Baixe Integração Económica de Angola na SADC e no Sistema Económico Mundial e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Economia Global, somente na Docsity! 1 Indice Introdução..................................................................................................... 2 1- Integração económica de Angola no sistema económico mundial.............3 1.1 Angola : contexto histórico..............................................................3 1.2 Cooperação Angola – China...........................................................5 1.3 Cooperação Angola- Portugal.........................................................6 2-Integração económica de Angola na SADC..................................................6 1.4 Panorama geral da SADC................................................................6 1.5 Efeitos da integração economica de Angola na SADC.....................7 Conclusão..........................................................................................................9 Referência bibliográfica.....................................................................................10 2 Introdução O estudo que desenvolvemos sobre o impacto de integração económica de Angola na SADC incidiu sobre alguns aspetos mais relevantes e estratégicos da economia angolana no contexto regional, em especial no plano da intensificação dos fluxos comerciais e de investimento. Naturalmente tivemos especial atenção à importância que o setor petrolífero angolano enquanto principal fonte de receita desta economia desempenhou nas relações económicas, dado que este setor pode desempenhar um papel fulcral no processo de industrialização destes países, podendo contribuir para tornar a região numa potência emergente à escala regional. Assim, face a tal problemática entendemos ser pertinente procurar responder à seguinte questão: Será que o contributo do sector petrolífero, por si só, é suficientemente sustentável para o processo de Integração Económica de Angola na SADC e no sistema económico mundial? O objectivo deste estudo é procurar enfatizar a forma como Angola se integra economicamente no espaço regional Austral de África e no sistema económico mundial. Para o efeito procurámos avaliar em que medida a crescente integração económica de Angola na SADC e no sistema económico mundial é apoiada pelos seus diversos recursos naturais. Consideramos este tema de grande importância por dois motivos: por um lado, trata-se de um tema bastante atual e alvo de constante debate na agenda política nacional e internacional, o que justifica em parte o acrescido interesse sobre o tema e a escolha desta abordagem; por outro, o trabalho surge da necessidade de preencher uma lacuna até o momento a existência de pouquíssimos estudos e bibliografias sobre a natureza da integração económica de Angola no sistema económico mundial , o que constitui um fator de preocupação. A metodologia baseou-se em procedimentos bibliográficos relacionada com os vários temas e subtemas em que o trabalho se desdobra. 5 empréstimos pelo Banco chinês de desenvolvimento para o sector agrícola angolano em 2009), construção civil, redes energéticas, telecomunicações e com destaque na comercialização do petróleo. Em 2004, Angola já era o terceiro maior fornecedor de petróleo para China, depois da Arábia Saudita e Omã. As relações apontaram para um nível mais acelerado em 2007, onde a China foi o segundo maior importador de petróleo de Angola após os E.UA. As relações Angola e China agudizaram-se fruto do valoroso empréstimo e linhas de crédito no valor de 4,579 biliões de dólares americanos para financiar o desenvolvimento de infraestrutura, em contrapartida o aumento das importações chinesas do petróleo bruto angolano. A partir de 2004, Angola registou um nível de crescimento económico considerável. Em 2004, a China adquiriu parcerias de capital em blocos de petróleo em águas profundas de Angola através da Sinopec (empresa chinesa), formando assim a Sonangol Sinopec Internacional Limited (SSI) e nos blocos de águas rasas. Embora a Sonangol já havia pensado há algum tempo em organizar recebimentos de empréstimos através de bancos ocidentais, mas, foi a primeira vez que a Sonangol (empresa angolana) e a Sinopec (empresa chinesa) procuraram projeto conjunto de financiamento. Atualmente, a China continua no topo das classificações dos países importadores do crude angolano, levando as relações a um nível elevado e incentivando cada vez mais as importações e os investimentos no país. Do ponto de vista da intensidade da comercialização do petróleo angolano, a china vem em primeiro lugar face a outros países asiáticos. Em 2008 as importações do petróleo da China em Angola rondaram os 596 mil barris por dia. Para Angola esta parceria traz grandes vantagens, contribui assim para o apoio do crescimento económico. Para China, as empresas chinesas têm encontrado negócios rentáveis no mercado angolano, facultando assim cada vez mais a entrada de empresas chinesas nos mais diversos ramos do mercado angolano. A cooperação chinesa atualmente prevê um modelo que será numa base de linhas de crédito, economia e comércio, que contrasta com os esforços ocidentais, e Angola continuará a exportar petróleo para a China. 6 1.3 - Cooperação Angola – Portugal Com o crescimento da economia de Angola e com a crise financeira em Portugal, verificou-se um êxodo de portugueses para este país africano, sendo estes últimos um importante fonte de investimento privado. Na realidade, o investimento privado em Angola representa hoje em dia, um papel importantíssimo no desenvolvimento da economia angolana, tendo por isso, o Governo angolano, desenvolvido um regime legal de incentivos atrativo para os potenciais investidores, sendo que os portugueses aparecem no topo das nacionalidades de investidores. Estes incentivos verificam-se ao nível da oferta de garantias credíveis de segurança e estabilidade jurídicas para os seus investimentos, como também, e sobretudo, estabelecendo regras e procedimentos claros, simples e céleres para os respectivos processos de aprovação. Com a descida abrupta dos preços do petróleo em 2014 instalou-se uma crise financeira e social em Angola, sendo que o país se encontra a desenvolver medidas para potenciar a diversificação económica e assim diminuir a dependência do petróleo. Portugal tem um papel essencial nesta diversificação, sendo um dos principais investidores privados no país, na área da produção de bens e serviços. Os negócios entre os dois países são essenciais para ambos, sendo que para a economia portuguesa é uma forma de financiamento e de capitalização, enquanto que para a angolana, Portugal representa uma praça financeira acessível, integrada num mercado mais amplo. 2 – Integração Económica de Angola na SADC 2.1- Panorama Geral da SADC A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral foi criada a 17 de agosto de 1992, na Cimeira de Windhoek, na Namíbia. Os seus membros atuais são: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabué e Seychelles. Os seus objetivos principais são a promoção do crescimento e desenvolvimento económico, a diminuição da 7 pobreza, o aumento da qualidade de vida da população, a paz e a segurança, o desenvolvimento sustentável, o reforço e consolidação das afinidades culturais, históricas e sociais da região, entre outros. A SADC é constituída por países muito diferentes entre si em inúmeros atributos, que a abertura dos mercados e a livre concorrência não são suficientes para provocar uma convergência real entre as diversas economias. É fundamental não perder de vista que no passado e atualmente a intensidade de comércio externo entre os países da SADC é praticamente nula, excepção feita às trocas entre as economias dominadas pelo rand sul-africano e a própria África do Sul e que se constituíram na SACU (South African Customs Union). 2.2 - Efeitos da Integração económica de Angola na SADC Em termos económicos e comerciais, o petróleo é particularmente significativo na estrutura económica angolana que contribui com mais de 47% para o PIB do país. Em 2012, a produção de petróleo em média, atingiu 1.88 milhões de barris por dia, acima dos 1.66 milhões de barris por dia em 2011. Assim, observa-se que no setor petrolífero foram traçados os objetivos que visam a diversificação deste setor e assegurar a inserção estratégica de Angola no conjunto dos países produtores de energia e desenvolver o cluster de petróleo e gás natural, contribuindo assim, para financiar o desenvolvimento económico na região. Neste contexto, Angola possui a segunda maior reserva de gás natural de África na ordem de 297 mil milhões de metros cúbicos. Em dezembro de 2012, o país passou a exportar Gás Natural Liquefeito (LNG), do Soyo. Assim, a reservas de petróleo no ano de 2011 estimaram-se em 10.470 milhões de barris e nesse mesmo ano a produção atingiu 1.618 barris por dia. Contudo, a elevada importância deste subsetor na economia angolana poderá acarretar um enviesamento da estrutura produtiva do país. Apesar do setor de diamante corresponder apenas 0.9% do PIB, não deixa de ter um forte potencial de crescimento económico. Desse modo, a economia de Angola ao nível da SADC é fortalecida por uma Balança Comercial positiva representado 25% das trocas