergunta. Informe à turma que o desenvolvimento da agricultura e da pecuária permitiu a formação das primeiras civili- zações. Cite também o contexto do desenvolvimento in- dustrial, que gerou um aumento na urbanização. A partir desse momento histórico e de suas transformações téc- nicas, o meio rural se viu cada vez mais atrelado ao urba- no, uma vez que as práticas agropecuárias e extrativistas passaram a necessitar progressivamente das técnicas, HISTÓRIA166 1 O LUGAR ONDE VIVEMOS 1. ESPAÇO RURAL E ESPAÇO URBANO Observe a imagem a seguir, que mostra dois tipos diferentes de espaço. ⊲ Na sua opinião, qual desses espaços se formou primeiro? RO M AN R AH M /G ET TY IM AG ES © JA BO TI CA BA /G ET TY IM AG ES © AP_3ANO_1BI_CP book.indb 5 16/02/2021 10:37:35 seções da aula Em cada uma delas você encontra as seguintes informações: 1. Objetivos de aprendizagem: descrevem onde o aluno deve chegar ao final da aula. Eles sempre começam com um verbo que tem como sujeito o aluno, indicam o objeto de conhecimento e são mensuráveis. Ou seja, você pode avaliá-los ao fim de cada encontro. 2. Objetos de conhecimento: são os conteúdos, conceitos e processos abordados nas habilidades. 3. Materiais: lista os recursos necessários para a aplicação da aula. 4. A primeira parte da aula é chamada Abertura e inclui orientações para o professor introduzir o tema para a turma. A seção seguinte, Praticando ― que em Ciências e Matemática é nomeada como Mão na massa ―, é o centro da aula e coloca os alunos em uma posição ativa na construção do conhecimento. Por fim, a seção Retomando recupera o que foi visto e sistematiza o aprendizado. Algumas especificidades dos componentes: a. No Documento RCA, assim como na BNCC, as habilidades estão agrupadas em quatro diferentes práticas de linguagem: Leitura/Escuta, Produção de Textos, Oralidade e Análise Linguística/Semiótica. Por isso, em Língua Portuguesa, temos a descrição de qual Prática de Linguagem está em curso na aula. b. Em História, as aulas são introduzidas pelo CONTEXTO PRÉVIO que apresenta informações essenciais ao professor sobre o tema da unidade. c. Em Matemática, as aulas apontam para os conceitos-chave. Há ainda as seções Discutindo e Raio X, específicas deste componente curricular e que apresentam, respectivamente, reflexões coletivas e a sistematização da aula. para inCluir todos os dias Toda sala de aula é diversa. A sua também. Certamente, há estudantes mais rápidos em desenvolver as habilidades do RCA, enquanto outros precisam de mais tempo ou de estratégias didáticas novas. Há quem se comunique com desenvoltura e os mais tímidos ou com dificuldades para expressar o que querem ou sentem. Existem os que preferem as atividades individuais e os que vão mais rápido em grupos. Por isso, eventualmente, você pode olhar para a turma e pensar que seria mais fácil se ela seguisse um padrão. A multiplicidade de características, contudo, não precisa ser vista como negativa. Pelo contrário, ela pode ser usada a favor da educação. Para começar, esqueça a ideia de que existe um tipo ideal de aluno. E entenda que é possível criar, na sua sala de aula, um ambiente onde as diferenças são estimulantes e podem ser articuladas para que um aprenda com o outro. Essa mudança de olhar fundamenta a Educação Inclusiva e está por trás da realização de aulas realmente acessíveis. Este caderno é seu aliado! Ele traz aulas sequenciadas e detalhadas para o seu planejamento. A proposta é que você identifique muito bem as potências e os desafios dos seus alunos, os verdadeiros protagonistas da aprendizagem, para que as atividades descritas aqui ganhem uma característica que só você pode dar: a cara da sua turma! Ao compreender bem os interesses e as dife- renças sensoriais, corporais, mentais e intelectuais que compõem o grupo, a leitura e a utilização deste material ganham potência para a inclusão de todos e de cada um. A aposta na Educação Inclusiva parte da decisão de não deixar ninguém para trás, que antecede a preparação dos encontros com os alunos. Sabemos que você concorda com isso, mas a sensação é que tudo parece mais fácil na teoria, o desafio é colocar em prática, não é?! Por isso, preparamos um guia para apoiar o uso deste material e o planejamento de todas as aulas, que está disponível no link https://materialeducacional.novaescola.org.br/. Conte com ele e conosco também! Instituto Rodrigo Mendes Conheça seu material AP_3ANO_1BI_CP book.indb 6 16/02/2021 10:37:35 portuguesa língua AP_3ANO_1BI_CP book.indb 9 16/02/2021 10:37:36 – 10 – 1 Poemas concretos e visuais Habilidades do rCa ef15lP01 Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. ef15lP04 Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos. Construir o sentido do texto a partir da Interação autor- texto-leitor na concepção de leitura como uma atividade de produção de sentido. ef15lP05 Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas. ef15lP06 Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. ef15lP07 Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital. ef15lP08 Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis. ef15lP13 Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). ef15lP17 Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais. ef15lP18 Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos. ef35lP23 Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido. ef35lP27 Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros. ef35lP28 Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas. AP_3ANO_1BI_CP book.indb 10 16/02/2021 10:37:36 – 11 – ef35lP31 Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas. ef03lP-aP01 Produzir fotopoemas de acordo com temas recorrentes do cotidiano do aluno. ef03lP-aP03 Ler e compreender livros imagéticos (textos não verbais com exploração da oralidade). ef15lP-aP01 Apreciar poemas e outros textos relacionados às comunidades indígenas e quilombolas, observando rimas, sonoridades, jogos de palavras e aspectos culturais e regionais reconhecendo seu pertencimento ao mundo imaginário, suas dimensões contextuais e suas percepções em diferentes mídias e acervos digitais. ef15lP-aP04 Ler, compreender e interpretar textos dos mais variados gêneros textuais considerando seus suportes, estrutura, características e principalmente sua função social. ef35lP-aP02 Ler, compreender e interpretar textos dos mais variados gêneros textuais, considerando seus suportes, estrutura, características e principalmente, sua função social (funcionalidade). ef35lP-aP13 Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda dos professores em diferentes áreas do conhecimento, a partir de sequências didáticas desenvolvidas pelo professor a apresentação da situação: Apresentar a proposta. Avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero. Apresentar o gênero escolhido, leitura de exemplares. Produção inicial: Propor que os alunos escrevam um texto inicial do gênero, mesmo que imperfeito. Módulos para organizar atividade, ampliar repertório e conhecimento. Produção final: Fazer uma produção escrita individual, com revisão e reescrita. Incluindo também nessa escrita textos da literatura regional e local, possibilitando o reconhecimento e valorização da nossa cultura. Sobre o bloco Este bloco é formado por uma sequência de atividades com foco no gênero poema concreto e visual e no campo de atuação artístico-literário, considerando diferentes re- cursos sonoros e visuais, que serão explorados pelos alu- no no decorrer dos encontros. Recomenda-se, portanto, o trabalho sequencial das atividades. É importante investi- gar a relação dos alunos com textos desse gênero e as suas práticas de leitura. É possível que, inicialmente, os alunos apresentem difi- culdades para compreender a relação entre título, tema e imagens de poemas concretos e visuais e perceber os di- ferentes recursos sonoros utilizados em razão da falta de familiaridade com textos do gênero. Desse modo, sempre que possível, fomente o trabalho em duplas ou pequenos grupos, e una alunos com diferentes níveis de aprendiza- gens para que possam trocar conhecimentos. Saiba mais ⊲ CALIL, E. Poesia na escola. In: CARVALHO, Maria An- gélica de; MENDONÇA, Rosa Helena. (Orgs.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 132-135. Disponível em: https://bit.ly/3t- 5F0L4. Acesso em: dez. 2020. ⊲ NÓBREGA, Maria José. Redigindo textos, assimilando a palavra do outro. Veras: revista acadêmica de Edu- cação do ISE Vera Cruz, São Paulo, v.1, n.1, 2011. Dis- ponível em: https://bit.ly/3acCMkv. Acesso em: dez. 2020. AP_3ANO_1BI_CP book.indb 11 16/02/2021 10:37:36 – 14 – Observe a reação dos alunos para saber se a estrutura do poema é ou não familiar para eles. Peça que leiam o poema individualmente e atente às estratégias de leitura adotadas por eles. Em seguida, leia-o de forma coletiva com a turma. Para verificar as impressões dos alunos, faça questiona- mentos como: ⊲ O que vocês acharam do poema “As borboletas”, de Vinicius de Moraes? ⊲ Ele fala sobre o quê? Chame a atenção para os elementos que compõem o texto, de forma a deixá-lo interessante e agradável. De- pois, colete dados sobre a poesia “Aqueles olhos”, de Annie Carvalho. Evidencie aos alunos o sentido desse poema, enquanto o relaciona com as marcas regionais que carrega, assim como a importância que ele apresen- ta à cultura da comunidade em que eles convivem. Para auxiliar a interpretação do poema “Pingo de chu- va”, de Fábio Bahia, indague se há repetições de sílabas e o porquê de as letras acompanharem o formato da figura. Pergunte se os alunos acharam isso interessante e se foi possível compreender o texto. Ainda sobre a interpretação do poema, direcione o olhar dos alunos ao título, de forma que possam associá-lo aos elementos presentes na obra. Em seguida, divida-os em pequenos grupos de modo que possam analisar os poemas. Informe que eles devem conver- sar sobre as semelhanças e diferenças entre os poemas “As borboletas, “Aqueles olhos” e “Pingo de chuva”, tendo como foco os recursos utilizados nos respectivos textos. Avise-os de que, após o debate em grupo, cada um deve registrar em seu material as semelhanças e diferenças le- vantadas. Além disso, cada aluno deverá escrever o título do poema preferido, dentre os três trabalhados, bem como apontar os aspectos de que mais gostou e os motivos para tal escolha. Para finalizar a atividade, chame um voluntário de cada grupo para ler para os demais as análises de semelhan- ças e diferenças entre os poemas. Medeie as discussões, quando necessário, mencionando sempre as característi- cas dos poemas trabalhados. retomando Orientações A partir da prática de leitura e da análise de poemas realizados em sala, espera-se que os alunos sejam capa- zes de refletir sobre as características do gênero poema. Para isso, incentive-os a falar sobre o que aprenderam propondo as seguintes questões: ⊲ O que é um poema? ⊲ Quais são as características de um poema? ⊲ Você notou que os poemas podem ser escritos de di- ferentes maneiras? Intervenha no debate e selecione as respostas mais adequadas de modo que crie um brainstorm norteador. De- pois, essas ideias sobre os poemas serão registradas por um aluno, que assumirá a função de escriba. Esse registro LÍNGUA PORTUGUESA13 Depois de ler o poema, responda. ⊲ Sobre o que o poema fala? ⊲ O ambiente em que ocorre o poema é a cidade ou o campo? ⊲ Você ficou curioso com o poema? Por quê? Observe as imagens seguintes e circule aquelas que representam marcas regionais de sua localidade. RE NA TO S OA RE S/ PU LS AR IM AG EN S AH M AD K IA NI FR OM P EX EL S PI XA BA Y W SF UR LA N/ G ET TY IM AG ES AD AM S M IG IE LS KI / G ET TY IM AG ES ZE M AR TIN US SO /M OM EN T © © © © © © FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 13 15/02/2021 16:06:11 LÍNGUA PORTUGUESA14 Vamos conhecer outro poema? Leia o poema “Pingo de chuva”, de Fábio Bahia. BAHIA, Fábio. Pingo de chuva. Recanto das Letras. Disponível em: https://bit.ly/3qkSy3y. Acesso em: 21 jan. 2021. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 14 15/02/2021 16:06:12 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 14 16/02/2021 10:37:39 – 15 – deverá ser realizado em uma cartolina, que ficará exposta em lugar visível na sala. PÁGINA 16 2. comPreensão de Poemas concretos e visuais Sobre a proposta Esta é a segunda de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no campo de atuação artístico-literário, e faz parte do módulo de leitu- ra/escuta (compartilhada e autônoma). A finalidade desta vivência é reconhecer e analisar os efeitos dos recursos multissemióticos utilizados no poema concreto e visual. Objetivos de aprendizagem ⊲ Identificar e analisar os efeitos dos recursos multisse- mióticos usados no poema concreto e visual. ⊲ Conhecer as particularidades empregadas em produ- ções textuais desse gênero, como a disposição na pá- gina e os recursos gráficos utilizados. Objetos de conhecimento ⊲ Estratégia de leitura. ⊲ Apreciação estética. ⊲ Estilo. ⊲ Formação do leitor literário. ⊲ Leitura multissemiótica. Práticas de linguagem ⊲ Leitura. ⊲ Escuta (compartilhada e autônoma). Material ⊲ Tesoura com pontas arredondadas. ⊲ Cartolina com um boneco desenhado, simbolizando os alunos. ⊲ Fita adesiva. ⊲ Folhas de papel sulfite. ⊲ Pincéis coloridos. Orientações Escreva no quadro o tema do encontro: ⊲ Era uma casa Muito engraçada Não tinha teto Não tinha nada. MORAES, Vinicius de. A casa. Vinicius de Moraes. Disponível em: https://bit.ly/3octs54. Acesso em: 23 jan. 2021. A partir desse tema, pergunte aos alunos: ⊲ O que vocês acham que trabalharemos no encontro de hoje? ⊲ Esse tema lembra alguma coisa? Após ouvir as hipóteses levantadas, diga que irão tra- balhar com poemas concretos e visuais. É possível que al- guns identifiquem que o tema da atividade é uma paródia LÍNGUA PORTUGUESA15 Agora é com você! ⊲ Você percebeu alguma semelhança desse poema com o poema lido anteriormente? ⊲ Dos três poemas lidos até agora, de qual você mais gostou? Por quê? RETOMANDO Até aqui, conhecemos três poemas e conversamos sobre eles. Com os conhecimentos adquiridos, responda. ⊲ O que é um poema? ⊲ Quais são as características de um poema? ⊲ Você notou que os poemas podem ser escritos de maneiras diferentes? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 15 15/02/2021 16:06:12 LÍNGUA PORTUGUESA16 2. COMPREENSÃO DE POEMAS CONCRETOS E VISUAIS Leia o poema a seguir. ⊲ Reflita: Esse texto fala sobre o quê? A seguir, leia o poema “Terra”, de Décio Pignatari. Agora, responda. ⊲ Esse poema chamou a sua atenção? Se sim, por quê? PIGNATARI, Décio. Terra. In: GONZLO, Moisés Aguillar. Poesia concreta brasileira: as vanguardas na encruzilhada modernista. São Paulo: Edusp, 2005. Era uma casa Muito engraçada Não tinha teto Não tinha nada. MORAES, Vinicius de. A casa. Vinicius de Moraes. Disponível em: https://bit.ly/3octs54. Acesso em: 23 jan. 2021. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 16 15/02/2021 16:06:13 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 15 16/02/2021 10:37:40 – 16 – de “A casa”, de Vinicius de Moraes, poema que ganhou versão musicada. Nesse caso, ressalte que os poemas também podem ser cantados. Mais tarde, solicite que os alunos observem e leiam, de forma individual, o poema “Terra”, de Décio Pignatari, disposto no Caderno do Aluno. ⊲ PIGNATARI, Décio. Terra. In: GONZLO, Moisés Aguillar. Poesia concreta brasileira: as vanguardas na encruzi- lhada modernista. São Paulo: Edusp, 2005. Realizada a leitura do poema, indague: ⊲ Vocês já viram textos como esse? ⊲ Se sim, quais? ⊲ Onde? Ouça as respostas dos alunos e intervenha no debate, caso haja necessidade. Espera-se que os alunos identifi- quem que o texto é um poema; também é possível que alguns associem-no ao poema “Pingo de chuva”, de Fábio Bahia, trabalhado na primeira vivência desta sequência. Posteriormente, para auxiliá-los na interpretação do poema, leia o texto novamente de modo coletivo. Após a releitura, estimule a reflexão com perguntas como: ⊲ O que mais chamou a sua atenção nesse poema? ⊲ Que sensações o som provocou durante a leitura des- se poema? Ouça as respostas dos alunos e medeie o debate, se for preciso. Espera-se que eles tenham percebido a ideia que o poema tenta passar. PratiCando Orientações Para esta atividade, divida os alunos em duplas. Entre- tanto, cada um fará seu registro em seu próprio material. Escreva o texto no quadro e pergunte: ⊲ Sobre o que vocês acham que esse poema fala? Após ouvir as respostas, peça às duplas que façam uma breve encenação sobre dois ribeirinhos viajando de ca- noa no rio Amazonas. Circule entre as duplas para sanar possíveis dúvidas e incentive-os a criarem seus diálogos durante a encenação. Escreva no quadro a primeira e a última frase do poema da seguinte forma: “Mansorioporentremargens”; “nasvia- gensquenemfaço” e solicite que, ao olhar o registro no quadro, presente também no Caderno do Aluno, os alu- nos escrevam as frases corretamente, em seus cadernos. Solicite que atentem à escrita de “leva e traz”, hoje gra- fada sem hífen. Isso porque, na época em que o poema foi escrito, usava-se hífen nessa expressão. Agora, com o acordo ortográfico, a palavra composta perdeu os hífenes. Ao fim da atividade, para verificar as impressões dos alunos sobre ela, questione: ⊲ Vocês gostaram de fazer essa atividade? ⊲ O que foi mais difícil? ⊲ O que foi mais fácil? Ouça as impressões que eles tiveram. Nesse momento, apresente o poema de Manoel Bispo na íntegra. Para isso, solicite a leitura do texto, disponível também no Caderno do Aluno: ⊲ CORRÊA, Manoel Bispo. Palavras de festim. In: COR- RÊA, Manoel Bispo. Poesias. Macapá: 2007. LÍNGUA PORTUGUESA17 ⊲ Leia as palavras a seguir e desenhe-as. Rio Canoa CORRÊA, Manoel Bispo. Palavras de festim. In: CORRÊA, Manoel Bispo. Poesias. Macapá: 2007. ⊲ De que o poema trata? ⊲ Você gostou do texto? O que achou mais interessante nele? PRATICANDO Vamos organizar um poema? Observe o modelo a seguir e responda. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 17 15/02/2021 16:06:13 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 16 16/02/2021 10:37:41 – 19 – A próxima atividade possibilitará que os alunos façam a reprodução do poema de Fábio Sexugi, em seu formato original, também presente no Caderno do Aluno. ⊲ Fonte: SEXUGI, Fábio. Xícara. Peabiruta. Disponível em: https://bityli.com/6oZVl. Acesso em: 21 jan. 2021. Antes de iniciar a atividade, peça que os alunos obser- vem o poema disposto no Caderno do Aluno. Depois, for- me duplas com alunos em estágios de hipóteses de leitura próximos entre si. Explique a atividade, que será reproduzir o poema com materiais que podem ser desde os reciclados (fitas, miçangas, lantejoulas) até recortes de revistas velhas, grãos, entre outros. Distribua cartolinas ou folhas de papel sulfite e dê um tempo para que realizem a atividade. Para encerrar, promova uma exposição dos trabalhos feitos. retomando Orientações Para finalizar a atividade, questione os alunos: ⊲ O que acharam do encontro de hoje? ⊲ O que foi mais divertido de fazer? ⊲ O que foi menos divertido? ⊲ O que vocês aprenderam? Ouça suas respostas e intervenha quando for necessário. PÁGINA 23 4. comPosição de Poemas concretos e visuais Sobre a proposta Esta é a quarta de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no cam- po de atuação artístico-literário, e faz parte do módulo de análise linguística e semiótica. O objetivo desta atividade é reconhecer os sentidos impressos no poema concreto e visual por meio de figuras de linguagem. LÍNGUA PORTUGUESA21 PRATICANDO Agora, leia o poema “Xícara”, de Fábio Sexugi. SEXUGI, Fábio. Xícara. Peabiruta. Disponível em: https://bit.ly/3rdtlrV. Acesso em: 21 jan. 2021. ⊲ Você gostou do poema? Ele está escrito de forma alinhada? ⊲ Você consegue criar esse poema de maneira diferente da criada pelo autor? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 21 15/02/2021 16:06:14 LÍNGUA PORTUGUESA22 ⊲ De que modo o poema de Fábio Sexugi está organizado? Agora é com você! ⊲ Em uma folha de papel sulfite, reproduza um poema concreto com a palavra xícara, no formato que você quiser! RETOMANDO Você aprendeu que os poemas concretos podem ser representados com utensílios e objetos que usamos no dia a dia. Sabendo disso, responda. ⊲ Se você criasse um poema concreto, que objeto iria utilizar? ⊲ Você conhece outros poemas concretos? Se sim, quais? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 22 15/02/2021 16:06:14 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 19 16/02/2021 10:37:43 – 20 – Objetivo de aprendizagem ⊲ Reconhecer os sentidos expressos pela aliteração e as- sonância quando presentes no poema concreto e visual. Objeto de conhecimento ⊲ Forma de composição do texto. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Lápis de cor vermelho. ⊲ Lápis de cor azul. ⊲ Cartolina. Orientações Escreva o tema do encontro no quadro, a saber: E agora, José? Os elementos rítmicos, identificou? Leia-o para os alunos e pergunte: ⊲ Sobre o que falaremos neste encontro? Ouça as hipóteses levantadas e evidencie que trabalha- rão com poemas. Norteie a turma para que consulte o Caderno do Aluno, em que está disponível o poema “Pluvial, fluvial”, de Augus- to de Campos. Solicite a leitura e a observação do poema. f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l p l u v i a p l u v i p l u v p l u p l p ⊲ CAMPOS, Augusto de. Pluvial, fluvial. In: CAMPOS, Augusto de. Viva vaia. São Paulo: Livraria Duas Cida- des, 1979. Proponha uma releitura do texto de forma coletiva. Con- duza os alunos a expressarem sonoridade adequada ao poema. Para isso, incentive-os a bater palmas quando forem pronunciar as letras entre parênteses: p(l)u, f(l)u, v(ial). Ao fim, pergunte: ⊲ O que vocês perceberam nesse texto? ⊲ Notaram a sonoridade existente no poema? Espera-se que digam que identificaram a sonoridade no poema, representada pela repetição do mesmo som. Caso isso não tenha ocorrido, repita a leitura seguida de pal- mas. Prossiga com os questionamentos: ⊲ Qual é a vogal que se repete nas palavras do poema? ⊲ E qual é a consoante? É esperado que os alunos respondam e percebam que a sonoridade foi conseguida pela repetição de letras com o mesmo som, entre as duas palavras do texto. É possível que, em um primeiro momento, alguns alunos tenham ob- tido essa percepção apenas pelo uso das palmas. PratiCando Orientações Divida os alunos em duplas e peça que, dessa vez, um colega leia o poema para o outro e compartilhe suas opi- niões sobre a obra, de forma que ambos releiam a poesia e comentem sobre ela. Depois, solicite que pesquisem os significados das pala- vras do texto e expliquem aos demais colegas. Peça que citem as dificuldades encontradas. Circule pelas duplas e faça as mediações necessárias. Você pode questionar de modo que auxilie os alunos a identificar a presença de aliteração e assonância: ⊲ Que sons se repetem no poema? Em seguida, oriente-os a fazer marcações semelhantes para as consoantes que se repetem, que devem ser identi- ficadas com o lápis de cor azul. Ao terminar as marcações, convoque um voluntário para compartilhar o trabalho executado em vermelho. Pergunte aos demais: ⊲ Alguém fez de outra forma? ⊲ Se sim, como? Realize as intervenções necessárias. Repita a orienta- ção para a correção das marcações na cor azul. LÍNGUA PORTUGUESA23 4. COMPOSIÇÃO DE POEMAS CONCRETOS E VISUAIS O tema que trabalharemos está logo a seguir. Vamos ler juntos? ⊲ Reflita: Sobre o que é esse tema? Observe o poema “Pluvial, fluvial”, de Augusto de Campos. Com a ajuda do seu professor e da turma, releia o poema de modo coletivo. ⊲ O que você notou no poema? E agora, José? Os elementos rítmicos, identificou? f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l p l u v i a p l u v i p l u v p l u p l p CAMPOS, Augusto de. Pluvial, fluvial. In: CAMPOS, Augusto de. Viva vaia. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1979. PRATICANDO Leia para um colega o poema “Pluvial, fluvial”, de Augusto de Campos. Você deve prestar muita atenção à pronúncia das palavras. ⊲ Comente com o colega o que achou do poema. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 23 15/02/2021 16:06:14 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 20 16/02/2021 10:37:43 – 21 – Após corrigir a atividade, indague: ⊲ Foi mais difícil identificar a repetição das vogais ou das consoantes? Por quê? ⊲ Antes da atividade, ainda no momento de leitura, vo- cês já tinham percebido essas repetições? Ouça as respostas dos alunos; isso pode ajudar a per- ceber os aspectos que foram ou não aprendidos por eles. retomando Orientações Para finalizar a atividade, dialogue com os alunos sobre os recursos rítmicos que frequentemente aparecem em poemas. Para isso, promova reflexões como: ⊲ Qual foi o som que mais se repetiu no poema? Espera-se que eles sejam capazes de identificar a repe- tição dos segmentos representados pelas letras: /plu/flu/ ial/. Siga com as perguntas: ⊲ Vocês já tinham percebido que a repetição de sons é frequente em poemas? ⊲ Alguém consegue se lembrar de outro poema que apresente repetição de sons de vogais ou de con- soantes? Ouça as colocações dos alunos e medeie o debate, quando necessário. Para encerrar, pergunte: ⊲ O que aprendemos no encontro de hoje? É esperado que eles digam ter compreendido que poe- mas frequentemente apresentam recursos rítmicos. PÁGINA 25 5. recursos sonoros em Poemas concretos e visuais Sobre a proposta Esta é a quinta de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no cam- po de atuação artístico-literário, e participa do módulo de análise linguística e semiótica. A finalidade deste encontro é identificar efeitos de sentido decorrentes dos usos de re- cursos rítmicos e sonoros. Objetivo de aprendizagem ⊲ Identificar efeitos de sentido decorrentes dos usos de re- cursos rítmicos e sonoros. Objeto de conhecimento ⊲ Forma de composição do texto. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Cartolina com a transcrição do poema “A onda”, de Ma- nuel Bandeira, preparada anteriormente pelo professor. ⊲ Equipamento conectado à internet para a reprodução de vídeo. Orientações Escreva no quadro o tema da proposta: “Recurso rítmico no poema concreto e visual”. Depois, pergunte: ⊲ O que vocês acham o que iremos trabalhar no encon- tro de hoje? Ouça as hipóteses levantadas e informe que as ativida- des serão realizadas com um poema concreto e visual; dessa vez, com foco nos ritmos dos poemas. Peça aos alunos que observem o poema “Ovonovelo”, de Augusto de Campos disposto a seguir e presente tam- bém no Caderno do Aluno: ⊲ CAMPOS, Augusto de. Ovonovelo. In: CAMPOS, Augus- to de; PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Haroldo de. Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos 1950- -1960. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. Forme uma roda e chame a atenção dos alunos. Diga que lerá um poema para eles e que, por isso, é necessário que todos fiquem atentos. LÍNGUA PORTUGUESA24 Para a próxima atividade, separe um lápis de cor vermelha e um de cor azul. Você vai precisar fazer marcações no poema a seguir. Fique atento! Agora, responda. ⊲ Para você, os elementos rítmicos dessa poesia causam um efeito interessante? Se você julgar que sim, por quê? Há repetição de vogais? Caso sua resposta seja sim, você deve marcar as vogais repetidas com seu lápis vermelho. Há repetição de consoantes? Caso sua resposta seja sim, você deve grifar as consoantes repetidas com seu lápis azul. f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l f l u v i a l p l u v i a p l u v i p l u v p l u p l p RETOMANDO Aprendemos um pouco mais sobre poemas! Relembre as atividades realizadas até agora e responda. ⊲ O que você aprendeu de novo sobre poemas? CAMPOS, Augusto de. Pluvial, fluvial. In: CAMPOS, Augusto de. Viva vaia. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1979. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 24 15/02/2021 16:06:14 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 21 16/02/2021 10:37:44 – 24 – LÍNGUA PORTUGUESA28 6. ESTRUTURAS DE POEMAS CONCRETOS E VISUAIS Leia o seguinte tema. Então, descobriu o que acha que iremos aprender? Observe o poema a seguir, chamado “Forma”, de José Lino Grünewald. Responda. ⊲ Quais as letras que sempre aparecem, dando destaque às terminações ao longo do poema? Num poema qualquer, eu desenho um recurso de linguagem. GRÜNEWALD, José Lino. Forma. In: GRÜNEWALD, José Lino. O grau zero do escreviver. São Paulo: Perspectiva, 2002. f o r m a r e f o r m a d i s f o r m a t r a n s f o r m a c o n f o r m a i n f o r m a f o r m a FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 28 15/02/2021 16:06:15 Num poema qualquer, eu desenho um recurso de linguagem. Pergunte aos alunos: ⊲ O que vocês acham que iremos trabalhar no encontro de hoje? ⊲ Esse tema lembra alguma coisa? Após ouvir as suposições levantadas, informe que irão trabalhar com poemas concretos e visuais. É possível que alguns alunos identifiquem que o tema do encontro é uma paródia de “Aquarela”, de Toquinho, poema que ganhou versão musicada. Nesse caso, ressalte que poemas também podem ser cantados. Solicite que observem o poema “Forma”, de José Lino Grünewald. ⊲ f o r m a r e f o r m a d i s f o r m a t r a n s f o r m a c o n f o r m a i n f o r m a f o r m a GRÜNEWALD, José Lino. Forma. In: GRÜNEWALD, José Lino. O grau zero do escreviver. São Paulo: Perspecti- va, 2002. Leia o poema para a turma e enfatize sua sonoridade, marcada pela repetição da terminação /orma/. Logo após, pergunte aos alunos: ⊲ Qual é a dificuldade em pronunciar e escrever a ter- minação “orma”? Espera-se que eles identifiquem a terminação citada nas palavras da poesia. ⊲ Qual é o som que percebemos com a repetição dessa terminação? A expectativa é que os alunos notem a repetição da pro- núncia contida na família silábica complexa: ar, er, ir, or, ur. Ajude os alunos a reproduzir a poesia em uma cartolina com canetinhas hidrocor de várias cores. Oriente-os a des- tacar a terminação “orma” em preto. PratiCando Orientações Organize a turma em duplas e sugira a leitura do poema “Poema cauda”, de Lewis Carroll. Peça que os alunos con- versem sobre as impressões que tiveram do texto e relacio- nem o tema do poema com a realidade local. ⊲ CAMPOS, Cid & CARROLL, Lewis, na versão de CAM- POS, Augusto. Poema-Cauda. In: Criança Crion- ça. Selo Sesc, 2009. Disponível em: https://bit. ly/3b8ynPJ. Acesso: 14 fev. 2021. Releia o poema com a turma e reforce a sonoridade adequada. Reúna os alunos em duplas. Depois, proponha que localizem quais são as vogais que surgem nas palavras do poema e pintem as repetições com o auxílio de um lápis de cor vermelha. Em seguida, solicite que façam o AP_3ANO_1BI_CP book.indb 24 16/02/2021 10:37:48 – 25 – trabalho semelhante para o destaque das consoantes que aparecem repetidas no poema com a ajuda de um lápis de cor azul. Durante a tarefa, circule entre as duplas, ajudando-as a perceber as repetições e a sonoridade produzida por elas. Intervenha quando preciso. retomando Orientações Conceitue os conhecimentos mobilizados durante a ati- vidade. Para isso, faça no quadro duas colunas; em uma, escreva “assonância” e na outra, “aliteração”. Com a aju- da dos alunos, monte no quadro uma tabela com palavras que tenham o som do “x” e faça uma comparação com as palavras do poema. Explique que “assonância” é o nome dado à repetição de vogal em um ou mais versos para pro- duzir efeito expressivo. Indague: ⊲ Acham que o autor de “Lixo/Luxo” utilizou assonância? ⊲ Se sim, em qual parte do poema vocês percebem isso? ⊲ Na opinião de vocês, por que o autor fez uso desse recurso? Espera-se que os alunos notem o uso da assonância e deem exemplos presentes no texto, justificando que a par- tir dela o texto produz ritmo. Medeie o debate. Ao explicar a coluna “aliteração”, ressalte que esse é o nome usado para se referir à repetição de consoante em um ou mais versos com o intuito de produzir efeitos expressivos. PÁGINA 30 7. imagem Poética em Poema visuaL e concreto Sobre a proposta Esta é a sétima de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no cam- po de atuação artístico-literário, e faz parte do módulo de análise linguística e semiótica. A finalidade desta propos- ta é identificar o sentido do poema, considerando a rela- ção entre recursos sonoros e gráficos. Objetivo de aprendizagem ⊲ Conhecer o sentido do poema de forma autônoma, considerando a relação entre recursos sonoros e gráficos. Objeto de conhecimento ⊲ Escrita autônoma. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Poema previamente escolhido pelo professor. ⊲ Recortes de papel canson colorido ou papel sulfite branco com as estrofes do poema “O menino viajou para Lua dormindo”, preparados antes pelo profes- sor (cada grupo deverá receber todas as estrofes do poema). ⊲ Cartolinas (uma para cada grupo). ⊲ Cola. ⊲ Cartolina com o poema “O menino viajou para Lua dormindo”, anteriormente preparado pelo professor, seguindo o modelo indicado, ou fotocopiado. Orientações Escreva no quadro o tema do encontro: Poema é brincar com as palavras e com os recursos visuais. Leia o tema para a turma e pergunte: ⊲ O que vocês acham que trabalharemos no encontro de hoje? Escolha previamente um poema para ser apresenta- do aos alunos, de acordo com as preferências de leitura observadas por você durante as atividades com textos desse gênero. Opte por um poema que apresente rela- ções rítmicas e favoreça a construção de imagens, como animais, objetos usados por crianças, espaços cotidianos, entre outros. Disponha o poema no quadro e solicite a leitura coletiva. Peça a releitura, dessa vez guiada por você, de modo que destaque os elementos visuais e rítmicos do poema. Caso pre- fira, você pode levar o poema em folhas impressas para serem entregues aos alunos ou solicitar que o copiem no caderno. Após a releitura, pergunte: ⊲ Vocês gostaram do poema? ⊲ Por quê? LÍNGUA PORTUGUESA29 Agora, responda. ⊲ O que esse poema apresenta de diferente? Por quê? PRATICANDO Leia o poema a seguir. RETOMANDO No encontro de hoje, vimos que alguns poemas possuem ritmos a partir da repetição de letras. ⊲ O que mais você aprendeu? CAMPOS, Cid & CARROLL, Lewis, na versão de CAMPOS, Augusto. Poema-Cauda. In: Criança Crionça. Selo Sesc, 2009. Disponível em: https://bit.ly/3b8ynPJ. Acesso: 14 fev. 2021. AU GU ST O DE C AM PO S © FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 29 15/02/2021 16:06:18 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 25 16/02/2021 10:37:48 – 26 – LÍNGUA PORTUGUESA30 7. IMAGEM POÉTICA EM POEMA VISUAL E CONCRETO Nosso próximo tema é: Reflita. ⊲ Será que continuaremos falando sobre poemas? ⊲ Você já tem um bom entendimento sobre poemas? ⊲ O que chama mais a sua atenção nesse poema? Converse com o professor e com os colegas. Observe novamente o poema e reflita. ⊲ Os versos poderiam estar alinhados? Se estivessem alinhados, o poema alcançaria o mesmo sentido? Converse com o professor e com os colegas sobre as suas opiniões. Poema é brincar com as palavras e com os recursos visuais. Hoje estou sem sorte Tudo me cai da mão Para não perder a cabeça vou fugir para o Japão PRATICANDO Leia o poema a seguir. Texto adaptado de CAPARELLI, Sérgio. Falta de sorte. In: Tigres no quintal. Porto Alegre: Kuarup, 1995. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 30 15/02/2021 16:06:18 ⊲ Ao ler o poema, em quais imagens vocês pensam? É esperado que os alunos apontem elementos do coti- diano. Formule perguntas que os levem a associar o con- teúdo abordado no poema com o título, como: ⊲ Por que o título do poema é esse? ⊲ Que outros títulos poderíamos dar ao poema? Ouça-os e medeie o debate, quando necessário. Provo- que perguntas que estimulem a criação de possibilidades sobre os sentidos construídos na combinação de palavras no poema. Caso haja o uso de metáfora, por exemplo, rea- lize perguntas que favoreçam a reflexão sobre denotação e conotação. Ouça as hipóteses e faça as intervenções necessárias. PratiCando Orientações Norteie-os para que eles leiam individualmente o poema “Falta de sorte”. Depois, oriente a leitura coletiva de forma que eles pronunciem as entonações desejadas. Após a releitura, questione: ⊲ Quais são as ideias centrais do texto? ⊲ O que vocês entenderam do texto? Espera-se que os alunos digam que o poema fala da falta de sorte do eu-lírico e de sua solução inusitada. A atividade desenvolvida aqui consistirá na organização dos versos do poema para a composição de um poema concreto e visual. Pergunte aos alunos: ⊲ Será que o poema que acabamos de ler poderia ser organizado de outra forma? ⊲ Se sim, qual? Ouça as hipóteses dos alunos e lance questionamentos que lhes permitam pensar sobre a possibilidade da dispo- sição dos versos em um poema concreto e visual, como: ⊲ Lembram-se do que vimos sobre poemas concretos e visuais? ⊲ Se fôssemos ordenar os versos desse poema de ma- neira concreta e visual, como poderíamos fazer? Ouça-os e, posteriormente, solicite que, em grupos, orga- nizem os versos do poema concreto de modo que possam construir imagens. Explique que cada grupo irá conversar sobre a melhor forma de ordenar os versos do poema para transformá-lo. Para isso, você deverá dividir a turma em gru- pos e, para cada um deles, entregar o poema recortado por palavras, em que os alunos irão estruturar os versos do poe- ma depois de discutirem sobre a melhor maneira de orga- nizá-lo. Sugere-se que o poema seja exposto em cartolina colorida, e que os alunos utilizem imagens que participem do seu cotidiano, como: barco, peixe, ponte, rio etc. Durante a realização da atividade, circule entre eles, enquanto os auxilia e realiza as intervenções necessárias. Após todos os grupos terminarem o trabalho em suas cartolinas, diga que apresentará o poema já conhecido em sua versão concreta e visual. Revele o cartaz prepara- do por você que traz o poema no formato indicado. Poste- riormente, perceba a reação dos alunos e questione: ⊲ Com a imagem, ficou mais fácil interpretar o poema? ⊲ A imagem também ajudou a entender o texto? ⊲ Que versão do poema vocês compreenderam melhor? Espera-se que as respostas indiquem que eles enten- deram a importância da relação entre texto verbal e não verbal nos poemas concretos. Outra ideia é incentivar os alunos criarem coletivamente uma história parecida com a do poema, através da orali- dade. Com essa atividade, você pode observar se os alunos conseguem relacionar bem a prática da oralidade com a escrita. retomando Orientações Para esse momento, permita que os alunos comparem suas produções com o texto original e expressem também suas opiniões sobre a atividade. Questione-os: ⊲ Vocês gostaram do poema concreto e visual? ⊲ Como foi organizar os versos de um poema concreto e visual? ⊲ O que acharam mais fácil? Por quê? ⊲ O que acharam mais difícil? Por quê? Ouça-os e medeie o debate. Em seguida, fomente reflexões sobre o gênero: ⊲ Que recursos são utilizados para construir sentidos diferentes nos poemas? AP_3ANO_1BI_CP book.indb 26 16/02/2021 10:37:49 – 29 – é interpretar os sentidos de poemas, considerando os ele- mentos gráficos e sonoros. Objetivo de aprendizagem ⊲ Compreender os sentidos de poemas concretos e visuais, considerando as relações entre recursos gráficos, sono- ros e sentidos acionados pelo emprego da conotação. Objeto de conhecimento ⊲ Escrita autônoma. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Cartolina previamente preparada pelo professor com papéis anexados para compor o poema “A primavera en- doideceu”, de Sérgio Caparelli, seguindo as orientações. ⊲ Folhas de papel sulfite com trechos do poema “A pri- mavera endoideceu”, de Sérgio Caparelli, seguindo as orientações. ⊲ Cartolina anteriormente preparada pelo professor para construir em sala o poema concreto “A primavera endoideceu”, de Sérgio Caparelli. ⊲ Cartolina previamente preparada pelo professor com o poema “A primavera endoideceu”, de Sérgio Caparelli, no formato original. ⊲ Fita adesiva para anexar os papéis na cartolina e as cartolinas na sala de aula. ⊲ Cartolina para registro em sala. ⊲ Pincel para escrever em cartolina. Orientações Escreva no quadro o tema do encontro: O recurso visual no poema concreto e visual. Leia-o para a turma e pergunte: ⊲ Do que trataremos no encontro de hoje? Ouça as hipóteses dos alunos e evidencie que, no en- contro, serão abordados os recursos visuais de poemas concretos e visuais. Leia o poema “Xícara”, de Fábio Sexugi, sem apresentar a imagem aos alunos. ⊲ Fonte: SEXUGI, Fábio. Xícara. Peabiruta. Disponível em: https://bityli.com/6oZVl. Acesso em: 21 jan. 2021. A seguir, pergunte: ⊲ Vocês conhecem esse poema? ⊲ Qual é o tema dele? ⊲ O que vocês entenderam do poema? É possível que alguns alunos mencionem que já foram apresentados ao poema anteriormente e respondam que ele tematiza xícara de café, reunião com amigos, família, aconchego, entre outras hipóteses. Questione: ⊲ Vocês se lembram dos recursos visuais que acompa- nham o poema? ⊲ Como ele está organizado? Espera-se que eles retomem que o poema se apresenta em formato de uma xícara. Solicite que voltem à página da proposta 3, em que o poema foi trabalhado pela primeira vez, e revejam sua organização. PratiCando Orientações Nessa atividade, sob sua orientação, os alunos irão orga- nizar coletivamente o poema concreto e visual “A primave- ra endoideceu”, de Sérgio Caparelli. Para isso, você deve LÍNGUA PORTUGUESA34 9. RELAÇÕES SONORAS E GRÁFICAS PARA POEMA VISUAL E CONCRETO Nosso próximo tema é: ⊲ O que você já conhece sobre isso? O recurso visual no poema concreto e visual. PRATICANDO Leia o poema a seguir e responda às questões. A primavera endoideceu bem me quer mal me quer bem me quer mal me quer zum zum zum zum zum zum zum zum zum zum nos meus olhos zumbiam mil abelhas e me fitavas detrás da cerca dos cílios CAPARELLI, Sérgio. A primavera endoideceu. Tigres no quintal. Porto Alegre: Kuarup, 1995. ⊲ Qual é o assunto do texto? ⊲ Como você imagina que esse poema concreto esteja organizado? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 34 15/02/2021 16:06:19 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 29 16/02/2021 10:37:51 – 30 – preparar três cartolinas. Na cartolina A estarão os traços que formam uma flor semelhante à do poema. Já na cartoli- na B, estarão anexadas folhas de papel sulfite com trechos que compõem o poema de modo desorganizado. Na carto- lina C, que será utilizada apenas ao fim da atividade, por sua vez, estará inserido o poema em seu formato original. Oriente-os para que sejam capazes de refletir sobre a for- ma como as frases deverão ser deslocadas da cartolina B para a cartolina A. Logo, é importante que as folhas de pa- pel sulfite na cartolina B sejam facilmente deslocadas para a cartolina A. A partir do formato do poema, disponibilizado a seguir, você deverá organizar esse material previamente. Antes de iniciar a atividade, peça a leitura do poema, ainda sem o recurso visual. Depois, releia o poema com a turma e faça a entonação adequada. Peça que observem o poema, questionando: ⊲ Quais são as ideias centrais do texto? ⊲ O que vocês entenderam do texto? É esperado que os alunos respondam que o poeta sa- lienta o amor pelo vento e o mar. Posteriormente, instigue reflexões sobre o gênero com perguntas como: ⊲ De que forma vocês imaginam que esse poema con- creto e visual é organizado? Ouça as hipóteses dos alunos e medeie o debate. Logo após, explique que, de modo coletivo, vocês irão organizar o poema, e mostre os cartazes A e B. Esclareça também que os trechos de um deverão ser organizados e colocados no outro. Devagar, retire “O vento me leva, a maré me traz” do cartaz B e forme a curvatura das ondas do mar, conforme a ilustração do poema. Pare a atividade e questione-os: ⊲ Que desenho está sendo formado? ⊲ Por que vocês acham isso? Ouça as hipóteses levantadas. Peça que uma dupla vá até o cartaz B retirar o próximo trecho e pergunte aos alunos: ⊲ Que frases eles devem selecionar agora? Espera-se que respondam que o próximo trecho é “Qual- quer dia desse não volto mais”. Em seguida, indague: ⊲ Em que local esse trecho deve ser colocado? A expectativa é que respondam que a frase deve ser co- locada na sequência da anterior. Caso o grupo opte por realizar a inserção no cartaz de outra maneira, evidencie que há diferentes modos de organizar um poema. Ao concluírem a atividade, pergunte: ⊲ Vocês gostaram do resultado? ⊲ Mudariam alguma coisa? Se sim, o quê? Por quê? Ouça as considerações dos alunos e informe que há di- versas maneiras de se organizar um poema. Com o auxílio do cartaz C, apresente o poema no forma- to original aos alunos e anexe-o ao lado do cartaz A, em que o poema foi construído de modo conjunto. Observe a reação dos alunos e pergunte: ⊲ O que vocês acharam do poema original? ⊲ Ficou parecido com o nosso? ⊲ Quais são as semelhanças? ⊲ Quais são as diferenças? Ouça as respostas e intervenha no debate, se for preci- so. Reforce que há diferentes maneiras de organizar um poema. A seguir, questione: ⊲ Com a imagem, ficou mais fácil interpretar o poema que vocês leram no começo da atividade? ⊲ Qual é a importância do recurso gráfico em um texto? Espera-se que digam que a ilustração contribuiu para o entendimento do texto e que há relação entre o texto es- crito e as imagens que ele representa. retomando Orientações Verifique as impressões dos alunos sobre a proposta com questões como: ⊲ Vocês gostaram da atividade de hoje? ⊲ O que foi mais fácil de fazer? ⊲ O que foi mais difícil? Ouça as impressões deles. Para avaliar os conhecimentos sobre o gênero, indague: ⊲ O que é um poema concreto e visual? ⊲ Quais são as suas características? ⊲ O que vocês já sabem sobre poemas? Escute-os, intermedeie o debate e solicite um voluntá- rio para registrar as respostas da turma em uma cartolina, que deverá ser anexada na sala de aula. LÍNGUA PORTUGUESA35 Agora o professor apresentará o poema “A primavera endoideceu”, de Sérgio Caparelli, no formato original. Em seguida, responda. ⊲ Você gostou do poema? Ele remete a alguma lembrança da comunidade em que você vive? ⊲ O poema original ficou parecido com o organizado pela turma? Por quê? RETOMANDO Reflita sobre seu conhecimento até aqui e responda. ⊲ O que você já conhece sobre poemas concretos? ⊲ Você consegue identificar poemas concretos e visuais? Se sim, como são organizados? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 35 15/02/2021 16:06:19 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 30 16/02/2021 10:37:51 – 31 – PÁGINA 36 10. aPreciação de textos orais Sobre a proposta Esta é a décima de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no campo de atuação artístico-literário, e faz parte do módulo de ora- lidade. A finalidade deste encontro é apreciar os elementos sonoros do poema. Objetivo de aprendizagem ⊲ Apreciar textos orais e examinar as condições de pro- dução e suas características temáticas, composicionais e estilísticas. Objeto de conhecimento ⊲ Produção de texto oral. Prática de linguagem ⊲ Oralidade. Material ⊲ Áudio ou vídeo de poema previamente escolhido e de- clamado pelo professor ou por outra pessoa. ⊲ Equipamento conectado à internet para reprodução de vídeo e áudio. Vídeos ⊲ Curta! Poesia – Márcia Wayna Kambeba, 19 jan. 2017. Disponível em: https://bit.ly/3ovuDww. Acesso em: 31 jan. 2021. Acesso em: 22 set. 2020. ⊲ Poesia concreta / Poesia visual, 25 abr. 2019. Disponí- vel em: https://bit.ly/3j2K8Lp. Acesso em: 22 set 2020. ⊲ Poema para Educação Infantil, 4 set. 2020. Disponí- vel em: https://bit.ly/3ctG4Co. Acesso em: 31 jan. 2021. Orientações Escreva no quadro o tema do encontro: Apreciação da oralidade do poema. Leia-o para os alunos, questionando: ⊲ Como vocês acham que será o encontro de hoje? ⊲ O que já sabem sobre isso? Ouça as hipóteses e intermedeie o debate, evidencian- do que continuarão falando sobre poemas, mas agora com foco na oralidade. Para esse momento, é importante que, anteriormente, você escolha um poema de sua preferência e grave um áu- dio ou um vídeo declamando essa obra. Se preferir, pode optar também por trabalhar com o áudio ou vídeo de um poema declamado por outra pessoa. Na impossibilidade de trabalhar com a gravação, prepare-se para declamá-lo pessoalmente aos alunos durante a proposta. O importan- te é que, aqui, a declamação trabalhe de modo adequado com a entonação do poema e expresse os sentimentos re- tratados por ele de modo envolvente. Forme uma roda e solicite a atenção dos alunos. Explique que deverão ouvir com atenção o áudio que tocará ou a sua declamação, se for o caso. Depois da apresentação, indague: ⊲ O que chamou a atenção no poema? Por quê? Espera-se que eles ressaltem que o poema expressa sen- timentos e a declamação chamou a atenção do ouvinte. Logo, pergunte: ⊲ O que vocês acharam da entonação empregada no poema? E do ritmo? É esperado que digam ter gostado da entonação ao pon- to de perceberem sentimentos e tenham também notado os recursos que auxiliam no ritmo do poema. Caso o áudio ou o vídeo trabalhe com fundo musical e cenários diferen- tes, questione também: ⊲ O que acharam do fundo musical? ⊲ E do cenário? Por quê? ⊲ Eles ajudaram a compreender melhor o poema? A expectativa é que, nesses casos, os alunos sejam capa- zes de perceber como a ambientação se modifica ou não no decorrer do poema. Ouça as respostas e medeie o debate. PratiCando Orientações Nesta atividade, os alunos irão assistir às representações em vídeos dos poemas: “Amazônidas”, de Márcia Wayna Kambeba, uma seleção de poemas concretos e visuais rea- lizados alunos do 6º ano compilados pela professora Leny Rosado do Inova Educação e “Pessoas são diferentes”, de Ruth Rocha. Eles deverão, ainda, completar a tabela abaixo e pontuar de 0 a 10 a ocorrência de entonação, ritmo, emo- ção, expressão, pausa e cenário nas produções. LÍNGUA PORTUGUESA36 10. APRECIAÇÃO DE TEXTOS ORAIS Leia o tema seguinte e responda. ⊲ O que você acha que estudaremos a a partir de agora? A forma como um poema é declamado pode despertar diferentes emoções no ouvinte. ⊲ E você, como acha que um poema deve ser declamado? PRATICANDO Agora, você ouvirá três poemas declamados de diferentes maneiras. O primeiro é “Amazônidas”, da poeta amapaense Márcia Wayna Kambeba. Depois, uma seleção de poemas concretos e visuais realizados pelos alunos do 6º ano, compilados pela professora Leny Rosado, do Inova Educação. E, por último, o poema “Pessoas são diferentes”, de Ruth Rocha. Antes de conhecê-los, responda. ⊲ Como você imagina que seja a organização desses poemas? Que temas eles abordam? Apreciação da oralidade do poema. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 36 15/02/2021 16:06:19 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 31 16/02/2021 10:37:52 – 34 – https://bit.ly/2L637Ih. Acesso em: 29 out. 2020. “Ber- tholetia Excelsa, de Jonas da Silva, disponível em: ht- tps://bit.ly/3j2mgaN. Acesso em: 29 out. 2020. “Ribeiri- nhos”, do site O Eldoradense, disponível em: https://bit. ly/36uJXn0. Acesso em: 29 out. 2020. “Poça de água”, de Wislawa Szymborka, disponível em: https://bit.ly/3p- FhQsL. Acesso em: 29 out. 2020. “Desmatamento”, de Márcia de Oliveira, disponível em: https://bit.ly/3tge- 1wv. Acesso em: 29 out. 2020. “Eu sou”, de Guibson Medeiros, disponível em: https://bit.ly/39AbV2z. Acesso em: 29 out. 2020. Caso acredite que, ainda assim, os grupos estão compostos por uma grande quantidade de integrantes e isso pode prejudicar o andamento da atividade, selecione outros textos e dividida a turma em grupos menores. Já organizados em grupos, entregue um texto diferente para cada equipe e garanta que cada integrante receba uma cópia. Por fim, peça a leitura individual. Posteriormente, oriente a leitura coletiva de cada grupo, atentando à importância do emprego da entonação ade- quada, e assegure-se de que os alunos com maiores difi- culdades estejam recebendo auxílio dos colegas. Oriente-os a dividir os poemas em estrofes ou versos para iniciar o planejamento da declamação. Feito isso, peça que cada aluno aponte na sua estrofe ou verso os trechos que mais lhe chamaram a atenção. Isso poderá ajudá-los a colocar mais ênfase nos trechos selecionados. Norteie os grupos para que leiam os poemas aplicando ritmos variados e pausas onde for essencial. Diga que isso ajudará a notarem a melhor forma de declamar o poema. Nesse momento, proponha a leitura dos poemas empre- gando diferentes emoções: tristeza, felicidade e medo, por exemplo. Desafie-os a pensar na melhor organização para a declamação, questionando-os: ⊲ Como vocês irão declamar o texto? ⊲ Todos juntos? Individualmente? ⊲ No formato de jogral? ⊲ Qual será o ritmo empregado? ⊲ Ele permanecerá durante todo o poema? ⊲ Qual será a entonação adequada? ⊲ Haverá mudança de entonação no decorrer da decla- mação? ⊲ Serão utilizadas diferentes emoções? Se sim, quais? Estimule reflexões sobre outros elementos com questões como: ⊲ Será necessária a criação de cenário? ⊲ Vocês gostariam de utilizar música de fundo durante a declamação? Se sim, qual? Norteie-os nessa tomada de decisões, sempre circulan- do entre as equipes para mediar o debate e sanar dúvidas. Caso considere relevante, você pode inserir algumas des- sas perguntas no quadro para organizar os debates entre os grupos. Definidos esses pontos, direcione-os a anotar as de- cisões tomadas no quadro abaixo, em que será preciso indicar quais alunos serão responsáveis por cada estrofe ou verso, se usarão ou não fundo musical e qual será, se usarão ou não cenário e o que é obrigatório para sua com- posição, o tom de voz escolhido e a forma de leitura do texto, se pausado ou em ritmo mais acelerado. Aqui, você deve mediar junto aos alunos o trabalho com os itens extras que pretendem levar para a apresentação, de modo que ninguém fique sobrecarregado. Você também pode combinar de ficar responsável por levar as músicas selecionadas às apresentações e conhecê-las previamente. quadro Para aPresentaçÃo oral estrofe ou verso estrofe ou verso estrofe ou verso fundo musical Cenário tom da voz modo de ler o texto Após tudo planejado, solicite que os alunos ensaiem de duas a três vezes para eles mesmos identificarem seus pon- tos fortes e o que ainda precisa ser melhorado. LÍNGUA PORTUGUESA39 RETOMANDO Agora que você já declamou um poema, responda. ⊲ Você achou fácil ou difícil declamar? Por quê? ⊲ O que ainda precisa ser melhorado? QUADRO PARA APRESENTAÇÃO ORAL Estrofe ou verso Fundo musical Cenário Tom da voz Modo de ler o texto ⊲ Será necessário um cenário? Combine isso com o professor e com os colegas. Depois, preencha o quadro a seguir, de acordo com as orientações do professor. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 39 15/02/2021 16:06:19 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 34 16/02/2021 10:37:52 – 35 – retomando Orientações Desenhe duas colunas em uma cartolina. De um lado, escreva “pontos positivos” e de outro, “pontos a serem melhorados”. Escolha dois alunos como escribas da tur- ma. Cada um será responsável por preencher uma coluna. Pergunte aos grupos: ⊲ Como vocês se sentem em relação à declamação do poema? ⊲ Quais foram as maiores facilidades e dificuldades apresentadas durante os ensaios? Espera-se que, em seus posicionamentos, os alunos citem entonação, ritmo, o próprio texto e demais elementos que envolveram o planejamento e a declamação de poemas. Questione-os: ⊲ O que vocês já conseguiram realizar durante a decla- mação? ⊲ O que ainda precisa ser melhorado? Medeie o debate sintetizando o que os escribas devem re- gistrar nas colunas dispostas na cartolina. Anexe o cartaz na sala para que, na próxima atividade, eles possam avaliar se os pontos negativos foram melhorados no decorrer dos ensaios. PÁGINA 40 12. decLamação de Poemas concretos e visuais - Parte 2 Sobre a proposta Esta é a décima segunda de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no campo de atuação artístico-literário, e faz parte do mó- dulo de oralidade. A finalidade deste encontro é declamar poemas, considerando diferentes recursos. Objetivo de aprendizagem ⊲ Declamar poemas considerando interpretação, ento- nação adequada e ritmo. Objeto de conhecimento ⊲ Declamação. Prática de linguagem ⊲ Oralidade. Material ⊲ Material auxiliar para a declamação de poemas. ⊲ Cartolina anteriormente preparada com os pontos positivos e a serem melhorados citados pelos alunos. ⊲ Câmera ou celular para gravar as apresentações. Orientações Escreva no quadro o tema da proposta: Declamar poemas é brincar com as palavras. Leia-o para a turma e pergunte: ⊲ O que significa essa afirmação? Espera-se que os alunos mencionem o lado lúdico de trabalhar com os poemas. Lembre-os de que haverá a declamação dos poemas preparados na última vivência. Para reforçar o conteúdo visto anteriormente e retomar elementos que devem ser considerados durante as apre- sentações, questione: ⊲ Quais são os elementos necessários para uma boa declamação? ⊲ Quais os outros recursos podem ser utilizados? É esperado que eles reforcem que entonação de voz, rit- mo, expressividade e emoção são elementos que auxiliam a declamação de poemas e, além disso, pode-se utilizar também música de fundo, cenário e figurino. Retome o cartaz produzido no fim da última proposta com os pontos positivos e os pontos a serem melhorados, focando apenas os pontos positivos. Incentive-os relem- brando o que já alcançaram na declamação de poemas e o quanto evoluíram. A declamação de poemas pode começar por você, apresen- tando um texto que os alunos ainda não conhecem. PratiCando Orientações Conduza-os a retornar aos grupos formados no encontro anterior. Diga que, nesse momento, poderão acertar os de- talhes da apresentação. Aqui, você já deve estabelecer a LÍNGUA PORTUGUESA40 12. DECLAMAÇÃO DE POEMAS CONCRETOS E VISUAIS – PARTE 2 Leia o tema a seguir. ⊲ Reflita: Por que você acha que esse tema foi escolhido? Hoje é dia de declamação de poemas! Agora que você sabe um pouquinho sobre isso, responda. ⊲ Que elementos são necessários para uma boa declamação? Declamar poemas é brincar com as palavras. PRATICANDO Com seu grupo, organize a apresentação do poema a ser declamado e, se for preciso, peça auxílio ao professor. Ele organizará as apresentações. RETOMANDO Agora que já declamou um poema para a turma, responda. ⊲ Como você se sentiu ao declamar um poema para outras pessoas? ⊲ O que você faria diferente se fosse preciso repetir a apresentação? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 40 15/02/2021 16:06:19 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 35 16/02/2021 10:37:53 – 36 – ordem das apresentações, decisão que deve ser tomada em acordo com os grupos ou por sorteio. Durante esse momento de ajustes, circule pelos grupos, observe se apresentam dificuldades e auxilie como for possível. Quando estiverem preparados, organize a sala de modo que o local utilizado como palco fique visível a todos. Diga que as apresentações serão gravadas e com- bine um sinal de aviso para indicar essa ação. Peça para o primeiro grupo se posicionar para começar a declamação e dê início à atividade e à gravação. No de- correr da apresentação, demonstre interesse e passe con- fiança aos alunos por meio de gestos. Repita o processo com todos os grupos. Se desejar, ao final das apresenta- ções, você pode exibir o vídeo para que os alunos vejam suas próprias performances. retomando Orientações Realize uma autoavaliação com os alunos, a partir de perguntas como: ⊲ De que forma se sentiram ao declamar poemas? ⊲ Como é apresentar para outras pessoas? ⊲ O que mais gostaram na atividade? ⊲ O que menos gostaram na atividade? Espera-se que os alunos digam que gostaram de apre- sentar para outras pessoas. Alguns podem revelar o quan- to foi difícil. Logo, questione: ⊲ O que vocês fariam diferente se fosse preciso fazer outra declamação? Ouça as respostas e ressalte os pontos positivos das apresentações. PÁGINA 41 13. PLanejamento de Poemas concretos e visuais Sobre a proposta Esta é a décima terceira de uma sequência de quinze ati- vidades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no campo de atuação artístico-literário, e faz parte do mó- dulo de produção textual. A finalidade deste encontro é planejar a produção de um poema visual. Objetivo de aprendizagem ⊲ Planejar a produção de um poema visual. Objeto de conhecimento ⊲ Planejamento de texto. Prática de linguagem ⊲ Produção textual. Material ⊲ Cópias dos poemas “Do barco”, de Augusto Oliveira, disponível em: https://bit.ly/2L637Ih. Acesso em: 29 out. 2020. “Bertholetia Excelsa, de Jonas da Silva, disponí- vel em: https://bit.ly/3j2mgaN. Acesso em: 29 out. 2020. “Ribeirinhos”, do site O Eldoradense, disponível em: ht- tps://bit.ly/36uJXn0. Acesso em: 29 out. 2020. “Poça de água”, de Wislawa Szymborka, disponível em: https:// bit.ly/3pFhQsL. Acesso em: 29 out. 2020. “Desmata- mento”, de Márcia de Oliveira , disponível em: https:// bit.ly/3tge1wv. Acesso em: 29 out. 2020. “Eu sou”, de Guibson Medeiros, disponível em: https://bit.ly/39Ab- V2z. Acesso em: 29 out. 2020. (alunos de um mesmo grupo deverão receber as cópias de um mesmo texto). ⊲ Cartolina. ⊲ Pincel para registro em cartolina. Orientações Escreva no quadro o tema da proposta: Planejamento de poema concreto. Logo, pergunte: ⊲ O que vocês acham que faremos no encontro de hoje? Escute as hipóteses deles e informe-os de que irão trabalhar com o planejamento de um poema, perguntando em seguida: ⊲ Por que é preciso planejar um poema concreto? Solicite a leitura do poema “A chave mestra”, de Fábio Bahia. ⊲ Fonte: BAHIA, Fábio. Testemunho do Projétil que Ma- tou Maiakóvski. Ilhéus: Mondongo, 2016. Pergunte: ⊲ Qual é o tema do poema? ⊲ A figura feita com as palavras combina com o tema do poema? A expectativa é que respondam que o formato do poe- ma lembra uma chave e ele trata dos elementos necessá- rios para se obter sucesso. Há a possibilidade de que os alunos expressem que o texto e a imagem no poema em questão são interligados. Alguns podem dizer que o texto do poema apresenta a chave mestra para o sucesso. Caso os alunos não façam essa associação, questione: ⊲ Qual é o título do poema? ⊲ Como ele se relaciona com o texto? É esperado que as respostas obtidas permitam perceber que os alunos iniciaram suas reflexões sobre as relações entre título, texto e imagem. AP_3ANO_1BI_CP book.indb 36 16/02/2021 10:37:54 – 39 – Márcia de Oliveira , disponível em: https://bit.ly/3tge1wv. Acesso em: 29 out. 2020. “Eu sou”, de Guibson Medeiros, disponível em: https://bit.ly/39AbV2z. Acesso em: 29 out. 2020, distribuídos aos alunos em encontro anterior. ⊲ Cartaz “Passos para a criação de um poema visual”, cria- do coletivamente pelos alunos na proposta anterior. ⊲ Quadro com o planejamento da criação e apresentação de um poema concreto criado pelos alunos com o auxílio do professor em encontro anterior. ⊲ Folhas de papel sulfite. Orientações Escreva no quadro o tema da atividade: Produção de poema visual. Pergunte aos alunos: ⊲ O que vocês têm a dizer sobre o tema? É esperado que respondam que, no encontro anterior, planejaram a transformação de poemas organizados em versos e estrofes em um poema visual. Para retomar a atividade já realizada, indique o cartaz “Passos para a criação de um poema visual”, produzido coletivamente por eles no fim da última proposta e solicite a leitura. Depois, questione: ⊲ Há mais alguma coisa que vocês queiram acrescentar? Finalize fazendo os acréscimos necessários e diga que, du- rante a atividade, sempre que quiserem, eles poderão recor- rer ao cartaz para auxiliá-los. Se possível, para contemplar o objeto de conhecimento “utilização de tecnologia digital” e caso haja oportunidade, use um dos recursos mais apreciados pelos alunos: a internet. Aqui, cabem várias ideias, desde plataformas de autopubli- cação (Nyah, Wattpad, Spirit), busca de aplicativos em celu- lar para a criação dos seus próprios poemas ou mesmo os de banco de imagens (Pinterest e Pic Collage). Você pode agen- dar um dia no laboratório de informática da escola e acessar esses sites em busca de poemas concretos, sob sua supervi- são. Você pode fazer também uso de um projetor ou de fer- ramentas como o Word, PowerPoint, Google Apresentações, Paint ou outra com que tenha familiaridade. Se achar conve- niente, permita o uso dessas plataformas ou ferramentas em um dia específico com o celular dos próprios alunos. PratiCando Orientações Solicite que os alunos retomem os grupos de trabalho do encontro anterior e revejam o planejamento. Em seguida, indique que cada grupo deve reler o seu poema e, se for o caso, fazer pequenas alterações no planejamento inicial. Informe-os de que esta atividade está reservada para a produção do poema já planejado e que você irá circular en- tre os grupos para auxiliá-los, quando for preciso. Disponibilize folhas de papel sulfite para os alunos e oriente primeiro a realização de rascunhos. Aponte que, as- sim que considerarem o rascunho adequado, eles devem produzir o poema propriamente dito. Acompanhe as produções dos poemas, auxiliando-os quando necessário, e promova reflexões que os levem a justificar as escolhas tomadas. retomando Orientações Ao observar que os alunos finalizaram suas produções, peça que tomem seus quadros de planejamento e marquem os itens que foram concluídos durante a atividade. Logo, questione grupo a grupo: ⊲ Algum item não foi atendido? Por quê? Ouça as respostas e, caso haja algum tópico que não foi feito, pergunte: ⊲ Esse item ainda será concluído? Por quê? ⊲ Como isso será feito? A expectativa é que justifiquem suas respostas e que ex- pressem a necessidade ou não de concluir o item incompleto. Investigue também: ⊲ Vocês incluíram ou retiraram algum item do planeja- mento inicial? Por quê? ⊲ Como fizeram isso? Espera-se que, caso os alunos tenham incluído ou retira- do algum tópico de suas produções, saibam argumentar as razões para tais ações. Verifique as impressões dos alunos sobre a atividade com indagações como: ⊲ O que acharam da atividade de hoje? ⊲ O que foi mais fácil de realizar? ⊲ O que foi mais difícil? Ouça as respostas e medeie o debate, se for preciso. LÍNGUA PORTUGUESA44 14. PRODUÇÃO DE POEMAS CONCRETOS E VISUAIS Agora, trabalharemos o seguinte tema: ⊲ Você se recorda de quais são os passos para a criação de um poema visual? Converse com o professor e com os colegas sobre isso. Produção de poema visual. PRATICANDO Agora é o momento de produzir o poema que tanto planejou! ⊲ Releia o poema original e observe seu quadro de planejamento. Depois, converse com o professor e com os colegas sobre a produção. RETOMANDO Agora que você já concluiu sua atividade, responda. ⊲ O que foi mais fácil de fazer durante a criação de um poema visual? E o mais difícil? Por quê? ⊲ Você precisou incluir ou retirar algum item do planejamento inicial? Por quê? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 44 15/02/2021 16:06:21 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 39 16/02/2021 10:37:55 – 40 – PÁGINA 45 15. revisão e edição de Poemas concretos e visuais Sobre a proposta Esta é a última de uma sequência de quinze atividades com foco no gênero poemas concretos e visuais, no campo de atuação artístico-literário, e faz parte do módulo de pro- dução textual. A finalidade deste encontro é revisar e editar poemas visuais. Objetivos de aprendizagem ⊲ Revisar e editar poemas visuais para aprimorá-los e tor- ná-los mais eficientes à comunicação. ⊲ Buscar o suporte adequado para ilustrar poemas vi- suais, seja manual ou multissemióticos. Objetos de conhecimento ⊲ Revisão de textos. ⊲ Edição de textos. Prática de linguagem ⊲ Produção de textos. Material ⊲ Quadro de planejamento da criação de um poema concreto e sua apresentação, trabalhado nas ativida- des 13 e 14. ⊲ Poema concreto produzido pelos alunos em proposta anterior. ⊲ Folhas de papel sulfite. ⊲ Cartolinas (uma por grupo). As cartolinas devem ser pre- paradas previamente pelo professor. Cada uma deve conter, de um lado, um dos seguintes poemas: “Do bar- co”, de Augusto Oliveira; “Bertholetia Excelsa, de Jonas da Silva; “Ribeirinhos”, do site O Eldoradense; “Poça de água”, de Wislawa Szymborka; “Desmatamento”, de Márcia de Oliveira e “Eu sou”, de Guibson Medeiros, em seu formato original. Do outro lado de cada cartolina, ao fim da atividade, será anexada a produção de um grupo inspirada no mesmo poema. ⊲ Fita adesiva para anexar as produções dos alunos nos cartazes e para fixá-los no local da exposição. Orientações Escreva no quadro o tema do encontro: Reviso poema. E pronto. Edito porque preciso. Pergunte: ⊲ O que é revisar um texto? ⊲ O que é editar um texto? Espera-se que os alunos apresentem alguma noção so- bre esses conceitos. Ouça as hipóteses levantadas e evi- dencie que neste encontro eles irão revisar e editar as pro- duções realizadas em atividade anterior. Em um grande círculo, levante reflexões que levem os alunos a pensarem sobre o processo de diagramação do poema, que busca revisar e editar o texto a fim de aprimo- rar sua estética e seu conteúdo composicional. Para isso, utilize o quadro de planejamento de criação e apresenta- ção do poema, trabalhado nas propostas 13 e 14. Planejamento da CriaçÃo de um Poema ConCreto e de sua aPresentaçÃo que ilustração será utilizada? em que local da ilustração o título será colocado? que tipos de letras e cores deverão ser usados para escrever as palavras do poema? o poema terá outros objetos visuais (imagens, desenhos, pinturas e colagens)? Como o poema será apresentado? será utilizada emoção na apresentação do poema? se sim, qual? serão aplicados outros elementos na apresentação do poema? se sim, quais? Questione: ⊲ Qual é a importância de pensar sobre a ilustração de um poema concreto? ⊲ Qual a importância de revisá-la e editá-la? Espera-se que os alunos respondam que a ilustração é parte fundamental em um poema concreto e precisa dialo- gar com o título e o tema do poema. Caso isso não ocorra, destaque a importância dessa relação e explique que depois de produzido é fundamental refletir se título, tema e imagem dialogam de forma efetiva para a comunicação e se estão localizados espacialmente de modo que facilitem a leitura. Pergunte ainda: ⊲ Qual é a importância do diálogo entre os recursos fí- sicos (imagens, desenhos, pinturas e colagens) e de- mais objetos empregados na elaboração de um poe- ma visual? ⊲ Por que é importante revisá-los e editá-los? Espera-se que respondam que há a necessidade de uti- lizar diferentes tipos de papéis e materiais de pintura para AP_3ANO_1BI_CP book.indb 40 16/02/2021 10:37:55 – 41 – dar vida ao poema visual ou mesmo para atrair o leitor e que, ao finalizar a produção, esses recursos devem ser re- vistos para melhorá-los, se for preciso. Siga com questionamentos: ⊲ Qual é a importância da escolha adequada de tipos, cores e tamanhos de letras na elaboração de um poe- ma visual? ⊲ Qual é a importância de revisar e editar as letras ao final da produção? Espera-se que citem que as escolhas sobre tamanho, estilo e fonte de letras devem facilitar a leitura e dialogar com os demais elementos do poema e que, ao fim, caso não cum- pram o esperado, devem ser modificadas. Mantenha ques- tionamentos semelhantes para cada um dos itens; isso aju- dará a compreender a necessidade de realizar cada etapa: planejamento, produção, revisão e editoração. Ouça as res- postas dos alunos e faça intervenções quando necessário. Posteriormente, promova reflexões acerca das apresen- tações dos poemas com perguntas como: ⊲ Os poemas produzidos por vocês podem ser apresen- tados para outras pessoas? ⊲ Então, como gostariam que essa exposição fosse feita? É esperado que os alunos respondam que os poemas podem ser apresentados em sala, no mural da escola ou mesmo para os pais. Escute as respostas deles. Caso tenha optado por isso, em encontro anterior, apre- sente aos alunos a transposição de um poema em versos para um poema visual feito por você com o uso de softwares de edição de texto ou imagem e realize a revisão. Na opção de produção textual dos alunos em laboratório de informá- tica na sua escola, com uso de sites de autopublicação ou banco de imagens (Pinterest e Pic Collage), exponha a re- visão e edição dos poemas e que sejam feitas no ambiente virtual. Lembre-se ainda de reforçar que os processos de planejamento, produção textual, revisão e edição são eta- pas comuns do processo de escrita, usadas também por demais autores e jornalistas, por exemplo. PratiCando Orientações Norteie-os a retomar a formação dos grupos da ativida- de anterior e solicite a análise do poema criado para pos- terior revisão e edição. Peça para tomarem como base as reflexões propostas no momento anterior e avaliarem se os itens do quadro de planejamento foram contemplados e se alcançaram os objetivos. Circule entre os grupos, estimulando-os a refletir com perguntas como: ⊲ Vocês acreditam que o posicionamento dos versos do poema contribuiu para a imagem desejada? Espera-se que eles verifiquem se há coerência entre os diversos recursos empregados na composição do poema. Pergunte também: ⊲ O título se relaciona com a organização gráfica? ⊲ As fontes, os estilos e os tamanhos das letras estão adequados? ⊲ Há alguma palavra escrita de maneira errada? A expectativa é que vejam se por meio dos recursos grá- ficos aliados ao verbais há a possibilidade de identificar e ler o texto. Sobre demais recursos visuais, questione: ⊲ Vocês vão manter os objetos visuais (imagens, dese- nhos, pinturas, colagens) utilizados para a composi- ção do poema? Por quê? É esperado que os alunos revejam os usos desses elemen- tos e saibam justificar sua manutenção, retirada ou adapta- ção. À medida que conversa com os grupos, revise as obras criadas e ressalte elementos que precisam ser revistos e não foram mencionados pelos alunos. Ao terminarem a produção, indique que devem fixá-la em cartolinas ao lado dos poemas originais. Se possível, exponha os poemas em uma parte visível da escola para que outras pessoas possam apreciar os traba- lhos dos alunos. retomando Orientações Após todos os poemas estarem fixados ao lado dos origi- nais, solicite que os alunos apreciem suas próprias produ- ções e as dos demais colegas. Logo, pergunte: ⊲ Como foi a produção do poema? ⊲ Qual foi a obra da exposição que mais chamou sua atenção? Por quê? LÍNGUA PORTUGUESA45 15. REVISÃO E EDIÇÃO DE POEMAS CONCRETOS E VISUAIS Leia o tema a seguir. Pense sobre esse tema e responda. ⊲ O que é revisar um texto? Por que devemos revisar um texto? ⊲ O que é editar um texto? E por que devemos editar um texto? Reviso poema. E pronto. Edito porque preciso. PRATICANDO ⊲ Seguindo as orientações do professor, revise e edite o poema produzido. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 45 15/02/2021 16:06:21 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 41 16/02/2021 10:37:55 – 44 – ef35lP10 Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico- expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.). ef15lP-aP01 Apreciar poemas e outros textos relacionados as comunidades indígenas e quilombolas observando rimas, sonoridades, jogos de palavras e aspectos culturais e regionais reconhecendo seu pertencimento ao mundo imaginário, suas dimensões contextuais e suas percepções em diferentes mídias e acervos digitais. ef15lP-aP04 Ler, compreender e interpretar textos dos mais variados gêneros textuais considerando seus suportes, estrutura, características e principalmente sua função social. ef35lP-aP01 Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressas, retratam os povos e comunidades tradicionais. ef35lP-aP02 Ler, compreender e interpretar textos dos mais variados gêneros textuais considerando seus suportes, estrutura, características e principalmente sua função social (funcionalidade). ef35lP-aP12 Planejar e produzir livro de receitas de culinária e /ou remédio caseiro. ef15lP06 Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. ef15lP07 Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital. ef15lP08 Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis. ef15lP13 Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). ef35lP07 Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso. ef35lP09 Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual. AP_3ANO_1BI_CP book.indb 44 16/02/2021 10:37:56 – 45 – ef35lP-aP13 Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda dos professores em diferentes áreas do conhecimento, a partir de sequências didáticas desenvolvidas pelo professor a apresentação da situação: apresentar a proposta. Avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero. Apresentar o gênero escolhido, leitura de exemplares. Produção inicial: Propor que os alunos escrevam um texto inicial do gênero, mesmo que imperfeito. Módulos para organizar atividade, ampliar repertório e conhecimento. Produção final: Fazer uma produção escrita individual, com revisão e reescrita. Incluindo também nessa escrita, textos da literatura regional e local, possibilitando o reconhecimento e valorização da nossa cultura. ef35lP-aP15 Promover o fortalecimento da identidade das crianças e dos adolescentes, a ancestralidade da criança e do adolescente de cada comunidade por meio de receitas de culinária e remédios caseiros, dentro da tradição. Sobre o bloco Nesta sequência, você irá trabalhar, dentro das diversas práticas de linguagem, com o gênero receita culinária. Inicie propondo aos alunos que observem a imagem das pessoas preparando receitas regionais. Converse com eles sobre o que veem na imagem, o que lhes chama a atenção. Em seguida, pergunte se algum deles já auxiliou a família no preparo de alguma refeição e como foi essa experiência. Ou- ça-os e amplie a discussão comentando as dificuldades que podem surgir na hora de preparar algum alimento, como fal- tar um ingrediente, esquecer-se de qual é o próximo passo ou a quantidade necessária de um dos itens. Enfim, escute as hipóteses que serão levantadas pela turma diante das situações propostas. Espera-se que eles validem a importân- cia de acompanhar uma receita escrita ou falada para que a preparação seja correta e, assim, o produto saia o melhor possível. Diga aos alunos que, durante o estudo deste bloco, eles serão convidados a conhecer melhor o gênero receita e vão explorá-lo de diversas formas. É esperado que a turma se sinta motivada e curiosa sobre o que aprenderá. Este bloco traz uma sequência didática de quinze propostas com foco no gênero receita culinária e nos campos de atuação da vida cotidiana, de estudo e pes- quisa e artístico-literário. Dessa forma, recomenda-se o uso desta sequência na ordem apresentada. PÁGINA 47 1. receitas: Para que servem e onde encontrá-Las? Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A atividade faz parte do módulo de leitura/escuta (compartilhada e autônoma). Objetivo de aprendizagem ⊲ Reconhecer o gênero apresentado em diferentes meios de circulação, bem como a função social desse texto. Objetos de conhecimento ⊲ Reconstrução das condições de produção e recepção de textos ⊲ Estratégias de leitura. Prática de linguagem ⊲ Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). Material ⊲ Cartolinas. ⊲ Folhas de papel sulfite. ⊲ Fita adesiva ou cola. ⊲ Equipamento conectado à internet para reprodução de vídeo e áudio. LÍNGUA PORTUGUESA47 Observe a imagem para responder às questões a seguir. 1. RECEITAS: PARA QUE SERVEM E ONDE ENCONTRÁ-LAS? 2 RECEITAS ⊲ O que a pessoa dessa imagem está fazendo? ⊲ Você acha que ela gosta desse tipo de alimento? Por quê? ⊲ Você gosta de açaí? Se sim, com ou sem açúcar? W AG NE RO KA SA KI /G ET TY IM AG ES© FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 47 15/02/2021 16:06:26 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 45 16/02/2021 10:37:56 – 46 – Vídeo ⊲ Sanduíche divertido para crianças – Clube da Aninha. Disponível em: https://bit.ly/39ybndp. Acesso em: 15 jan. 2021. Orientações Peça aos alunos que realizem uma análise da imagem apresentada e, depois, respondam às questões, enquanto levantam hipóteses sobre o tema que será estudado. Esti- mule-os a escrever todas as respostas utilizando o conhe- cimento prévio sobre a temática. Aproveite para realizar uma avaliação diagnóstica a respeito do que os alunos já sabem em relação ao gênero textual que será estudado neste bloco de atividades. Quanto às perguntas, espera-se que os alunos respondam que a criança está saboreando uma comida que faz parte de sua realidade local; por isso, tem bastante familiaridade com o alimento. Eles devem observar também que o garoto pa- rece estar gostando do que está comendo, pois demonstra alegria ao posar para a foto. Convide os alunos a falar so- bre seus gostos. É muito importante conhecer seus hábitos alimentares, pois podem ser cruciais nas demais atividades propostas ao longo do bloco sobre receitas. O grupo também deverá utilizar seus conhecimentos prévios para ter uma ideia de como esse alimento é preparado, segundo a tradição per- tencente ao seu estado. Por fim, a expectativa é a de que os alunos indiquem a importância do gênero receita como facili- tador do processo desse preparo. Ao fim, retome as pergun- tas oralmente e valide as respostas dadas por eles. PratiCando Orientações Inicie a proposta organizando os alunos em duplas. De- pois, solicite a eles que observem os textos disponíveis no material, para que possam fazer uma análise de ambos, seguindo o roteiro transcrito, e anotar suas conclusões (res- postas para as questões) no quadro. A expectativa é que validem a importância de uma receita e das informações contidas nela para uma preparação culinária. No decorrer da atividade, percorra as duplas para verificar se todos compreenderam o que deve ser feito e se o processo de análise está fluindo como o esperado. Procure envolver o grupo, chamando a atenção para os textos em estudo; para isso, faça questionamentos que os levem a refletir acerca da presença (ou não) de ilustrações, do conteúdo abordado, do objetivo, do público a que se destinam, do suporte de que foram extraídos, entre outros tópicos. Terminadas as análises, solicite a uma das duplas que compartilhe com a turma todo o resultado da análise feita, ao mesmo tempo em que incentiva os demais alunos a com- plementar essas reflexões explicitando os motivos que os levaram a pensar em acordo ou desacordo com o apresen- tado pela dupla. Procure, durante essa troca, estabelecer um consenso entre os pares. Ao fim da discussão de cada texto, anote sucintamente no quadro as conclusões a que eles chegaram, considerando o roteiro de análise. Para ampliar a discussão, assista com os alunos a al- gum vídeo de culinária, em que se filma o preparo de uma LÍNGUA PORTUGUESA48 ⊲ Tem ideia da forma que o açaí é preparado? ⊲ Em que tipo de texto é possível encontrar as orientações para preparar o açaí? PRATICANDO CREME DE CAMARÃO COM CASTANHA-DO-PARÁ Ingredientes: • 1 pimentão verde picado. • ½ kg de camarão pequeno limpo. • ½ xícara (chá) de castanha-do-pará. • 2 colheres (sopa) de azeite. • 1 dente de alho amassado. • 1½ litro de leite. • ½ xícara (chá) de farinha de tapioca. • ½ maço de cheiro-verde amarrado. • 1 cebola média picada. • 2 tabletes de caldo de camarão. • 2 tomates sem pele e sem sementes picados. Porções: Serve 4 pessoas. Tempo de preparo: 30 minutos. Modo de preparo: 1. Coloque no liquidificador o tomate, a cebola, o pimentão e meia xícara de chá de água. Bata e reserve. 2. Em uma panela, aqueça o azeite e frite o alho até dourar. Adicione os camarões, os temperos reservados, o caldo de camarão e o cheiro-verde. 3. Cozinhe em fogo médio por cinco minutos ou até os camarões ficarem rosados. 4. Retire o cheiro-verde, acrescente o leite e espere ferver. 5. Adicione a farinha de tapioca aos poucos, mexendo até engrossar. 6. Acrescente as castanhas e sirva. CREME DE CAMARÃO com castanha-do-pará. Receitas típicas. Disponível em: https://bit.ly/3c3JcoB. Acesso em: 25 ago. 2020. LA UR IPA TT ER SO N/ GE TT Y IM AG ES© FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 48 15/02/2021 16:06:35 LÍNGUA PORTUGUESA49 PIZZA COM GELEIA DE AÇAÍ E CUPUAÇU Com sua dupla, complete o quadro na próxima página com as informações encontradas nos textos anteriores. Para isso, siga o roteiro de análise proposto a seguir. Roteiro para análise: 1. As informações apresentadas são escritas ou faladas? 2. Que informações aparecem? 3. Há ilustrações que ajudam a entender essas informações? 4. Essas informações compõem um texto? Se sim, de que tipo? 5. De onde essas informações foram retiradas? 6. Para que serve esse tipo de texto? Ingredientes: Massa da pizza • 1 kg de trigo. • 20 g de açúcar. • 10 g de sal. • 500 mL de água. Recheio de geleia de açaí com cupuaçu • 1 kg de polpa de cupuaçu. • 1 litro de açaí. • 1 kg de açúcar. Decoração • Bananas, kiwis e morangos. Modo de preparo: 1. Misture o trigo, o açúcar e o fermento. 2. Adicione sal e água lentamente para para começar a encorpar a massa. 3. Deixe descansar de 15 a 20 minutos. 4. Leve ao forno por até uma hora. 5. Depois de assar, é só começar a montar a pizza. Utilize as frutas para dar colorido à decoração. BITTENCOURT, Rafaela; ABREU, Wesley. Aprenda a fazer uma pizza com geleia de açaí e cupuaçu que é a ‘cara’ do amapaense! G1 Amapá. Disponível em: https://glo.bo/2LQqrKH. Acesso em: 24 jan. 2021. RA FA EL A BI TT EN CO UR T/R ED E AM AZ ÔN IC A© FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 49 15/02/2021 16:06:35 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 46 16/02/2021 10:37:57 – 49 – Retome com o grupo a estrutura específica desse gêne- ro: título, ingredientes e modo de fazer. Organize-os em duplas para realizarem a atividade de texto “fatiado”. Distribua fichas com a receita “Biscoito de castanha-do -pará”, para que montem sobre a mesa o texto na ordem correta. Circule entre as duplas para se certificar de que a atividade está sendo desenvolvida conforme o esperado. Verifique se os alunos estão estruturando o texto de modo correto e auxilie-os nessa tarefa, se necessário. Levante alguns questionamentos que os levem a refletir sobre o trabalho desenvolvido e faça-os relembrar a ordem em que os blocos de informações devem aparecer, bem como a sequência coerente do passo a passo a ser seguido. Essa proposta pode ser usada como uma avaliação por pares, em que um aluno colabora na avaliação do outro e, dessa forma, ambos avançam em seus conhecimentos sobre o objeto de estudo. Assim, antes de retomar a or- dem correta do texto no quadro, realizando uma correção coletiva, troque os textos produzidos entre as duplas, para que verifiquem a ordem escolhida por seus colegas. Peça que sejam cuidadosos na correção das produções das outras duplas e oriente quando houver necessidade de alteração. Durante essa proposta, circule pela sala para observar como as duplas estão fazendo as correções e o processo de devolutiva criado por eles. Ao fim, solicite que cada dupla leia como ficou sua re- ceita e anote no quadro as diferenças encontradas entre um texto e outro. Concentre-se na análise na organiza- ção da lista de ingredientes, a fim de observar se as listas ficaram iguais ou diferentes. Proporcione um momento de reflexão acerca dessas possíveis diferenças, levando-os a perceber que os ingredientes podem ser descritos em qualquer ordem, porém precisam sempre quantificar o que será usado. Com relação ao “modo de fazer”, questio- ne as duplas acerca da organização desse passo a passo, verificando se todas seguiram a ordem correta de indica- ção das ações para a confecção da receita. Reflita com a turma sobre a importância de seguir a ordem das ações necessárias para garantir que a receita seja realizada com sucesso. Caso apareçam outras ordens no passo a passo, peça a eles que ordenem a receita de modo que ela fique correta em seus respectivos materiais. retomando Orientações Retome com os alunos o que foi trabalhado até agora e pergunte o que descobriram. Sugira a elaboração coletiva de um passo a passo com as informações aprendidas a res- peito da estrutura específica de uma receita culinária. Para isso, comente sobre o trabalho de reordenação do texto “Biscoito de castanha-do-pará”. Auxilie-os na ordenação das ideias apresentadas e deixe evidentes informações como: ⊲ A receita deve ter um título (que é o nome do que será preparado) logo no início. ⊲ O título deve ficar centralizado na folha. ⊲ Após o título, devem ser descritos os ingredientes. ⊲ Os itens dos ingredientes devem estar em forma de lista, um abaixo do outro. ⊲ Os tópicos dos ingredientes não precisam estar na or- dem em que serão usados. ⊲ Depois dos ingredientes, deve ser descrito o modo de fazer, que deve ser composto de frases que indicam ações a serem realizadas. ⊲ As ações devem ser executadas na ordem indicada no texto, para que a receita dê certo. ⊲ O texto informativo – ou a lista – construído pela tur- ma no quadro deverá ser registrado pelos alunos nos próprios materiais. Encerre a aula comentando com a turma que novos estudos sobre receitas culinárias serão propostos nas próximas aulas. PÁGINA 55 3. receitas: Forma de comPosição do texto Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A atividade faz parte do módulo de leitura/escuta (compartilhada e autônoma). Objetivos de aprendizagem ⊲ Analisar a forma de composição textual específica do gênero estudado. LÍNGUA PORTUGUESA54 RETOMANDO O que descobrimos até agora? Converse com o professor e com os colegas sobre o que vocês aprenderam a respeito da estrutura do gênero receita culinária. Construam conjuntamente um passo a passo com as informações que descobriram e, em seguida, registre-as abaixo. ⊲ Ajude-o a organizar o texto na sequência correta. Faça uma demonstração para a turma de modo que o professor e os colegas analisem como ficou a receita. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 54 15/02/2021 16:06:37 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 49 16/02/2021 10:37:58 – 50 – Objeto de conhecimento ⊲ Forma de composição do texto. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Equipamento conectado à internet para reprodução de vídeo e áudio. Orientações Proponha aos alunos que realizem a leitura silenciosa do texto, para um primeiro contato com as informações apresen- tadas. Caso algum aluno apresente dificuldade para realizar a leitura com autonomia, auxilie-o no que for necessário. Esse momento pode ser utilizado como avaliação diagnóstica de leitura. Questione a turma em relação ao conteúdo apresen- tado, ao mesmo tempo em que aciona o conhecimento prévio que possuem sobre o gênero receita culinária: ⊲ O que vocês acham que temos aqui? ⊲ É um texto de que gênero? ⊲ Que pistas há nesse texto que podem ajudar a confir- mar que se trata de uma receita? Espera-se que afirmem que se trata de uma receita culi- nária e observem que há ingredientes e modo de preparo. Questione: ⊲ Com relação à organização e estrutura do gênero, o texto segue o que já estudamos sobre ele? É provável que eles comentem que se trata de um texto que está desorganizado e, para que a receita possa ser realizada na prática, precisa seguir uma ordem exata, um passo a passo. Amplie a análise do texto instigando-os com outros ques- tionamentos como: ⊲ Do que deve tratar essa receita? ⊲ Como vocês descobriram? A expectativa é que eles percebam que o texto se refere à receita de um prato, observando, primeiramente, o título. ⊲ Além do título (que indica o alimento a ser preparado), quais são as duas outras partes de uma receita? É fundamental que eles retomem os itens “ingredientes” e “modo de preparo”. ⊲ Vocês sabem por que os ingredientes precisam vir an- tes do modo de preparo? É provável que concluam que os ingredientes precisam ser providenciados antes de se iniciar o preparo da receita. ⊲ Como devem ser organizadas as orientações para o preparo? Leve-os a recordar que as orientações devem ser des- critas na ordem em que serão executadas e que tal se- quência é fundamental para garantir o sucesso da receita. Anote no quadro as informações relevantes levantadas por eles para posterior consulta, se necessário. PratiCando Orientações Inicialmente, organize a turma em duplas produtivas de trabalho. Fique atento aos saberes heterogêneos da turma e proponha-lhes o desafio de reorganizar a receita. Para tanto, solicite que, primeiramente, as duplas discutam entre LÍNGUA PORTUGUESA55 Leia o texto a seguir. 3. RECEITAS: FORMA DE COMPOSIÇÃO DO TEXTO • 1 kg de camarão-de-sete-barbas (sem cabeça). Modo de preparo: 1. Lave bem um quilo de camarões-de- -sete-barbas, coloque em uma panela funda, acrescente o óleo, a água, o vinho e o sal. 3. Não deixe queimar as cascas, para evitar o cheiro. 4. Sirva em seguida. CAMARÃO NO BAFO • 1 colher de sopa de óleo. • 2 colheres de vinho branco. • 1 colher de água. 5. Esses camarões são descascados e comidos com a mão, podendo ser acompanhados de molho de maionese, limão, molho de pimenta ou outro de sua preferência. • 1 colher de sal. Ingredientes: 2. Tampe a panela e cozinhe em fogo médio durante cinco minutos. ⊲ Esse texto faz parte de qual gênero? Que pistas você encontrou nele para chegar a essa resposta? ⊲ Considerando a estrutura do gênero proposto, é possível dizer que esse texto está corretamente apresentado? Qual seria a ordem correta dele? ⊲ Por que, nesse gênero, é importante seguir uma ordem? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 55 15/02/2021 16:06:37 LÍNGUA PORTUGUESA56 PRATICANDO Converse com sua dupla sobre a estrutura do gênero textual receita culinária. Em seguida, organize a receita que estudamos anteriormente e complete os retângulos a seguir com as informações encontradas nela. RETOMANDO Verdadeira ou falsa? Agora que você já descobriu tantas coisas sobre as receitas culinárias, leia as frases a seguir e classifique-as de acordo com a legenda. VERDADEIRA FALSA V F O modo de fazer também pode ser chamado de tempo de preparo. Os ingredientes devem ser escritos antes do modo de fazer. Título, ingredientes e modo de fazer são as partes principais de uma receita. O título da receita se refere ao alimento que será preparado. O modo de fazer é escrito na ordem em que as ações devem ser seguidas. Os ingredientes devem ser listados um ao lado do outro. O modo de fazer pode apresentar números para indicar a ordem em que as ações devem ser realizadas. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 56 15/02/2021 16:06:37 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 50 16/02/2021 10:37:59 – 51 – si a forma de organização textual adequada ao texto apre- sentado e, em seguida, comecem o registro da receita rees- truturada nos retângulos. Durante a execução da atividade, circule entre os alunos para se certificar de que ela esteja sendo desenvolvida con- forme o esperado. Aproveite a oportunidade e questione cada dupla sobre a organização textual realizada na busca da coerência do texto estruturado e, se necessário, retome os elementos compositores de uma receita culinária, os quais se encontram anotados no quadro. Na sequência, peça a uma das duplas que apresente o resultado do seu trabalho transcrevendo no quadro a recei- ta estruturada, para que a turma a analise coletivamente. Solicite que leiam juntos o texto do quadro, por etapas: ⊲ 1a etapa: Qual é o título dessa receita? ⊲ 2a etapa: Quais são os seus ingredientes? ⊲ 3a etapa: Quais são os procedimentos apresentados no modo de preparo? A cada etapa, indague se a organização dessa receita está ou não correta. Incentive-os a justificar as respostas dadas como: ⊲ O título deve apresentar o nome do alimento a ser preparado (“Camarão no bafo”). ⊲ Os ingredientes devem ser escritos antes do modo de preparo, pois devem ser providenciados anteriormen- te ao início do preparo da receita. ⊲ Os itens presentes na lista de ingredientes podem ser escritos em qualquer ordem. ⊲ O modo de preparo também é chamado de modo de fazer. ⊲ No modo de preparo, os procedimentos precisam es- tar descritos na sequência em que serão realizados. Apresente, por meio de projeção ou na forma impressa, o texto “Camarão no bafo” com sua estrutura correta, dispo- nível em: https://bit.ly/2MImW8S. Acesso em: 15 jan. 2021. Leia a receita para os alunos e analise com eles os pontos comuns entre a estruturação feita pelas duplas e a do texto original, retomando as análises anteriores para concluir a atividade proposta. retomando Orientações Conclua a proposta com um breve resumo dos aspectos da forma de composição da receita. Para isso, peça aos alu- nos que, com base nos estudos realizados, classifiquem as frases segundo a legenda apresentada. Utilize essa ativi- dade como um momento de avaliação formativa do con- teúdo trabalhado. Circule pela sala a fim de verificar se os alunos estão realizando a atividade conforme o esperado e, se necessário, tire as dúvidas que surgirem. Proponha a correção coletiva da proposta. Para isso, peça a algumas duplas que leiam as frases e as respostas dadas, uma por vez. Em caso de divergência de opinião, retome com a turma as reflexões realizadas ao longo das aulas, relembrando os aspectos presentes nos textos analisados. Norteie a fazer a correção no próprio material e combine com eles que esse é um apoio de estudo que deverá ser consultado sempre que necessário. Proposta corrigida para verificação: [ F ] O modo de fazer também pode ser chamado de tempo de preparo. [ V ] Os ingredientes devem ser escritos antes do modo de fazer. [ V ] Título, ingredientes e modo de fazer são as partes principais de uma receita. [ V ] O título da receita se refere ao alimento que será preparado. [ V ] O modo de fazer é escrito na ordem em que as ações devem ser seguidas. [ F ] Os ingredientes devem ser listados um ao lado do outro. [ V ] O modo de fazer pode apresentar números para indicar a ordem em que as ações devem ser realizadas. PÁGINA 57 4. receitas: identiFicação de recursos Linguísticos Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A proposta faz parte do módulo de análise linguística/semiótica. Objetivo de aprendizagem ⊲ Identificar os verbos no modo imperativo como um dos recursos linguísticos característicos do gênero. Objeto de conhecimento ⊲ Forma de composição do texto. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Papel kraft ou cartolina. ⊲ Folhas de papel sultite para produção das fichas. ⊲ Tesoura com pontas arredondadas. ⊲ Saco plástico colorido. Orientações Ao iniciar a vivência, organize a turma em um semicírculo, a fim de garantir a participação ativa de todos nas atividades. Proponha aos alunos o jogo “Desafio do cozinheiro”, que tem como objetivo apresentar de forma divertida os verbos no modo imperativo. Prepare previamente as fichas com as pala- vras que serão utilizadas no jogo dentro de um saco plástico colorido. Explique a eles as regras do jogo que serão descri- tas a seguir e realize uma “rodada-teste” com a participação coletiva da turma, para verificar se todos compreenderam. Com os alunos dispostos em semicírculo, peça a um de- les que sorteie uma ficha de dentro do saco. Ele deverá dirigir-se a um colega de sua escolha e falar: AP_3ANO_1BI_CP book.indb 51 16/02/2021 10:37:59 – 54 – É provável que os alunos gostem de abacaxi; logo, po- derão dizer que os clientes gostam da receita porque ela é feita com essa fruta, que agrada a muitas pessoas. Além disso, podem citar que na receita de Maria há outros ingre- dientes também saborosos. É possível que eles se utilizem de experiências pessoais para complementar as respostas. Com relação à presença da foto do doce na receita, a ex- pectativa é que isso gera nas pessoas a vontade de provar o alimento. Peça que comentem as sensações que tiveram ao ver a imagem do bolo. Retome com os alunos a importância do modo de fazer (ou modo de preparo) na realização de uma receita. É im- portante que eles compreendam que a receita só poderá ser executada satisfatoriamente se o modo de preparo es- tiver bem descrito (ou bem explicado). Para finalizar, recupere com eles as questões trabalha- das a respeito das ações em formas de ordens que apare- cem nas receitas culinárias, na parte do modo de preparo. Espera-se que o grupo afirme que os passos devem ser indicados na ordem em que serão executados para ga- rantir o sucesso da receita. Relembre a dinâmica “Desafio do cozinheiro”, em que brincaram de relacionar ações a objetos, além de recordar as ordens dadas ao cozinheiro, como: mexa, peneire, encha, coloque, espreme, espete, abra, bata, rale, cubra, reserve e retire. Anote no quadro as respostas (bata, acrescente, unte, leve, junte, coloque, faça e deixe) da última pergunta para possíveis consultas no decorrer da próxima atividade a ser proposta. Objetivo de aprendizagem ⊲ Analisar a formatação específica das receitas culiná- rias no que tange ao uso dos verbos no modo imperati- vo, indicativos de ações a serem seguidas. Objeto de conhecimento ⊲ Forma de composição do texto. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Pincel atômico e cartolina ou papel kraft. Orientações Para iniciar a atividade, apresente à turma a receita “Bolo gelado de abacaxi”, também presente no Caderno do Aluno. Se possível, projete a primeira parte da receita ou transcreva esse trecho no quadro, a fim de facilitar a exploração coletiva do texto. Solicite a todos que façam a leitura silenciosa do texto, para estabelecer o primeiro contato com as informações trazidas por ele. Caso haja alunos que ainda não leiam de forma autônoma, você po- derá organizar duplas de trabalho ou auxiliá-lo individual- mente. Dê um tempo para que respondam aos questiona- mentos propostos a respeito do texto. Depois, retome as respostas coletivamente. Sobre as perguntas feitas, é esperado que os alunos ob- servem que se trata da receita de um doce (pelo fato de o título fazer referência à fruta abacaxi e, entre os ingredien- tes, haver também açúcar e leite condensado) que deve ser servido frio (o que pode ser constatado pelo título – “Bolo gelado de abacaxi”). LÍNGUA PORTUGUESA60 A receita de Maria Maria é cozinheira do restaurante Alimente-se Bem. A sobremesa de que os clientes de lá mais gostam é o bolo gelado de abacaxi. Um cliente muito apaixonado por esse doce pediu a ela que o ensinasse a fazê-lo. No dia seguinte, Maria lhe entregou a receita a seguir. 5. RECEITAS: USO DE VERBOS NO IMPERATIVO BOLO GELADO DE ABACAXI Ingredientes: Pão de ló • 1 xícara e ½ de farinha de trigo. • 5 ovos. • 1 xícara e ½ de açúcar. Recheio • 1 abacaxi descascado e cortado em cubos. • ½ litro de água. • 1 xícara de açúcar. • 1 lata de creme de leite. • ½ litro de leite. • 3 colheres de amido de milho. • 1 lata de leite condensado. • Para a cobertura basta ½ litro de chantilly. Preparo: 1. Bata os cincos ovos na velocidade máxima por 8 a 10 minutos ou até dobrar a massa. Em seguida, acrescente uma xícara e meia de açúcar, e bata novamente por 3 minutos. Acrescente o trigo. Unte a forma com manteiga e trigo. Leve ao forno aquecido em 200 graus durante 15 a 20 minutos. RODRIGUES, Karina; OLIVEIRA, Fabiano. Aprenda a fazer um bolo gelado de abacaxi para a sobremesa. G1 Amapá. Disponível em: https://glo.bo/2KHnqeS. Acesso em: 24 jan. 2021. RE PR OD UÇ ÃO /R ED E AM AZ ÔN IC A© Leia a receita e responda ao que se pede. ⊲ Essa é uma receita doce ou salgada? Quente ou fria? Que “pistas” tornaram possível chegar a essa conclusão? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 60 15/02/2021 16:06:41 LÍNGUA PORTUGUESA61 ⊲ Por que será que essa sobremesa é tão querida pelos clientes do restaurante? ⊲ Qual é a intenção de Maria ao colocar a foto dessa sobremesa junto ao texto? ⊲ Com essas informações apresentadas, é possível prepararmos esse doce? Por quê? ⊲ Qual é a importância do modo de fazer (ou modo de preparo) para quem decide fazer essa receita? ⊲ Como são indicados os passos a serem seguidos no modo de fazer? As ações aparecem no texto em forma de ordens; por exemplo: bata. ⊲ Quais outras ordens podem aparecer em uma receita para serem feitas por uma pessoa? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 61 15/02/2021 16:06:41 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 54 16/02/2021 10:38:00 – 55 – se as duplas compreenderam que devem reescrever todo o modo de preparo, adequando apenas os verbos para o modo imperativo. Em caso de dificuldades, oriente-os a consultar no quadro os exemplos de ações em forma de ordens que lá foram anotadas no início da proposta. Inicie a correção coletiva da atividade de modo que algumas duplas leiam o trecho reelaborado. Em casos de diferenças de opinião (tal como o uso das expressões “modo de fazer” e “modo de preparo”), promova uma discussão entre a turma para a resolução das divergên- cias e proponha uma reflexão sobre os pontos levanta- dos. Retome com eles o fato de que as ações executadas durante o preparo de uma receita devem aparecer em forma de ordem. Comente que essas ações são indicadas por meio de verbos, e as ordens fazem parte do modo im- perativo do verbo. Cabe ressaltar que, neste momento, a nomenclatura oficial apresentada aos alunos não deve ser exigida deles. Para finalizar, apresente novamente a versão original do texto “Bolo gelado de abacaxi”. Comente que o texto foi reelaborado para ser divulgado no jornal, e foi necessário corrigir algumas inadequações, tal como feito pelos alu- nos em momento anterior. Proponha que, coletivamente, comparem a versão final feita por eles com a do jornal, para verificar os pontos comuns. Essa é uma oportunidade para que os alunos avaliem sua produção comparando-a com o texto publicado no jornal. Para isso, convide-os a analisar criticamente as semelhanças e as diferenças en- tre os dois textos. PratiCando Orientações Apresente à turma a segunda parte do texto escrito por Maria e solicite que façam a leitura coletiva das anotações feitas por ela. Em seguida, reúna os alunos em duplas e peça que respondam às questões propostas no Caderno do Aluno. A expectativa é que, em suas respostas, afir- mem se tratar do modo de preparo ou modo de fazer. É provável que eles percebam que as orientações dadas por Maria descrevem a sequência em que as ações devem ser feitas; contudo, ela não as escreveu em forma de ordem, descaracterizando o modo como costumam aparecer nas receitas. Eles devem circular no texto as seguintes ações: coloco, deixo, uso. Os alunos devem avaliar que esse tre- cho está inadequado para uma receita, pois não devemos relatar o que foi feito, mas sim descrever em forma de or- dem as ações que deverão ser realizadas. Assim, espera- se que digam ser necessária a alteração dos verbos que indicam as ações, para transformá-las em ordens. Lance o desafio para que eles reescrevam o texto ela- borado por Maria. Solicite que, primeiramente, conversem entre si sobre o que será preciso alterar no texto e com- partilhem suas ideias. Em seguida, peça que realizem a reescrita conjuntamente. Circule entre os alunos durante todo o processo de execução da atividade proposta, a fim de verificar se estão desenvolvendo-a conforme o espera- do. Faça alguns questionamentos que permitam observar LÍNGUA PORTUGUESA62 ⊲ Que parte da receita Maria escreveu aqui? ⊲ As orientações dela descrevem a sequência em que as ações devem ser feitas? ⊲ Que ações a cozinheira descreveu durante o processo de execução dessa receita? Circule-as no texto. ⊲ Você acredita que essa parte da receita é indispensável para que o bolo fique bom? Ou ela é desnecessária? ⊲ Em sua opinião, esse trecho do texto de Maria está adequado? O que precisa ser mudado para que o cliente entenda melhor o que a cozinheira escreveu? PRATICANDO Vamos ler a continuação da receita que Maria entregou ao cliente? Eu faço assim: Para o recheio, coloco meio litro de água, depois o abacaxi e o açúcar. Deixo mais um tempo no forno até que a calda fique sequinha. E aí adiciono o resto dos ingredientes. Para decorar, uso chantilly. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 62 15/02/2021 16:06:41 LÍNGUA PORTUGUESA63 Reescreva o trecho que foi elaborado por Maria, de modo que ele apresente a estrutura correta de uma receita culinária. Compartilhe com a turma a sua versão do texto. Em seguida, converse com os colegas sobre as diferenças entre o texto original e o reescrito por você. O cliente do restaurante de Maria é jornalista e, como gostou muito da receita, resolveu publicá-la no jornal de sua cidade. Para que pudesse ser divulgado, o texto foi reelaborado e algumas inadequações foram corrigidas, assim como feito por você anteriormente. Veja como ficou. BOLO GELADO DE ABACAXI Ingredientes: Pão de ló • 1 xícara e ½ de farinha de trigo. • 5 ovos. • 1 xícara e ½ de açúcar. Recheio • 1 abacaxi descascado e cortado em cubos. • ½ litro de água. • 1 xícara de açúcar. • 1 lata de creme de leite. • ½ litro de leite. • 3 colheres de amido de milho. • 1 lata de leite condensado. • Para a cobertura basta ½ litro de chantilly. Preparo: 1. Bata os cincos ovos na velocidade máxima por 8 a 10 minutos ou até dobrar a massa. Em seguida, acrescente uma xícara e meia de açúcar, e bata novamente por 3 minutos. Acrescente o trigo. Unte a forma com manteiga e trigo. Leve ao forno aquecido em 200 graus durante 15 a 20 minutos. 2. Para o recheio, junte meio litro de água, o abacaxi e uma xícara de açúcar. Leve ao forno até a água secar. Em seguida, acrescente os demais ingredientes. O creme é a base do recheio do bolo. Coloque o recheio em camadas. Faça a cobertura com chantilly e a calda de abacaxi. Deixe gelar. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 63 15/02/2021 16:06:41 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 55 16/02/2021 10:38:01 – 56 – comentando que nos encontros seguintes será dado pros- seguimento aos estudos sobre as receitas culinárias. PÁGINA 65 6. receitas: anáLise de verbos no modo imPerativo Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A proposta faz parte do módulo de análise linguística/semiótica. Objetivo de aprendizagem ⊲ Analisar o uso dos verbos no modo imperativo, ade- quando-o à formatação específica das receitas culiná- rias. Objeto de conhecimento ⊲ Forma de composição do texto. Prática de linguagem ⊲ Análise linguística/semiótica. Material ⊲ Lápis de cor. ⊲ Pincel atômico e cartolina ou papel kraft. Orientações Para iniciar a proposta, registre no quadro, de for- ma aleatória, alguns verbos no infinitivo e as ordens derivadas deles (verbos no imperativo). Observe o mo- delo no Caderno do Aluno. Na sequência, convide os alunos para participarem do desafio “Encontre o par”. Explique a eles que o objetivo da atividade é ligar cada verbo no infinitivo (essa nomenclatura não precisa ser apresentada a eles) à sua respectiva ordem (verbo no imperativo), e assim formar o par adequado. Cabe res- saltar que a nomenclatura oficial referente aos verbos e seus diferentes modos não deverá ser exigida deles nesse momento. Comece a atividade convidando-os à leitura coletiva das palavras apresentadas. A seguir, proponha a um aluno que se dirija até o quadro e circule uma das pa- lavras que não indica ordem (ou seja, deve circular os verbos no infinitivo). Na sequência, peça a participa- ção de outro aluno, o qual deverá selecionar a ordem correspondente à ação circulada pelo colega anterior, isto é: se este selecionou a ação “MEXER”, o outro deverá circular a palavra “MEXA”, que é a ordem que corresponde à ação de mexer. Incentive a participa- ção da turma, a fim de que todos possam avaliar se o par foi constituído de acordo com as regras do jogo: cada ação com a ordem respectiva. Caso o par seja formado de forma indevida, solicite auxílio dos colegas para adequação da resposta. Dê prosseguimento ao desafio, mantendo a dinâmica descrita anteriormente. Chame a atenção da turma para elencar os pares for- mados, registrando-os no quadro. Depois, pergunte: retomando Orientações Proponha a elaboração coletiva de um resumo do que foi tratado durante a proposta. Para tanto, retome oralmente os aspectos mais importantes e estimule os alunos na formu- lação de conceitos que envolvem o uso do verbo imperativo como recurso linguístico característico do gênero abordado. Auxilie na organização das ideias e seja o responsável por escrever em um cartaz (com cartolina ou papel kraft) as con- clusões a que chegaram como: ⊲ Nas receitas culinárias, o modo de fazer também pode ser chamado de modo de preparo. ⊲ O modo de fazer traz as várias ações que devem ser feitas por quem prepara a receita. ⊲ As ações são escritas na sequência em que precisam ser realizadas. ⊲ As ações presentes na receita estão em forma de ordens. ⊲ Exemplos de ações presentes em uma receita: misture, esfarele, distribua. Releia junto com a turma as frases escritas para valida- rem o texto. Se necessário, proponha uma reelaboração para tornar o resumo mais claro e coerente com as refle- xões e os estudos realizados. Cabe novamente ressaltar que definições e conceitos formais não se fazem necessá- rios para o momento. Fixe o cartaz na sala, em um local de fácil visualização para eles. Direcione a turma a consultar as informações nele expostas sempre que surgirem dúvidas sobre as ações presentes na receita. Encerre a atividade LÍNGUA PORTUGUESA64 RETOMANDO Nossas descobertas ⊲ O que vocês aprenderam a respeito de como as ações devem ser descritas no modo de preparo das receitas culinárias? Elabore com os colegas um resumo das informações que descobriram e, em seguida, registrem no espaço abaixo. AN GE LA FO TO /G ET TY IM AG ES© FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 64 15/02/2021 16:06:47 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 56 16/02/2021 10:38:02 – 59 – para determinar procedimentos a serem seguidos durante a execução da receita. Comente com eles que algumas pessoas podem não saber como escrever as ações no modo de pre- paro da receita. Convide-os, então, a escrever coletivamente uma dica que possa ajudá-los nessa escrita, como: ⊲ “No modo de preparo, as ações devem ser escritas em ordem.” Peça que registrem no caderno essa dica elaborada pela turma, ou faça um registro coletivo em cartolina ou papel kraft e deixe exposto na sala de aula, para servir de consulta quando necessário. PÁGINA 69 7. receitas: reLato oraL Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A proposta faz parte do módulo de oralidade. Objetivo de aprendizagem ⊲ Identificar, por meio do relato oral, os elementos com- positores característicos do gênero textual receita culinária. Objetos de conhecimento ⊲ Relato oral. ⊲ Registro formal e informal. Prática de linguagem ⊲ Oralidade. dupla que leia as frases reescritas para analisar se há coe- rência. Caso seja necessário, relembre também os pares de ação/ordem formados no início da atividade para ajudar a sanar as dificuldades apresentadas. Corrija coletivamente a atividade e convide algumas du- plas para apresentar à turma o resultado do trabalho. Em caso de diferentes opiniões, solicite a participação da turma para a resolução das divergências, levando-os a refletir so- bre os pontos levantados. Apresente o texto original para va- lidarem as respostas. Chame a atenção para analisarem os próprios textos e verificarem se precisam fazer alterações. Para tanto, solicite que façam a leitura coletiva do modo de preparo e, em seguida, indiquem as ordens presentes nele, retomando a atividade anterior. Relembre-os de que as ações executadas durante o preparo de uma receita de- vem aparecer em forma de ordem. Reforce que as palavras que indicam essas ações são chamadas de verbos e que os usados para ordens fazem parte do modo imperativo. retomando Orientações Para encerrar a atividade, retome os tópicos vistos, propon- do que, com base nas reflexões realizadas, os alunos preen- cham coletivamente o quadro conforme o solicitado, a fim de formar pares de verbos no infinitivo e no imperativo. Peça-lhes que indiquem qual das colunas apresenta o modo verbal ade- quado para uma receita, ao mesmo tempo em que os instiga a refletir sobre o porquê de usarmos os verbos no imperativo: LÍNGUA PORTUGUESA69 Pesquisa de opinião Vamos descobrir a merenda escolar preferida dos colegas da turma? Para isso, anote em um papel o que você mais gosta de comer na merenda da escola. Em seguida, dobre o papel, coloque-o no local combinado e aguarde até que todos do grupo tenham votado. Depois, abram, ao mesmo tempo, cada um dos papéis e anotem as respostas em um quadro coletivo. Ao fim, copie a votação no quadro a seguir. 7. RECEITAS: RELATO ORAL MERENDA VOTOS FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 69 15/02/2021 16:06:56 LÍNGUA PORTUGUESA68 ⊲ Você conseguiu produzir um texto igual a esse ou precisou realizar novas alterações no seu? RETOMANDO Par perfeito Complete o quadro a seguir, formando pares de ações e ordens correspondentes. AÇÃO ORDEM Cozinhar Coloque Mexer Apague Misturar Bater Coloque Alternar Levar FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 68 15/02/2021 16:06:56 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 59 16/02/2021 10:38:09 – 60 – PratiCando Orientações Disponha a turma em semicírculo, para que todos pos- sam ter maior envolvimento e participação nas atividades. Convide os alunos para assistir a um vídeo culinário. Deixa- mos como sugestão o vídeo “Tapioca com coco e leite con- densado”, disponível no link: https://bit.ly/3oCr73B. Acesso em: 31 jan. 2021. Este é um momento oportuno para de- monstrar uma deliciosa iguaria regional e ainda visualizar um modelo de receita culinária transmitida por meio oral. Peça aos alunos que analisem as duas questões propos- tas no roteiro de análise do vídeo e busquem as respostas de modo coletivo. Faça questionamentos para se certifi- car de que o vídeo foi compreendido, se a receita foi relatada de forma coerente e quais informações são apresentadas (títu- lo, ingredientes, modo de preparo). Torne evidente a presença dos elementos compositores do gênero também na modalida- de oral. Reflita com eles que, além da manutenção da temáti- ca e da estrutura composicional da receita culinária, recursos específicos são utilizados quando a apresentação oral é reali- zada, como a alternância de pronúncia e voz (mais alta, baixa, rápida, mais devagar) para ressaltar pontos que necessitam ser observados e a expressão corporal (gestos e movimentos que auxiliam na compreensão do que está sendo relatado). Para esta atividade, convide um dos profissionais respon- sáveis pelas refeições oferecidas às crianças na escola. Cabe ressaltar que a ida dessa pessoa até a sala de aula necessita ser organizada previamente para que ela esteja disponível e preparada para o momento da atividade, na qual explicará a receita da comida preferida da turma. Retome a pesquisa realizada sobre a merenda preferida da turma e esclareça que o profissional responsável pelo preparo dessa refeição irá revelar a receita que usa no dia a dia. Relembre com os alunos o que uma receita precisa conter, elencando os elementos principais desse gênero textual no quadro. Solicite que observem se as informações dadas pelo convidado incluem esses aspectos. Antes de re- ceber o profissional responsável pelo preparo da merenda, estabeleça junto com a turma algumas regras básicas a se- rem seguidas durante esta atividade, como: ⊲ O convidado vai explicar oralmente a receita, sem ser interrompido. ⊲ Dúvidas só poderão ser discutidas ao término do relato. ⊲ O aluno que quiser se pronunciar deverá pedir a vez. Explique que a forma de preparo da merenda preferi- da da turma deverá ser registrada por eles. Questione-os sobre a forma mais eficaz de garantir o registro fiel das informações prestadas pelo profissional convidado, levan- do-os a perceber que a gravação de vídeo é a mais ade- quada para o momento, uma vez que permite a captação completa do relato que será apresentado. Combine com a turma que essa gravação será feita com o auxílio de um aparelho de celular, assim como será proposto que seja realizada pelos alunos nas aulas seguintes. Material ⊲ Folhas de papel sulfite. ⊲ Gravador de áudio ou celular para captação de som. ⊲ Equipamento conectado à internet para reprodução de vídeo e áudio. Vídeo ⊲ TAPIOCA COM COCO e leite condensado. Disponível em: https://bit.ly/3j2niDH. Acesso em: 15 jan. 2021. Orientações Ao começar a atividade, promova uma pesquisa de opi- nião junto aos alunos. Eles devem dizer qual é a meren- da escolar que mais apreciam. Para isso, relembre com a turma o cardápio servido com regularidade e oriente-as a escolher apenas uma refeição. Registre no quadro as opções dos alunos. Distribua fi- chas em branco feitas de papel sulfite e a cada aluno e oriente a turma a anotar sua opção de voto nela. Recolha todas as fichas e inicie o registro dos dados. Preencha simultaneamente o quadro para tornar possível a visua- lização do resultado. Proponha a contagem final dos vo- tos e analise com a turma quais tipos de alimento mais se destacaram, os menos votados e quais não foram cita- dos pelos alunos. Solicite ainda que justifiquem o porquê das suas escolhas e faça breves comentários. Aproveite o momento para incentivar o consumo da alimentação balanceada servida na escola. Para finalizar, os alunos devem copiar os registros feitos no quadro em suas ta- belas individuais. LÍNGUA PORTUGUESA70 PRATICANDO Hoje vamos assistir a um vídeo de receita culinária. Depois, converse com o professor e com os colegas sobre os aspectos observados e preencha as informações do roteiro de análise. DI VA NE TH -D IA S/ GE TT Y IM AG ES© ⊲ A receita apresentada tem todos os elementos que são fundamentais na estrutura de uma receita culinária? ⊲ Além dos ingredientes presentes na receita, que outros recursos foram necessários para que compreendêssemos o que estava sendo relatado? Hoje receberemos a visita do responsável pela merenda da escola. Essa pessoa nos dará informações sobre o preparo da refeição preferida do grupo. Preste bastante atenção ao relato e aos combinados estabelecidos para este momento. ⊲ Após a conversa, conseguimos descobrir as informações listadas no quadro da página seguinte? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 70 15/02/2021 16:07:01 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 60 16/02/2021 10:38:09 – 61 – PÁGINA 72 8. receitas: PLanejamento de texto Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A proposta faz parte do módulo de oralidade. Objetivo de aprendizagem ⊲ Planejar a forma de produzir oralmente uma receita culi- nária, tendo por base vídeos de culinária infantil. Objetos de conhecimento ⊲ Relato oral. ⊲ Registro formal e informal. Prática de linguagem ⊲ Oralidade. Material ⊲ Folha de papel sulfite. ⊲ Gravador de áudio para captação de som ou celular. ⊲ Equipamento conectado à internet para reprodução de vídeo e áudio. Vídeo ⊲ SILVA, Júlia. Biscoito 1, 2, 3 caseiro (Superfácil). youtube. Dis- ponível em: https://bit.ly/3pO3ia8. Acesso em: 2 nov. 2020. Orientações Inicie a atividade conversando com a turma sobre as Em horário antecipadamente marcado, receba o pro- fissional convidado, apresente-o à turma, acomode-o em uma cadeira no centro da sala, dê início à ativida- de e incentive a participação dos alunos conforme as regras acordadas. Norteie-os a avaliar se as informa- ções passadas foram suficientes para esclarecer como a merenda preferida é feita. Para isso, eles deverão preencher a tabela presente no Caderno do Aluno. Promova a reflexão coletiva, analisando se os elemen- tos essenciais que fazem parte de uma receita culiná- ria foram relatados pelo convidado. Para confirmação e validação das respostas dadas, apresente trechos da gravação realizada. retomando Orientações Encerre a atividade propondo uma reflexão acerca da receita culinária transmitida de forma oral. Enfatize que tal gênero necessita manter seus elementos com- positores para que seja compreendido e consiga atingir seu objetivo principal: ensinar o preparo de um alimen- to. Solicite que elaborem, juntos, uma breve conclusão sobre a reflexão proposta e registrem-na no Caderno do Aluno para futuras consultas. Retome com eles a im- portância de a receita oral seguir a estrutura da receita escrita. Encerre a aula comentando com os alunos que novos estudos sobre as receitas culinárias serão realiza- dos nas aulas seguintes. LÍNGUA PORTUGUESA71 RETOMANDO Receita na versão escrita e receita na versão oral Converse com a turma sobre as diferenças e semelhanças observadas entre uma receita na sua forma escrita e na forma oral. Em seguida, construa um resumo dessas ideias e registre a seguir. ITENS ANALISADOS SIM NÃO Ingredientes usados Quantidade usada de cada ingrediente Procedimentos realizados durante o preparo Tempos de preparo da refeição Rendimento dessa receita Caso não se recorde, peça ao professor que reproduza a gravação feita no momento da visita. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 71 15/02/2021 16:07:01 LÍNGUA PORTUGUESA72 Sabia que existem receitas que podem ser preparadas por crianças como você? E mais, isso pode ser muito gostoso e divertido! Então, leia a receita a seguir. Avalie como foi sua leitura marcando um X no que você acha que conseguiu. Agora, assista à versão em vídeo da receita e, depois, converse com o professor e com os colegas sobre o que observou nas duas formas de apresentação da mesma receita culinária. 8. RECEITAS: PLANEJAMENTO DE TEXTO BISCOITO COM 3 INGREDIENTES Ingredientes: • 300 g de farinha de trigo. • 200 g de manteiga ou margarina. • 100 g de açúcar. Preparo: 1. Coloque todos os ingredientes em uma tigela. 2. Misture bem com as mãos. 3. Quando formar uma massa, faça rolos com a espessura desejada. 4. Corte o rolo em vários pedaços pequenos. 5. Use um garfo para amassar as massas dos biscoitos ou molde em desenho no formato desejado. 6. Coloque em uma assadeira untada e asse em forno preaquecido de 5 a 10 minutos, em fogo médio ou até dourar. 7. Retire, deixe esfriar e, logo depois, sirva. SILVA, Júlia. Biscoito 1, 2, 3 caseiro (superfácil). Youtube. Disponível em: https://bit.ly/39bvUnV. Acesso em: 2 nov. 2020. Li sozinho e com fluência. Respeitei o ritmo e os sinais de pontuação. Respeitei a entonação. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 72 15/02/2021 16:07:01 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 61 16/02/2021 10:38:10 – 64 – retomando Orientações Solicite a cada grupo que reflita acerca do trabalho rea- lizado, levando em conta os aspectos abordados na ficha da atividade “Autoavaliação do grupo”. Proponha que um grupo por vez exponha suas reflexões à turma. Incentive a participação de todos na busca de soluções para os itens que foram avaliados de forma negativa pelos alunos, como: falar mais devagar, saber de memória o texto apresentado, trazer os ingredientes já medidos etc. Encerre a atividade tornando possível que os alunos ex- pressem o que sentiram ao realizar a atividade de produção de um vídeo culinário. PÁGINA 77 10. receitas: PLanejamento da Produção escrita Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A proposta faz par- te do módulo de produção de textos (escrita autônoma e compartilhada). Objetivo de aprendizagem ⊲ Planejar a produção escrita do gênero abordado, con- siderando a temática e a situação comunicativa (inter- locutor, finalidade, circulação e suporte). Objetos de conhecimento ⊲ Planejamento de texto. ⊲ Escrita colaborativa. Prática de linguagem ⊲ Produção de textos (escrita autônoma e compartilha- da). Material ⊲ Papel pautado. ⊲ Equipamento conectado à internet para reprodução de áudio. Vídeo ⊲ SABORES DA AMAZÔNIA. Moqueca de pirarucu. you- tube, set. 2014. Disponível em: https://bit.ly/2NUsU7t. Acesso em: 3 nov. 2020. Orientações Antes do início da aula, fixe, em vários lugares, fichas fei- tas em cartolina, contendo trechos da receita visualizada no vídeo culinário “Moqueca de pirarucu”, disponível em: https://bit.ly/2yyk7u0. Acesso em: 31 jan. 2021. Para reproduzir o vídeo aos alunos, você pode usar um equipamento conectado à internet. Antes da exibição, expli- que que eles deverão recuperar as informações trazidas nes- se vídeo e produzir uma receita escrita. Diga que, para auxiliá -los nessa tarefa, foram espalhadas pela sala algumas fichas contendo trechos do texto a ser elaborado, cabendo a eles PratiCando Orientações Reúna a turma em grupos de cinco integrantes para que a produção dos vídeos culinários seja iniciada. Essa atividade deduz que os grupos já tenham selecio- nado a receita e realizado o planejamento necessário para que a gravação possa ocorrer. Defina com os alu- nos a ordem e o tempo de apresentação. Aconselhe-os a atentar para o tom de voz usado, a articulação entre fala e demonstração prática, o posicionamento diante da câmera, entre outros tópicos. Leia com eles as dicas presentes no Caderno do Aluno. Auxilie na organiza- ção do ambiente onde será feita a gravação da receita, além de supervisionar se todos os ingredientes e uten- sílios que serão usados estão devidamente separados para uso. Combine com os alunos que irão assistir à gravação que fiquem em silêncio, para não atrapalhar os colegas. Em momento oportuno, eles poderão mani- festar suas opiniões. Comente com eles que os vídeos produzidos serão exibidos aos familiares, para que es- tes conheçam o trabalho realizado em sala de aula. O vídeo será também uma ferramenta para observar a desenvoltura de cada um nos grupos e individual- mente. Ao fim, peça que escrevam com as próprias palavras como foi a experiência; assim, eles terão a oportunidade de avaliar sua participação e possíveis pontos a melhorar. LÍNGUA PORTUGUESA76 RETOMANDO Autoavaliação Pense na apresentação oral realizada por você e os colegas. Depois, realize uma avaliação do seu grupo de acordo com as questões abaixo. PARA REFLETIR SIM NÃO Foi divulgado o nome da receita. Estavam organizados sobre a mesa os ingredientes e utensílios. Foi ditada e mostrada a lista dos ingredientes. Foi mencionada a quantidade de cada ingrediente. Foi demonstrada cada etapa do modo de preparo. Foi divulgado o tempo de preparo. Pode-se afirmar que o apresentador posicionou-se bem diante da câmera. Foi utilizado tom de voz adequado. Pode-se afirmar que o apresentador conhecia bem a receita. Foi suficiente o tempo determinado para a apresentação. Pode-se afirmar que a receita faz parte da culinária de nossa região. ⊲ Respeitem os demais grupos enquanto eles estiverem gravando, mantendo silêncio na sala. ⊲ Auxiliem os colegas e o professor no que for necessário. ⊲ Fiquem atentos a cada passo da receita para não se esquecerem de nada. ⊲ Última e mais importante dica: divirtam-se! Após finalizarem a gravação do vídeo, comentem com a turma como foi a experiência. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 76 15/02/2021 16:07:01 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 64 16/02/2021 10:38:11 – 65 – faz parte do mundo real e apresenta vocabulário muito comum no universo das bruxas e suas feitiçarias. Explique à turma que o desafio agora será criar receitas parecidas com essa, que agradem ao paladar das bruxas. Tais cria- ções farão parte de um livro que será elaborado por eles e divulgado a seus familiares e a outros alunos da escola. Inicie o planejamento oral da atividade com a turma e es- clareça que as páginas do livro serão de papel pautado e as receitas criadas e, posteriormente, devem ser executadas da forma que eles acharem melhor, com os materiais fictí- cios que serão extraídos da natureza. Depois, deverão ser ilustradas e coloridas. Posteriormente, defina um título para esse livro a partir de sugestões e votação dos alunos. Ouça as ideias deles sobre a elaboração da capa do livro e defina coletivamente o modelo a ser produzido. Peça a cada dupla que comece a planejar seus escritos de modo que imagine como seria uma comida apetitosa para as bruxas. Incentive a turma a pensar em ingredien- tes e procedimentos bem diferentes dos convencionais (por exemplo, asa de barata, bigode de rato, caldeirão em vez de panela, vassoura em vez de colher). Circule pelas duplas no decorrer dessa tarefa, a fim de verificar se a atividade está sendo desenvolvida conforme o esperado. Estimule o imaginário deles relembrando in- formações importantes referentes ao universo das bruxas e seus gostos culinários extravagantes envolvendo gosma, lama, inseto, lodo etc., que podem ser representados por: folhagens, gravetos, cascas de pau etc. encontrá-las. Convide-os a procurar as partes dessa receita pela sala, tornando a atividade mais dinâmica e envolvente. Oriente-os a fixar no quadro as fichas encontradas. Quando encerrarem essa parte, proponha que, com a ajuda de todos, a receita seja montada na ordem correta, no quadro. Esse é um momento para resgatar as informações já exploradas so- bre o gênero textual estudado. Leia para a turma a receita reordenada, para que verifiquem se conseguiram manter a coerência e a estrutura composicional do texto, validando esse resultado final. Em caso de discordância, avalie com a turma o porquê da divergência. PratiCando Orientações Organize os alunos em duplas e convide-os a planejar a criação de receitas do mundo do faz de conta, com ingre- dientes e modos de preparo bem diferentes. A ideia é brin- car com as receitas e inventar seu conteúdo, mas manter a estrutura característica desse gênero. Primeiramente, solicite que façam a leitura silenciosa do texto “Feitiço da Cuca”, para estabelecerem o primei- ro contato com seu conteúdo. A seguir, promova uma lei- tura coletiva, com a participação de todos. Questione-os acerca do conteúdo temático e da estruturação textual, enquanto elenca no quadro as observações levantadas pelos alunos. O objetivo é promover uma reflexão acerca das peculiaridades desse texto, que, embora mantenha os elementos composicionais do gênero a que pertence, não LÍNGUA PORTUGUESA77 Caça à receita ⊲ Você já brincou de caça ao tesouro? Nesta adaptação da brincadeira, você e os colegas vão assistir a um vídeo com uma receita gravada. Em seguida, irão procurar as partes escritas da receita apresentada no vídeo e fixá-las no quadro. Quando todas as partes da receita forem localizadas, vocês deverão ordená-la juntos, de maneira que ela possa ser feita por outras pessoas. Lembre-se de tudo que já aprendeu sobre esse gênero textual. 10. RECEITAS: PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO ESCRITA PRATICANDO Receita de bruxa ⊲ Você já ouviu falar na Cuca? Ela é uma personagem do folclore brasileiro e considerada uma bruxa das matas. Leia a seguir uma receita de poção mágica que ela preparou para transformar o Rabicó, porquinho do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em lagartixa. FEITIÇO DA CUCA Ingredientes: • 1 asa de morcego. • 4 patas de aranha. • 1 orelha de rato. • 1 pitada de unha ralada de tamanduá. • 1 copo de gosma de lesma. Preparo: 1. Agora a Cuca vai esperar a noite cair e, à meia-noite em ponto, vai misturar tudo isso em seu caldeirão e mexer durante 12 minutos, sempre para o lado esquerdo. FEITIÇO da Cuca. Smartkids. Disponível em: https://bit.ly/3a1W2AW. Acesso em: 28 jun. 2020. ⊲ Você reparou que essa receita, apesar de manter a estrutura de uma receita culinária, não poderia ser realizada por nós? Isso porque ela pertence ao mundo do faz de conta, com ingredientes e preparos bem diferentes dos convencionais. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 77 15/02/2021 16:07:02 LÍNGUA PORTUGUESA78 Sua tarefa será criar, em dupla, uma receita de bruxa, ou seja, uma receita com ingredientes e modo de preparo bem diferentes e criativos. Converse com seu par sobre suas ideias e, logo após, anotem-nas a seguir. Por enquanto, vocês apenas vão planejar como será essa receita, sem escrevê-la. Bom divertimento! RETOMANDO Refletindo sobre nossas receitas Com sua dupla, analise as ideias pensadas por vocês na etapa de planejamento da receita, respondendo às questões a seguir. ⊲ O título pensado é típico de uma receita? ⊲ Os ingredientes foram selecionados? ⊲ Os ingredientes foram quantificados? ⊲ O modo de fazer foi pensado em forma de passo a passo? ⊲ Já planejaram como será a ilustração da receita? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 78 15/02/2021 16:07:02 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 65 16/02/2021 10:38:12 – 66 – ⊲ Cartolina ou papel kraft. ⊲ Equipamento conectado à internet para reprodução de vídeo e áudio. Orientações Para iniciar a atividade, diga aos alunos que há outros tipos de receitas, além das culinárias. Esse é o caso do tex- to apresentado no início do plano, que é uma receita de um xarope caseiro, presente em uma reportagem do site Gshow. Informe-os de que, assim como uma receita culiná- ria, a do xarope também é acompanhada de ingredientes, medidas e etapas de preparo. Traga à aula outros tipos de receitas, como o do xarope, sobre Medicina caseira ou na- tural. É importante ressaltar que essas receitas não substi- tuem o parecer médico e que são indicadas para doenças mais comuns. Chame a atenção deles para o termo “a gosto”, que é o equivalente a “à vontade”, ou seja, colocar a quantidade que desejar. Avise-os de que ainda nesta proposta eles irão fazer uma receita do mesmo gênero apresentado. PratiCando Orientações Organize a turma nas duplas formadas anteriormente, para que seja iniciada a produção escrita das receitas de comidas apetitosas para bruxas. Relembre aos alunos que a ideia é criar receitas do mundo do faz de conta, além in- ventar seu conteúdo, mas manter a estrutura característica Direcione-os de forma que eles anotem o que planejam fazer: possíveis títulos, ingredientes que poderão usar, os procedimentos que pensam em realizar, utensílios/objetos que usarão, como farão a ilustração etc. retomando Orientações Estabeleça um paralelo entre as receitas culinárias “do mundo real” e as “do mundo do faz de conta”, de modo que ressalte semelhanças e diferenças. A ideia é que a turma perceba que a estrutura característica desse texto se faz presente em ambas as receitas, mesmo que os in- gredientes e o modo de preparo da receita de bruxa sejam um tanto diferentes daqueles usados em uma receita culi- nária tradicional. Peça aos alunos que respondam às questões disponí- veis no Caderno do Aluno; elas servem para auxiliá-los na avaliação de seus planejamentos. Discuta com a turma possíveis casos de inadequações que forem surgindo e evidencie que poderão realizar as alterações no momento da produção escrita. Encerre a atividade comentando com a turma que, poste- riormente, farão a produção escrita projetada por eles. Es- clareça que o planejamento realizado será muito importante para a etapa seguinte (produção escrita da receita imagina- da), pois, se já tiverem as ideias sobre “o que” escreverão, poderão se dedicar melhor a “como” deverão escrever. PÁGINA 79 11. receitas: Produção escrita Sobre a proposta Esta atividade tem como foco o gênero receita culinária e o campo de atuação vida cotidiana. A proposta faz par- te do módulo de produção de textos (escrita autônoma e compartilhada). Objetivo de aprendizagem ⊲ Produzir a escrita do gênero abordado, considerando a temática e a situação comunicativa (interlocutor, finali- dade, circulação e suporte). Objetos de conhecimento ⊲ Escrita autônoma e compartilhada. ⊲ Construção do sistema alfabético. ⊲ Convenções da escrita. ⊲ Estabelecimento de relações anafóricas na referen- ciação e construção da coesão. ⊲ Progressão temática e paragrafação. Prática de linguagem ⊲ Produção de textos (escrita autônoma e compartilha- da). Material ⊲ Lápis colorido e/ou caneta hidrocor. ⊲ Folhas de papel sulfite. LÍNGUA PORTUGUESA79 Leitura compartilhada A medicina alternativa é realizada com o uso de produtos naturais, extraídos de nossas florestas. Ela também apresenta receitas diferentes, não para consumo alimentício, mas para curar algumas doenças. Aqui, você acompanha uma receita da medicina natural, extraída de uma reportagem do site “Receitas”. Acompanhe. Depois que você leu essa receita, vamos conversar sobre ela? ⊲ Que ingredientes foram utilizados nessa receita? Localize-os no texto e escreva-os abaixo. 11. RECEITAS: PRODUÇÃO ESCRITA XAROPE PARA AUMENTAR A IMUNIDADE E CURAR GRIPES FORTES Ingredientes: • Suco de 1 limão. • 1 colher de chá de casca de limão ralada. • 1 colher de chá de gengibre ralado. • 3 dentes de alho ralados. • Folhas de hortelã a gosto. • Mel a gosto. Preparo: 1. Misture o suco de 1 limão, a casca ralada da fruta, gengibre, alho e mel a gosto. Por último, coloque as folhas de hortelã. Observação: quanto maior a quantidade de mel for, mais fraco vai ficar. Porém, se você preferir mais forte coloque pouco mel. 2. Coloque o xarope em um vidro com tampa e leve à geladeira. 3. Tome uma colher de sopa 3 vezes ao dia. MANUELA. Xarope para aumentar a imunidade e curar gripes fortes. Receitas. Disponível em: https://bit.ly/3obEkQx. Acesso em: 24 jan. 2021. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 79 15/02/2021 16:07:02 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 66 16/02/2021 10:38:12 – 69 – aprendizagens que tiveram ao longo de todo o percurso de descobertas a respeito do gênero receita culinária. Diga a eles que vocês vão elaborar um resumo coletivo com dicas que ajudem pessoas a escreverem uma receita culinária, seja ela do mundo real ou do faz de conta. Essas dicas poderão conter informações como as que seguem. ⊲ Toda receita deve ter um título que define o que será preparado. ⊲ Os ingredientes devem estar listados um abaixo do outro. ⊲ Todo ingrediente tem que ser quantificado. ⊲ O modo de preparo, também chamado de modo de fazer, deve estar depois da lista de ingredientes. ⊲ O modo de preparo deve conter orientações claras e detalhadas dos procedimentos a serem feitos. ⊲ As ações que serão executadas devem ser escritas em forma de ordem. ⊲ A ilustração da receita faz referência ao alimento que está sendo ensinado. Aproveite a situação para observar a participação dos alunos na produção coletiva e avalie como chegaram ao fim do percurso. Caso haja alunos que ainda apresentem di- ficuldades com relação ao conteúdo abordado neste bloco sobre receitas culinárias, revisite algumas das propostas já realizadas para ajudá-los a compreender de maneira signi- ficativa o conteúdo estudado. Peça aos alunos que registrem essas informações no Ca- derno do Aluno. Entregue a cada dupla uma folha com pauta para que possam iniciar o processo de edição do texto que fará parte do livro de receitas de bruxas da turma e uma fo- lha de papel sulfite em branco para a ilustração. Solicite que reescrevam a receita criada por eles, observando na ficha de autoavaliação o que necessita ser acrescentado, omitido ou alterado. Se necessário, auxilie diretamente na organização textual, lançando questões que os ajudem a recuperar informações que já conhecem acerca desse gênero textual. Oriente-os a ler o texto durante e após a escrita, para que possam realizar uma última checagem e garantir a qualidade textual, sendo por fim produzida e colorida a ilustração da comida de bruxa criada por eles. Defina com a turma a ordem que cada receita ocupará no livro, solicitando que coloquem o número da página na margem inferior, à direita. Combine também que deixem explícito quem são os autores do texto, registrando essas informações ao término da receita culinária. Proponha a produção coletiva da capa do livro, de acor- do com o planejamento realizado. Relembre à turma que o objetivo é fazer essa coletânea de receitas do faz de conta circular por toda a escola e seus lares, de modo que seja lida e divulgada entre muitos leitores. retomando Orientações Leia com os alunos a versão final do livro que eles cria- ram. Em seguida, proponha que os alunos falem sobre as LÍNGUA PORTUGUESA83 ⊲ O que nos faz acreditar que essa receita realmente funciona? ⊲ Você já viu alguém fazer esse tipo de receita? PRATICANDO Revisando sua escrita Novamente em dupla, releiam o texto criado por vocês para a proposta de receita de bruxa. Em seguida, observem as perguntas do quadro abaixo e marquem um X na opção que caracteriza o texto de vocês. PROPOSTA: RECEITA DE UMA APETITOSA COMIDA PARA BRUXAS SIM NÃO É apresentado um título no início do texto. Pode-se relacionar o título com a comida criada. Estão listados os ingredientes um abaixo do outro. É indicada a quantidade a ser usada de cada ingrediente. Descreve-se o modo de fazer (ou modo de preparo) logo depois dos ingredientes. Está na ordem em que deve ser feita a descrição do passo a passo. Foram apresentadas as ações ordenadamente (mexa, bata, coloque etc.). Pode-se afirmar que a ilustração tem relação com a comida criada. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 83 15/02/2021 16:07:02 LÍNGUA PORTUGUESA84 Após responder aos tópicos do roteiro, reescrevam seu texto caso haja a necessidade de alguma correção, com base na análise feita. Preparando o livro Chegou o momento de finalizar a montagem do livro. Para isso, combine com sua dupla quem será o responsável pela escrita (que terá a função de escrever o texto final na folha pautada) e quem será o ilustrador (que deverá desenhar a ilustração que acompanhará a receita no livro da turma). Após definirem a função de cada um, iniciem a produção final. RETOMANDO Nossas descobertas O bloco de receitas culinárias foi um processo de muitas descobertas e novas aprendizagens. Imagine que você e seus colegas foram convidados por um programa de culinária para compartilhar o que aprenderam a respeito desse gênero. O que vocês diriam ao público? Elaborem conjuntamente um resumo com suas descobertas sobre receitas culinárias e registre a seguir. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 84 15/02/2021 16:07:02 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 69 16/02/2021 10:38:13 anotações AP_3ANO_1BI_CP book.indb 70 16/02/2021 10:38:13 MATEMÁTICA AP_3ANO_1BI_CP book.indb 71 16/02/2021 10:38:13 – 74 – afirmações eram verdadeiras ou falsas. Reserve um tempo para um debate coletivo e deixe que os alunos compartilhem o que descobriram. Ao mesmo tempo, anote todas as suges- tões no quadro ou em um cartaz. A seguir, faça a leitura das conclusões do quadro no Caderno do Aluno. retomando Orientações Faça a leitura do quadro no Caderno do Aluno e explore as trocas utilizando o material dourado e as moedas e cédulas impressas. Demonstre as trocas da seguinte forma: da unida- de para dezena, da dezena para centena, e da centena para milhar. Enfatize que o Sistema de Numeração Decimal é de base 10. Explique que, a cada 10 unidades em uma ordem, temos uma unidade na ordem exemplificada abaixo: 10 unidades = 1 dezena = 10 10 dezenas = 1 centena = 100 10 centenas = 1 unidade de milhar = 1000 Se possível, registre esse esquema em um cartaz e fixe-o em local visível na sala. raio x Orientações O propósito desta atividade é avaliar o progresso da aprendizagem na leitura e escrita do Sistema de Nume- ração Decimal. Peça aos alunos que resolvam a atividade no Caderno do Aluno individualmente. Durante a realização da ativida- de, verifique se os alunos estão utilizando a regularidade do Sistema de Numeração Decimal. Atente também a todas as estratégias utilizadas para solucionar o problema. Ao final, convide um aluno para mostrar aos colegas sua estratégia de resolução. Respostas: ⊲ Essas cédulas representam a quantia de 2000 reais. ⊲ O número da quantia possui 2 classes e 4 ordens. ⊲ Esse número possui ao todo o equivalente a: 2000 (duas mil) unidades 200 (duzentas) dezenas 20 (vinte) centenas 2 (duas) unidades de milhar PÁGINA 90 2. composição e decomposição de números Sobre a proposta Esta proposta traz atividades para o alunos comporem e decomporem um número natural com o auxílio do material dourado ou do ábaco. Respostas: Com duas cédulas de R$ 10,00 eu formo R$ 20,00. Então, tenho duas dezenas. Falta uma moeda de R$ 1,00 para eu completar R$ 10,00 em moedas, pois 10 vezes 1 é igual a 10. Eu poderia trocar os meus R$ 1000,00 em cédulas de R$ 100,00 por 100 cédulas de R$ 10,00, pois 100 vezes 10 é igual a 1000. Ao todo, tenho um mil e vinte e oito reais, ou seja, 1000 + 20 + 8 + 0. Tenho 10 cédulas de R$ 100,00, portanto, tenho R$ 1000,00, pois 10 vezes 100 é igual a 1000. As conclusões incorretas de Cauê, corrigidas: Faltam duas moedas de R$ 1,00 para eu completar R$ 10,00 em moedas, pois 10 vezes 1 é igual a 10. Ao todo tenho um mil e vinte e oito reais, ou seja, 1000 + 0 + 20 + 8. disCutindo Orientações Antes da leitura do quadro com os alunos, abra um debate para que eles expliquem como fizeram para descobrir se as MATEMÁTICA89 ⊲ Juntando 10 moedas de R$ 1,00 posso trocar por uma cédula de R$ 10,00. ⊲ Juntando 10 cédulas de R$ 10,00, posso trocar por uma cédula de R$ 100,00. ⊲ Juntando 10 cédulas de R$ 100,00, tenho R$ 1000,00. Mas, atenção! Não há cédulas de R$ 1000,00. RAIO X Observe a quantia representada pelas cédulas a seguir. Agora, complete as lacunas usando apenas algarismos. ⊲ Essas cédulas representam a quantia de reais. ⊲ O número da quantia possui classes e ordens. ⊲ Esse número possui ao todo o equivalente a: unidades dezenas centenas unidades de milhar. BA NC O CE NT RA L/ AM BI EN TE BR AS IL © FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 89 15/02/2021 16:07:06 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 74 16/02/2021 10:38:16 – 75 – Respostas: ⊲ 1314 ⊲ 4 ordens ⊲ O algarismo 1 ⊲ O cubo representa 1000, ou seja, a ordem da unidade de milhar. ⊲ Se tivéssemos o algarismo 5 na ordem das dezenas, se- ria preciso acrescentar 4 peças de 10 unidades, ou seja, teríamos 1354. Esse número poderia ser representado da seguinte maneira: mÃo na massa Orientações O propósito dessa atividade é levar os alunos a compor um número com quatro ordens e, depois, decompô-lo em unida- de de milhar, centena, dezena e unidade. Inicie a atividade pedindo para que os alunos componham um número com 4 ordens, ou seja, um número com unidade Objetivo específico ⊲ Compor e decompor números até a ordem das unidades de milhar. Objeto de conhecimento ⊲ Compreensão de números de até quatro algarismos (re- lação de unidade, dezena, centena e unidade de milhar; composição e decomposição de números até 9999). Conceito-chave ⊲ Composição e decomposição de números. Material ⊲ Material dourado. ⊲ Ábaco. ⊲ Fichas sobrepostas. ⊲ Quadro Valor de Lugar. Orientações O propósito dessa atividade é favorecer o resgate dos co- nhecimentos prévios dos alunos sobre o Sistema de Nume- ração Decimal até a ordem das unidades de milhar. Leia, coletivamente, a atividade no Caderno do Aluno e explore a representação do material dourado. Espera-se que os alunos percebam as regularidades na formação dos números. Sempre que possível, utilize materiais concretos, como o próprio material dourado, o ábaco, as fichas sobre- postas e o Quadro Valor de Lugar, entre outros. Converse com os alunos sobre todas as questões apre- sentadas, de modo a perceber os conhecimentos adqui- ridos na aprendizagem deste conteúdo. Avalie se é ne- cessário retomar algum ponto em que eles apresentem dificuldades perceptíveis. MATEMÁTICA90 2. COMPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE NÚMEROS Vamos conversar sobre a representação a seguir? Agora, pense sobre as perguntas abaixo. Em seguida, com o professor e os colegas, conversem sobre o que pensaram. ⊲ Qual número está representado no material dourado? ⊲ Quantas ordens esse número possui? ⊲ Qual é a semelhança entre a segunda e a quarta ordem? ⊲ Na representação com o material dourado, o cubo maior representa qual ordem? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 90 15/02/2021 16:07:09 MATEMÁTICA91 ⊲ Se tivéssemos o algarismo 5 na ordem das dezenas, como ficaria nossa representação? Precisaríamos retirar ou acrescentar peças? MÃO NA MASSA Vamos brincar de trenzinho, compondo e decompondo números? ⊲ No trem, cada vagão equivale a uma ordem. ⊲ Ao saber disso, pense em dois números com 4 algarismos, sendo que um deles deve ter o algarismo zero. ⊲ Agora, coloque cada um dos algarismos de seu número em um dos vagões do trem. Lembre-se de colocá-los no vagão correto das ordens: unidade, dezena, centena e unidade de milhar. COMPOSIÇÃO DO NÚMERO DECOMPOSIÇÃO DO NÚMERO (EM UNIDADES) COMPOSIÇÃO DO NÚMERO DECOMPOSIÇÃO DO NÚMERO (EM UNIDADES) UM C D U UM C D U FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 91 15/02/2021 16:07:10 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 75 16/02/2021 10:38:20 – 76 – classes os números que escreveram na atividade da seção Mão na Massa. raio x Orientações A atividade tem o propósito de avaliar o progresso da aprendizagem dos alunos na composição e decomposição dos números. Solicite aos alunos que realizem a atividade no Caderno do Aluno individualmente. Durante a realização da atividade, circule pela sala coletando informações que julgar importan- tes sobre as estratégias utilizadas e resultados obtidos para, posteriormente, fazer a discussão com a turma. Respostas: Decomposição por ordens Decomposição por unidades Composição do número 1 unidade de milhar + 3 centenas + 2 dezenas + 1 unidade. 1000 + 300 + 20 + 1 1321 5 centenas + 3 dezenas + 8 unidades. 500 + 30 + 8 538 de milhar. A seguir, peça que decomponham esse número e escrevam os algarismos em cada vagão de acordo com o seu valor posicional. Durante a realização da atividade, disponibi- lize o material dourado para ajudar os alunos a decompor os números e invista em perguntas de reflexão. Lembre-se que a composição e decomposição de números é muito importante para compreender o Sistema de Numeração Decimal. Caso perceba que algum aluno não está conseguindo re- presentar a composição e a decomposição por meio de al- garismos, peça que utilize outras formas de registro, como desenho de palitos e material dourado. A seguir, retome com ele o registro dos algarismos conforme a atividade. Desafie os alunos a formar um segundo número que tenha, obrigatoriamente, o zero em sua composição. Deixe claro que o zero não pode ocupar a ordem da unidade de milhar. Respostas possíveis: Composição do número Decomposição do número (em unidades) 2345 2000 + 300 + 40 + 5 Composição do número Decomposição do número (em unidades) 1012 1000 + 0 + 10 + 2 disCutindo Orientações Inicie fazendo as seguintes perguntas: ⊲ Vocês conseguiram compor e decompor os números? ⊲ Qual foi a maior dificuldade que encontraram? ⊲ Poderiam me contar como pensaram para formar os nú- meros? Esse conjunto de questões é um ótimo “termômetro” para aferir como anda a turma, além de ser uma forma de compreender como os alunos pensam sobre o Sistema de Numeração Decimal. A partir disso, elabore estratégias de intervenções para os alunos que necessitarem. Após a discussão inicial, peça aos alunos, ou a alguns de- les, que compartilhem com a turma os números formados. Faça da seguinte forma: um aluno fala e os demais registram o número no espaço indicado no Caderno do Aluno. Registre também no quadro para, a seguir, decompor os números em unidades com os alunos. retomando Orientações Faça a leitura do texto no Caderno do Aluno e relembre o conteúdo trabalhado nessa proposta. Produza exemplos no quadro de um mesmo número decomposto em unida- des e em ordens e classes. Para aprofundar mais um pou- co, proponha aos alunos que decomponham em ordens e MATEMÁTICA92 DISCUTINDO Vamos registrar no quadro a seguir uma lista dos números que a turma formou. COMPOSIÇÃO DE NÚMEROS DA TURMA DECOMPOSIÇÃO DOS NÚMEROS DA TURMA (EM UNIDADES) FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 92 15/02/2021 16:07:10 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 76 16/02/2021 10:38:20 – 79 – MATEMÁTICA98 4 dezenas 10 centenas FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 98 15/02/2021 16:07:21 Verifique se ainda existem alunos com dificuldades para compreender o conteúdo. raio x Orientações Solicite aos alunos que resolvam a Caderno do Aluno do aluno individualmente. Durante a realização da atividade, verifique se os alunos estão utilizando a regularidade do Sistema de Numeração Decimal para compor e decompor o número. Observe todas as estratégias utilizadas para re- solver o problema. Ao final, peça que um aluno se voluntarie para comparti- lhar, no quadro, sua estratégia de resolução. Pergunte à tur- ma quem utilizou a mesma estratégia apresentada por ele. Respostas: ⊲ 2590 ⊲ 2000 + 500 + 90 + 0 ou 2000 + 500 + 90 PÁGINA 101 4. o valor posicional dos algarismos Sobre a proposta Esta proposta traz atividades para o aluno compreender o valor posicional do nosso sistema de numeração. Objetivo específico ⊲ Identificar o valor posicional dos algarismos. MATEMÁTICA99 Opa! Cauã já sabe que sempre que formamos o número 10 em qualquer ordem precisamos fazer uma troca. Então, neste caso, ele trocou 10 centenas por uma unidade de milhar. Assim, no total, ele ficou com: 2 unidades de milhar, quatro dezenas e quatro unidades, que podem ser representados da seguinte forma: ⊲ Com o material dourado RAIO X Observe a representação feita com o material dourado. ⊲ Por algarismos 2044 FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 99 15/02/2021 16:07:24 MATEMÁTICA100 Faça a composição do número representado acima com algarismos e, depois, decomponha-o em unidades. ⊲ O número que está representado no material dourado é: ⊲ A decomposição desse número em unidades é: + + + FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 100 15/02/2021 16:07:26 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 79 16/02/2021 10:38:25 – 80 – ⊲ 2961 + 400 = 3361 ou 2961 – 600 = 2361 ⊲ 2961 + 1000 = 3961 ⊲ 2961 - 100 = 2861 disCutindo Orientações Preencha coletivamente o quadro no Caderno do Aluno, pedindo que eles compartilhem os números encontrados. À medida que eles forem compartilhando, registre os números no quadro e peça que os alunos validem os resultados na calculadora. Leve-os a perceber que existem várias possibili- dades de resolução. A seguir, leia e discuta as perguntas apresentadas na seção Discutindo. Sempre investigue o modo como eles resolveram e instigue uma maneira diferente. Respostas possíveis: ⊲ Faça aparecer o algarismo 7 no lugar do algarismo 6. Somando Unidades e Dezenas 2961 + 9 = 2970 2961 + 10 = 2971 2961 + 11 = 2972 … 2961 + 18 = 2979 Somando Centenas 2961 + 109 = 3070 2961 + 110 = 3071 2961 + 111 = 3072 … 2961 + 209 = 3170 2961 + 509 = 3470 Faça aparecer o algarismo 3 no lugar do algarismo 9. Objeto de conhecimento ⊲ Compreensão de números de até quatro algarismos (re- lação de unidade, dezena, centena e unidade de milhar; composição e decomposição de números até 9999). Conceito-chave ⊲ Composição e decomposição de números. Material ⊲ Material dourado. ⊲ Calculadora. Orientações Organize os alunos em duplas e leia o desafio no Ca- derno do Aluno. Reserve um tempo para que os alunos formulem suas hipóteses. Lembre-se que, no processo de pensar e de tentar resolver o desafio, os alunos con- frontam vários problemas e, com isso, adquirem novos conhecimentos e habilidades de raciocínio lógico. Nessa atividade, a cada mudança proposta, os alunos deverão analisar novamente todo o número e, assim, fazer uma grande retomada dos valores posicionais. Durante e após a atividade, questione os alunos sobre ou- tras possibilidades, para além das que encontrarem, como: ⊲ De que maneira você pode começar a pensar nessa charada? ⊲ Você pode explicar como chegou ao algarismo da res- posta? ⊲ Você acredita que somente esse algarismo pode mu- dar os números da charada? ⊲ Por que os outros algarismos não mudariam o núme- ro? ⊲ Você já testou com todos os algarismos? ⊲ O que descobriu? Respostas possíveis: 7, 8 ou 9. mÃo na massa Orientações O propósito desta atividade é fazer com que os alunos ob- servem os números no visor de uma calculadora para formu- lar hipóteses e perceber regularidades do Sistema de Nume- ração Decimal. Se possível, solicite previamente aos alunos que tra- gam suas calculadoras para esta aula. Organize-os em duplas e, caso seja necessário, entregue para cada du- pla uma calculadora. Leia o enunciado do desafio no Ca- derno do Aluno e reserve um tempo para que os alunos o resolvam. Deixe bem claro que eles poderão apagar e recomeçar a operação sempre que for preciso. Essa atividade possibilita várias respostas, tornando, assim, o aprendizado individual e coletivo mais significativo. Ao final, peça aos alunos que compartilhem suas estra- tégias, o que favorece o aparecimento de todas as possi- bilidades de resposta. Provoque os alunos com perguntas que os façam pensar e aprender cada vez mais. Respostas possíveis: ⊲ 2961 + 9 = 2970 MATEMÁTICA101 4. O VALOR POSICIONAL DOS ALGARISMOS Resolva o desafio! Em duplas, leiam a charada e, a seguir, tentem descobrir o algarismo com a ajuda das pistas. ⊲ PISTA 1: No número 5931, se meu valor for somado na segunda ordem, transformo a terceira e a quarta ordem em outros algarismos. ⊲ PISTA 2: No número 2993, se meu valor for somado na primeira ordem sou capaz de transformar o número inteirinho. Eu sou o algarismo: MÃO NA MASSA Vamos continuar resolvendo as charadas de números? Mas agora o desafio é diferente. Usaremos a calculadora! DESAFIO Siga as instruções abaixo. ⊲ Digite na calculadora o número 2961. (Atenção! Digite sempre esse número para fazer o que se pede em cada item.) Sem apagar o número digitado: ⊲ Faça aparecer o algarismo 7 no lugar do algarismo 6. O que você digitou na calculadora para conseguir o que se pede? ⊲ Faça aparecer o algarismo 3 no lugar do algarismo 9. O que você digitou na calculadora para conseguir o que se pede? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 101 15/02/2021 16:07:27 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 80 16/02/2021 10:38:25 – 81 – Somando 2961 + 400 = 3361 2961 + 390 = 3351 ⊲ Conseguiremos fazer esse desafio alterando so- mente as unidades e dezenas? Por quê? Espera-se que os alunos percebam que, nesse caso, só poderão alterar fazendo a soma de números com três ordens, pois o número a ser alterado pertence à ordem das centenas e somente somando dezenas não conseguiríamos o resultado esperado. Permita que os alunos cheguem a essa conclusão sozinhos e gerem suas hipóteses. Se necessário, explique. Enfatize que o desafio não está pedindo que mude somente o algarismo 9. Deixe aberto a todas as sugestões. Subtraindo 2961 – (de 570 a 661) (de 1570 a 1661) (de 2570 a 2661) ⊲ Conseguiríamos o resultado esperado subtraindo números onde a terceira ordem seja o algarismo 4? Por quê? Espera-se que os alunos percebam que 9 – 4 = 5 e que estamos querendo o resultado 3. Nesse caso, o mais comum é que os alunos obtenham o resultado por meio da subtração direta do 9 – 6. Exalte seus resultados e instigue-os a procurar outras opções de subtração caso já estejam familiarizados com o “desagrupar” na operação. MATEMÁTICA102 ⊲ Quanto você pode adicionar a 2961 para alterar apenas o algarismo 2, sem modificar os demais? ⊲ Quanto você pode adicionar ou subtrair desse número para alterar apenas o algarismo 9, sem modificar os demais? DISCUTINDO Vamos discutir os resultados? Registre no quadro a seguir todos os números que você e os colegas usaram para cada um dos desafios. Agora, discuta com os colegas e com o professor. ⊲ Quem conseguiu formar o número? ⊲ Na sua opinião, qual foi a maior mudança que o número sofreu quanto às ordens? ⊲ Você acha que existe apenas uma forma de resolver esses desafios? ⊲ Todos os alunos chegaram ao mesmo resultado? DESAFIO NÚMEROS POSSÍVEIS Faça aparecer o algarismo 7 no lugar do algarismo 6. Faça aparecer o algarismo 3 no lugar do algarismo 9. Quanto você pode adicionar a 2961 para alterar apenas o algarismo 2, sem modificar os demais? Quanto você pode adicionar ou subtrair de 2961 para alterar apenas o algarismo 9, sem modificar os demais? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 102 15/02/2021 16:07:27 ⊲ Quanto você pode adicionar a 2961 para alterar apenas o algarismo 2, sem modificar os demais? 2961 + 1000 = 3961 2961 + 2000 = 4961 2961 + 4000 = 6961 2961 + 5000 = 7961 ⊲ Você descobriu alguma re- gularidade nesse desafio? Espera-se que os alunos percebam que para não modificar os outros algarismos só podemos alterar a unidade de milhar. ⊲ Quanto você pode adicionar ou subtrair de 2961 para alterar apenas o algarismo 9, sem modificar os demais? Somando Espera-se que os alunos percebam que, nesse caso, não é possível adicionar nenhum algarismo ao 9 sem modificar os demais. Subtraindo Espera-se que os alunos percebam que, para não alterar os outros algarismos, podemos somente subtrair centenas exatas. (100, 200, 300, …, 900). retomando Orientações Faça a leitura do texto no Caderno do Aluno. Aproveite esse momento para consolidar as aprendizagens. Se possí- vel, permita que os alunos testem as hipóteses aqui apresen- tadas com a calculadora e com o material dourado. MATEMÁTICA103 RETOMANDO Descobrimos que no sistema de numeração decimal usamos 10 algarismos para representar qualquer número. Mas como pode um mesmo número representar números diferentes? Tudo depende da posição que o algarismo ocupa no número. Com a adição e a subtração podemos modificar os algarismos. Observe: ⊲ Escreva na calculadora o número 2961. Sem apagar o número digitado faça aparecer o algarismo 7 no lugar do algarismo 6 alterando a primeira ordem. 2961 + 9 = 2970 1 unidade + 9 unidades = 10 unidades ou 1 dezena Observe a representação com o material dourado: ou Outras formas de resolver este desafio: SOMANDO UNIDADES E DEZENAS SOMANDO CENTENAS 2961 + 9 = 2970 2961 + 10 = 2971 2961 + 11 = 2972 … 2961 + 18 = 2979 2961 + 109 = 3070 2961 + 110 = 3071 2961 + 111 = 3072 … 2961 + 209 = 3170 2961 + 509 = 3470 FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 103 15/02/2021 16:07:29 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 81 16/02/2021 10:38:26 – 84 – Unidade temática ⊲ Números. Sobre o bloco O objetivo deste bloco é desenvolver a habilidade rela- cionada ao estabelecimento das relações entre números naturais e pontos na reta numérica para utilizá-la na or- denação dos números naturais e na construção dos fatos básicos da adição e subtração, relacionando-os com des- locamentos para a direita ou para a esquerda. Os componentes centrais deste bloco são: representa- ção, reconhecimento e identificação de números e opera- ções com números naturais até a ordem das unidades de milhar em retas numéricas. Espera-se que, ao final deste bloco, os alunos consigam utilizar a reta numérica para representar números naturais até 9999 e realizar operações de adição e subtração. As atividades propostas colocam o aluno como protago- nista, ou seja, sujeito ativo de sua aprendizagem. Nessa perspectiva, é necessário retomar situações presentes no cotidiano dos alunos para que haja efetivação do proces- so de ensino-aprendizagem. PÁGINA 107 1. localização de números na reta nUmérica Sobre a proposta Esta proposta traz atividades para os alunos loca- lizarem os números naturais de até quatro ordens na reta numérica. Objetivo específico ⊲ Interpretar e representar na reta numérica os núme- ros naturais até 9999. Objeto de conhecimento ⊲ Representação na reta numérica (números e operações). Conceito-chave ⊲ Sistema de numeração decimal até a ordem das uni- dades de milhar representada na reta numerada. Material ⊲ Régua. ⊲ Trena. ⊲ Fita métrica. ⊲ Termômetro. Orientações Peça aos alunos que observem a régua representada no Caderno do Aluno. Se possível, apresente outros exem- plos de objetos de medida para os alunos, como a trena, a fita métrica e o termômetro. Discuta com eles sobre a utilidade desses objetos, a forma de representação dos números e o que indicam. mÃo na massa Orientações O propósito desta atividade é interpretar e representar os números na reta numérica. Peça aos alunos que façam uma leitura individual da ativida- de no Caderno do Aluno e, na sequência, realize uma leitura 2 reta nUmérica e operações Habilidade do rCa ef03ma04 Estabelecer a relação entre números naturais e pontos correspondentes da reta numérica para utilizá-la na ordenação dos números naturais e também na construção de fatos da adição, subtração e multiplicação, relacionando-os com deslocamentos (para a direita ou para a esquerda) e sentido (de um número para outro). 0 MATEMÁTICA107 RETA NUMÉRICA E OPERAÇÕES 2 MÃO NA MASSA Numa corrida de bicicletas, os ciclistas são obrigados a parar em pontos indicados e obedecer às seguintes orientações: ⊲ no ponto A, devem tomar água; ⊲ no ponto B, precisam verificar os pneus da bicicleta; ⊲ no ponto C, devem realizar uma pausa de dois minutos. No percurso, o ponto C fica 15 metros após o ponto B. Agora, complete a reta numérica e responda às questões a seguir. A B 2350 2360 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 O que a imagem a seguir representa? 1. LOCALIZAÇÃO DE NÚMEROS NA RETA NUMÉRICA m FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 107 15/02/2021 16:07:30 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 84 16/02/2021 10:38:27 – 85 – MATEMÁTICA108 1. Após quantos metros os ciclistas devem parar para tomar água? 2. Após quantos metros os ciclistas precisam verificar os pneus da bicicleta? 3. Identifique o ponto C na reta. Quantos metros os ciclistas precisam percorrer para realizar uma pausa? 4. Qual é o intervalo da reta numérica? DISCUTINDO Discuta com os colegas e com o professor: ⊲ Qual a distância do ponto A, em metros? Como você encontrou essa resposta? Alguém encontrou outro número? ⊲ Qual a distância do ponto B, em metros? Como você encontrou essa resposta? Alguém encontrou outro número? ⊲ Em que ponto da reta você colocou o ponto C? Todos concordam? ⊲ Qual a distância do ponto C, em metros? ⊲ Qual é o intervalo da reta numérica? RETOMANDO Observe a reta numérica. Ela apresenta um intervalo de 100 em 100. Percebemos, então, que essa reta tem intervalos iguais entre os pontos e que estes crescem à medida que a percorremos da esquerda para a direita. 5100 5200 5300 5400 5500 5600 5700 FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 108 15/02/2021 16:07:30 MATEMÁTICA109 RAIO X Que tal um desafio? Guilherme vai à escola de ônibus. A distância entre sua casa e a escola é de 2000 metros. Certo dia, o ônibus quebrou no caminho. Veja o local em que ele ficou parado. 0 800 2000 Observando o percurso, quantos metros o ônibus percorreu antes de quebrar? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 109 15/02/2021 16:07:31 ⊲ O ponto B corresponde a 2375 metros. ⊲ Como o ponto C fica a 15 metros de distância do ponto B, o ponto C corresponde a 2390 metros (2375 + 15). ⊲ O intervalo da reta numérica é de 5 m. A B 2350 23602355 2365 2370 2375 2380 2385 2390 2395 2400 C retomando Orientações Faça uma lista no quadro, com a participação dos alu- nos, com as descobertas desta aula para sistematizar o conteúdo trabalhado. A seguir, leia o texto no Caderno do Aluno. raio x Orientações Solicite aos alunos que leiam a atividade, individualmen- te, e a resolvam. Certifique-se de que todos interpretaram corretamente a situação proposta. Após acompanhar a re- solução dos alunos, permita que discutam as soluções em duplas para, a seguir, compartilhar com a turma. Resposta: Para completar a reta numérica é preciso observar seu intervalo. Neste caso, é possível perceber que o intervalo é de 100 em 100. Ao completar a reta, podemos observar em voz alta. Sane as dúvidas que ainda restarem e certifique- se de que todos interpretaram a situação corretamente. Se necessário, faça perguntas para ajudá-los a compreender a reta numérica. A seguir, reserve um tempo para que os alunos desenvolvam suas estratégias de resolução. Nesse momento, observe como os alunos desenvolvem a atividade. Respostas: Números da reta: 2350, 2355, 2360, 2365, 2370, 2375, 2380, 2385, 2390, 2395, 2400. 1) 2355 m 2) 2375 m 3) 2390 m 4) 5 m disCutindo Orientações Reproduza a reta numérica no quadro e solicite que um aluno complete os números da reta, justificando as escolhas. Caso perceba que os alunos utilizaram estratégias diferentes, peça que socializem essas estratégias com a turma. Importante instigar os alunos a trazer questionamen- tos e estratégias para esse momento da discussão. Deixe claro que a imagem apresentada é apenas um pedaço da reta e que o percurso iniciou no ponto zero. A seguir, peça que os alunos respondam oralmente às questões apresen- tadas no Caderno do Aluno. Respostas: ⊲ O ponto A corresponde a 2355 metros. AP_3ANO_1BI_CP book.indb 85 16/02/2021 10:38:28 – 86 – ⊲ O ponto em que Marcelo está é maior ou menor que o ponto do dado? E da bola? Respostas: O intervalo da reta é de 10 em 10, portanto, os números que faltam são: 1530; 1540; 1550. Assim, o dado está no ponto representado pelo número 1530 e a bola no 1550. mÃo na massa Orientações Solicite aos alunos que realizem uma leitura silenciosa da atividade. A seguir, faça a leitura em voz alta. Certifi- que-se de que todos os alunos interpretaram a situação proposta corretamente. Disponibilize um tempo para que os alunos reflitam, indivi- dualmente, sobre o problema. Nesse momento, circule pela sala observando como eles desenvolvem a atividade. Em se- guida, organize os alunos em duplas e peça que comparem e discutam suas estratégias. Se necessário, faça intervenções. A seguir, discuta com a turma questões como: ⊲ O que você observou na reta? ⊲ Como você iniciaria a resolução dessa situação? Por quê? ⊲ Alguém pode contar como fez para encontrar o núme- ro do pássaro? ⊲ Alguém pode contar o que acontece quando desloca- mos o cachorro para a direita? ⊲ E quando deslocamos o gato e o pássaro para a es- querda? que o ônibus quebrou no ponto em que indica 1600 metros percorridos. PÁGINA 110 2. operações na reta nUmérica Sobre a proposta Esta proposta traz atividades para os alunos compreen- derem como é possível efetuar operações com o auxílio da reta numética. Objetivo específico ⊲ Associar os deslocamentos da reta numérica (à direita e à esquerda) aos conceitos de adição e subtração, respectivamente. Objeto de conhecimento ⊲ Representação na reta numérica (números e opera- ções). Conceito-chave ⊲ Deslocamentos na reta numérica. Orientações Solicite aos alunos que leiam e realizem a atividade no Caderno do Aluno, individualmente. A seguir, desenhe a reta numérica no quadro e discuta com eles a localização dos objetos com perguntas, como: ⊲ Qual é o intervalo da reta? ⊲ Em que ponto Marcelo está? ⊲ Em que ponto da reta está o dado? ⊲ Em que ponto da reta está a bola? MATEMÁTICA110 2. OPERAÇÕES NA RETA NUMÉRICA Vamos localizar em que ponto da reta numérica estão os objetos de Marcelo? Registre a sequência numérica da bola e do dado. 1510 1520 1560 MÃO NA MASSA Em uma feira de adoção de bichos de estimação, os animais serão ser numerados. Utilize a reta numerada, seguindo as dicas a seguir, para descobrir o número que cada animal receberá. PARA DESCOBRIR O NÚMERO DO GATO PARA DESCOBRIR O NÚMERO DO CACHORRO PARA DESCOBRIR O NÚMERO DO PÁSSARO ⊲ O ponto está entre o 3518 e o 3527 e é maior que o ponto 3521. ⊲ Partindo desse número, subtraia 18. Pronto! Você descobriu o número do gato. ⊲ Inicie pelo segundo ponto par da reta. ⊲ Some 12 a este número. ⊲ Siga para o próximo ponto apresentado na reta. Pronto! Você descobriu o número do cachorro! ⊲ O número do pássaro tem 9 unidades a menos que o número do cachorro. Pronto! Você descobriu o número do pássaro! FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 110 15/02/2021 16:07:32 MATEMÁTICA111 Complete a reta numérica, indicando os números que o gato, o pássaro e o cachorro usarão na feira de adoção de bichos de estimação. 35213500 3527 DISCUTINDO Discuta com os colegas e o professor: ⊲ Qual é o intervalo da reta numérica? ⊲ Em qual número iniciamos? ⊲ O que podemos dizer sobre os números ao nos deslocarmos na reta? ⊲ Qual é o número do gato, do cachorro e do pássaro? ⊲ Alguém é capaz de representar essa situação com uma operação? RETOMANDO Utilizamos a reta numérica como suporte para as operações: ⊲ na adição, realizamos deslocamentos para a direita; ⊲ na subtração, os deslocamentos são para a esquerda. RAIO X Vamos resolver um desafio? Em uma atividade, Mariana e Renata precisam cumprir algumas regras. ⊲ Partindo do ponto A, Mariana precisa somar 15 ao número. ⊲ Partindo do ponto B, Renata precisa subtrair 10 do número. Marque na reta numérica o nome de quem parou em cada ponto. Represente numericamente o que indica a reta. 213521002095 AB FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 111 15/02/2021 16:07:32 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 86 16/02/2021 10:38:28 – 89 – disCutindo Orientações Construa um painel de soluções no quadro e convide al- guns alunos para registrar suas estratégias de resolução. Caso os alunos não tenham utilizado a estratégia de de- composição dos números, apresente as diferentes formas de adição por decomposição, a fim de apresentar novas estratégias e chamar a atenção deles para a utilização das propriedades do Sistema de Numeração Decimal du- rante a realização dos cálculos. Aproveite a oportunidade e discuta com a turma questões como: ⊲ Vocês haviam pensado nessa solução? ⊲ Fazer a decomposição dos números pode ajudar a re- solver a operação? ⊲ Há somente essa forma de decomposição dos núme- ros? ⊲ Alguém pensou em uma forma diferente? retomando Orientações Leia o texto no Caderno do Aluno para consolidar os conceitos trabalhados nessa aula. Em seguida, solicite que um aluno escreva uma adição no caderno do colega. A seguir, cada um deverá resolver a adição proposta pelo colega por meio da decomposição. raio x Orientações Solicite aos alunos que leiam e realizem a atividade, individualmente, utilizando as estratégias discutidas em aula. Durante a resolução, circule pela sala verificando as estratégias utilizadas. Aproveite esse momento para ava- liar se todos os alunos conseguiram avançar no conteúdo proposto. Procure identificar e anotar o raciocínio e co- mentário de cada aluno. Ao final, reserve um tempo para um debate coletivo, registrando as soluções no quadro. Respostas: Marcelo possui 34 figurinhas. Paulo possui 39 figurinhas. Marcelo 19 = 10 + 9 15 = 10 + 5 10 + 10 = 20 5 + 9 = 14 20 + 14 = 34 Paulo 24 = 20 + 4 15 = 10 + 5 20 + 10 = 30 5 + 4 = 9 30 + 9 = 39 Nesta solução, os alunos fazem a decomposição dos números para realizar os cálculos. ⊲ Qual operação deve ser realizada? Respostas possíveis: Resolução 1 35 = 30 + 5 28 = 20 + 8 30 + 20 + 5 + 8 = 50 + 13 = = 50 + 10 + 3 = 60 + 3 = 63 Resolução 2 28 = 20 + 8 35 = 33 + 2 2 + 8 = 10 33 + 20 = 53 10 + 53 = 63 Resolução 3 35 = 10 + 10 + 10 + 5 28 = 10 + 10 + 8 10 + 10 + 10 + 10 + 10 = 50 8 + 5 = 13 50 + 13 = 63 Resolução 4 José: I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I Ricardo: I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I Resposta: 63 pontos. MATEMÁTICA113 3. Existem outras maneiras de realizar o cálculo dessa operação sem que seja utilizado o algoritmo convencional? Quais você conhece? DISCUTINDO Agora, discuta com os colegas e com o professor: ⊲ Vocês conseguiram realizar a atividade? ⊲ Quais estratégias utilizaram? RETOMANDO Existem diversas maneiras de realizar cálculos. Uma delas é a decomposição e o reagrupamento dos números. Você viu que desenhos, esquemas, decomposição e reagrupamento dos números podem ajudá-lo a efetuar diversos cálculos e compreender melhor as operações! Agora, peça a um colega que escreva uma adição. Você deve resolvê-la usando a decomposição. RAIO X Pronto para um desafio? Paulo e Marcelo colecionam figurinhas. Paulo tinha 24 figurinhas e Marcelo tinha 19. No dia das crianças, os meninos ganharam 15 figurinhas cada um. Quantas figurinhas Paulo possui agora? E Marcelo? ⊲ Registre os resultados sem utilizar o algoritmo convencional. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 113 15/02/2021 16:07:32 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 89 16/02/2021 10:38:29 – 90 – Objetivo específico ⊲ Desenvolver estratégias não convencionais para cál- culo da adição. Objeto de conhecimento ⊲ Desenvolvimento de estratégias pessoais e conven- cionais de cálculo envolvendo adição, subtração e multiplicação (usando propriedades do sistema de numeração). Conceito-chave ⊲ Estratégias de cálculo. Material ⊲ Fichas coloridas. ⊲ Tesoura com pontas arredondadas. Orientações Leia a atividade e reserve um tempo para que os alunos façam a composição do numeral. Em seguida, solicite que verbalizem suas hipóteses. Nesse momento, verifique os conhecimentos prévios dos alunos e faça as intervenções para que eles avancem. Discuta com a turma questões como: ⊲ Como vocês pensaram para compor o número? ⊲ Quais fichas utilizaram? ⊲ Como faríamos para compor o número utilizando a menor quantidade possível de fichas? ⊲ É possível agrupar as unidades, dezenas ou cen- tenas? Resposta: 8 fichas azuis, 5 fichas vermelhas e 2 fichas verdes. mÃo na massa Orientações Apresente a situação-problema e questione os alunos sobre como devem proceder para responder à questão proposta. Permita que eles realizem a leitura individual- mente. A seguir, faça um levantamento das primeiras impressões que tiveram em relação à situação apresen- tada. Se necessário, permita que eles utilizem as fichas coloridas para resolução da situação. Discuta com a turma questões como: ⊲ Quais são os dados que o problema revela para en- contrarmos a solução? ⊲ Qual é a operação que deve ser realizada? ⊲ Quais estratégias podemos utilizar? Reserve um tempo para que eles resolvam a situação individualmente e, em seguida, permita que socializem suas respostas com um colega. Nesse momento, cir- cule pela sala observando como os alunos estão uti- lizando o material. Faça questionamentos e procure compreender o pensamento, hipóteses e dúvidas de cada um. Paulo I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I Paulo ficou com 39 figurinhas. Marcelo I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I Marcelo ficou com 34 figurinhas. Nesta solução, o aluno optou por realizar um esquema de marcação dos pontos para realizar a soma. Os alunos podem também utilizar desenhos, outros ti- pos de esquemas e decomposição dos números para a realização do cálculo. PÁGINA 114 2. estratégias não convencionais para cálcUlos de adição Sobre a proposta Esta proposta traz situações-problema envolvendo o cálculo da adição. Para resolvê-las, os alunos devem utilizar estratégias diferentes, não o algoritmo conven- cional. MATEMÁTICA114 2. ESTRATÉGIAS NÃO CONVENCIONAIS PARA CÁLCULOS DE ADIÇÃO Nessa aula, iremos utilizar fichas coloridas. Cada ficha terá um valor numérico. Para fazer as fichas, pegue uma folha de papel ou pedaço de cartolina e recorte 30 retângulos de mesmo tamanho. Depois pinte 10 de azul, 10 de vermelho e 10 de verde. Chamaremos cada pedaço de papel pintado de ficha. Observe: 100 10 1 ⊲ As fichas azuis valem 100 unidades, ou 1 centena. ⊲ As fichas vermelhas valem 10 unidades, ou 1 dezena. ⊲ As fichas verdes valem 1 unidade. ⊲ Como podemos representar o número 852 utilizando as fichas coloridas? MÃO NA MASSA Pense na seguinte situação. Para encerrar o ano letivo, uma escola entregará sacolinhas surpresa para todos os alunos. No período da manhã, estudam 278 alunos e no período da tarde estudam 253 alunos. Quantas sacolinhas a escola terá que confeccionar para presentear todos os alunos? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 114 15/02/2021 16:07:32 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 90 16/02/2021 10:38:29 – 91 – didos sobre o Sistema de Numeração Decimal e a adição. Peça aos alunos que registrem o que aprenderam no ma- terial, nas linhas destinadas para isso. raio x Orientações Peça aos alunos que leiam e resolvam a atividade indi- vidualmente, utilizando as estratégias discutidas em aula. Nesse momento, circule pela sala verificando as estratégias de cálculos que estão sendo utilizadas. Aproveite o momen- to para avaliar se todos os alunos conseguiram avançar no conteúdo proposto, então, procure identificar e anotar os co- mentários de cada um. Ao final da aula, reserve um tempo para um debate coletivo, registrando as soluções no quadro. Respostas possíveis: 96 + 39 = = 90 + 30 + 6 + 9 = = 120 + 15 = = 135 ou 96 + 39 = = 95 + 40 = = 135 Respostas possíveis: 278 + 253 = = 200 + 70 + 8 + 200 + 50 + 3 = = 400 + 120 + 11 = = 520 + 11 = 531 ou 278 + 253 = = 250 + 250 + 28 + 3 = = 500 + 31 = 531 disCutindo Orientações Discuta com os alunos as questões propostas no Caderno do Aluno e, a seguir, solicite que demonstrem no quadro as estratégias de resolução utilizadas. Após isso, explore as formas de resolução apresentadas, resgatando alguma dúvida ainda existente. Pergunte aos alunos como eles representariam a soma utilizando as fichas azuis, vermelhas e verdes. Chame a atenção para as trocas que devem ser feitas. retomando Orientações Discuta com os alunos a conclusão dessa aula e, a se- guir, faça uma lista no quadro com os conceitos já apren- MATEMÁTICA115 DISCUTINDO Agora, discuta com os colegas e com o professor: ⊲ Vocês conseguiram realizar a atividade? ⊲ Quais estratégias vocês utilizaram? RETOMANDO As fichas que utilizamos nesta aula representam o nosso sistema de numeração decimal. Elas nos ajudaram a resolver a operação da adição indicando a possibilidade de realizar agrupamentos e trocas para facilitar os cálculos. Para o registro e a realização de cálculos de adição, ainda é possível utilizar esquemas e desenhos, além do algoritmo convencional. Agora, vamos fazer uma lista do que já sabemos sobre o sistema de numeração decimal e, também, sobre a adição. RAIO X Resolva o desafio a seguir. Maria está fazendo a lição de casa e a atividade pede que ela resolva a seguinte operação: 96 + 39. Ajude Maria a encontrar o resultado sem utilizar o algoritmo convencional da adição. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 115 15/02/2021 16:07:32 MATEMÁTICA116 3. ESTRATÉGIAS PESSOAIS PARA O CÁLCULO DA MULTIPLICAÇÃO Observe a operação a seguir. 3 + 3 + 3 + 3 ⊲ Como podemos resolver essa operação? ⊲ Vocês já ouviram falar em multiplicação? ⊲ Como podemos representar essa operação usando a multiplicação? MÃO NA MASSA Vamos ajudar o Francisco? Em seu sítio há 12 galinhas. Cada galinha bota 2 ovos por dia. Quantos ovos elas colocarão em uma semana? FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 116 15/02/2021 16:07:32 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 91 16/02/2021 10:38:30 – 94 – retomando Orientações Leia com os alunos as conclusões no Caderno do Aluno. A seguir, simule no quadro todas as formas apresentadas. Ao final da aula, faça uma lista com as aprendizagens do dia e registre-a no quadro, como forma de valorizar o tra- balho conjunto de professor e aluno. raio x Orientações Solicite aos alunos que leiam a atividade individual- mente e a realizem utilizando as estratégias discutidas ao longo deste bloco. Nesse momento, circule pela sala verificando as estratégias de cálculos utilizadas. Aproveite para avaliar se todos os alunos conseguiram avançar no conteúdo proposto. Procure identificar e registrar os co- mentários de cada um. Ao final da aula, reserve um tempo para um debate coletivo anotando as soluções no quadro. Respostas possíveis: 15 + 15 + 15 = 15 × 3 = 45 12 + 12 = 12 × 2 = 24 45 + 24 = 69 ou 15 × 3 + 12 × 2 = = 10 × 3 + 5 × 3 + 10 × 2 + 2 × 2 = = 30 + 15 + 20 + 4 = = 45 + 24 = 69 Para a festa de aniversário, Ana fez 69 docinhos. ⊲ Quais são os dados que o problema revela para en- contrarmos a solução? ⊲ Qual é a operação que podemos realizar? ⊲ Quais estratégias podemos utilizar? Reserve um tempo para que os alunos resolvam a si- tuação individualmente e, a seguir, permita que socializem suas respostas com um colega. Nesse momento, circule pela sala observando as estratégias que estão sendo uti- lizadas. Faça questionamentos e procure compreender o pensamento, as hipóteses e as dúvidas de cada um. Resposta possível: 36 36 36 36 36 36 36 36 + + + + + + 288 disCutindo Orientações Convide alguns alunos que tenham utilizado estratégias de resolução diferentes para registrá-las no quadro. A seguir, discuta com os alunos as questões propostas no Caderno do Aluno. AP_3ANO_1BI_CP book.indb 94 16/02/2021 10:38:31 – 95 – Unidade temática ⊲ Números. Sobre o bloco A ideia central deste bloco é o desenvolvimento de estraté- gias pessoais de cálculo envolvendo multiplicação e divisão. As atividades propostas colocam o aluno como centro do processo de aprendizagem. Ele não apenas absorve conteú- dos, mas também agrega, trazendo conhecimentos a partir de sua vivência e de suas experiências. Nessa perspectiva, é necessário retomar situações presentes no cotidiano dos alunos, estimular o trabalho em equipe e a relação amigável entre professor e aluno, visando ao desenvolvimento do pro- tagonismo infanto-juvenil. Espera-se que, ao final deste bloco, os alunos consigam utilizar estratégias pessoais para resolver multiplicações e divisões. PÁGINA 120 1. mUltiplicação e adição de parcelas igUais Sobre a proposta Esta proposta traz atividades para o aluno compreender que a adição de parcelas iguais pode ser expressa através de uma multiplicação. Objetivo específico ⊲ Resolver operações por meio de estratégias pessoais, associando à multiplicação a ideia de adição de par- celas iguais. Objeto de conhecimento ⊲ Desenvolvimento de estratégias pessoais de cálculo envolvendo multiplicação e divisão. Conceito-chave ⊲ Multiplicação associada à ideia de adição de parcelas iguais. Material ⊲ 96 palitos de fósforos coloridos ou varetas coloridas nas cores preta, azul e vermelha para cada grupo. ⊲ Dados de 6 faces. Orientações Leia o problema no Caderno do Aluno e peça aos alunos que pensem em uma forma de resolvê-lo. Apresente as soluções encontradas por Bia e por Rafael e peça que registrem o nome de quem acertou a resposta. Resposta: Bia acertou contando as peras uma a uma. Sua ilustra- ção pode ser representada pela adição de parcelas iguais: 4 + 4 + 4 = 3 × 4 = 12. Rafael errou o raciocínio ao atribuir o número 3 às peras e não às travessas, e ao somar. Ele deveria ter multiplica- do, pois 3 travessas contêm 4 peras cada. 4 mUltiplicação e divisão Habilidades do rCa ef03ma07 Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4, 5 e 10) com os significados de adição de parce- las iguais e elementos apresentados em disposição retangular, utilizando diferentes estratégias de cálculo e registros. ef03ma08 Resolver e elaborar problemas de divisão de um número natural por outro (até 10), com resto zero e com resto diferente de zero, com os signi- ficados de repartição equitativa (para contar quantidades maiores e partilhar quantidades iguais, por exemplo) e de medida (para comparar grandezas de mesma espécie), por meio de estraté- gias e registros pessoais. MATEMÁTICA120 4 MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO 1. MULTIPLICAÇÃO E ADIÇÃO DE PARCELAS IGUAIS Vamos ajudar nossos amigos? Bia e Rafael são colegas de classe. Ontem, a professora passou um desafio no quadro e pediu que o resolvessem. Na mesa de Tereza tem 3 travessas com 4 peras cada. Quantas peras há na mesa de Tereza? Veja como cada criança pensou e marque quem acertou. ⊲ Bia representou com desenhos e contou 12 peras: ⊲ Rafael pensou assim: 3 + 4 = 7 Escreva o nome de quem acertou o desafio. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 120 15/02/2021 16:07:35 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 95 16/02/2021 10:38:31 – 96 – disCutindo Orientações Peça aos alunos que registrem no material as resolu- ções obtidas pelo grupo de que fazem parte. A seguir, peça que cada grupo escolha um representante, que de- verá apresentar as estratégias utilizadas pelo grupo para calcular a pontuação no jogo. Valorize o pensamento dos alunos e apresente o “erro” como parte do processo de construção do conhecimento. Ao final das apresentações, verifique qual foi o grupo que somou mais pontos. Apresentaremos uma possível jogada: Solução: 1. Jogar o dado para retirar a quantidade de palitos ver- melhos (4 pontos). 2. Jogar o dado para retirar a quantidade de palitos azuis (5 pontos). 3. Jogar o dado para retirar a quantidade de palitos pre- tos (10 pontos). mÃo na massa Orientações O objetivo do jogo proposto é estimular os alunos, de forma divertida, a perceber as diferentes estratégias de resolução de um cálculo de multiplicação. Providencie, previamente, os materiais necessários para a realização do jogo: 96 palitos de fósforos coloridos ou varetas coloridas nas cores preta, azul e vermelha e um dado de 6 faces para cada grupo. Organize a turma em grupos de 4 alunos e leia as regras do jogo no Caderno do Aluno. Antes de permitir que os alunos iniciem o jogo, simule uma partida coletiva para que todos compreendam as regras e tirem as dúvidas. Se neces- sário, ajude-os a compreender o preenchimento do quadro. Enquanto os alunos realizam as jogadas, circule entre os grupos observando as relações estabelecidas, os regis- tros e os cálculos realizados. À medida que for passando pelos grupos, faça perguntas como: ⊲ Quantos palitos azuis vocês retiraram? ⊲ Qual é o valor de cada palito azul? ⊲ Como o grupo vai calcular o valor de todos os palitos azuis? E dos vermelhos? ⊲ Quantas vezes se repete o valor do palito preto? ⊲ Como você pode calcular esse valores repetidos? ⊲ Teria um jeito mais breve de representar essa opera- ção? E um jeito mais rápido de responder? MATEMÁTICA121 MÃO NA MASSA Vamos jogar? Jogo “quem tem mais?” Número de participantes: 4 jogadores. Regras do jogo: ⊲ Todos os membros do grupo fazem jogadas, um de cada vez. ⊲ Para saber a quantidade de palitos que deverá retirar, cada jogador lançará o dado três vezes: 1. O número obtido no primeiro lançamento corresponde à quantidade de palitos vermelhos. 2. O número obtido no segundo lançamento corresponde à quantidade de palitos azuis. 3. O número obtido no terceiro lançamento corresponde à quantidade de palitos pretos. ⊲ Retirar da caixa os palitos correspondentes às cores e às quantidades dos dados. ⊲ A cada jogada, marcar no quadro de registro de pontos o número de palitos que recebeu. ⊲ Calcular os pontos, sabendo que cada cor de palito equivale a um valor diferente, registrando a estratégia utilizada. ⊲ O jogador que fizer mais pontos, ganha o jogo. COR DO PALITO PONTUAÇÃO 4 5 10 FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 121 15/02/2021 16:07:35 MATEMÁTICA122 Quadro de registro de pontos: NOME DO JOGADOR PALITOS VERMELHOS PALITOS CINZA PALITOS PRETOS TOTAL DE PALITOS DISCUTINDO Vamos ver como cada grupo calculou? ⊲ Escreva a seguir a resolução do seu grupo para a atividade anterior. ⊲ Escolha um membro do grupo e mostre à turma como calcularam. FINAL_AP_3ANO_1BI_completo_CA.indb 122 15/02/2021 16:07:35 AP_3ANO_1BI_CP book.indb 96 16/02/2021 10:38:32