Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Desenvolvimento embrionário desde a 5° a 8° semana, Resumos de Matérias técnicas

Informações sobre o desenvolvimento embrionário da 5ª à 8ª semana de gestação, as causas do sangramento vaginal no primeiro trimestre, o sistema ABO/Rh relacionado à gestação e o processo de abortamento, seus meios diagnósticos e condutas necessárias. São apresentados também tipos clínicos de abortamento e suas formas clínicas. O documento pode ser útil para estudantes de medicina, biologia e enfermagem.

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 13/05/2023

kamyle-magalhaes
kamyle-magalhaes 🇧🇷

4 documentos


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Desenvolvimento embrionário desde a 5° a 8° semana e outras Resumos em PDF para Matérias técnicas, somente na Docsity! Tuta 4 OBJETIVOS: ● Compreender o desenvolvimento embrionário da 5ª à 8ª semana de gestação. ● Entender as causas do sangramento vaginal no primeiro trimestre. ● Estudar o sistema ABO/Rh, relacionado à gestação. ● Elucidar o processo de abortamento, seus meios diagnósticos e condutas necessárias. ● Relacionar fraqueza e perda de sangue (não é necessário aprofundar em anemia). Deslin ebári de 5°a 8° se Quinta Semana Durante a quinta semana, são pequenas as mudanças na forma do corpo em comparação com as que ocorrem durante a quarta semana. O crescimento da cabeça excede o crescimento das outras regiões, devido principalmente ao rápido desenvolvimento das proeminências encefálicas e faciais. A face logo entra em contato com a proeminência cardíaca. As cristas mesonéfricas indicam a localização dos rins mesonéfricos, que são os primórdios dos rins permanente. Sexta Semana Embriões na sexta semana mostram movimentos espontâneos, como contrações do tronco e membros. Os embriões neste estágio apresentam respostas reexas ao toque. Os primórdios dos dedos, ou raios digitais, começam a se desenvolver nas placas das mãos. O desenvolvimento dos membros inferiores ocorre 4 a 5 dias após o desenvolvimento dos membros superiores. Várias pequenas intumescências, as saliências auriculares, desenvolvem-se e contribuem para a formação do pavilhão auricular. Os olhos agora são bem evidentes, em grande parte por causa da formação do pigmento da retina. A cabeça é muito maior do que o tronco e está encurvada sobre a grande proeminência cardíaca. Esta posição da cabeça Resulta da exão da região cervical (pescoço). O tronco, então, começa a se endireitar. Durante a sexta semana, os intestinos penetram o celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical. Essa herniação umbilical é um evento normal no embrião e ocorre porque, nesta idade, a cavidade abdominal é pequena demais para acomodar o rápido crescimento do intestino. Saliências auriculares formando o pararão aurícula. Sétima Semana Durante a sétima semana, os membros sofrem modicações consideráveis. Aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos, separando parcialmente os futuros dedos. A comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelino está agora reduzida a um ducto relativamente estreito, o canal onfaloentérico. Ao nal da sétima semana, a ossicação dos ossos dos membros superiores já iniciou - clavícula. Oitava Semana No início desta semana nal do período embrionário, os dedos das mãos iá estão separados, mas claramente unidos por membranas. As chanfraduras são claramente visíveis entre os raios digitais dos pés. O plexo vascular do couro cabeludo aparece e forma uma faixa característica que envolve a cabeça. No nal do período fetal, os dedos caram mais compridos e já se separaram. Durante esta semana, ocorrem os primeiros movimentos coordenados dos membros. A ossicação começa no fêmur. As evidências da eminência caudal tipo cauda já desapareceram no nal da oitava semana. As mãos e os pés aproximam-se ventralmente uns dos outros. Ao nal da oitava semana, o embrião tem características humanas visualmente distintas; entretanto, a cabeça ainda é desproporcionalmente grande, constituindo quase metade do embrião. A região do pescoço já é denida e as pálpebras estão se fechando. No nal da oitava semana, as pálpebras começam a se unicar por fusão epitelial. Os intestinos ainda estão na porção proximal do cordão umbilical. Os pavilhões auriculares começam a assumir sua forma nal, mas ainda apresentam implantação baixa na cabeça. Apesar de já existirem diferenças entre os sexos na aparência da genitália externa, elas não são sucientemente distintas para possibilitar uma identicação precisa do sexo. Abomo - (ca, ti, tamo disi) O abortamento é a expulsão do feto pesando de <500g ou < 20 semanas de gestação podendo ser espontâneo ou provocado. Epidemiologia: Cerca de 75% dos ovos fertilizados são abortados, e em mais da metade deles isso ocorre antes da primeira falha menstrual. Em gestações diagnosticadas clinicamente, 10% terminam espontaneamente até 12 semanas, representando 80% de todos os abortamentos (American College of Obstetricians and Gynecologists [ACOG], 2015). Etiologia: Alterações cromossômicas: A trissomia autossômica é a alteração mais frequente ligada ao abortamento espontâneo de primeiro trimestre e representa 50% dos abortamentos de causa genética. A trissomias mais relacionadas ao abortamento são, em ordem decrescente de frequência, dos cromossomos 16, 22, 21, 15, 13, 2 e 14. Os mais comuns fatores de risco identicados em mulheres com abortamento precoce são a idade materna avançada e a história de perda anterior (ACOG, 2015). A frequência de abortamentos precoces clinicamente reconhecidos em mulheres com idade de 20 a 30 anos é de 9 a 17%, aumentando rapidamente para 20% na idade de 35 anos, 40% com 40 anos e 80% com 45 anos. Formas clínicas: Constituem tipos clínicos de abortamento (Tabelas 27.2 e 27.3): Ameaça de abortamento ● Abortamento inevitável ● Abortamento completo ● Abortamento incompleto ● Abortamento infectado ● Abortamento retido ● Abortamento habitual Insuciência cervical. Ameaça de abortamento: gravidez complicada por sangramento antes de 22 semanas Abortamento inevitável: o colo está dilatado, mas o produto da concepção não foi eliminado Abortamento completo: todo o produto da concepção foi eliminado sem a necessidade de intervenção médica ou cirúrgica Abortamento incompleto: alguma parte do produto da concepção foi eliminada, mas não a sua totalidade; podem estar retidos feto, placenta ou membranas Abortamento infectado: abortamento (geralmente incompleto) complicado por infecção intrauterina. Abortamento retido: gravidez na qual já há a morte fetal (usualmente por semanas) sem a sua expulsão Abortamento habitual: 2 ou mais abortamentos consecutivos. Ameça d otto: Quadro clínico: Consiste, fundamentalmente, em hemorragia, que traduz anomalia decidual e/ou descolamento do ovo, e dor, sinal de contração uterina. Abomo npe Quadro clínico: Está relacionado com a eliminação parcial do ovo, que causa hemorragia persistente e é terreno propício à infecção. O abortamento incompleto é comum após 8 semanas de gestação, quando as vilosidades coriônicas cam aderidas ao útero. Nos abortamentos tardios, a paciente consegue distinguir páreas e o concepto e, geralmente, informa a eliminação apenas do feto (Figura 27.5). O sangramento não cessa, é intermitente, pode ser intenso, e ocorre porque os restos ovulares impedem a contração uterina adequada. As cólicas persistem. O útero, amolecido, tem volume aumentado, mas o escoamento do líquido amniótico e, comumente do feto, reduz suas dimensões, que não são as previstas pela idade da gravidez. O colo está entreaberto. ▶ Ultrassonograa. Massa focal ecogênica caracteriza o diagnóstico de restos ovulares (Figura 27.6). ▶ Tratamento: O melhor tratamento para o abortamento incompleto é o esvaziamento cirúrgico, e nesse particular, a aspiração a vácuo. O tratamento expectante não é o mais indicado. Abomo nta Quadro clínico: O abortamento infectado sucede, quase sempre, a interrupção provocada em más condições técnicas, mas esta não é sua única origem. Espontâneo ou intencional, há sempre antecedentes que a anamnese esclarece: abortamento incompleto, manipulação instrumental cavitária, introdução de sondas, laminárias, soluções diversas. Os microrganismos causadores são os existentes na ora do sistema genital e dos intestinos: cocos anaeróbios (peptococos, peptoestreptococos), E. coli, bacteroides, Clostridium perfringens. A classicação clínica mais utilizada é feita em três formas: I, II e III. ▶ I | Endo(mio)metrite. É o tipo mais comum. A infecção é limitada ao conteúdo da cavidade uterina, à decídua e, provavelmente, ao miométrio. A sintomatologia é semelhante à do abortamento completo ou incompleto. A elevação térmica é pequena (pouco acima de 38°C), e o estado geral é bom; as dores são discretas. Não há sinais de irritação peritoneal, e tanto a palpação do abdome como o toque vaginal são tolerados. Hemorragia escassa é a regra. ▶ II | Pelviperitonite. Em função da virulência do microrganismo e, sobretudo, do terreno, a infecção progride, agora localizada no miométrio, nos paramétrios e anexos, comprometendo o peritônio pélvico. Todavia, a hemorragia não é sinal relevante. O sangue escorre mesclado a líquido sanioso, cujo odor é fecaloide, com presença de anaeróbios. Se um abortamento incompleto suceder a infecção, como é usual, eliminam-se fragmentos do ovo. A temperatura está em torno de 39°C e o estado geral está afetado, com taquicardia, desidratação, paresia intestinal, anemia. As dores são constantes e espontâneas. A defesa abdominal está limitada ao hipogástrio e não se estende ao andar superior do abdome. O exame pélvico é praticamente impossível, tal a dor despertada. Feito muito delicadamente, nota-se útero amolecido, mobilidade reduzida e paramétrios empastados. O colo costuma estar entreaberto. ▶ III | Peritonite. Trata-se da forma extremamente grave, da infecção generalizada. As condições da genitália repetem as da forma anterior. Há peritonite, septicemia e choque séptico, decorrentes, em geral, do acometimento por gram-negativos (E. coli), mas também de bacteroides e Clostridium. A infecção por Clostridium piora o prognóstico, Temperatura elevada, mas, nem sempre, pulso rápido, liforme, hipotensão arterial, abdome distendido, desidratação acentuada, oligúria e icterícia, são sinais gerais. Em outras pacientes, há endocardite, miocardite e subsequente falência do órgão. Tromboebite pélvica e embolia pulmonar podem ser encontradas. As condições hemodinâmicas e infecciosas conduzem à infecção renal aguda. São comuns abscessos no fundo de saco posterior, entre as alças e o epípolo, retroperitoneais, sub-hepáticos e subdiafragmáticos. Em casos de abortamento provocado por substâncias injetadas no útero, considera-se o quadro do infarto uteroanexial. Os órgãos genitais alojam lesões necróticas, semelhantes às da apoplexia uteroplacentária, e, como nessa entidade, são comuns os distúrbios da hemocoagulação. Tratamento: São concomitantes ao esvaziamento uterino. Na peritonite, os abscessos devem ser drenados pelo fundo de saco posterior ou pela via alta, dependendo da localização. O diagnóstico ultrassonográco dos abscessos resolve controvérsias sobre sua sede e extensão Na infecção causada por Clostridium, está indicada, frequentemente, a histerectomia total com anexectomia bilateral, sendo inoperante o esvaziamento. Abomo ro Quadro clínico: No abortamento retido, o útero retém o ovo morto por dias ou semanas (Figura 27.7). Após a morte fetal, pode ou não haver sangramento vaginal. O útero mantém-se estacionário e pode até diminuir. A ultrassonograa não exibe BCF após o embrião ter atingido ≥ 7 mm ou o SG for ≥ 25 mm e embrião estiver ausente. Nas retenções prolongadas do ovo morto (> 4 semanas), os distúrbios da hemocoagulação constituem a complicação mais temida. Chama-se ovo anembrionado o tipo de abortamento retido no qual a ultrassonograa não identica o embrião, estando o SG ≥ 25 mm (Doubilet et al., 2013; American College of Radiology [ACR], 2013) (Figura 27.8). O diagnóstico denitivo de abortamento retido deve ser sempre conrmado por duas ultrassonograas espaçadas de 7 a 10 dias. Abomo hul O abortamento habitual ou recorrente é denido como a perda de duas ou mais gestações (American Society for Reproductive Medicine [ASRM], 2013). Esse conceito é considerado inovador, haja vista que a maioria dos autores continua denindo abortamento habitual como a perda de três ou mais gestações consecutivas. O abortamento habitual é um dos temas mais controversos em Obstetrícia. Fatores epidemiológicos: O abortamento habitual, denido como duas ou mais interrupções, afeta cerca de 5% dos casais tentando conceber; para três ou mais interrupções, a incidência é de 1% (ASRM, 2012). A idade materna e o número de abortamentos anteriores são dois fatores de risco independentes para uma nova interrupção. A idade materna avançada está associada a declínio tanto no número como na qualidade dos oócitos remanescentes. A idade paterna também tem sido reconhecida como fator de risco (La Rochebrochard & Thonneau, 2002). Alterações cromossômicas Em aproximadamente 2 a 4% dos casais com abortamentos recorrentes, pelo menos um dos parceiros, especialmente a mulher, é portador de anomalia estrutural balanceada, na maioria das vezes, uma translocação. Muito embora os portadores de translocações balanceadas sejam fenotipicamente normais, a perda fetal ocorre porque a segregação durante a meiose resulta em gametas com duplicação ou falta de segmentos nos cromossomos. Além da incidência maior de abortamento, essas gestações carreiam risco de crianças malformadas. A cada gestação, a chance de abortamento é de 20 a 30%, às vezes de 50%. Isso signica que cerca de dois terços dos casais com translocação balanceada e abortamento recorrente têm recém-nascidos normais na gestação seguinte. Sínom ifliídi A síndrome antifosfolipídio (SAF) talvez seja a causa mais importante de abortamento habitual. A SAF refere-se à associação entre anticorpos antifosfolipídio – lúpus anticoagulante (LAC) e anticardiolipina (aCL) – e trombose vascular ou prognóstico adverso na gravidez. Dos abortamentos habituais, 3 a 15% são causados por SAF. Mulheres com abortamento recorrente por SAF, sem tratamento, têm chance de apenas 10% de feto vivo. Doenças endócrinas: Estão relacionadas: deciência luteínica, hipotireoidismo (doenças autoimunes – Hashimoto) e síndrome do ovário policístico (SOP). Fatores anatômicos: Malformações uterinas: Estão presentes em 10 a 15% dos abortamentos habituais (Alijotas-Reig & GarridoGimenez, 2013). As malformações uterinas deformam a cavidade uterina e prejudicam o desempenho reprodutivo, acentuando a incidência de abortamentos, parto pré-termo, crescimento intrauterino restrito (CIR), ruptura uterina e apresentações anômalas. A insuciência cervical está frequentemente associada aos defeitos congênitos uterinos, o que explica por que o útero arqueado, a malformação mais leve, também determine mau prognóstico obstétrico. O útero septado é o mais frequente (35% dos casos) em virtude da má vascularização do septo. ▶Insuciência cervical: Determina, tipicamente, abortamentos de 2 o trimestre, e o diagnóstico é feito pela história clínica de ruptura espontânea das membranas e dilatação sem dor. Dada sua importância no abortamento habitual, a insuciência cervical será analisada separadamente, ao nal do capítulo. ▶ Miomas: Os miomas que distorcem a cavidade intrauterina podem determinar abortamento habitual de 2 o trimestre. Tratamento: As principais medidas terapêuticas são: Fertilização in vitro (FIV) com diagnóstico pré-implantação (DPI) nas alterações cromossômicas do casal. Insuciência cervical: O termo insuciência cervical é utilizado para descrever a incapacidade do colo uterino em reter o produto da concepção no 2° trimestre da gravidez, na ausência de sinais e sintomas de contrações e/ou parto.

1 / 10

Toggle sidebar

Documentos relacionados