Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Livro de histologia tecidos, Slides de Histologia

O aprendizado da Histologia depende da análise e compreensão de lâminas histológicas, o que ocorre em aulas práticas, ministradas nos laboratórios de microscopia Geralmente, o acesso à coleção de lâminas fica limitado aos horários das aulas práticas, devido ao grande número de alunos, de diversos cursos, que utilizam esses laboratórios

Tipologia: Slides

2019

Compartilhado em 30/09/2019

malu-verruck
malu-verruck 🇧🇷

5

(2)

2 documentos


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Livro de histologia tecidos e outras Slides em PDF para Histologia, somente na Docsity! Laura Beatriz Oliveira de Oliveira Maria Gabriela Tavares Rheingantz Luiz Fernando Minello Rosangela Ferreira Rodrigues Laura Beatriz Oliveira de Oliveira Maria Gabriela Tavares Rheingantz Luiz Fernando Minello Rosangela Ferreira Rodrigues 1ª edição Pelotas Maria Gabriela Tavares Rheingantz 2019 HISTOLOGIA DOS TECIDOS Guia Prático COLABORADORES 5 Carolina Ferreira Gomes Médica e Especialista em Medicina Interna pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), residente de Hematologia e Hemoterapia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Rafael Gianella Mondadori Médico Veterinário, Doutor em Biologia Molecular, Professor Associado do Departamento de Morfologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Vinícius Faccin Bampi Médico Psiquiatra, Doutor em Medicina e Ciências da Saúde pela PUCRS. Maria Gabriela T. Rheingantz Carolina Ferreira Gomes ILUSTRAÇÕES 6 AGRADECIMENTOS Consideramos essencial manifestar a nossa gratidão aos Professores Drª Iria Guimarães Machado Pureza Duarte, Dr. Milton Mascarenhas do Amaral, Suzana Barbosa Xavier e Romilda Coelho Simon, por generosamente terem nos orientado durante a nossa formação como professores de Histologia. Queremos manifestar o nosso reconhecimento aos técnicos do Laboratório de Preparação de Biologia Celular, Histologia e Anatomia do Desenvolvimento (NULAB: 90080) do Departamento de Morfologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas: MSc. Eliane Freire Anthonisen, Francisco da Cunha Bastos, Dr. Luis Augusto Xavier Cruz e ao Farmacêutico Bioquímico Luis Otávio Lobo Centeno, pelo preparo das lâminas histológicas, assim como a secretária do Departamento de Morfologia da UFPel, Maria Luiza Pereira Peres, que nos acompanha de forma incansável, demonstrando sempre competência, gentileza e prontidão. Laura Beatriz Oliveira de Oliveira Maria Gabriela Tavares Rheingantz Luiz Fernando Minello Rosangela Ferreira Rodrigues Autores INTRODUÇÃO 7 O aprendizado da Histologia depende da análise e compreensão de lâminas histológicas, o que ocorre em aulas práticas, ministradas nos laboratórios de microscopia. Geralmente, o acesso à coleção de lâminas fica limitado aos horários das aulas práticas, devido ao grande número de alunos, de diversos cursos, que utilizam esses laboratórios. Diante disso, surgiu a ideia de disponibilizar um material didático ilustrado, acessível aos alunos, para complementar os conteúdos ministrados nas aulas de Histologia, na forma de um livro eletrônico (e-Book). Este livro apresenta fotomicrografias digitalizadas de lâminas histológicas, com a respectiva descrição, que fazem parte do acervo das disciplinas de Histologia, pertencente ao Departamento de Morfologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ao lado das fotomicrografias, apresenta desenhos esquemáticos coloridos, para auxiliar na capacidade do aluno de abstrair, de pensar e, também, de interpretar as imagens histológicas. Possibilita que, dentro de um intervalo de tempo, ele possa raciocinar, fazendo uma relação entre o que é estudado na literatura indicada e sua observação ao microscópio. Além disso, foi editado para que o aluno possa utilizá-lo no seu smartphone, durante as aulas práticas, ou no computador/notebook, em casa ou em laboratórios de informática. Na mesma página, apresenta fotomicrografia, desenho e descrição do que está nas imagens, de modo que cada página é autoexplicativa. Esperamos que este livro estimule o interesse dos alunos pelo aprendizado da Histologia e ressaltamos que as metodologias simples oferecem uma excelente oportunidade aos iniciantes no estudo dessa disciplina. Os autores 1 EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO CLASSIFICAÇÃO DOS EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO CONFORME: Número de camadas Formato das células da última camada Simples Pavimentosa Estratificado Cúbica Pseudoestratificado Colunar, cilíndrica, ou prismática TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO Simples Estratificado Pseudoestratificado Pavimentoso Pavimentoso Cilíndrico ciliado com células caliciformes Cúbico Pavimentoso queratinizado Cilíndrico Polimorfo ou de transição 10 1 EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 1.1 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES PAVIMENTOSO, 12 1.2 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO CÚBICO SIMPLES, 15 1.3 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES COLUNAR, 18 1.4 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO PSEUDO-ESTRATIFICADO, 21 1.5 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO- QUERATINIZADO, 24 1.6 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO, 27 1.7 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO DE TRANSIÇÃO OU POLIMORFO, 30 11 Esse epitélio é constituído, por uma só camada de células planas ou pavimentosas que se assentam em uma lâmina basal. As células pavimentosas apresentam altura menor que a largura, citoplasma delgado, o que dificulta sua visualização em Microscopia de Luz (ML). O núcleo apresenta-se achatado, paralelo a lâmina basal, acompanhando o formato das células. Quando vistas de cima, assemelham-se às placas de um pavimento ou escamas. Quando vistas de perfil, não se visualiza o citoplasma dessas células, pois é muito delgado. Pode-se visualizar apenas os núcleos achatados. 1.1 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES PAVIMENTOSO Célula epitelial Núcleo Lâmina basal Tecido conjuntivoCitoplasma 12 1.2 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO SIMPLES CÚBICO Esse tecido é constituído por uma única camada de células de forma cúbica a qual se assenta em uma lâmina basal. Suas células apresentam altura igual à largura, um núcleo redondo central e o citoplasma encontra-se igualmente distribuído por toda a célula. Célula epitelial Núcleo Lâmina basalTecido conjuntivo Citoplasma 15 Epitélio Membrana basal Tec. Conjuntivo Tecido epitelial de revestimento simples cúbico Epitélio Tecido conjuntivo Epitélio de revestimento do ovário HE, 400x 16 Tecido epitelial de revestimento simples cúbico Epitélio O tecido epitelial simples cúbico constitui a parede dos túbulos renais, como os túbulos contorcidos distais e proximais, alças de Henle espessa e túbulos coletores. Também pode revestir a superfície do ovário e ductos glandulares. Epitélio Tecido conjuntivo Epitélio Epitélio dos túbulos renais HE, 400x 17 Tec. conjuntivo Tecido epitelial de revestimento simples colunar Epitélio Tecido conjuntivo Esse epitélio pode ser bem visualizado revestindo internamente a vesícula biliar, recobrindo a superfície do estômago e formando a parede do canal excretor de diversas glândulas. Epitélio de revestimento da vesícula biliar Epitélio Tecido conjuntivo HE, 400x 20 1.4 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO PSEUDO-ESTRATIFICADO CILÍNDRICO CILIADO COM CÉLULAS CALICIFORMES Esse tipo de tecido é classificado como pseudo-estratificado porque, embora seja formado por uma só camada de células, quando observado em ML seus núcleos em diferentes alturas sugerem várias camadas celulares. Esse aspecto ocorre porque todas as células tocam a membrana basal, apesar de nem todas alcançarem a superfície. O formato da maioria das células é colunar, o que garante a classificação do epitélio como colunar, cilíndrico ou prismático. Essas células colunares possuem cílios na região apical, por isso o epitélio também é denominado de ciliado. Entre as células citadas acima, podem-se encontrar as células caliciformes - glândulas exócrinas unicelulares, intra- epiteliais. Elas apresentam a forma de um cálice, seu núcleo localiza-se no polo basal, e o restante do citoplasma encontra- se repleto de secreção mucosa. Essas células não apresentam cílios. Esse epitélio possui, ainda outros tipos celulares (basais, escova, granulares), que aparecem em menor número e não são diferenciáveis com técnicas de rotina: Hematoxilina/ Eosina (HE). Células cilíndricas ciliadas Células basais Células caliciformes Tecido conjuntivo Lâmina basal Núcleos 21 Tecido epitelial de revestimento pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes Células cilíndricas ciliadas Células caliciformes Tecido conjuntivo cílios Núcleos Epitélio respiratório da traquéia Tecido conjuntivo Células cilíndricas ciliadas cílios Células caliciformes Núcleos HE, 400x 22 A camada basal de células, que está em contato com a lâmina basal, é formada por células altas, quase colunares. No entanto, as camadas intermediárias são formadas por células mais baixas, que vão gradualmente se achatando, conforme se afastam da membrana basal, até ficarem planas na camada superficial. Esse epitélio pode ser encontrado revestindo as mucosas do lábio, bochecha, esôfago, reto e vagina. Células planas Células intermediárias Células altas Lâmina basal Tecido Epitelial de Revestimento Estratificado Pavimentoso Não-queratinizado 25 Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso não-queratinizado Células planas Células cúbicas Células altas Lâmina basal Tecido conjuntivo Tecido conjuntivo Epitélio de revestimento da mucosa do lábio HE, 400x Epitélio Tecido conjuntivo HE, 100x 26 1.6 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO As camadas celulares deste epitélio se organizam da mesma maneira que no tecido epitelial estratificado não queratinizado. Porém as células epiteliais deste tecido produzem queratina e suas células são gradativamente tomadas por esta proteína. No final do processo as células morrem, perdem todas as suas organelas restando apenas escamas de queratina. O epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da pele espessa apresenta um maior número de camadas celulares, e a camada de queratina é mais desenvolvida quando comparada à dos outros de epitélios queratinizados. Esse tecido pode ser observado na pele espessa ou delgada, face externa do lábio, nas papilas filiformes da língua, no esôfago de roedores e de outras espécies. Epitélio de revestimento da pele delgada Queratina Tecido conjuntivo Epitélio Células Tecido conjuntivo Epitélio Queratina HE, 100x 27 26 1.7 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO DE TRANSIÇÃO OU POLIMORFO O epitélio polimorfo é estratificado e a forma da camada mais superficial de células muda de acordo com o estado fisiológico do órgão, ou seja, depende do grau de distensão da bexiga urinária. Tais células adquirem forma achatada, quando a bexiga estiver cheia e globosa quando a bexiga estiver vazia. Em um corte histológico de bexiga vazia, as células da ultima camada apresentam-se globosas. As células desse tecido apresentam um citoplasma claro, núcleo central e os limites celulares são bem visíveis, devido à presença de um glicocálix desenvolvido. Esse tecido reveste a luz da bexiga urinária, ureter, cálices renais e pélvis renal. Epitélio Tecido conjuntivo Lâmina basal Glicocálix Célula 30 Tecido Epitelial de Revestimento de Transição ou Polimorfo Tecido conjuntivo Epitélio Glicocálix Epitélio de revestimento da bexiga Tecido conjuntivo Epitélio Glicocálix HE, 400x 31 Tecido epitelial de revestimento de transição ou polimorfo Tecido conjuntivo Epitélio 32 Tecido conjuntivo Epitélio Epitélio de revestimento da bexiga 2 EPITÉLIOS GLANDULARES 2.1 Glândula Exócrina Unicelular: Célula Caliciforme, 36 2.2 Tecido Epitelial Glandular Exócrino Tubular Simples, 39 2.3 Tecido Epitelial Glandular Exócrino Tubular Simples Enovelado (Glândula Sudorípara), 40 2.4 Tecido Epitelial Glandular Exócrino Acinar Simples (Glândula Sebácea), 42 2.5 Tecido Epitelial Glandular Exócrino Acinar Composto, 45 2.6 Tecido Epitelial Glandular Exócrino Túbulo-acinar Composto, 49 2.7 Tecido Epitelial Glandular Endócrino Folicular Ou Vesicular, 57 2.8 Tecido Epitelial Glandular Endócrino Cordonal, 58 35 2.1 GLÂNDULA EXÓCRINA UNICELULAR: CÉLULA CALICIFORME As células caliciformes estão localizadas entre as células epiteliais de revestimento. A forma dessas glândulas é semelhante a um cálice, como o próprio nome sugere. Cada glândula é composta por apenas uma célula epitelial secretora, sendo então classificada como “glândula exócrina unicelular”. Não apresenta ducto, sua secreção é liberada diretamente na superfície do epitélio. Os núcleos das células localizam-se no polo basal da célula. Estão presentes no revestimento do intestino delgado e do trato respiratório. Citoplasma repleto de vesículas de secreção contendo muco Núcleo Célula caliciforme 36 Glândula Exócrina Unicelular: Célula Caliciforme Células caliciformes (C) no tecido epitelial de revestimento pseudo- estratificado cilíndrico ciliado (epitélio respiratório) C CC C HE, 400x 37 2.3 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR EXÓCRINO TUBULAR SIMPLES ENOVELADO (GLÂNDULA SUDORÍPARA) A glândula sudorípara tem a forma de um tubo enovelado. Nos preparados histológicos, não se visualiza toda a sequência da glândula, uma vez que os cortes não acompanham todas as sinuosidades da estrutura. Observam-se, então, diversas secções do mesmo tubo - glândula. Cada corte transversal de um tubo glandular aparece com a parede formada por uma única camada de células epiteliais cúbicas, limitando um espaço interno (luz ou lúmen), onde a secreção de cada célula é lançada. Esse tubo desemboca na superfície epitelial queratinizada na qual lança seu produto de secreção. Vê-se essa glândula no tecido conjuntivo localizado abaixo do epitélio queratinizado da pele delgada ou espessa. Glândula sudorípara  HE, 400x 40 HE, 400x Tecido Epitelial Glandular Exócrino Tubular Simples Enovelado (Glândula Sudorípara) Cortes transversais da glândula sudorípara Glândulas sudoríparas 41 Folículo piloso Pelo 2.4 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR EXÓCRINO ACINAR SIMPLES (GLÂNDULA SEBÁCEA) Essa glândula é observada na derme, no tecido conjuntivo que se localiza abaixo do epitélio queratinizado (epiderme) da pele delgada. Está ausente na pele espessa da palma das mãos e da planta dos pés. A glândula sebácea é uma glândula acinar simples, geralmente vários ácinos desembocam em um ducto curto. A porção secretora é constituída por células claras bem delimitadas e cheias de inclusões lipídicas, que apresentam um núcleo redondo e central. Conforme as células acumulam secreção, vão perdendo a delimitação e as organelas, inclusive o núcleo. Os ácinos são delimitados por uma camada externa de células epiteliais achatadas que repousam sobre uma membrana basal. Seu ducto excretor – cuja presença a caracteriza como uma glândula exócrina – desemboca geralmente em um folículo piloso. Glândula sebácea  42 2.5 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR EXÓCRINO ACINAR COMPOSTO (GLÂNDULA PARÓTIDA) Esse epitélio glandular exócrino encontra-se na parótida e no pâncreas exócrino. Em cortes histológicos dessas glândulas, observa-se uma grande quantidade de unidades secretoras em forma de ácino ou alvéolo. Tais unidades secretoras têm forma arredondada lembrando a forma de um balão de laboratório. Cada ácino é formado por um conjunto de células epiteliais piramidais. Os núcleos dessas células são arredondados e localizam-se no terço basal da célula. Célula Ácino seroso Célula Ácino seroso HE, 400x 45 Entre os ácinos, que são os componentes mais numerosos da glândula, podem ser vistos ductos que, por serem ramificados, permitem classificar essa glândula como composta. Os ácinos e ductos, constituídos por tecido epitelial, vão formar o parênquima (porção funcional da glândula), enquanto o tecido conjuntivo de sustentação é chamado de estroma do órgão. Cada porção secretora desemboca em um ducto, que, na sua porção inicial, tem um diâmetro reduzido, e é constituída por células epiteliais cúbicas. Tecido Epitelial Glandular Exócrino Acinar Composto (Glândula Parótida) De As HE, 100x 46 As porções secretoras e seus pequenos ductos estão agrupados em lóbulos, que estão separados entre si por septos de tecido conjuntivo. Por isso, esses ductos são classificados como intralobulares, ou seja, ductos que estão dentro dos lóbulos. Esses ductos são denominados como intercalares (menores, dificilmente visualizados) e estriados (maiores, facilmente visualizados). Tecido Epitelial Glandular Exócrino Acinar Composto (Glândula Parótida) * HE, 100x De De As As HE, 100x 47 Porção secretora serosa — é constituída por células piramidais, que possuem um núcleo arredondado no terço basal da célula. É basófila (quando corada pela técnica de HE) devido à grande quantidade de retículo endoplasmático rugoso. A região apical de cada célula possui grãos de zimogênio, que contém pré-enzimas ou enzimas inativas. A secreção serosa é uma secreção fluída, rica em proteína, água e íons. A luz de uma porção secretora serosa é reduzida, dificultando a sua visualização em ML. Tecido Epitelial Glandular Exócrino Túbulo-acinar Composto (Glândula Salivar Mista) 50 Porção secretora mucosa — é constituída por células piramidais que apresentam um núcleo achatado na região basal da célula. Devido a presença de muco no citoplasma, este apresenta-se muito claro quando corado pela técnica de HE. Essa secreção mucosa é rica em glicoproteína e apresenta um aspecto viscoso. Os limites celulares podem ser observados, assim como a luz da porção secretora, que geralmente é ampla, quando comparada com a luz do ácino seroso. Túbulo mucoso Ácino mucoso Tecido Epitelial Glandular Exócrino Túbulo-acinar Composto (Glândula Salivar Mista) Ácino mucoso HE, 400x 51 Célula Porção secretora mista — é formada por uma porção tubular ou acinar mucosa, ao redor da qual há uma meia-lua constituída por células serosas. A secreção desse tipo de porção secretora é mucosa associada a pré-enzimas, sendo semiviscosa. Meia-lua serosa H.E. (400x) Tecido Epitelial Glandular Exócrino Túbulo-acinar Composto (Glândula Salivar Mista) Glândula salivar mista. T – túbulo misto T HE, 100x 52 Ducto estriado (HE, 400x) Ducto extralobular (HE, 40x) Ducto intercalar (HE, 400x) Tecido Epitelial Glandular Exócrino Túbulo-acinar Composto (Glândula Salivar Mista) 55 GLÂNDULAS ENDÓCRINAS Glândula endócrina cordonal (Paratireóide) Glândula endócrina folicular (Tireóide) HE, 40x 56 HE, 100x 2.7 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR ENDÓCRINO FOLICULAR OU VESICULAR (TIREÓIDE) A tireoide é uma glândula endócrina vesicular ou folicular, as células secretoras formam a parede de estruturas esféricas, denominadas vesículas ou folículos, dentro das quais fica armazenada a secreção (colóide) produzida por essas células. A parede de cada vesícula é formada por uma única camada de células apoiadas em uma lâmina basal. Essa parede é geralmente formada por células cúbicas porém podem estar presentes células pavimentosas e colunares. A variação na forma das células que constituem os folículos está relacionada com a atividade da glândula e a região observada. Quando a altura média das células epiteliais é baixa, a glândula é considerada hipoativa. Por outro lado quando as células epiteliais foliculares apresentam a forma colunar, isso indica que a tireoide se encontra em hiperatividade. O colóide é formado principalmente por precursores dos hormônios que, quando necessário, são reabsorvidos pelas células secretoras, processado nos lisossomas e, então, transferido para a circulação sanguínea dos capilares fenestrados adjacentes – por isso, classifica-se essa glândula como endócrina. Glândula endócrina vesicular. F – folículo; C – colóide; ca – capilares F C F C ca 57 CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO TECIDO CONJUNTIVO COM PROPRIEDADES ESPECIAIS Tecido conjuntivo frouxo ou areolar Tecido Adiposo Tecido conjuntivo denso Tecido Cartilaginoso Modelado Não Modelado Tecido Elástico Tecido Mucoso Tecido Ósseo Tecido Reticular Sangue 60 TECIDO CONJUNTIVO COM PROPRIEDADES ESPECIAIS Tecido Adiposo Tecido Cartilaginoso Tecido Ósseo Tecido Reticular Unilocular Cartilagem hialina Osso primário Mielóide Multilocular Cartilagem elástica Osso secundário Linfóide Cartilagem fibrosa 61 1 TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO COMPONENTES DO TECIDO CONJUNTIVO CÉLULAS Células Fixas Células Transitórias Fibroblastos Plasmócitos Fibrócitos Linfócitos Células adiposas Neutrófilos Pericitos Eosinófilos Mastócitos Basófilos Macrófagos Monócitos MATRIZ EXTRACELULAR Porção Amorfa Porção Estruturada Substância Fundamental Amorfa Fibras Colágenas Fibras Elásticas Fibras Reticulares 62 . Fibroblasto — Fibrócito Fibroblastos Núcleos de fibroblastos 65 HE, 400x Fibroblasto – FibrócitoFibroblasto Fibrócito 66 HE, 1000x Os macrófagos são células conjuntivas com grande capacidade fagocitária. Sua morfologia é muito variável e depende do seu estado funcional, o que dificulta a sua identificação quando se utilizam técnicas de coloração de rotina. O núcleo destas células é reniforme. 1.1.2 MACRÓFAGOS Núcleo Citoplasma Núcleo Citoplasma Macrófagos no tecido conjuntivo frouxo HE, 1000x 67 HE, 1000x Plasmócito - é uma célula ovalada que apresenta um núcleo excêntrico, arredondado, com a cromatina disposta radialmente, dando muitas vezes o aspecto de “roda de carroça” ao núcleo. O citoplasma é bem visível e basófilo, facilitando a identificação desta célula. Linfócitos e Plasmócitos Núcleo Citoplasma Plasmócitos no tecido conjuntivo frouxo Núcleo Citoplasma HE, 1000x 70 Linfócitos e Plasmócitos Plasmócitos (P) Linfócitos (L) L P L P L P HE, 1000x HE, 1000x 71 Células do Tecido Conjuntivo Frouxo Macrófago (M) Fibroblasto (F) Plasmócito (P) Linfócito (L) M F P F L L L L L P PPP F F F F HE, 1000x HE, 400x 72 As fibras elásticas são encontradas na parede das artérias de grande calibre como a Aorta, formando lâminas fenestradas concêntricas a luz do vaso. Essas fibras apresentam forma sinuosa, sendo mais grossas do que as reticulares. São claramente visíveis quando se usa colorações específicas como resorcina- fuccina e orceína. Resorcina-fucsina (400X) 1.3 FIBRAS ELÁSTICAS Feixes de fibras elásticas Feixes de fibras elásticas da artéria de grande calibre (Artéria Aorta) Artéria de grande calibre 75 Prata, 400x As fibras reticulares formam o arcabouço de órgãos epiteliais como o rim e o fígado. São abundantes no músculo liso e, também, em órgãos hematopoéticos, como o baço, nódulos linfáticos e medula óssea vermelha. São identificadas pela coloração negra que tomam, quando coradas por sais de prata e pela sua disposição em rede. São as fibras mais delicadas do tecido conjuntivo. 1.4 FIBRAS RETICULARES Fibras reticulares do fígado Fibras Reticulares 76 O tecido conjuntivo frouxo apresenta todos os elementos estruturais típicos do tecido conjuntivo: células, fibras e substância fundamental amorfa, não havendo, nenhuma predominância de qualquer dos componentes. As células mais comuns encontradas no tecido conjuntivo frouxo são os fibroblastos e os macrófagos. As fibras encontradas no tecido conjuntivo frouxo são de três tipos: colágenas, elásticas e reticulares. Na coloração com HE, as únicas visíveis são as colágenas, que são acidófilas. A substância fundamental amorfa não é bem preservada durante a execução técnica histológica de rotina. O tecido conjuntivo frouxo apresenta um aspecto delicado, sendo flexível, bem vascularizado e pouco resistente a trações. Esse tecido é facilmente observado na polpa dental, preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos sanguíneos. Também ocorre entre as papilas dérmicas, na hipoderme, nas serosas que revestem as cavidades peritoneais e pleurais, bem como no entorno glândulas. Epitélio Epitélio Tecido conjuntivo frouxo (CF) CF 1.5 TECIDO CONJUNTIVO FROUXO Feixes finos de fibras colágenas CF HE, 400x 77 Epitélio Tecido conjuntivo denso não-modelado (CDNM) CDNM Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado HE, 100x 80 O tecido conjuntivo denso modelado é encontrado nos tendões, ligamentos e aponeuroses podendo ser chamado de tendinoso. A classificação como denso modelado se deve ao predomínio de feixes paralelos de fibras colágenas. Entre os feixes de fibras colágenas, notam-se fibroblastos dispostos em fileiras paralelas. Essas células possuem núcleo alongado, sendo o seu citoplasma dificilmente visualizado, por ser muito delgado. Os núcleos com aspecto vesiculoso são de fibroblastos ativos, os mais delgados são de fibroblastos com baixa atividade de síntese, denominados fibrócitos. 1.7 TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO 81 Feixes de fibras colágenas Tecido Conjuntivo Denso Modelado Feixes de fibras colágenas grossos e paralelos Tecido conjuntivo denso modelado (tendão) Fibroblastos Fibrócitos HE, 40x HE, 400x 82 Tecido Mucoso Tecido mucoso do cordão umbilical HE, 400x HE, 100x 85 3 TECIDO RETICULAR COMPONENTES DO TECIDO RETICULAR Células Reticulares Fibras reticulares 86 Cápsula O tecido reticular é formado pelas células reticulares e as fibras reticulares. Este tecido forma o arcabouço de órgãos epiteliais (fígado e rins), linfóides (baço, amídalas e linfonodos) e mielóide (medula óssea vermelha). Junto com as células reticulares, as fibras reticulares formam uma trama ou rede onde repousam diferentes tipos celulares, como linfócitos e outras células da linhagem sanguínea. A célula reticular apresenta núcleo ovalado com cromatina frouxa. Possui prolongamentos citoplasmáticos que se tocam com os prolongamentos das células vizinhas, formando um retículo. A célula reticular tem sua visualização facilitada logo abaixo da cápsula do linfonodo em uma região estreita, pobre em células. 3 TECIDO RETICULAR Célula reticular (seta) do tecido reticular do linfonodo Cápsula HE, 400x 87 4 TECIDO ADIPOSO 4.1 TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR, 91 4.2 TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR, 93 90 O tecido adiposo unilocular forma o panículo adiposo, camada adiposa sob a pele (hipoderme). Os adipócitos apresentam forma esférica quando isolados, porém no tecido adiposo adquirem um formato poliédrico devido à compressão recíproca. A célula adiposa unilocular apresenta uma única gota de gordura ocupando quase todo seu citoplasma. Esse tecido é muito vascularizado, observam-se facilmente vasos maiores e com alguma dificuldade capilares que praticamente desaparecem entre as células adiposas. Durante a técnica histológica, ocorre a dissolução da gordura, o que torna o citoplasma das células adiposas uniloculares semelhantes a um anel em torno do espaço deixado pela gotícula de lipídeo. O seu núcleo encontra-se comprimido contra a membrana celular pela pressão da gota de gordura. 4.1 TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR Tecido adiposo unilocular Adipócito Capilar 91 Tecido Adiposo Unilocular Adipócito Núcleo HE, 100x 92 5 TECIDO CARTILAGINOSO TECIDO CARTILAGINOSO Principais Funções Principais Características Revestimento de superfícies articulares Abundância de matriz extracelular Suporte com flexibilidade aos tecidos moles Precursor do tecido ósseo na formação dos ossos longos Cavidades na matriz (lacunas ou condroplastos) ocupadas por condrócitos Ausência de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos 95 CLASSIFICAÇÃO E COMPONENTES DO TECIDO CARTILAGINOSO Cartilagem hialina Cartilagem elástica Cartilagem fibrosa Pericôndrio Pericôndrio Não possui Pericôndrio Células Células Células Condrogênicas Condrogênicas Condrócitos Condroblastos Condroblastos Condrócitos Condrócitos Fibroblastos Matriz Matriz Matriz Colágeno tipo II e proteoglicanas sulfatadas Colágeno tipo II, proteoglicanas sulfatadas e fibras elásticas Colágeno tipo I e proteoglicanas sulfatadas 96 5 TECIDO CARTILAGINOSO 5.1 CARTILAGEM HIALINA, 98 5.2 CARTILAGEM ELÁSTICA, 102 5.3 CARTILAGEM FIBROSA, 105 97