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Diagnóstico por Imagem, Notas de estudo de Diagnóstico por Imagem

Resumo sobre como funciona a formação de imagem em um Raio-X, terminologias direcionais, posições radiográficas, alterações radiográficas do tecido ósseo, fraturas e suas classificações e raio-X de coluna vertebral

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 31/03/2025

karol-bertaglia
karol-bertaglia 🇧🇷

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Radiologia convencional
A formação da imagem radiográfica depende da
regulagem da máquina, variando o kV(quilovoltagem)
x mA (miliamperagem) x tempo (segundos) de
acordo com a área a ser radiografada. Além disso, a
espessura, densidade e distância do objeto influenciam
diretamente na formação da imagem.
O objetivo é sempre manter o mais próximo da
anatomia e diminuir os artefatos, uma vez que
a imagem a ser analisada é uma sombra do
objeto.
Ainda, a densidade do objeto é o responsável por
caracterizar a variação de cores existentes no exame,
variando entre radiopaco e radiolucente.
Quanto mais denso, a imagem produzida será
mais branca, já que a radiação praticamente
não passa e produz uma sombra por completo.
Proteção individual
É indispensável o uso de proteção individual para
radiologistas, técnicos e auxiliarem. Inclui avental,
luvas, óculos e protetor de tireoide.
Crianças e gestantes não devem entrar na sala
de exame.
Observação do exame radiográfico
Todo exame necessário sempre 2 posições, gerando um
ângulo de 90º na área radiografada, ou seja, de forma
perpendicular. A observação sempre deve ser feita da
periferia para o centro e do centro para a periferia,
ainda, para radiografar ossos é necessário conter a
articulação cranial e caudal e no centro da imagem a
área a ser avaliada com objetivo de obter maior
definição.
Para elaboração do laudo, a história e sinais
clínicos auxiliam a direcionar melhor os
achados e diagnostico radiográfico.
Terminologia direcional
Existem abreviações para sugerir as direções do
exame, onde:
- Dorsal (D); - Ventral (V);
- Lateral (L); - Medial (M);
-Cranial (Cr); - Caudal (Cd);
- Rostral (R); - Proximal (Pr);
- Distal (Di); - Palmar (Pa);
- Plantar (Pl).
Posições radiográficas do abdômen
A delimitação é entre 3 EIC a acima da xifoide até o
trocanter maior do fêmur. Podendo os posicionamentos
serem:
Látero-lateral (LL): existe a necessidade de um
preparo, evitando sobreposições de conteúdos
estomacais ou fecais.
Para avaliação de abdômen o mais utilizado é
o US.
Ventro-dorsal (VD): evita sombras da coluna
vertebral, pode-se fazer uso de calhas.
Posições radiográficas do tórax
O melhor momento é na fase inspiratória e deve-se
manter o pescoço na posição mais anatômica possível.
Durante a expiração ocorre um aumento da
densidade pulmonar, os vasos diminuem e há
aumento da silhueta cardíaca.
A delimitação é entre manúbrio, esterno e as
últimas costelas. Os membros anteriores
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Radiologia convencional A formação da imagem radiográfica depende da regulagem da máquina, variando o kV(quilovoltagem) x mA (miliamperagem) x tempo (segundos) de acordo com a área a ser radiografada. Além disso, a espessura, densidade e distância do objeto influenciam diretamente na formação da imagem.  O objetivo é sempre manter o mais próximo da anatomia e diminuir os artefatos, uma vez que a imagem a ser analisada é uma sombra do objeto. Ainda, a densidade do objeto é o responsável por caracterizar a variação de cores existentes no exame, variando entre radiopaco e radiolucente.  Quanto mais denso, a imagem produzida será mais branca, já que a radiação praticamente não passa e produz uma sombra por completo. Proteção individual É indispensável o uso de proteção individual para radiologistas, técnicos e auxiliarem. Inclui avental, luvas, óculos e protetor de tireoide.  Crianças e gestantes não devem entrar na sala de exame. Observação do exame radiográfico Todo exame necessário sempre 2 posições, gerando um ângulo de 90º na área radiografada, ou seja, de forma perpendicular. A observação sempre deve ser feita da periferia para o centro e do centro para a periferia, ainda, para radiografar ossos é necessário conter a articulação cranial e caudal e no centro da imagem a área a ser avaliada com objetivo de obter maior definição.  Para elaboração do laudo, a história e sinais clínicos auxiliam a direcionar melhor os achados e diagnostico radiográfico. Terminologia direcional Existem abreviações para sugerir as direções do exame, onde:

  • Dorsal (D); - Ventral (V);
  • Lateral (L); - Medial (M); -Cranial (Cr); - Caudal (Cd);
  • Rostral (R); - Proximal (Pr);
  • Distal (Di); - Palmar (Pa);
  • Plantar (Pl). Posições radiográficas do abdômen A delimitação é entre 3 EIC a acima da xifoide até o trocanter maior do fêmur. Podendo os posicionamentos serem: Látero-lateral (LL): existe a necessidade de um preparo, evitando sobreposições de conteúdos estomacais ou fecais.  Para avaliação de abdômen o mais utilizado é o US. Ventro-dorsal (VD): evita sombras da coluna vertebral, pode-se fazer uso de calhas. Posições radiográficas do tórax O melhor momento é na fase inspiratória e deve-se manter o pescoço na posição mais anatômica possível.  Durante a expiração ocorre um aumento da densidade pulmonar, os vasos diminuem e há aumento da silhueta cardíaca.  A delimitação é entre manúbrio, esterno e as últimas costelas. Os membros anteriores

devem estar estendidos e é indicado para avaliação pulmonar, cardíaca, mediastino e costelas. Latero-lateral (LL): Ventro-dorsal (VD): Dorso-ventral (DV): indicada para avaliação cardíaca pela menor deformidade da silhueta do coração. Ainda, existe a possibilidade de realizar:  LL e VD da coluna cervical;  LL e VD da coluna torácica e lombar;  LL, VD, DV, RCd do crânio e LL com a boca aberta;  LL e VD da pelve. Posições radiográficas de membro torácico O feixe de RX deve estar no local da lesão no centro da imagem com as duas articulações (cranial e caudal) presentes. Escapulo-umeral:  Mediolateral (ML)  Caudocranial (CdCr) – feixe em relação a escapula. Úmero-radio-ulnar:  Mediolateral (ML); Carpal e falanges:  Mediolateral (ML)  Mediopalmar-dorsolateral (MPaDL 45º)  Carpal falanges dorsopalmar (DPA) Posições radiográficas do membro pélvico O feixe de RX deve estar no local da lesão no centro da imagem com as duas articulações (cranial e caudal) presentes. Fêmur-tíbio-patelar:  Mediolateral (ML)

Doenças que ocorrem nos ossos (RX) Osteomielite: é a inflamação da parte interna e externa do osso, na grande maioria das vezes a inflamação em ossos de cães e gatos está associada a infecção. É muito comum após colocação de implantes ortopédicos. Pode ser supurativa ou não.  Aguda – ocorre uma reação periosteal proliferativa de forma agressiva que se estende ao longo da diáfise;  Possível observar edema difuso nos tecidos adjacentes, reabsorção/lise da cortical e medular.  Crônica – pode ou não ter edema difuso, pode ou não ter proliferação óssea periosteal, margem esclerótica ao redor da lise para conter a infecção, ou seja, produzindo mais osso para tentar conter (mais branco que o esperado). Neoplasias: as primarias são as mais comuns.  Benignas – os sítios tumorais são bem demarcados, não invade os tecidos adjacentes e não provoca reação periosteal, existe uma zona de transição entre o osso normal e o anormal. Esse tipo de acometimento é raro.  Malignas – não é possível diferenciar uma osteomielite aguda e tumor primário do osso, a imagem é muito semelhante. Os mais comuns são osteossarcoma, fibrossarcoma, condrossarcoma e hemangiossarcoma.  Pode haver fratura associada a neoplasia, uma vez que há perda do tecido;  Reação periosteal exacerbada. *Osteossarcoma é a neoplasia maligna mais comum em cães em raças de médio a grande porte, adultos e ambos os sexos. Atinge ossos longos com maior incidência, é altamente metastático (pulmões), raramente envolve espaço articular (1/3 proximal de úmero, distal de rádio-ulna, proximal e distal de fêmur), reação de periósteo muito exacerbada classificada como explosão ou raios solares (sunburst) e associação com linhas de fraturas e triangulo de codman.  Metastática – ocorre em pacientes jovens a idosos, pode ser pulmonar ou mesmo em ossos. O diagnóstico é muito difícil, uma vez que não é possível diferenciar se é primaria ou secundária. Necessário 3 posicionamentos para investigar metástase pulmonar devido a assimetria dos lobos pulmonares. Fraturas A fratura é a perda de uma continuidade óssea, produzindo uma linha radiolucente. Sua origem pode ser traumática ou patológica e o RX auxilia na avaliação do osso como um todo e as possíveis alterações no tecido mole.  Algumas estruturas normais podem sugerir fraturas, como forame nutrício ósseo, ossos sesamoides e linhas fisárias abertas (linhas de crescimento). Tipos de fraturas A classificação radiográfica pode ser dividida em: Aberta: há exposição óssea;

Fechadas: não há exposição óssea para o meio externo; Completas: há comprometimento de uma cortical a outra. Podem ser subdivididas em: simples (1 linha), duplas (2 linhas no mesmo) ou cominutivas (3 ou + linha), variando de acordo com a quantidade de linhas radiolucentes no mesmo foco de fratura.  A simples ainda pode ser dividida em transversa (reta), obliqua (promove uma angulação) ou espiral (promove angulação e gira, possível ver a medular), variando de acordo com o sentido da linha de fratura. Incompletas: acomete apenas um lado do periósteo. Podem ser subdividas em: “galho verde” (patológica, geralmente associada a problemas metabólicas, onde há perda de mineralização) ou fissuras (acomete uma pequena porção do periósteo). Classificação de fraturas São tipos de fraturas “únicas” onde recebe apenas seu nome próprio, sem a necessidade de nomear de acordo com a classificação radiográfica (simples, aberta, fechada). Fratura de avulsão ou lasca: está associada a locais de inserção de ligamentos, próximos a região de margem articular.  Frente a uma força, o ligamento estira e faz um movimento de catapulta. Quando retorna a sua posição, promove a fratura em lasca.  Mais frequente na crista da tíbia. Fratura por compressão: causada por uma força (traumatismo) na região vertebral, onde os corpos vertebrais são aproximados entre si pelo vetor de força, levando a fratura.  RX não é capaz de mostrar os danos na medula espinhal provocados por esse tipo de fratura;  O local do impacto não necessariamente será o único fraturado, uma vez que a força é capaz de dissipar. Fratura patológica: é causada pelo processo de desmineralização do osso, tornando-o enfraquecido (“galho-verde”).  A imagem radiográfica do osso fica muito radiolucente, semelhante aos tecidos moles. Fratura fisária: ocorrem na epífise e está associada a animais jovens. Pode ser chamada de Salter Harris e possui classificação de I a V, variando de acordo com o sentido da linha de fratura e quantidade de fragmentos.  Promove distúrbios de crescimento e anormalidades articulares;  É de difícil observação devido a presença de linha fisária e linha de fratura. Consolidação das fraturas Todo osso fraturado tende a consolidar através de reações de periósteo e endósteo, as cirurgias ortopédicas garantem que essa consolidação seja o D – Fratura fechada completa simples transversa E – Fratura fechada completa simples obliqua F – Fratura fechada completa simples espiral G – Fratura fechada completa dupla H – Fratura fechada completa cominutiva

Raio-X de coluna vertebral O exame radiográfico de coluna vertebral é mais frequente em pequenos animais (cão e gato), utilizado para a visualização da porção óssea (não observa discos e raízes nervosas), sendo necessário sempre a anestesia como apoio, visto que muitas vezes a dor impossibilita o posicionamento. Os segmentos podem ser divididos em:  Cervical – 7;  Torácico – 13;  Lombar – 7;  Sacro – 3;  Coccígeo – 6 a 20. Ainda, o RX é capaz de avaliar alterações na forma, tamanho, densidade, alinhamento das vertebras e largura do espaço do disco intervertebral. Os posicionamentos possíveis, incluem:  Latero-lateral;  Ventro-dorsal;  Avaliação cervical – crânio deve estar em posição anatômica a 90º, evitando espaços;  Avaliação torácica ou lombar – pode ser necessário preparo, evitando sobreposições;  Esterno + coluna, devem estar alinhados para realizar o exame nessa posição (desalinhados – altera espaço intervertebral). Mielografia A visibilidade da medula espinhal não é obtida pelo RX simples, é necessário a realização de mielografia, onde é depositado contraste no espaço subaracnóidee através do forame magno. Possibilita a visualização de processos compressivos, subluxação e luxação com compressão, protrusão do disco intervertebral e neoplasias.  Uso restrito, TM e RM a substitui. Doenças congênitas Hemivértebra: é uma falha na formação de parte do corpo vertebral, tornando-os menores e incompletos, induzindo desvios na coluna vertebral, gerando compressão na medula espinhal e consequente sinais neurológicos.  Comum em pug, bulldog a nível de torácicas e coccígeas. Deformidades na curvatura da coluna:  Escoliose – desvio lateral;  Lordose – desvio ventral;  Cifose – desvio dorsal. Doenças metabólicas Incluem osteoporose (baixa [Cálcio e fósforo]), Hipervitaminose A (causada por excesso de fígado) e Osteodistrofia nutricional, levando a ossos com densidade de tecido mole e fraturas do tipo “galho verde”. Fraturas e luxações Podem ser decorrentes de traumas, a apresentação radiográfica pode sugerir o tipo de alteração presente:  Desalinhamento entre vertebras – subluxação;  Desarticulação completa das superfícies articulares – luxação;  Descontinuidade do canal medular e linhas de fraturas. Além disso, fraturas com acavalamento podem sugerir ruptura da medula espinhal.

Doenças degenerativas Espondilomielopatia cervical: pode ser chamada de síndrome de Wobbler ou instabilidade cervical, onde há alteração do corpo vertebral que leva a instabilidade cervical, o que reflete na medula espinhal (alteração do canal medular, pontos de estreitamento – sinais neurológicos). Pode ser:  Congênita – primária;  Adquirida – secundária a hernia de disco, hipertrofia ligamentosa ou produção de osteófitos. É possível observar subluxação da vertebra cervical, estreitamento intervertebral, estenose no canal medular e sinais de degeneração (DAD).  Formação de osteófitos para tentar estabilizar, porém diminui a mobilidade, gerando pontos compressivos na medula espinhal. Instabilidade lombossacra: é semelhante a instabilidade cervical, porém há diminuição do espaço intervertebral entre L7-S1, comprimindo a cauda equina (síndrome da cauda equina). Ou seja, é uma alteração óssea que repercute na porção neurológica.  Observa-se subluxação entre L7-S1, estenose do canal medular, espondilose ventral e erosão da epífise;  Uso de epidurografia pode auxiliar no diagnostico – contraste é depositado entre L7 e S1. Doenças inflamatórias Protrusão, calcificação e extrusão do disco intervertebral (DIV): a chamada hernia de disco é uma protrusão do DIV, onde há uma alteração da estrutura, gerando possíveis sinais neurológicos. Ainda, o RX é muito limitado para esse tipo de avaliação, o ideal é a realização de TM.  Protrusão é quando o disco sai do lugar e extrusão é quando o núcleo pulposo extravasa.  Sinais radiográficos – diminuição do espaço intervertebral, alteração no formato/tamanho do forame intervertebral, aumento na radiopacidade dentro do canal medular (calcificação do disco). Em casos de hernia de disco, na mielografia a coluna de constrante pode ter um deslocamento, não deixando o contraste passar.  Calcificação do disco pode acontecer em processo senil. Discospondilites: processo inflamatório que pode ser secundário a uma infecção no disco e corpo vertebral. Pode ser dividida em fase aguda (poucas alterações no RX, há aumento ou diminuição do espaço articular por lise na epífise vertebral) e fase crônica (diminuição do espaço articular, osteófitos vertebrais e fusão do corpo vertebral).  Na maioria das vezes é uma infecção sistêmica que acaba atingindo a coluna. Espondilose deformante: está associada a um processo degenerativo que leva a proliferação óssea (bico de papagaio), levando a limitação de movimento.  Sinais radiográficos – presença de osteófitos laterais, dorsais e ventrais de tamanhos variáveis (pode levar a compressão de ME – sinais neurológicos e ortopédicos). Neoplasias de coluna: podem ser benignas, malignas (mais frequente) ou metastáticas.  Sinais radiográficos – benignos (bem delimitado, apenas 1 vértebra, sem reação periosteal) malignos (agressivos, mal definidos, lise óssea, fraturas compressivas).