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Guias e Dicas
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Movimento de cargas em um campo magnético, Resumos de Física

Uma explicação detalhada sobre o movimento de cargas elétricas em um campo magnético. São abordados conceitos como a força magnética que atua sobre uma carga móvel, as características dessa força (perpendicular à velocidade e ao campo magnético), a relação entre a força magnética, a carga, a velocidade e o campo magnético, o movimento circular uniforme de cargas em um campo magnético uniforme, a força magnética entre dois fios percorridos por corrente elétrica, o fluxo de portadores de carga elétrica e os efeitos da corrente elétrica. O documento também traz informações sobre a quantização da carga elétrica e a classificação das forças na física. Essa abordagem detalhada do tema pode ser útil para estudantes de física, engenharia e áreas afins, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 07/05/2024

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Baixe Movimento de cargas em um campo magnético e outras Resumos em PDF para Física, somente na Docsity! P ● FÍSICA A física é a ciência que estuda as propriedades da matéria e das energias. Seus estudos baseiam-se em experimentações e pesquisas sobre como funcionam os aspectos da natureza, como o vento, a matéria química, o movimento e as interações entre cada um desses elementos. Assim como a filosofia, a física é uma das mais antigas disciplinas estudadas pela humanidade, uma vez que também é marcada pelas questões existenciais, como “o que são os astros?”, “de onde viemos?”, ou “como funciona o universo?” FORÇA MAGNÉTICA A força magnética é a força que faz a interação entre dois objetos com propriedades magnéticas. Ou seja, se colocarmos um corpo de prova feito de material com propriedades magnéticas em uma região onde existe campo magnético, o corpo fica sujeito a uma força de origem magnética. A denominação força magnética é muitas vezes substituída por força de Lorentz, em homenagem ao físico holandês Hendrik Antoon Lorentz. O mistério de uma força atuando à distância é uma grande surpresa quando observado pela primeira vez. Inicialmente, o magnetismo foi considerado uma das forças da natureza, manifestada no ferro e em outras substâncias mais raras que eram chamadas de substâncias ferromáticas. Experimentos realizados por Christian Oersted (1777-1951) contribuíram para o conhecimento da natureza do magnetismo e provaram a relação entre magnetismo e eletricidade. Abriu-se, então, o caminho para o estudo do eletromagnetismo, que propiciou o desenvolvimento de, por exemplo, geradores de eletricidade e motores elétricos. O que é força magnética? Analisando o efeito de um campo magnético sobre uma carga elétrica móvel. Para isso, consideramos uma carga elétrica q deslocando-se com velocidade v em relação às linhas de um campo magnético uniforme B. A força magnética Fm que age sobre a carga móvel (q) apresenta as seguintes características: É sempre perpendicular ao vetor velocidade v; É sempre perpendicular ao vetor campo magnético B. Ou seja, a força magnética é perpendicular ao plano formado pelos vetores v e B. P Conhecendo as direções e os sentidos dos vetores v e B podemos determinar a direção do vetor força magnética Fm pela chamada regra da mão esquerda. Essa configuração muda de acordo com o sinal que a carga assume. Desse modo, a intensidade da força magnética é dada por: Sendo: P Trabalharemos agora não com uma, mas com várias cargas em movimento sob a ação de um campo magnético uniforme. Essas várias cargas estão confinadas em um fio e constituem uma corrente elétrica (i). Sendo L o comprimento do fio e v a velocidade dos portadores de carga, escrevemos em módulo, a força magnética como: A direção da força magnética é perpendicular ao plano determinado pela reta que contém o fio e pela reta que contém o vetor campo magnético. O sentido pode ser obtido pela regra da mão esquerda, na qual o vetor velocidade é substituído pelo sentido da corrente elétrica. Força magnética entre fios paralelos Sabemos que toda corrente elétrica gera ao redor de si um campo magnético. Vamos considerar dois fios longos e paralelos, 1 e 2, percorridos pelas correntes elétricas i1 e i2. Devido à corrente elétrica no fio 1, é gerado um campo magnético B1 na região que se encontra o fio 2. Como os fios são paralelos, todos os pontos do fio 2 estão a uma mesma distância do fio 1 e, portanto, sujeitos a um campo magnético de mesma intensidade. Como resultado, o fio 2 fica sujeito a uma força magnética. Considerando um trecho de fio de comprimento L, a intensidade da força magnética é: Sendo: ● d: distância entre os dois fios; ● μ: constante de permeabilidade magnética do meio em que está o fio, que no vácuo é: μ = 4π . 10-7. Reciprocamente, o fio 1 também fica sujeito a uma força magnética. Quando os fios têm correntes de mesmo sentido, a força magnética entre os fios é de atração. Em correntes de sentidos contrários, a força é de repulsão. P ELETRODINÂMICA A corrente elétrica nos condutores elétricos é o movimento ordenado dos portadores de carga elétrica. A eletrodinâmica é a área da física responsável pelo estudo das cargas elétricas em movimento. Geralmente, a eletricidade é produzida a muitas centenas de quilômetros dos locais de consumo. Apesar disso, ela chega quase instantaneamente até os aparelhos elétricos, transmitida por condutores elétricos. Fluxo de portadores de carga Vimos que, para um material ser condutor de eletricidade, é necessário que ele possua portadores de carga elétrica (elétrons, íons positivos ou negativos) e que estes apresentem mobilidades no interior do material. Os materiais condutores podem ser classificados em três grupos, que veremos a seguir. Primeira classe: condutores metálicos Nesses condutores, temos a ligação metálica, que se caracteriza pela formação de uma rede cristalina e de uma nuvem eletrônica constituída por elétrons quase livres – são os elétrons mais afastados do núcleo que apresentam fraca energia de ligação com o átomo. Esses elétrons, que se espalham, formam uma verdadeira nuvem pelo retículo cristalino, como um gás. São esses elétrons quase livres os portadores de carga nos metais em geral, como é o caso do ferro, do níquel, do cromo, do alumínio, da prata, do cobre etc. Segunda classe: condutores eletrolíticos As soluções eletrolíticas têm os íons positivos e os negativos como portadores livres de carga elétrica. Íons podem ser provenientes da dissociação P iônica (compostos iônicos), como é o caso da solução aquosa de NaCl, e provenientes da ionização (compostos moleculares) de compostos ácidos, básicos ou salinos em um solvente, que é normalmente a água, como é o exemplo da solução aquosa de ácido clorídrico. Terceira classe: condutores gasosos Normalmente, um gás é isolante, no entanto, a ação de um forte campo elétrico pode ionizá-lo, formando, como portadores livres, íons positivos e elétrons. Semicondutores e supercondutores Além dos três tipos de materiais condutores descritos anteriormente, temos as substâncias semicondutoras e as supercondutoras. Como exemplo de semicondutores temos o silício e o germânio. Em altíssimos graus de pureza, esses elementos são praticamente isolantes, mas a inserção de pequenas quantidades de gálio ou arsênio, por exemplo (processo comumente chamado de “dopagem”), cria lacunas não-preenchidas por elétrons ou elétrons livres, tornando o conjunto condutor. Modernamente, fundindo-se diferentes materiais em proporções adequadas, obtêm-se “cerâmicas” supercondutoras a temperaturas bem acima do zero absoluto, mas ainda muito baixas em relação à temperatura ambiente. Corrente elétrica Suponhamos um pedaço de fio de cobre isolado. Nesse metal, os elétrons livres não estão em repouso: eles descrevem um movimento caótico, sem nenhuma direção preferencial. No entanto, quando aplicamos uma diferença de potencial nos extremos desse fio, estabelecemos um movimento de elétrons numa direção preferencial, do menor para o maior potencial elétrico, constituindo o que chamamos de corrente elétrica – corrente elétrica é o movimento ordenado de portadores de carga elétrica. O sentido escolhido para a corrente elétrica e o sentido do movimento dos portadores de carga positivos. A intensidade da corrente elétrica (i) fornece o fluxo de portadores de carga por unidade de tempo, que é dada por: P Também podemos escrever a potência em função da diferença de potencial U e da corrente elétrica i: Porém, no SI, a unidade de medida da potência, ao invés de ser joule/segundo, é o watt (W). Para facilitar a medida do consumo de energia, começou a ser utilizado o quilowatt-hora, cuja relação com a unidade joule é: 1kwh = 3,6 . 106 J. CARGA ELÉTRICA – PRINCÍPIO DE ATRAÇÃO E REPULSÃO E EFEITO CASIMIR A carga elétrica é uma importante propriedade física da matéria, que determina as interações eletromagnéticas dos corpos eletrizados. Para entendermos algumas de suas características, é preciso dividir a matéria em pedaços cada vez menores até encontramos o átomo com um diâmetro de, aproximadamente, 10-10m. Partículas elementares Ao longo da história da ciência, foram propostos vários modelos para o átomo, entretanto, podemos nos concentrar no modelo apresentado por Rutherford, em 1911, como mostra a figura ao lado. Ele nos explica a origem de toda a eletricidade. Todos os materiais que conhecemos são constituídos de átomos. Esses são formados por um núcleo no qual se encontram agrupados os prótons e os nêutrons. Girando em torno dele, em órbitas de circunferências ou elípticas, estão os elétrons. O átomo é eletricamente neutro por possuir prótons e elétrons em quantidades iguais. P Estas são partículas subatômicas, cada uma com uma carga elétrica. O corpo com excesso de elétrons apresenta quantidade de carga elétrica negativa, ou seja, está negativamente eletrizado. Já aquele com falta de elétrons apresenta quantidade de carga elétrica positiva (pois nele passa a predominar a carga positiva dos prótons), ou seja, está eletrizado positivamente. A unidade de carga é o coulomb, abreviado pela letra maiúscula C., em homenagem ao físico francês Charles Augustin de Coulomb. Unidade de carga elétrica No SI, a unidade de quantidade de carga elétrica é o coulomb (C). Como 1 C é uma quantidade de carga elétrica muito grande, é comum a utilização dos seus submúltiplos: ● 1 mC (milicoulomb) = 10-3 C; ● 1 uC (microcoulomb) = 10-6 C; ● 1 nC (nanocoulomb) = 10-9 C. Carga elétrica elementar A carga elementar é o menor valor de carga elétrica que existe na natureza. Ela é a carga que pode ser encontrada nos prótons e elétrons. Esse valor, simbolizado por e, é denominado quantidade carga elementar, sendo igual a 1,6. 10-19 C. A carga elétrica de um elétron é igual, em módulo, à do próton. Os valores dessas cargas expressas em coulomb são: O módulo dessas cargas costuma ser denominado carga elétrica elementar (e), valendo, portanto: P Como um corpo eletrizado está sempre com excesso ou falta de um certo número n de elétrons, o módulo de sua carga Q é múltiplo inteiro da carga elementar, ou seja: Observe que a carga elétrica não existe em quantidades contínuas, sendo sempre múltipla da carga elementar e. Dizemos que a carga elétrica é quantizada. A carga de um coulomb (1C) é muito grande, portanto, é comum o emprego de submúltiplos: A quantidade de carga elétrica total (Q) de um corpo será sempre um número inteiro (n) vezes o valor da carga elementar (e): ● Q = ne Sendo: ● Q – carga elétrica total (C); ● n – número de elétrons em falta ou em excesso; ● e – carga elétrica fundamental (1,6.10-19 C). Objetos carregados eletricamente e objetos neutros Quando o número de prótons em um átomo ou em uma molécula qualquer é igual ao número de elétrons, o átomo ou a molécula é eletricamente neutro. Se o número de prótons for diferente do número de elétrons, teremos um íon (átomo ou molécula eletrizado). Para que um corpo fique eletricamente carregado, é necessário que ele receba ou doe elétrons para as suas vizinhanças. Generalizando, dizemos que um corpo está eletrizado quando o número total de prótons (np) é diferente do número total de elétrons (ne). P Exemplos Escreva a carga elétrica usando os submúltiplos. (a) Q = 0,000002 C Basta mover a virgula para a direita seis casas. Portanto, Q = 2 x10-6 = 2μC. (b) Q = 0,003×10-6 C Basta mover a virgula para a direita três casas. Portanto, Q = 3 x10-9 = 2 nC. (c) Q = 2000,0 x10-9 C Basta mover a virgula para a esquerda três casas. Portanto, Q = 2 x10-6 = 2μC. (d) Q = 0,000 000 0045 C Basta mover a virgula para a esquerda nove casas. Portanto, Q = 4,5 x10 -9 = 2 nC. Efeito Casimir As descobertas relacionadas ao princípio de atração e repulsão de corpos carregados foi estabelecido a partir dos trabalhos de Coulomb, em 1783, sendo de fundamental importância para a consolidação dos estudos de Eletricidade. Basicamente, a Lei de Coulomb estabelece uma maneira elegante para quantificar a intensidade de forção de atração ou de repulsão entre corpos carregados eletricamente. Um ponto importante nessa lei é que, se os corpos estiverem descarregados, ou seja, eletricamente neutros, não é esperado nenhuma interação entre eles. A intensidade da força será zero. Para isso, basta que um dos corpos esteja neutro. P Curiosamente, em 1848, o físico holandês Casimir apresentou a hipótese de que se duas placas metálicas paralelas descarregadas, eletricamente neutras, estão sujeitas a uma força de atração, tendendo aproximá-las. Essa força apenas pode ser quantificada ou mesurada quando a distância entre as duas placas é muito pequena da ordem de micrometros. Esse efeito foi comprovado experimentalmente em 1997. O fenômeno de atração entre placas paralelas descarregadas, ou efeito Casimir, não pode ser explicado pela Lei de Coulomb. Por outro lado, vem sendo compreendido por meio de conceitos construídos a partir da Mecânica Quântica, por exemplo, o vácuo quântico. PRINCÍPIO DE HUYGENS O Princípio de Huygens afirma que cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas elementares e progressivas. A linha ou a superfície que tangencia todas as ondas elementares produzidas correspondem à frente de onda em um instante posterior. Assim como Newton formulou os princípios da Mecânica, coube a Christian Huygens sistematizar as leis de propagação da ondulatória. Na Física Moderna, a Mecânica das Partículas e a Mecânica Ondulatória estão sempre presentes. Alguns fenômenos só são entendidos e explicados pela ondulatória; outros, exclusivamente pela Mecânica das Partículas; e há ainda outros, comumente vistos em Física Nuclear, em que tanto a Mecânica como a ondulatória contribuem para o seu entendimento. Ondas periódicas e dimensões da onda Chama-se pulso a onda que corresponde a uma perturbação simples. Uma sucessão de pulsos iguais produz uma onda periódica. Nas propagações unidimensionais, as ondas se deslocam sobre uma linha (as ondas em uma corda, por exemplo). P Nas propagações bidimensionais, as ondas são produzidas em uma superfície, como as ondas nas superfícies de líquidos. Nas propagações tridimensionais, as ondas se propagam em todas as direções, por exemplo a propagação do som no ar. Frente da onda Em meios bi ou tridimensionais, as perturbações oriundas de uma fonte se propagam em todas as direções. Para entender o princípio de Huygens, devemos inicialmente compreender o que significa frente da onda. Suponha que você tirasse uma fotografia das ondulações que se espalham em um lago. Se você marcasse o local das cristas nas fotos, sua imagem seria parecida com a figura abaixo: P PRINCÍPIO DE HUYGENS-FRESNEL Este princípio diz que cada ponto de um meio atingido por uma perturbação periódica torna-se, por sua vez, uma nova fonte de perturbação periódica. O princípio pode ser enunciado da seguinte maneira: “Se uma perturbação periódica se propaga num meio qualquer, e se S é a frente de onda da perturbação, correspondente a um instante t qualquer, cada ponto de S torna-se um foco emissor secundário de ondas elementares, independentes entre si e de frequências iguais à da fonte. A nova frequência de onda S’ correspondente ao instante t + Δt é a envolvente de todas as frentes de ondas elementares emitidas pelos pontos de S e desenvolvidas durante o intervalo de tempo Δt”. Quando observamos a uma distância grande da fonte, como dito anteriormente, temos: Portanto, teremos ondas circulares no caso de um meio bidimensional e ondas esféricas no caso de um meio tridimensional. P FORÇA ELÁSTICA – LEI DE HOOKE Força elástica Fel é a força exercida por um corpo que se deforma, como é o caso da mola. Como a força elástica tende a restaurar o estado relaxado, ela também é chamada de força restauradora. Na física, classificamos o estudo dos movimentos dos corpos como mecânica, enquanto a cinemática estuda o movimento em si e a dinâmica estuda também as causas desse movimento. Após Isaac Newton apresentar suas três leis – as Leis de Newton -, a interação entre dois corpos, causada por uma força, passou a ser estudada. Podemos dividir esse estudo das forças nas seguintes categorias: ● Força Peso; ● Força de atrito; ● Força Centrípeta; ● Força Elástica. Muitas forças na natureza possuem a mesma forma matemática que a força de uma mola, portanto, esse estudo nos permite compreender diversos outros fenômenos. O que é força elástica? Para entendermos tudo o que virá a seguir, observe o seguinte esquema: Imagine um suporte onde iremos prender nele uma mola, de modo que essa extremidade presa fique fixa. Teremos também preso na outra extremidade da mola um bloco, que no caso será o representante de um objeto que se comporta como uma partícula. A mola deve estar no estado relaxado, ou seja, ela não está nem comprimida nem alongada, como mostra a imagem acima. P Agora, vamos puxar o bloco para a direita, como mostra a imagem abaixo, de maneira que ele desloque uma medida d. Ao puxarmos o bloco para a direita, a mola puxa o bloco para a esquerda, pois a força elástica tende a restaurar o estado relaxado. Se comprimirmos a mola empurrando o bloco à esquerda, a mola irá empurrar o bloco para a direita pelo mesmo motivo apresentado acima. Chamamos essa força restauradora de força F. Lei de Hooke Essa interação entre os corpos foi estudada por Robert Hooke, cientista inglês do final do século XVII. Com uma boa aproximação para todas as molas, a força elástica é proporcional ao deslocamento percorrido pela mola desde quando ela estava em estado relaxado até o fim do “puxão” ou “empurrão”. A força elástica, portanto, é dada por: F = – k . d. Essa fórmula ficou conhecida como Lei De Hooke, sendo Fs a força elástica, k a constante elástica e d a distância percorrida. O sinal negativo da equação indica que o sentido da força elástica é sempre oposto ao sentido do deslocamento da mola, como podemos observar nas figuras. A constante k é chamada de constante elástica ou constante de força. Ela é uma medida de rigidez da mola, portanto, quanto maior o valor de k mais rígida a mola é. Isso quer dizer que a força exercida pela mola contra o deslocamento é maior com o aumento do valor de k. P unidade para a pressão é o pascal (Pa), porém ela também pode ser expressa como uma porcentagem da pressão atmosférica usando o bar ou a escala barométrica. Dessa maneira, podemos classificar o grau de vácuo de um sistema em: ● Vácuo baixo; ● Vácuo médio; ● Vácuo alto; ● Ultra alto. Cada uma dessas categorias corresponde a regiões de pressões cada vez mais baixas. Atualmente, conseguimos faixas de vácuo cada vez menores, pois a tecnologia de vácuo aprimora suas técnicas de bombeamento e medição com o passar do tempo (ROTH, 1986). Vácuo natural A natureza usa “técnicas” para obter vácuo baixo em algumas funções da vida dos animais, mas nenhum alto vácuo natural é conhecido na Terra. Algumas dessas aplicações do vácuo são muito vitais, como é o caso da nossa própria respiração. Vácuo no espaço Como a pressão de 760 Torr ao nível do mar é resultado da “coluna atmosférica”, podemos dizer que a pressão diminui com a altitude. Até 100km de altitude (troposfera e estratosfera), a pressão diminui regularmente, o que resulta em uma pressão de 10-3 Torr a cerca de 90km de altitude. Em altitudes mais altas, existe alto vácuo, porém, acima de 400km, podemos encontrar regiões onde existe o ultra vácuo. Acima dessa altitude, a pressão começa a decrescer de modo mais lento. Aplicações das técnicas de vácuo A grande variedade de aplicações de vácuo pode fazer com que o vácuo do local dure toda a vida útil do produto, como é o caso do vácuo usado em lâmpadas, tubos, aceleradores, etc. Outros produtos usam a tecnologia do vácuo apenas como um passo na produção, sendo o produto final usado em condições atmosféricas (revestimento a vácuo, secagem, impregnação etc.). P O aspirador de pó é o exemplo mais simples de um sistema de transporte a vácuo. Os aspiradores costumam atingir pressões de 600 Torr, para sugar objetos de dezenas de gramas. Os sistemas de transporte pneumático que conectam os correios em Paris ou Londres são exemplos de instalações de transporte a vácuo muito grandes. O correio pneumático é um sistema de envio de cartas por meio de tubos de ar pressurizado, em Paris, que usa uma pressão de 450 Torr para o transporte de correspondências para as estações de bombeamento. A necessidade de remover os constituintes quimicamente ativos da atmosfera (oxigênio, vapor de água) por bombeamento a vácuo apareceu junto com a invenção das lâmpadas incandescentes, assim foi possível evitar a oxidação do filamento aquecido. Além disso, o vácuo é comumente usado para remover a umidade de alimentos, produtos químicos, produtos farmacêuticos, concreto etc. Por fim, ele é também usado no laboratório e na indústria química para acelerar a velocidade de filtragem (ROTH, 1986). MOVIMENTOS SOB AÇÃO DA GRAVIDADE Todos os corpos que estão no nosso planeta estão sujeitos à ação da gravidade. Quando uma maçã cai de uma árvore, ela sempre cairá em direção ao chão. Além disso, se jogarmos uma bola de basquete para cima, ela irá subir até uma determinada altura, e depois irá começar a cair em movimento de queda livre. Existem dois importantes movimentos sob a ação da gravidade: a queda livre e o lançamento vertical. Galileu Galilei foi o primeiro a estudar processos de queda livre e queda em um meio que apresente resistência. Ele subiu no topo da Torre de Pisa (a torre que conhecemos por ser inclinada) e deixou cair dois objetos: um mais leve e um mais pesado. Ambos tocaram o solo ao mesmo tempo. Ele percebeu, então, que a velocidade dos corpos em queda livre não depende do peso dos corpos que caem. O que é o movimento de queda livre? Se não houvesse a resistência do ar, todos os corpos de qualquer peso ou qualquer forma, ao serem abandonados da mesma altura, levariam o mesmo tempo para atingir o solo. Esse tipo de movimento, que consiste em soltar um objeto de uma determinada altura até que ele atinja o chão, é chamado de queda livre. P Quando um objeto é solto, ele adquire um movimento de queda em trajetória vertical, tendo sua velocidade aumentada conforte o tempo, devido à aceleração gravitacional, cujo valor é, aproximadamente, g = 9,8 m/s². Se formos rigorosos, o movimento em queda livre não existe na prática, porque dificilmente conseguimos evitar a influência da resistência do ar. Mas, podemos considerar queda livre, com boa aproximação, o movimento de uma pequena esfera de aço. No movimento em queda livre, a trajetória é retilínea e a aceleração constante. Portanto, é um MRUV. Podemos, então, reescrever as funções do MRUV para o movimento em queda livre da seguinte maneira: ● Função da velocidade em relação ao tempo: ● Função da posição em relação ao tempo: ● Função da velocidade em relação a posição (Torricelli): Podemos entender melhor quais são as diferenças das equações acima das equações tradicionais do MRUV pelos tópicos abaixo: ● Como a trajetória é sempre na vertical, não usamos mais a variável x para representar a posição do objeto. Portanto, agora a posição do objeto em queda livre fica associada à variável y, relacionada ao eixo vertical das ordenadas; ● A aceleração sempre será a gravidade. Portanto, perceba que em todas as equações acima usamos a = g. Como a aceleração da P NGC 4414, uma galáxia espiral típica na constelação Coma Berenices. Por The Hubble Heritage Team (AURA/STScI/NASA)NASA Headquarters Tipos de galáxia – classificação morfológica A maioria das galáxias tem formas semelhantes e pode ser enquadrada em duas classes gerais: espirais e elípticas. As galáxias foram classificadas por Edwin Powell Hubble, nos anos 1920, em quatro diferentes categorias: elípticas, espirais, espirais barradas e irregulares, que não possuem nenhuma forma definida. Espirais As galáxias em espirais, quando vistas de frente, apresentam uma clara estrutura em espirais. A nossa própria galáxia, a Via Láctea, é em espiral. As galáxias dessa classificação possuem: ● Núcleo; ● Disco; ● Halo; ● Braços espirais. Algumas galáxias dessa categoria podem não ter traços de estrutura em espiral, sendo chamadas de lenticulares. P Galáxia espiral M83. Nos braços das galáxias espirais, podemos observar, geralmente, o material interestelar, as nebulosas gasosas, a poeira e as estrelas jovens. As estrelas que formam essas galáxias costumam ser estrelas jovens e velhas. Alguns exemplos são: ● Via Láctea (nossa galáxia); ● Galáxia de Andrômeda; ● Galáxia do Triângulo; ● Galáxia de Bode (Messier 81). Elípticas Esse tipo de galáxia não tem espiral e sua estrutura é esférica ou elipsoidal. Elas variam muito de tamanho, podendo ser supergigantes e até mesmo anãs. As supergigantes são raras, porém as anãs são bem comuns e abundantes. P Galáxia elíptica gigante M87 Alguns exemplos são: ● Galáxia Ana da Ursa Maior; ● Galáxia Anã de Cetus; ● Centaurus A. ● Irregulares Hubble classificou como galáxias irregulares aquelas não possuíam simetria e apresentavam uma estrutura caótica ou irregular. A aparência dessas galáxias é determinada pela intensa formação estelar que está acontecendo, portanto, são caracterizadas por estrelas jovens brilhantes e nuvens de gás ionizadas. Os dois exemplos mais famosos de galáxias irregulares são a Grande e a pequena Nuvens de Magalhães. Essas duas galáxias são as mais próximas da Via Láctea e são visíveis a olho nu no Hemisfério Sul. A Grande Nuvem de Magalhães possui uma barra e orbita a Via Láctea. Além disso, nela está presente o complexo 30 Doradus, um dos maiores e mais luminosos agrupamentos de gases e estrelas supergigantes. A Pequena Nuvem de Magalhães pode ter sido formada a partir de uma colisão com a Grande Nuvem, tendo uma forma alongada e menos massiva.