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conceito de surgimento da psicopedagogia, ramos da psicopedagogia, disciplinas que auxiliam a psicopedagogia e Meios de ensino
Tipologia: Resumos
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Elisa Alberto Elizete Jacinto Felermino Mariano Felina Manuel Gabriela Nito Vilma João Grupo: B ˄ Turma: A II PSICOPEDAGOGIA Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane Quelimane 2022
Elisa Alberto Elizete Jacinto Felermino Mariano Felina Manuel Gabriela Nito Vilma João Grupo: B ˄ Turma: A II INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA Trabalho de pesquisa da disciplina de psicopedagogia, a ser entregue como requisito de avaliação, sob orientação de: Professora: Floriana Lemos Chauchane Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane Quelimane 2022
1. Introdução A dificuldade de aprendizagem nas escolas é um problema bastante comum atualmente, sobretudo, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, e pode estar ligado a diversas situações que impedem o aprendizado de uma criança, como deficit sensorial, problemas cognitivos, neurológicos, baixa condição socioeconômica e abandono escolar. A dificuldade de aprendizagem dos alunos no ensino fundamental é suficiente para determinar necessidade de atuação psicopedagógica nas escolas. A presença do psicopedagogo no ambiente escolar é fundamental para o desenvolvimento do aluno com dificuldades na aprendizagem, a fim de garantir andamento positivo no desempenho escolar e possibilitar aprimoramento cognitivo, social e cultural do aprendente. Portanto, a psicopedagogia propõe-se a buscar uma resposta para os conflitos na aprendizagem com técnicas de trabalho que podem ser desenvolvidas de maneira individual ou em grupo, para assim resgatar a vontade de aprender, de modo a observar quais fatores, possivelmente, podem contribuir ou não para a processo de ensino-aprendizagem. 2. Objetivos: 2.1. Objetivos geral: Conhecer o surgimento da psicopedagogia, ramos, disciplinas que auxiliam a psicopedagogia e meios de ensino no P.E.A. 2.2. Objetivos específicos: Descrever o surgimento da psicopedagogia; Distinguir os ramos da psicopedagogia; Debruçar as disciplinas que auxiliam a psicopedagogia; Descrever os meios de ensino no processo de ensino-aprendizagem. 3. Metodologia Para a elaboração do presente trabalho de pesquisa, para além dos conhecimentos práticos, usamos a pesquisa bibliográfica, onde trouxemos interpretações sólidas, fundamentadas por diferentes autores de destaque que debruçaram se sobre o tema em alusão.
4. Introdução ao estudo da psicopedagogia 4.1. Conceito de surgimento da psicopedagogia As primeiras iniciativas para atender crianças com dificuldade de aprendizagem ou comportamentais partiram da conjunção entre medicina, psicologia, psicanálise e pedagogia. A psicopedagogia surgiu na Europa no século XIX, e as primeiras ideias a respeito são originárias da França, em decorrência das dificuldades relativas à aprendizagem e da necessidade de justificar desigualdades sociais. Esperava-se que, através da união entre a pedagogia, a psicologia e a psicanálise, fosse possível conhecer a criança e seu cotidiano para compreender e determinar ação reeducadora. Desta forma, diferenciavam-se alunos inteligentes, mas que aprendiam menos que outros, dos que apresentavam alguma deficiência cognitiva ou física. Contudo, somente no século XX, entre 1904 e 1908, surgiram consultas médico-pedagógicas cujo objetivo era encaminhamento para classes especiais. O primeiro centro psicopedagógico foi criado em Paris, em 1946. Médicos e pedagogos desempenhavam cooperativamente o trabalho, e os atendimentos se destinavam a crianças com problemas escolares que envolviam dificuldade de aprendizagem ou questões comportamentais possivelmente relacionadas a doenças crônicas, como diabetes, surdez, cegueira ou disfunções motoras. De acordo como Sampaio (2011, p. 3), a psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas no desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente, deve identificar, analisar, planejar, intervir, através das etapas de diagnóstico e tratamento. Segundo Gasparian (1997), um dos principais objetivos do surgimento da Psicopedagogia foi investigar as questões da aprendizagem ou do não- aprender em algumas crianças. Por um longo período atribuía-se exclusivamente à criança a patologia do não- aprender. Foi na Europa, no século XIX, que médicos, pedagogos e psiquiatras levantaram questões sobre o não-aprender.
4.2.2. Psicopedagogia Institucional A psicopedagogia institucional pode ser desenvolvida no contexto hospitalar, no setor empresarial, em organizações assistenciais e na instituição escolar. No entanto, o enfoque deste trabalho está embasado apenas no contexto escolar, local que a psicopedagogia pode ser realizada preventivamente e sua função é, principalmente, de antecipar os problemas que podem ocorrer na aprendizagem e assim combater o fracasso escolar. Por isso, a psicopedagogia institucional se coloca, atentamente às variadas possibilidades de construção do conhecimento e valoriza o imenso universo de informações que envolve a vida escolar (OLIVEIRA, 2009, p. 39). Hoje em dia as escolas do ensino regular atendem crianças especiais, o psicopedagogo tem um papel fundamental, de garantir a inclusão, porque apenas frequentar a escola não é aceitável, é preciso que exista a integração (BOSSA, 2000). A instituição deve assegurar meios para que o sujeito prossiga nos estudos e que esse conhecimento seja efetivo, se isso não ocorrer teremos que contemplar casos de exclusão dentro da escola. A escola é um local de todos e, portanto, a inclusão é fundamental (VERCELLI, 2012, p.73). Segundo (Vercelli, 2012, p.73), a psicopedagogia institucional é um campo de estudo que vem se desenvolvendo como ação preventiva de muita importância, mas é vista como ameaçadora, pois tem por objetivo fortalecer a identidade do grupo e transformar a realidade escolar. Torna-se ameaçadora, pois em muitos casos, o psicopedagogo poderá propor mudanças para que determinadas crianças aprendam, mas, infelizmente, muitos educadores resistem a essas mudanças e interpretam o que lhes foi dito como se não estivessem dando conta do papel que exercem. É preciso a colaboração do professor, pois o psicopedagogo faz um estudo sobre as necessidades do grupo, mas precisa da ajuda de todos da escola. Para que o aluno volte a ter prazer em aprender o professor tem que se esforçar para auxiliar e gerar a integração (VERCELLI, 2012, p.76). Quando recebe conhecimentos, o ser humano é incluído, de um jeito coordenado, nos ambientes culturais e simbólicos, que acabam o integrando a coletividade. A escola tendo o dever de ajudar na obtenção do conhecimento passa a ser mediadora nessa inclusão do sujeito (BOSSA, 2011, p.141).
Contudo, é importante lembrar que a criança quando inicia a vida escolar já tem conhecimentos prévios, das vivências do seu meio, esses conhecimentos podem ajudar ou acabar complicando o desenvolvimento do sujeito. Por isso, o Psicopedagogo no contexto escolar assumirá o compromisso com a transformação da realidade escolar, à medida que se coloca de modo a fazer uma reorientação do processo de ensino-aprendizagem. Esse profissional levanta a possibilidade de reflexão dos métodos educativos e numa postura de investigação descobre as causas dos problemas de aprendizagem que se apresenta na instituição e que se depara em sala de aula. É papel do psicopedagogo na instituição conhecer a intencionalidade da escola em que atua através do seu projeto político pedagógico, de modo que o permita além de identificar as conceções de aluno e de ensino-aprendizagem que a instituição adota reconstruir esse projeto junto à equipe escolar conduzindo a reflexão e a construção de um ambiente propício à aprendizagem significativa. Além de repensar o fazer pedagógico da escolar, o psicopedagogo deve ter um olhar atento para entender o sujeito em suas características multidisciplinares, como ser cognoscente envolvido na teia das relações sociais, sendo influenciado por condições orgânicas e culturais. Além disso, uma das ações do psicopedagogo é a intervenção, que visa fazer a mediação entre os alunos e seus objetos de conhecimentos, trabalhar as relações interpessoais, bem como estimular a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno, numa perspetiva preventiva. Na intervenção, a ação psicopedagógica contribui para o processo educacional, buscando compreendê-lo, explicitá-lo ou modificá-lo. Ao introduzir novos elementos para o sujeito pensar é possível conduzi-lo à quebra de paradigmas anteriormente estabelecidos. 4.3. As disciplinas que auxiliam a psicopedagogia De acordo com a evolução histórica da psicopedagogia, podemos entender que as disciplinas que auxiliam a psicopedagogia são as que contribuíram para a sua existência como ciência, tais como: a Pedagogia, a Psicologia, a Filosofia, a Neurologia, a Sociologia, a Linguística e a Psicanálise (BOSSA, 20011, p.39). Todavia, torna-se importante compreender que as diversas áreas do conhecimento citadas e que balizam as práticas psicopedagógicas não devem ser utilizadas isoladamente. Pois, o individuo deve ser compreendido como um ser social e complexo.
5.2. Critérios e princípios para a utilização dos meios de ensino-aprendizagem Para que os meios de ensino-aprendizagem realmente colaborem no sentido de melhorar a aprendizagem, devem ser observados alguns critérios e princípios na sua utilização: Ao selecionar um meio de ensino-aprendizagem, deve-se ter em vista os objetivos a serem alcançados. Nunca utilizar um recurso didático só porque está na moda. Nunca se deve utilizar um recurso que não seja suficientemente conhecido, de forma a poder empregá-lo corretamente. A eficácia dos recursos dependerá da interação entre eles e os alunos. Por isso, devemos estimular nos alunos certas atitudes que aumentem a sua recetividade, tais como, a atenção, a perceção, o interesse, a sua participação ativa, etc. A eficácia depende, também, das características dos próprios recursos com relação às funções que podem exercer no PEA. A função do cartaz, por exemplo é diferente da função de um álbum seriado; Na escolha dos recursos didáticos, deve-se levar em conta a natureza da matéria a ser aprendida. Algumas matérias exigem maior utilização de recursos audiovisuais que outras. Por exemplo, as ciências exigem mais recursos audiovisuais do que a Matemática. As condições ambientais podem facilitar ou dificultar a utilização de certos recursos. A falta de corrente elétrica, por exemplo, exclui a possibilidade de utilização de retroprojetor, projetor de slides ou filmes. O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado. A preparação e utilização dos recursos didáticos exige determinado tempo e, muitas vezes, a busca de outras alternativas, tais como: utilizar recursos que exigem menos tempo; solicitar a ajuda dos alunos para preparar os recursos; solicitar a ajuda ou colaboração de outros profissionais, etc. Não levar os meios de ensino em mão, porque isso pode distrair os alunos. Não expor os meios que não estão a ser utilizados, porque despertam a curiosidade nos alunos. Deve-se colocar à vista dos alunos os meios serem utilizados. Verificar se os meios a serem utilizados estão todos arrumados na pasta, para evitar sair da sala à procura de meios auxiliares ou, na pior das hipóteses, mandar os alunos procurarem durante a aula. Para o uso de aparelhos, é importante experimentar, sempre, antes de estar na sala de aulas, para evitar esforços em vão. Ao elaborar os meios de ensino-aprendizagem,
deve-se ter em conta a sua grandeza, suficiente para melhor observação por parte dos alunos; utilizar em fundo a cor clara de forma a dar-lhes mais brilho e serem atraentes; evitar letras ou números com efeitos que podem dificultar a leitura do texto; utilizar cores fortes (vermelho, azul, verde e preto). Com massalas, por exemplo, pode produzir globos, mas isso depende do contexto em que a escola está inserida. Com caniço pode-se fazer unidades de medição, etc. 5.3. Descrição de alguns meios de ensino-aprendizagem I. Quadro de giz O quadro preto ou branco (como material básico de ensino) é um meio visual bem conhecido, que bem utilizado torna o trabalho de ensino-aprendizagem eficiente. Caracteriza-se por ser uma peça quadrada ou retangular que pode ser feita de madeira prensada ou plástico, ou ainda outro material que ofereça condições favoráveis para ser usado como quadro. É usado para efetuar quaisquer registos durante a aula. Geralmente, encontra-se fixado na parede frontal da sala de aulas, a uma altura que o professor e o aluno possam alcançar sem dificuldades pela vista, assim como pelas mãos. Tem a função de fixar os resultados mais importantes do processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, conclusões encontradas num debate, visualizar ideias através de desenhos, assegurar a correção da linguagem, mostrar de forma lógica a matéria a explicar, transcrever e resolver exercícios, apresentar esquemas e resumos, registar dados, apresentar graficamente os tópicos complexos e abstratos. Vantagens do uso do quadro preto ou branco É facilmente encontrado. Pode ser utilizado facilmente. Não exige habilidades especiais e nem equipamentos dispendiosos. Facilita correções e alterações nos assuntos apresentados. Torna possível a participação efetiva da turma. Os alunos podem nele escrever e é um recurso económico.
de modo geral, uma palavra usando mais de uma cor; utilizar o menor número de palavras possível, pois isso facilita a leitura; distribuir bem as letras e os espaços e não usar um cartaz que esteja sujo, amassado ou rasgado. IV. Livros O livro é constituído de folhas impressas e reunidas num volume encadernado ou brochado. É conveniente que o professor, no princípio do ano, na sua planificação, escolha cuidadosamente o livro a ser utilizado na turma, como auxiliar de estudos dos seus alunos. Ao adotar um ou vários livros, não deve haver submissão ao(s) mesmo(s), nem mera repetição, na aula, das suas páginas. Neste caso, seria dispensável a presença do professor. Não deve haver, também, por parte do professor, aquela atitude tão generalizada e que tanto confunde o aluno, de alheamento ao livro, dando a entender que “tudo o que consta no livro está errado” ou “não é bem assim…” e só a palavra dele, do (professor), está certa. O livro indicado deve ser convenientemente utilizado, devendo servir de orientador, de auxílio, nas práticas e exercícios. É indispensável a adoção de um bom livro para a orientação dos estudos dos alunos e para as planificações do professor.
6. Conclusão Feitas as buscas sobre a introdução ao estudo da psicopedagogia concluímos que: A psicopedagogia foi influenciada por variadas correntes teóricas (Behaviorismo, Humanismo, Construtivismo) e, ainda, que sua constituição se deu por meio da união de várias áreas do conhecimento, dentre as quais ressaltamos a Pedagogia, a Psicologia, a Filosofia, a Neurologia, a Sociologia, a Linguística e a Psicanálise (BOSSA, 20011, p.39). Lembramos, também, que foi observado no presente estudo que, atualmente, a psicopedagogia é sustentada por três pilares, a psicanálise, o associacionismo e o construtivismo. Observou-se no referencial teórico utilizado, que a psicopedagogia atua no sentido de analisar e intervir nos fatores que prejudicam o processo de aprendizagem. E essa intervenção pode acontecer tanto na clinica como em uma instituição, e o estudo enfatizou o trabalho do psicopedagogo na instituição escolar. Pode-se inferir que o psicopedagogo atua na escola de modo a fomentar o pensamento sobre as diferentes demandas que surgem no âmbito escolar. Seu trabalho pauta-se na possibilidade de desenvolver no aluno a capacidade de tornar-se mais consciente e ativo no seu próprio processo de aprendizagem. Para isso, faz-se necessário que o psicopedagogo tenha uma escuta e um olhar diferenciado sobre cada sujeito, cada grupo, e cada contexto. Com o estudo, foi possível levantar e reunir uma gama de conhecimentos sobre a história, as principais influencias e as áreas de atuação da psicopedagogia. Contudo, é relevante afirmar que não se esgotam aqui as possibilidades sobre o assunto. Visto que, a complexidade humana é algo mutável e sempre recheada de muita diversidade.