Baixe Desenvolvimento embrionário e outras Resumos em PDF para Biologia Celular, somente na Docsity! O desenvolvimento embrionário O desenvolvimento embrionário começa após a fecundação, compreendendo todo o processo desde a formação do zigoto até ao nascimento. Inicia-se com uma série de divisões mitó�cas do zigoto, originando a mórula que, ao ser implantada no útero, se modifica, havendo diferenciação das células em dois grupos: a mais externa, o trofoblasto, que mais tarde, se diferencia em citotrofoblasto e sinciotrofoblasto, enquanto que a mais interna, o embrioblasto, se diferencia em hipoblasto e epiblasto, que originará posteriormente, na gastrulação, os três folhetos embrionários: eApós a gastrulação, caracterizada por movimentos morfogénicos intensos, forma-se o embrião tridérmico. Os três folhetos embrionários sofrem diferenciação celular, originando-se os diferentes tecidos, os quais se inter-relacionam formando órgãos e sistemas de órgãos. Esta fase denomina-se organogénese; é iniciada com a neurulação, que culmina na formação do tubo neural (que originará o encéfalo e espinhal medula) e da crista neural (na base dos sistemas nervosos periférico e autónomo), sendo induzida por um conjunto de interacções celulares. Segue-se a diferenciação do tubo neural, num processo rápido, em que ocorre diferenciação a diversos níveis, podendo dis�nguir-se diferenciação céfalo-caudal de dorso-ventralndoderme, mesoderme e ectoderme1,2. 2a Semana de gestação: Ocorre o processo de implantação do blastocisto no endométrio; o trofoblasto se diferencia em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto; a massa celular interna se diferencia em epiblasto e hipoblasto; formação das vesículas vitelina e amnió�ca e o mesoderma extraembrionário se diferencia em somá�co e esplâncnico. O disco embrionário didérmico é cons�tuído pelo epiblasto e pelo hipoblasto, com o âmnio e a vesícula vitelina de anexos. Formação do disco didérmico - Na região do nó embrionário ocorrerá a formação de duas cavidades: uma superior chamada vesícula amnió�ca e outra inferior chamada vesícula vitelínica primi�va. Uma fileira de células formará o assoalho da vesícula amnió�ca e esta fileira cons�tui o folheto embrionário chamado ectoderma. A vesícula vitelínica apresenta uma camada celular que forma o seu teto e esta camada cons�tui o folheto chamado endoderma. Estes dois folhetos podem ser chamados de disco didérmico. Durante um determinado período, as duas vesículas estão em contato direto com o trofoblasto. Entretanto, logo começam a surgir células que situam-se entre o trofoblasto e a vesícula vitelínica, formando o mesoderma extraembrionário. Formação do mesoderma extra embrionário O mesoderma extra embrionário forma-se a par�r de mul�plicação de células do hipoblasto (alguns autores dizem q corre a par�r da membrana exocelômica) No final da 2 semana esse mesoderma sofre cavitações formando o celoma extra embrionário que depois passa a ser chamado de cavidade coriônica. No final da 2ª semana, o saco vitelino primi�vo perde uma parte, tornando-se o saco vitelino (defini�vo) Forma-se também o pedículo do embrião (cons�tuído de mesoderma extra embrionário). Essa estrutura dará origem ao cordão umbilical A camada externa ao embrião é denominada córion (mesoderma extra embrionário + citotrofoblasto + sinciciotofoblasto) OBS: Parte do córion dará origem a placenta. (A formação do disco embrionário didérmico. Enquanto o trofoblasto se diferencia em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto, algumas células do embrioblasto formam duas vesículas, a amniotélica e a vitelina primi�va, que será posteriormente subs�tuída pela defini�va. A parte superior da vesícula amnió�ca cons�tui o epiblasto e a parte superior da vesícula vitelínica cons�tui o hipoblasto. O embrião será formado pelos dois folhetos, o epiblasto e o hipoblasto. Os demais componentes formarão os anexos embrionários. Pequenas cavidades cheias de líquido aparecem nesse mesoderma; aos poucos, elas se juntam para formar uma grande cavidade, o celoma extra-embrionário, que divide o mesoderma extra- embrionário em duas lâminas, exceto na região que se estabelecerá, como pedículo primi�vo do embrião, o futuro cordão umbilical.) 3ª semana de gestação: Gastrulação, formação das camadas germinativas; neurulação formação do tubo neural; desenvolvimento dos somitos; desenvolvimento do celoma intra embrionário; desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular; desenvolvimento das microvilosidades coriônicas. Gastrulação: Diferenciação do Mesoderma • As células derivadas do nó primi�vo também formam o mesoderma paraxial; • Próximo ao nó, essa população aparece como uma coluna grossa e longitudinal de células; • Cada próxima coluna esta em con�nuidade com o mesoderma intermediário, que gradualmente se afina para formar camada mesoderma lateral; • O mesoderma lateral esta em con�nuidade com o mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelino e âmnio; • Próximo ao fim da terceira semana, o mesoderma paraxial diferencia-se em somitos (pares de corpos cubóides); • Esses blocos estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento. São formados cerca de 38 pares (dia 20-30). • No fim da quinta semana temos 42-44 pares; • Os somitos avançam cefalocaudalmente dando origem à maior parte do esqueleto axial, aos músculos associados e à pele da derme adjacente Mesoderma Intra-embrionário • Ao final da terceira semana o mesoderma separa o ectoderma e o endoderma em todos os lugares, menos: • Na membrana bucofaríngea • Na região do notocorda • Na membrana cloacal Mesoderma Intra-embrionário (des�nos) • Mesoderma (cabeça) Crânio, tecido conjun�vo da cabeça, den�na • Mesoderma Paraxial Músculos da cabeça, músculo estriado esquelé�co (tronco, membros), esqueleto (menos crânio), derme, tecido conjun�vo • Mesoderma Intermediário Sistema urogenital, com gônadas, ductos e glândulas acessórias • Mesoderma Lateral Tecido conjun�vo e músculos da vísceras, membranas serosas da pleura, pericárdio e peritônio, coração primi�vo, sangue e células linfóides, baço e córtex da supra renal As células derivadas do nó primi�vo também formam o mesoderma paraxial. Próximo ao nó, essa população aparece como uma coluna grossa e longitudinal de células. Cada próxima coluna esta em con�nuidade com o mesoderma intermediário, que gradualmente se afina para formar a camada de mesoderma lateral. O mesoderma lateral esta em con�nuidade com o mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelino e âmnio. Próximo ao fim da terceira semana, o mesoderma paraxial diferencia-se em somitos (pares de corpos cubóides). Esses blocos estão localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento. São formados cerca de 38 pares (dia 20-30). No fim da quinta semana temos 42-44 pares. Os somitos avançam cefalocaudalmente dando origem à maior parte do esqueleto axial, aos músculos associados e à pele da derme adjacente. Observação: Cavidade cardiogênica • Algumas células mesenquimais da linha primi�va migram cefalicamente de cada lado do processo notocordal • Na região cefálica ocorre o encontro das mesmas, formando o mesoderma cardiogênico na cavidade cardiogênica • Ocorre o desenvolvimento do primórdio do coração (fim da terceira semana) Neurulação – formação do sistema nervoso Sob ação indutora da notocorda, o ectoderma sobrejacente (neuroectoderma) sofre alterações que culminamcom a formação do tubo neural Etapas: placa neural (neuroectoderma) -> sulco neural -> goteira neural -> tubo neural -> Obs: há formação Tb da crista neural. Importância da crista neural – algumas celulas da crista neural migram para a face em formação, formam os gânglios nervosos, originam os odontoblastos, medula da adrenal, células de schwann, etc. • Com o desenvolvimento do notocorda, o ectoderma acima se espessa, formando uma placa alongada, a placa neural; • Ela aparece cefalicamente ao nó primi�vo edorsalmente à notocorda e ao mesoderma; • Com o alongamento da notocorda a placa se alarga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea, até passar a notocorda; • Por volta do dia 18, a placa se invagina ao longo do seu eixo central, formando o sulco neural, com pregas neurais em ambos os lados; • As pregas neurais tornam-se proeminentes na extremidade cefálica do embrião; • Ao final da terceira semana as pregas neurais já começaram a se aproximar e se fundir, convertendo a placa em tubo neural; • O tubo neural se separa do ectoderma assim que pregas se encontram; • As células da crista neural se afastam formando uma camada con�nua sobre o tubo neural e as costas do embrião; • O tubo neural e a crista neural originarão respec�vamente o SNC e o SNP Diferenciação do tubo neural: O tubo neural formará inicialmente 3 vesiculas encefálicas primi�vas e a par�r destas, as 5 defini�vas 1 – Prosencéfalo (primi�va) -> telencéfalo • diencefalo 2 – Mesencéfalo (primi�va) -> mesencefalo 3 – Rombencéfalo (primi�va) -> metencéfalo • mielencéfalo Dobramento • O disco trilaminar plano dobra-se em um embrião quase cilíndrico; • Ocorre nos planos mediano e horizontal e é decorrente do rápido crescimento do embrião; • O crescimento em comprimento é muito mais rápido que o lateral; • O dobramento das extremidades cefálica e caudal e o lateral ocorrem simultanemente; • A junção do embrião e o saco vitelino sofre uma constrição rela�va; 1)Dobramento do Plano Mediano • O dobramento nas extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal, que se alogam e se deslocam ventralmente; Prega cefálica • No início da quarta semana, as pregas neurais da região cefálica tornaram-se mais espessas, formando o primórdio do encéfalo; • Posteriormente o prosencéfalo cresce em direção cefálica, além da membrana bucofaríngea, e coloca-se sobre o coração em desenvolvimento; • Durante o dobramento longitudinal, parte do endoderma do saco vitelino é incorporada no embrião, formando o intes�no anterior (primórdio da faringe, do esôfago), que situa-se entre o encéfalo e o coração; • A prega cefálica também influencia a formação do celoma embrionário (primórdio das cavidades do corpo).