Manobra Ferroviaria em operações ferroviaria, Esquemas de Engenharia Física

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PROCEDIMENTO DE MANOBRA

FERROVIÁRIA EM TERMINAIS

MANOBRA FERROVIÁRIA

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“SE NÃO FOR SEGURO NÃO FAÇA”

“SEGURANÇA É UM VALOR”

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1. Objetivo

Este procedimento tem como finalidade orientar manobreiros, tratoristas e demais colaboradores que atuam na operação de descarga de vagões, a respeito de suas atribuições, responsabilidades e como executar suas funções com segurança.

2. Abrangência

Toda área de manobra ferroviária do terminal Rumo em Santos.

3. Termos e Definições

3.1. ACIDENTE FERROVIÁRIO

Ocorrência que, com a participação direta de veículo ferroviário, provocar danos a este ou a um ou mais dos seguintes elementos: pessoas, outros veículos, instalações, obras de arte, via permanente, meio ambiente ou, desde que ocorra paralisação do tráfego, animais. 3.1.1. ATROPELAMENTO Acidente que ocorre quando um veículo ferroviário colide com pessoa e/ou animal, provocando lesão ou morte. 3.1.2. ABALROAMENTO Colisão de veículo ferroviário, circulando ou manobrando, com qualquer obstáculo, exceto outro veículo ferroviário. 3.1.3. DESCARRILAMENTO Acidente em que o material rodante abandona parcial ou totalmente os trilhos, por causas diversas. 3.1.4. TOMBAMENTO Acidente onde o veículo ferroviário se encontra tombado no leito da linha. 3.1.5. ADERNAMENTO Acidente onde o veículo ferroviário se encontra parcialmente tombado no leito da linha.

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19/07/2016^ Vigência: Página:^8 /^37 3.2. AMV Aparelho de Mudança de Via (AMV) é um conjunto formado por vários acessórios, máquinas e componentes que são projetados para propiciar o desvio de veículos ferroviários de uma via para a outra. O AMV é constituído basicamente de três partes: 3.2.1. CHAVE Parte inicial do AMV, seus principais componentes são a máquina da chave, meia chave direita e esquerda (agulhas e trilho de encosto). É muito comum no ambiente ferroviário chamar todo o AMV de Chave. 3.2.2. PARTE INTERMEDIÁRIA OU DE LIGAÇÃO É formada pelos trilhos de ligação que conectam a chave a região do cruzamento. 3.2.3. REGIÃO DO CRUZAMENTO A região do cruzamento é formada pelo jacaré, contratrilho e seus respectivos trilhos de encosto. Também é comum no ambiente ferroviário chamar o jacaré de cruzamento.

3.3. AMV DE ENTRADA (INFERIOR e SUPERIOR) A entrada de um pátio ou desvio é chamada de entrada inferior quando estiver localizada no ponto lado Macuco, de entrada superior, quando localizada no lado Valongo.

3.4. DESVIO Linha adjacente à linha principal, ou a outros desvios, destinada aos cruzamentos, ultrapassagens, desvio de vagões e formação de trens. Os desvios podem ser classificados em: 3.4.1. DESVIO ATIVO Desvio provido de Aparelho de Mudança de Via em ambas as extremidades. 3.4.2. DESVIO MORTO Desvio provido de um único Aparelho de Mudança de Via, apresentando, na outra extremidade, um batente delimitador de seu comprimento útil.

3.5. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL É todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelos colaboradores, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.

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Revisão: (^09) PR.RAG.TMP. 19/07/2016^ Vigência: Página:^10 /^37 3.15. MARCO Identificação física de cor amarela instalada entre as vias, que indica limite além do qual o material rodante não pode permanecer ou ultrapassar sem autorização, a fim de não restringir o gabarito na via adjacente.

3.16. NOMENCLATURA DE LINHAS Nome dado à linha ferroviária. Geralmente baseada na localização da moega da qual à linha serve.

3.17. OCORRÊNCIA FERROVIÁRIA Qualquer fato que altere o tráfego ferroviário.

3.18. PASSAGEM DE NÍVEL (PN) É o cruzamento de uma ou mais linhas com uma rodovia principal ou secundária, no mesmo nível.

3.19. PARA-CHOQUE Aparelho que limita o final de linha. Pode ser um dormente, placa ou aparelho feito de aço. (pedaços de trilho)

3.20. PÁTIO

É um sistema de vias, dentro de limites definidos, destinadas à circulação, formação e recomposição de trens, bem como à execução de manobras e ao estacionamento de vagões (em trânsito, para carga/descarga, limpeza, inspeção ou manutenção).

3.21. ROTA Trecho de linha que um trem venha a percorrer, decorrente de uma licença concedida pelo Controlador de Tráfego.

3.22. TERMINAL São pontos ligados à malha ferroviária, dotados de um sistema dinâmico composto de infraestrutura e instalações, mediante os quais são realizados carregamentos, descargas e transbordos

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de mercadorias dos vagões para os meios complementares de dispersão e vice-versa e o armazenamento temporário de mercadorias.

3.22. TRAVESSÃO Linha diagonal provida de Aparelho de Mudança de Via em ambas as extremidades, permitindo a passagem de um trem de uma linha para outra.

3.23. VAGÃO Veículo utilizado no transporte, com características distintas, em função do tipo de mercadoria e do processo de carga e descarga.

4. Documentos Referenciados

IT.MA.TMP.02 Utilização de kit de emergência

5. Considerações Gerais

5.1 EPIs obrigatórios para a atividade:

FUNCIONALIDADE IMAGEM

1 Capacete de Segurançacom jugular

Proteção contra riscos de acidentes de queda de material ou impacto. A jugular é necessária para evitar queda do capacete em algumas movimentações

2 Máscara descartável Proteção respiratória (utilização obrigatória durante adescarga, dentro da moega)

3 Protetor auricular (conchaou plug)

Proteção contra ruído proveniente das batidas de marretas, equipamentos e veículos (utilização obrigatória durante a descarga, dentro da moega)

4 Luva de vaqueta Proteção das mãos enquanto utiliza marreta e outrasferramentas operacionais

5 Botina de segurança combico de aço Segurança contra queda de materiais nos pés

EPI

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Revisão: (^09) PR.RAG.TMP. 19/07/2016^ Vigência: Página:^13 /^37 5.2 Ferramentas adequadas para a atividade:

Alavanca de ferro para operar AMV (aparelho de movimentação de vias);

Calço de metal (Camaro Amarelo) para impedir movimentação indesejada da agulha do AMV (aparelho de mudança de via).

Lanterna para movimentação noturna, em locais com deficiência de iluminação, auxiliando na verificação de presença de pessoas e objetos nos trilhos.

Giroflex é utilizado para sinalizar a manobra sobre PN onde não há sirene e giroflex fixo.

Apito utilizado para sinalizar de movimentação de vagões durante a manobra

6. Velocidade no Terminal

A velocidade máxima de manobra ferroviária no Terminal é de 05 Km/h, tanto no sentido puxando ou recuando vagões.

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7. Operacionalização

7.1 Comunicação

7.1.1 Definição de Comunicação

Consiste na troca de informações entre duas ou mais pessoas. Comunicação pode ser feita através de rádio, sinais manuais ou outros aparelhos disponíveis de troca de informações e necessita necessariamente de um emissor e um receptor. O emissor tem por objetivo afetar o modo de agir do receptor utilizando uma mensagem. A percepção da mensagem é algo importante na comunicação. Necessitamos sempre planejar uma comunicação e prever qual será o resultado gerado por ela.

7.1.2 Teste de rádio

É o aparelho destinado à comunicação entre manobreiro e o tratorista e deve ser utilizado obrigatoriamente. Na sua ausência, a manobra deve ser realizada através de comunicação por sinais manuais.

Sempre que iniciar uma jornada de trabalho, o manobreiro deverá verificar as condições em que recebeu o equipamento, tais como: carga da bateria, antena e teclas de comando.

O manobreiro deverá receber o aparelho no posto de trabalho e:

1 – Colocá-lo em funcionamento.

2 – Sintonizar o rádio nos canais das devidas moegas (verificar tabela de canais no item 7.1.4).

Obs: no início da manobra as equipes (manobreiro/tratorista) devem combinar em qual faixa cada uma trabalhará, evitando interferências nas manobras.

3 – Iniciar o teste de rádio, através do seguinte diálogo.

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Revisão: (^09) PR.RAG.TMP. 19/07/2016^ Vigência: Página:^16 /^37 7.1.4 Canais de rádio

7.1.5 Sinais Manuais

Sinais manuais são recursos óticos, transmitidos sob o controle humano, que garantem a circulação e/ou manobras com segurança, quando bem apresentados e obedecidos. Podem ser feitos por meio de movimentação coordenada de braços.

Todos os manobreiros e tratoristas devem conhecer plenamente os sinais regulamentares usados nas manobras, e utilizá-los sempre que houver indisponibilidade de rádios transceptores para execução das manobras.

RECUAR:

Posicionar-se na lateral dos vagões e acenar um dos braços com movimento de mão partindo de si para frente no sentido que deseja realizar a movimentação.

REGIÃO CANAL

COSTA LEITE MANOBRA 1 E 2

T16 MANOBRA 3 E 4

XXIII MANOBRA 5 E 6

MOEGÃO MANOBRA 7

CANAIS DE RÁDIO - MANOBRA

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AVANÇAR:

O manobreiro deve estar na cauda da composição e deve movimentar o braço na frente do corpo circularmente na direção horária.

REDUZIR A MARCHA:

Produzir movimentos repetidos (subir e descer) de um dos braços estendido lateralmente.

PARAR:

O manobreiro deve transmitir o sinal de braço acima da cabeça cruzando lateralmente para a direita e para a esquerda.

ENGATAR:

O manobreiro deve transmitir o sinal abrindo e fechando repetidamente os braços sem cruzar, acima da cabeça.

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Revisão: (^09) PR.RAG.TMP. 19/07/2016^ Vigência: Página:^19 /^37 Manter firme o corpo, evitar torce-se. Mover firmemente a alavanca da máquina de chave para não dar “mau jeito nas costas” ou nos músculos.

Nunca opere manualmente um AMV com vagões circulando no sentido dele.

7.2.2 AMV de Macaquinho (New Century)

1 – O manobrador posicionar-se de frete a máquina de chave.

2 – O manobrador verifica se há dispositivo de segurança no AMV. Caso positivo deve retira-lo.

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3 – O manobrador pisar no pedal situado na base do aparelho para liberar o varão do aparelho da trava. Ele deve manter o corpo fora do curso da alavanca a fim de evitar possível impacto com a estrutura do braço.

4 – O manobrador move e posiciona a alavanca da máquina de chave para a extremidade oposta.

5 – O manobrador verifica se a agulha ficou, alinhada, encostada e vedada.