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Guias e Dicas
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Dois documentos, um trabalho e uma leitura, Resumos de Saúde Pública

Fichamento e artigo de leitura

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 09/08/2024

nanci-marcondes-celestino
nanci-marcondes-celestino 🇧🇷

2 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Dois documentos, um trabalho e uma leitura e outras Resumos em PDF para Saúde Pública, somente na Docsity! Curso: Psicologia Ano: 2024 Módulo Ação Integrada de Ensino Aprendizagem ou Qualidade de Vida FICHAMENTO DE LEITURA IDENTIFICAÇÃO Aluno(a): Nanci Marcondes Celestino RA: 21001807 Módulo: Prevenção e Promoção à saúde Estágio: Data do relatório: 28/02/24 Supervisor (a): Patrícia Bento FICHAMENTO DE ARTIGO CIENTÍFICO Título do artigo científico: Saúde Mental e Vulnerabilidade Social: a direção do tratamento a) Autores: Carlos Alberto Pegolo da Gama Rosana Teresa Onocko Campos Ana Luiza Ferrer b) Ano: 2014 c) Resumo dos principais aspectos teóricos: O artigo faz uma breve contextualização da Reforma Psiquiátrica, aponta as transformações ocorridas devido a mesma, porém relata a permanência de um viés tradicional, pautado em classificações diagnósticas e medicalização. Descreve ainda o conceito de saúde mental proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS): “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças". Os autores apontam o DSM e o CID como instrumentos de um sistema classificatório psiquiátrico. O estuda ainda traz que as pesquisas epidemiológicas são pautadas em escalas de sensibilidade de variáveis representadas pela sintomatologia do sujeito e recorre ao termo ‘normalidade’ da mesma forma que o conceito de saúde mental o faz. O texto relata diversos estudos onde a correlação inversa entre transtorno mental e classe econômica reafirmam pesquisas internacionais. A respeito do conceito de vulnerabilidade o artigo o difere do termo ‘fator de risco’ e diz que ter ela o “potencial de adoecimento relacionados a todo e cada indivíduo que vive em um certo conjunto de condições”, envolvendo assim o individual, social e o programático. d) Objetivo principal do estudo: O objetivo do texto é refletir sobre as relações entre saúde mental e vulnerabilidade social a partir do encontro da Psiquiatria Biológica com a Reforma Psiquiátrica tendo como pano de fundo as Políticas Públicas de Saúde no Brasil. e) Metodologia: A metodologia utilizada parece ser uma revisão crítica da literatura Curso: Psicologia Ano: 2024 Módulo Ação Integrada de Ensino Aprendizagem ou Qualidade de Vida f) Resultados: Tendo analisado todos os aspectos da evolução histórica da Psiquiatria e de sua reforma, considerando as políticas públicas de saúde nas relações entre a vulnerabilidade e a saúde mental, os autores destacam a importância da conversão de uma visão tradicional medicamentosa, firmada em um pilar técnico-cientifico para um olhar focado no sujeito como único, suas vivências e sofrimentos. g) Principais pontos discutidos no estudo com uma pequena análise crítica do estudante: O artigo problematiza - embasando com diversos estudos - ser utópica e inatingível a definição de saúde mental pela OMS. Tal definição ainda remete a um ‘padrão de normalidade’ versus o que chamam de ‘patológico’, desta forma, se vale de uma visão reducionista, onde a individualidade do sujeito, sua cultura, contexto social e o momento histórico não são levados em conta. Acerca dos Manuais de Diagnósticos trazem ter eles, da mesma forma que o conceito de saúde mental, um reducionismo, não levando em consideração o ser humano em suas especificidades, focando em sintomas através de uma “abordagem biologizante, hegemônica, empírica e operacional” juntamente com uma crescente nosologia. Os autores questionam ainda as pesquisas epidemiológicas, uma vez que as mesmas se pautam em variáveis sintomatológicas, padrões de normalidade pré estabelecidos, fugindo mais uma vez do “humano” do sujeito, recriando em alguns momentos estigmas psicossociais, onde, por exemplo, pensar em loucura remete a pobreza. É apontado pelos autores a importância de uma ótica construtivista, sem, no entanto, renegar a ciência tradicional, mas, modela-la de forma a abarcar todo o fenômeno, suas singularidades, subjetividades, experiências completas, desta forma, trazendo a relação de vulnerabilidade e saúde mental para perto do que é a vivência do sofrimento mental do indivíduo. h) Citação do artigo/ Referência: GAMA, C. A. P. DA .; CAMPOS, R. T. O.; FERRER, A. L. . Saúde mental e vulnerabilidade social: a direção do tratamento. Revista Latino-americana de Psicopatologia Fundamental, v. 17, n. 1, p. 69–84, mar. 2014. PARECER DO PROFESSOR SUPERVISOR O professor deverá informar se o relatório foi considerado satisfatório ou insatisfatório para contabilidade das horas de estágio. Acrescentar a data e se possível assinar este relatório. Curso: Psicologia Ano: 2024 Módulo Ação Integrada de Ensino Aprendizagem ou Qualidade de Vida e epistemológicas associadas, ou os grupos que se relacionam com o conceito, dentre outros; b. termos substitutos - que são as palavras que se relacionam ou expressam as mesmas ideias do conceito; c. os atributos do conceito em pauta - que são as palavras e as expressões que, repetidamente, são empregadas para descrever as características do conceito; d. os antecedentes e consequentes do conceito - em que os antecedentes são os episódios, cenários ou fenômenos que antecedem o conceito e facilitam a compreensão do contexto social e os consequentes são os episódios que resultam do uso do conceito; e. as implicações e hipóteses do conceito - tendo em vista que o conceito não é estático, esse método de pesquisa desaconselha apresentar uma abordagem conclusiva, mas sim indagar e apresentar hipóteses para pesquisas futuras. f) Resultados: Foram selecionados 311 trabalhos, 14 na base Scopus, 12 na base Web of Science e 5 em ambas as bases. O estudo mais citado foi “Estudo multicêntrico brasileiro sobre transtornos mentais comuns na atenção primária: prevalência e fatores sociodemográficos relacionados”, com autoria de Gonçalves et al. (2014), com 18 citações. A maioria dos artigos foram escritos em português (26) e situavam-se entre 2013 a 2016. O contexto onde mais apareceu o constructo de saúde mental foi Ciências Médicas/Medicina e Psicologia com um n=11 cada. Quando analisado os termos substitutos, as autoras acharam “transtornos mentais” como prevalente. No que diz respeito aos atributos do conceito, “Aspectos Psicossociais” e “Sintomas Psiquiátricos” foram os mais citados. Verificou-se também a “Reforma Psiquiátrica” como o antecedente mais mencionado nos estudos. “Fatores de Impacto na Saúde Mental” foi o termo consequente mais utilizado nas pesquisas selecionadas. Quando analisado as hipóteses e implicações, “Fatores de Impacto que Tinham Potencial para Proteger a Saúde Mental” foi a grande maioria. g) Principais pontos discutidos no estudo com uma pequena análise crítica do estudante: O presente estudo diz ser o termo “saúde mental” amplamente utilizado em diversos contextos e áreas, porém, poucos são os estudos que se debruçam em conceituá-lo. As autoras em suas pesquisas, notaram o termo associado a duas dimensões, sendo uma a “Psiquiatria e Transtorno Mental”, a outra, em “Reforma Psiquiátrica e Serviços de Atenção Psicossocial”, assim como o estudo da “Saúde Mental enquanto sofrimento psíquico”. Curso: Psicologia Ano: 2024 Módulo Ação Integrada de Ensino Aprendizagem ou Qualidade de Vida As autoras chamam a atenção para o fato de que a psiquiatria se pauta em observação, descrição e classificação (através de diretrizes de manuais, a saber, DSM´s e CID´s) de sinais e sintomas, tendo como parâmetro para tal um referencial de “normalidade” por eles definidos. Destaca-se, porém, não ser de todo o mal essa dinâmica, deve-se haver um equilíbrio, uma vez que o diagnóstico em diversos casos serve até como um refrigério ao paciente. Extrai-se ainda da presente pesquisa, a não concordância da Psiquiatria Democrática com o uso dos termos: alienação, doença mental, anormalidade, isolamento, entre outros, pois, convertem para um olhar anterior a doença, tendo como foco o sujeito e suas vivências. Relatam assim, as autoras, que a Reforma Psiquiátrica abre mão de um olhar focado em diagnóstico e doença mental para um cenário onde o sofrimento existencial do sujeito, com fortalecimento em suas relações sociais, acabam por suplantar a visão reducionista dos hospitais psiquiátricos, tendo agora, o tratamento humanizado e o cuidado através de uma equipe multidisciplinar como bussola. Entretanto, importante salientar, que ainda se está longe de alcançar tal humanização, desta forma, se torna imprescindível uma governança voltada para políticas públicas em saúde mental pautadas em direitos humanos. E como era de se esperar, o estudo, assim como diversas outras literaturas apontam, há uma disputa entre a Psiquiatria e a Reforma Psiquiátrica, culminando tal embate em influência para o constructo de saúde mental. h) Citação do artigo/ Referência: ALCÂNTARA, V. P.; VIEIRA, C. A. L.; ALVES, S. V.; Perspectivas acerca do conceito de saúde mental: análise das produções científicas brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, n. 1, p. 351–361, jan. 2022. PARECER DO PROFESSOR SUPERVISOR O professor deverá informar se o relatório foi considerado satisfatório ou insatisfatório para contabilidade das horas de estágio. Acrescentar a data e se possível assinar este relatório. Curso: Psicologia Ano: 2024 Módulo Ação Integrada de Ensino Aprendizagem ou Qualidade de Vida FICHAMENTO DE LEITURA IDENTIFICAÇÃO Aluno(a): Nanci Marcondes Celestino RA: 21001807 Módulo: Prevenção e Promoção à saúde Estágio: Data do relatório: 24/02/24 Supervisor (a): Patrícia Bento FICHAMENTO DE ARTIGO CIENTÍFICO Título do artigo científico: Saúde mental no Brasil: avanços, retrocessos e desafios a) Autores: Rosana Teresa Onocko-Campos b) Ano: 2019 c) Resumo dos principais aspectos teóricos: O texto discorre sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira desde seu início até a contemporaneidade. Aponta avanços ocorridos nos primórdios de tal processo como a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, expansão de redes assistenciais e serviços comunitários, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que tiveram relevante importância para a desinstitucionalização de pacientes de longa permanência, promovendo, de forma significativa, fechamentos de leitos nos hospitais psiquiátricos, somente sendo isso possível por políticas públicas que investiram em tais transformações, convertendo financiamentos direcionados a tais hospitais para a nova política de saúde então recém implantada. Destacou-se ainda nesse processo inicial, programas criados para dar suporte a nessas mudanças – Programa de Volta para Casa, centros de convivências, centros de geração de renda, entre outros. Aponta estagnações a partir de 2011 nas políticas de saúde mental. Destaca a portaria 3.588 de 2017, que reintroduziu o Hospital Dia na Rede de Assistência Psicossocial (RAPS) e instituiu o CAPS AD IV, além de outros aspectos. d) Objetivo principal do estudo: O objetivo principal do artigo é trazer uma análise crítica, contextualizando os diversos momentos na história da Reforma Psiquiátrica e das políticas públicas de saúde mental, apontando as conquistas, lacunas, retrocessos e desafios atuais. e) Metodologia: A metodologia utilizada parece ser uma revisão crítica da literatura disponível sobre a saúde mental e políticas públicas de saúde no Brasil.