Baixe Mapa Conceitual - Primeira, segunda e terceira semana do desenvolvimento embrionário e outras Esquemas em PDF para Embriologia, somente na Docsity! Primeira Semana Fecundação A fertilização, processo pelo qual os gametas masculino e feminino se fundem, ocorre na região ampular da tuba uterina – porção mais larga da tuba e próxima ao ovário. As fases da fertilização incluem: Fase 1: penetração da coroa radiada Fase 2: penetração da zona pelúcida Fase 3: fusão entra as membranas do oócito e do espermatozoide. Fase 1 | Penetração da coroa radiada Dos 200 a 300 milhões de espermatozoides normalmente depositados no sistema genital feminino, apenas 300 a 500 alcançam o local de fertilização, e somente um deles fertiliza o oócito. Fase 2 | Penetração da zona pelúcida a zona pelúcida que envolve o oócito e sua função na ligação e penetração do espermatozoide. A proteína ZP3 na zona é responsável pela mediação da ligação e reação acrossômica, que libera as enzimas acrosina para permitir a penetração do espermatozoide. O contato do espermatozoide com a superfície do oócito resulta na liberação de enzimas lisossomais que alteram as propriedades da zona para evitar a penetração de outros espermatozoides. Apenas um espermatozoide é capaz de penetrar no oócito. Fase 3 | Fusão entre as membranas do oócito e do espermatozoide a adesão inicial do espermatozoide ao oócito mediada pela interação entre integrinas do oócito e seus ligantes, desintegrinas, no espermatozoide. Após a adesão, as membranas plasmáticas do espermatozoide e do oócito se fundem, com a fusão ocorrendo entre a membrana do oócito e a membrana que recobre a região posterior da cabeça do espermatozoide. Nos seres humanos, a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana plasmática é deixada para trás. Após a entrada do espermatozoide no oócito, este responde de três maneiras. Reações cortical e de zona. Como resultado da liberação dos grânulos corticais dos oócitos, que contêm enzimas lisossomais, a membrana do oócito se torna impenetrável a outros espermatozoides, e a zona pelúcida altera sua estrutura e sua composição para evitar a ligação e a penetração do espermatozoide. Os principais resultados da fertilização são: Restauração da quantidade diploide de cromossomos, metade do pai e metade da mãe. Assim, o zigoto contém uma nova combinação cromossômica diferente de ambos os pais Determinação do sexo do novo indivíduo. Um espermatozoide carregando um X produz um embrião feminino (XX), e um espermatozoide carregando um Y produz um embrião masculino (XY). Assim, o sexo cromossômico do embrião é determinado na fertilização Início da clivagem. Sem a fertilização, geralmente o oócito degenera 24 h após a oocitação. Clivagem Uma vez que o zigoto tenha alcançado o estágio de duas células, ele passa por uma série de divisões mitóticas, aumentando o número de células. Essas células, que se tornam menores a cada divisão de clivagem, são conhecidas como blastômeros. após a terceira clivagem, eles se compactam, formando uma bola compacta de células mantidas unidas por junções de oclusão. Esse processo, chamado compactação, segrega as células internas das externas. Cerca de três dias após a fertilização, as células do embrião compactado se dividem novamente, formando uma mórula de 16 células. A massa celular interna da mórula origina os tecidos do embrião, enquanto a massa celular externa forma o trofoblasto, que contribui para a formação da placenta. Formação do Blastocisto Após a formação da mórula de 16 células, um fluido começa a penetrar nos espaços intercelulares da massa celular interna, formando a blastocele e transformando o embrião em um blastocisto. A zona pelúcida desaparece permitindo que a implantação comece. Estudos recentes sugerem que as selectinas nas células trofoblásticas medeiam a ligação inicial do blastocisto ao útero, enquanto as integrinas expressas pelo trofoblasto e as moléculas de matriz extracelular laminina e fibronectina promovem a ligação e migração do trofoblasto. A implantação é o resultado da ação mútua entre o trofoblasto e o endométrio. Continuação da segunda divisão meiótica. O oócito termina sua segunda divisão meiótica imediatamente após a entrada do espermatozoide. Uma das células-filhas, que recebe pouco ou nenhum citoplasma, é conhecida como segundo corpúsculo polar; a outra é o oócito definitivo ou óvulo. Ativação metabólica do óvulo. O fator de ativação provavelmente é carregado pelo espermatozoide. A ativação inclui eventos moleculares e celulares associados ao início da embriogênese. Segunda Semana Oitavo dia No oitavo dia do desenvolvimento, o blastocisto começa a se fixar no endométrio. Nessa fase, o trofoblasto diferencia-se em duas camadas: o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto. As células da massa celular interna, ou embrioblasto, também se diferenciam em duas camadas: a camada hipoblástica e a camada epiblástica. Essas camadas formam um disco achatado que contém a cavidade amniótica. O estroma endometrial próximo ao local de implantação é edematoso e vascularizado, com glândulas grandes e secretoras de glicogênio e muco. Nono dia Nessa fase, o blastocisto está alojado mais profundamente no endométrio, e o orifício deixado por sua penetração na superfície do epitélio é fechado por um coágulo de fibrina. O trofoblasto apresenta um progresso considerável no desenvolvimento, particularmente no polo embrionário, onde aparecem vacúolos no sincício. Ao se fundirem, esses vacúolos formam grandes lacunas em uma fase do desenvolvimento do trofoblasto conhecida como estágio lacunar. Enquanto isso, no polo embrionário, as células achatadas, provavelmente originadas do hipoblasto, formam uma membrana fina chamada membrana exocelômica, que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. Essa membrana, juntamente com o hipoblasto, forma o revestimento da vesícula vitelínica primitiva ou cavidade exocelômica. Decimo Primeiro e Decimo Segundo Dia Do décimo primeiro ao décimo segundo dia do desenvolvimento embrionário, o blastocisto se encontra completamente inserido no endométrio e o trofoblasto começa a penetrar no estroma endometrial, abrindo sinusoides e estabelecendo a circulação uteroplacentária. Surge uma nova população de células que forma o mesoderma extraembrionário, preenchendo todo o espaço entre o trofoblasto e o âmnio e membrana exocelômica, formando a cavidade extraembrionária. As células do endométrio sofrem alterações conhecidas como reação decidual, que se disseminam rapidamente pelo endométrio. O disco bilaminar cresce mais lentamente em comparação com o trofoblasto e permanece pequeno. Decimo Terceiro Dia Até o décimo terceiro dia, o endométrio já se regenerou e o trofoblasto começa a formar as vilosidades primárias. Enquanto isso, o hipoblasto produz células que formam a cavidade vitelina secundária, e a cavidade coriônica se expande para formar o mesoderma extraembrionário. O pedúnculo embrionário se transforma no cordão umbilical com o desenvolvimento dos vasos sanguíneos. em algumas ocasiões, o sangramento pode ocorrer no local da implantação do embrião, o que pode levar a erros na determinação da data provável do parto. Terceira Semana Durante a terceira semana de gestação, ocorre a gastrulação, um processo que estabelece as três camadas germinativas do embrião: ectoderma, mesoderma e endoderma. A gastrulação começa com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto, que consiste em uma área levemente elevada cercando a fosseta primitiva. As células do epiblasto migram para a linha primitiva e se invaginam, formando o endoderma embrionário e o mesoderma. O epiblasto restante forma o ectoderma. As células continuam a se mover entre as camadas e migram lateral e cranialmente, estabelecendo contato com o mesoderma extraembrionário. A placa precordal se forma entre a ponta da notocorda e a membrana orofaríngea e é importante para a indução do prosencéfalo. A membrana orofaríngea representa a futura abertura da cavidade oral. Formação da Notocorda O processo de formação da notocorda começa com a invaginação das células pré-notocordais pelo nó primitivo e seu movimento cranial até a placa precordal. As células pré- notocordais ficam intercaladas no hipoblasto, formando temporariamente duas camadas de células que compõem a placa notocordal. O processo de formação da notocorda começa com a invaginação das células pré-notocordais pelo nó primitivo e seu movimento cranial até a placa precordal. As células pré- notocordais ficam intercaladas no hipoblasto, formando temporariamente duas camadas de células que compõem a placa notocordal. A notocorda se estende cranialmente até a placa precordal e caudalmente à fosseta primitiva. O canal neurentérico temporariamente conecta as cavidades amniótica e vitelínica. A membrana cloacal e o divertículo alantoentérico também são formados durante o desenvolvimento embrionário. Estabelecimento dos Eixos Corporais O estabelecimento dos eixos corporais no início da embriogênese envolve a especificação dos eixos anteroposterior (A-P), dorsoventral (D-V) e esquerda-direita (E-D). No estágio de blastocisto, o eixo A-P é determinado e as células que formarão o endoderma visceral anterior (EVA) migram em direção à região da cabeça, expressando genes essenciais para a formação da cabeça. A proteína BMP4 e o fator de transcrição Nodal estão envolvidos na formação dos mesodermos dorsal e ventral e das estruturas da cabeça e da cauda. O nó primitivo é o organizador que bloqueia a atividade da BMP4, permitindo a dorsalização do mesoderma cranial na notocorda, nos somitos e nos somitômeros. A formação do mesoderma dorsal nas partes medial e caudal do embrião é controlada pelo gene BRACHYURY (T), que codifica uma proteína de ligação ao DNA. A lateralidade é estabelecida no início da embriogênese. Crescimento do Disco Embrionário O disco embrionário começa como uma estrutura achatada e redonda, que gradualmente se torna mais alongada com uma parte cefálica larga e uma região caudal estreita. A migração contínua de células da região da linha primitiva na direção cefálica causa o crescimento e alongamento da parte cefálica do disco. A linha primitiva na parte caudal do disco continua a fornecer novas células até o final da quarta semana, permitindo que a gastrulação ocorra nos segmentos caudais enquanto as estruturas craniais se diferenciam, resultando no desenvolvimento do embrião no sentido cefalocaudal. A linha primitiva diminui rapidamente e desaparece no final desse estágio. Desenvolvimento Posterior do Trofoblasto Durante a terceira semana de desenvolvimento embrionário, o trofoblasto forma vilosidades primárias que se transformam em vilosidades secundárias e terciárias. As células mesodérmicas penetram as vilosidades, diferenciam-se em células sanguíneas e formam o sistema capilar das vilosidades, permitindo a nutrição adequada do embrião. As células citotrofoblásticas nas vilosidades formam uma fina capa citotrofoblástica externa que conecta o saco coriônico ao tecido endometrial materno. As vilosidades de ancoragem conectam a placa coriônica à decídua basal, enquanto as vilosidades livres permitem a troca de nutrientes e fatores. A partir do pedúnculo embrionário estreito, o cordão umbilical é formado, estabelecendo a conexão entre a placenta e o embrião. Neurulação A neurulação é o processo de formação do tubo neural a partir da placa neural, que se alonga e se converte medialmente por meio do fenômeno da extensão convergente. As extremidades laterais da placa neural formam pregas neurais, enquanto a região média forma o sulco neural, que se fundem para formar o tubo neural. Durante o processo, as extremidades cefálica e caudal se comunicam com a cavidade amniótica pelos neuróporos anterior e posterior, respectivamente. O fechamento do neuróporo cranial ocorre aproximadamente no vigésimo quinto dia, enquanto o neuróporo posterior se fecha no vigésimo oitavo dia. O resultado é uma estrutura tubular fechada que representa o sistema nervoso central, caracterizada por várias dilatações, as vesículas cefálicas. Crista Neural Durante a neurulação, as pregas neurais se elevam e se fundem para formar o tubo neural, enquanto células na borda lateral da crista do neuroectoderma se dissociam e formam a crista neural. Essas células sofrem uma transição epiteliomesenquimal e migram para dar origem a várias células, incluindo melanócitos, células de Schwann e gânglios sensoriais. Na região cranial, as células da crista neural contribuem para a formação do esqueleto craniofacial, dos neurônios dos gânglios craniais, das células gliais e de outros tipos celulares. As células da crista neural são fundamentais para a formação de muitos órgãos e tecidos e são consideradas o quarto folheto embrionário. A crista neural surgiu evolutivamente no início do desenvolvimento dos vertebrados e se expandiu em todo o grupo com o aperfeiçoamento do estilo de vida predatório. Folheto Embrionário Mesodérmico Mesoderma Paraxial o mesoderma paraxial começa a se organizar em segmentos chamados somitômeros, que aparecem primeiro na região da cabeça do embrião. Cada somitômero consiste em células mesodérmicas organizadas em espirais concêntricas ao redor do centro da unidade. A partir da região occipital, os somitômeros se organizam em somitos. O primeiro par de somitos surge na região occipital do embrião por volta do 20º dia de desenvolvimento, e novos somitos aparecem em uma sequência cranial-caudal a uma taxa de aproximadamente três pares por dia. Ao final da quinta semana, existem de 42 a 44 pares de somitos. Mesoderma Intermediário o mesoderma intermediário diferencia-se em estruturas urogenitais, originando grupos celulares segmentares (futuros nefrótomos) nas regiões cervical e torácica superior, e uma massa tecidual não segmentada, o cordão nefrogênico, mais caudalmente. O sistema urinário e as gônadas se desenvolvem a partir desse mesoderma intermediário parcialmente segmentado e parcialmente não segmentado. Mesoderma Lateral o mesoderma intermediário diferencia-se em estruturas urogenitais, originando grupos celulares segmentares (futuros nefrótomos) nas regiões cervical e torácica superior, e uma massa tecidual não segmentada, o cordão nefrogênico, mais caudalmente. O sistema urinário e as gônadas se desenvolvem a partir desse mesoderma intermediário parcialmente segmentado e parcialmente não segmentado. Folheto Embrionário Endodérmico O sistema digestório é derivado do folheto embrionário endodérmico que recobre a superfície ventral do embrião e forma o teto da vesícula vitelínica. O crescimento cefalocaudal e o fechamento das dobraduras da parede corporal lateral incorporam continuamente uma porção maior do folheto embrionário endodérmico para formar o tubo intestinal, dividido em três regiões: intestino anterior, intestino médio e intestino posterior. A membrana orofaríngea temporariamente liga o intestino anterior à cavidade oral, enquanto a membrana cloacal temporariamente separa a porção superior do canal anal da porção inferior, que se tornará o ânus. Ambas as membranas se rompem em momentos diferentes para criar conexões abertas. o endoderma dá origem: Ao revestimento epitelial do sistema respiratório Ao parênquima da tireoide, das paratireoides, do fígado e do pâncreas Ao estroma reticular das tonsilas e ao timo Ao revestimento epitelial da bexiga urinária e da uretra Ao revestimento epitelial da cavidade do tímpano e à tuba auditiva PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO. 12