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Material galvanização fluxograma de um processo de galvanização a fogo, Esquemas de Engenharia Mecânica

Fluxo sobre processo de Galvanização

Tipologia: Esquemas

2015

Compartilhado em 27/04/2015

Marcio_B
Marcio_B 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

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Fluxograma de um processo de galvanização a fogo
Fonte: Revista Portal da Galvanização (http://www.icz.org.br/portaldagalvanizacao/galvanizacao-fluxograma-de-um-
processo-de-galvanizacao-a-fogo.php)
Desengraxe
Remoção dos materiais orgânicos, óleos e
graxas.
Processo mais conhecido: alcalino em solução
aquosa a quente, à base de carbonatos, silicatos,
hidróxidos, fosfatos, detergentes e outros.
Fornecimento: normalmente no estado sólido
para serem dissolvidos em água, conforme
orientações dos fabricantes.
Lavagem
Operação subsequente ao desengraxe.
Operação fundamental, pois qualquer resíduo que
permaneça sobre a peça, contaminará os tratamentos
subsequentes.
Importante: materiais como tintas, vernizes e resinas, não
podem ser removidos por banhos de desengraxe alcalino,
devendo sofrer um tratamento prévio com solventes ou
removedores.
Devido às características combustíveis destes produtos,
muitas vezes opta-se pela remoção por jateamento abrasivo.
Decapagem
Óxidos, cascas de óxidos e carepas não são removidos nos banhos
de desengraxe alcalino. Sua remoção é feita em banhos e soluções
ácidas, em um processo conhecido como decapagem.
Uma camada típica de oxidação apresenta os seguintes elementos
e compostos:
o Fe (ferro base)
o FeO (óxido de ferro no estado menos oxidado)
o Fe3O4 (óxido de ferro no estado intermediário de oxidação)
o Fe2O3 (óxido de ferro no estado mais oxidado)
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Baixe Material galvanização fluxograma de um processo de galvanização a fogo e outras Esquemas em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity!

Fluxograma de um processo de galvanização a fogo

Fonte: Revista Portal da Galvanização (http://www.icz.org.br/portaldagalvanizacao/galvanizacao-fluxograma-de-um- processo-de-galvanizacao-a-fogo.php)

Desengraxe

 Remoção dos materiais orgânicos, óleos e graxas.  Processo mais conhecido: alcalino em solução aquosa a quente, à base de carbonatos, silicatos, hidróxidos, fosfatos, detergentes e outros.  Fornecimento: normalmente no estado sólido para serem dissolvidos em água, conforme orientações dos fabricantes.

Lavagem

 Operação subsequente ao desengraxe.  Operação fundamental, pois qualquer resíduo que permaneça sobre a peça, contaminará os tratamentos subsequentes.  Importante: materiais como tintas, vernizes e resinas, não podem ser removidos por banhos de desengraxe alcalino, devendo sofrer um tratamento prévio com solventes ou removedores.  Devido às características combustíveis destes produtos, muitas vezes opta-se pela remoção por jateamento abrasivo.

Decapagem

 Óxidos, cascas de óxidos e carepas não são removidos nos banhos de desengraxe alcalino. Sua remoção é feita em banhos e soluções ácidas, em um processo conhecido como decapagem.  Uma camada típica de oxidação apresenta os seguintes elementos e compostos: o Fe (ferro base) o FeO (óxido de ferro no estado menos oxidado) o Fe3O4 (óxido de ferro no estado intermediário de oxidação) o Fe2O3 (óxido de ferro no estado mais oxidado)

Características

 Camada de FeO contribui com 80% da espessura da camada total e é o elemento mais solúvel em ácidos  Camada de Fe3O4 contribui com cerca de 18% e é menos solúvel do que a anterior  A camada de Fe2O3 contribui com o restante de 2% e corresponde ao estado mais estável e menos solúvel destes óxidos

Aspecto prático: o ácido clorídrico (muriático) é o mais comumente usado nas galvanizações brasileiras, nas concentrações de 6 a 12%.

Ataque do ácido: através das rachaduras e poros existentes na camada de oxidação, até atingir o substrato de FeO, promovendo sua dissolução e propiciando o destacamento da camada de óxido.

Quimicamente, o elemento mais solúvel nestas circunstâncias é o Fe base através da reação:

Fe + 2HCl é FeCl2 + H

Cuidado especial: Ocorre a geração de hidrogênio nesta reação que, se por um lado auxilia mecanicamente a remoção da camada, por outro, dissolve-se no ferro base fragilizando a peça (fragilização por hidrogênio).

Utilizam-se então:

 Inibidores (reduzindo o ataque do ácido ao ferro base).  Substâncias que promovam redução da tensão superficial entre o ácido decapante e a peça (ação umectante, facilitando seu “molhamento”).  Agitação e aquecimento aumentam a velocidade de decapagem.

Lavagem

Após a decapagem é muito importante que as peças sofram uma lavagem em água corrente, em banhos subsequentes (de preferência mais de um) com a finalidade de remover os resíduos produzidos nas reações de decapagem, de forma a minimizar as contaminações dos banhos seguintes.

 Aconselha-se galvanizar as peças imediatamente, pois devido à absorção de umidade pelo sal, que é bastante higroscópico, as peças podem se umedecer novamente.

Imersão a quente - "Zincagem a quente"

Conceito:

Imersão do substrato de aço, limpo e adequadamente preparado em um banho de zinco líquido, dentro de uma cuba metálica ou cerâmica, a uma temperatura em torno de 450°C.

Explicação físico-químico-metalúrgica:

 Durante a imersão, ocorre difusão do zinco no substrato de aço, havendo uma reação metalúrgica com formação de intermetálicos (compostos Fe-Zn) cuja composição varia na espessura da camada, sendo que a porção mais externa é constituída basicamente de zinco puro.  Para o aço baixo-carbono revestido em banho de zinco fundido, sem nenhum elemento de adição e para as condições de operação comumente utilizadas, obtém-se um revestimento constituído por quatro fases.

Características principais

 As três primeiras fases são formadas devido à reação entre o zinco fundido e o aço, chamadas de fases intermediárias.  Esta reação pode continuar após a retirada do aço de dentro da cuba, se a velocidade de resfriamento for baixa.

 A última fase, denominada Esta (de zinco puro) é formada pela solidificação do zinco fundido aderido à peça por arraste.

Aspectos importantes na Galvanização a Fogo

1. Temperatura do processo

As temperaturas usadas para zincagem variam normalmente entre 445 a 455°C.

Cuidados práticos:

 Deve-se galvanizar à mínima temperatura que permita um escorrimento fácil do excesso de zinco durante a extração do material.  Temperaturas acima de 470°C são desaconselháveis, pois a reação do zinco com as paredes da cuba (para o caso de cubas metálicas) se torna muito intensa acelerando seu desgaste e diminuindo sua vida útil.

2. Velocidade de imersão e remoção

Velocidade de imersão

 A imersão deve ser a mais rápida possível para que não haja tempo de uma espessa camada de zinco se formar na primeira parte da peça, antes que toda ela tenha entrado em contato com o zinco.  A velocidade de imersão varia de 6 a 7 m/minuto.

Velocidade de remoção

 Em contrapartida, quanto mais lenta e constante for a velocidade de remoção, melhor será a uniformidade da camada e menos espessa a camada “eta”.  A velocidade de remoção está na média de 1,5 m/minuto

3. Tempo de imersão

 Quanto maior o tempo de imersão, mais espessa é a camada, até determinado limite, passando a ocorrer uma estabilidade.  Observa-se um crescimento acentuado no primeiro minuto de imersão, etapa que corresponde à rapidez da reação entre o zinco e o ferro para, em seguida, ocorrer uma etapa de reação mais lenta, correspondendo a um consequente crescimento mais lento da camada.

5. Composição do banho de zinco

 O zinco utilizado nas galvanizações brasileiras é o Zn SHG (Special High Grade) com pureza igual a 99,995%  O metal mais utilizado como elemento de liga do banho de galvanização é o alumínio. É adicionado em pequenas quantidades, de forma a se ter no banho de galvanização em média cerca de 0,0050%.  Aconselha-se ter no banho no máximo cerca de 0,01%. Acima deste teor podem ocorrer vários tipos de problemas nas peças galvanizadas além de reagir com o aço da cuba metálica  A finalidade de se adicionar Al no banho é a de promover melhor escorrimento, melhor uniformidade das camadas e maior brilho das peças recém-galvanizadas.

Resfriamento

 Aconselha-se um resfriamento rápido em água, para que cesse o crescimento das camadas de ligas, evitando-se uma cristalização grosseira e frágil.

Aspectos práticos

 Em algumas galvanizações, aproveita-se este tanque de resfriamento para realizar a passivação da camada de zinco das peças galvanizadas.  Trata-se de um banho rápido em soluções cromatizantes, à base de ácido crômico e bicromato de sódio, com a finalidade de retardar o aparecimento da chamada “corrosão branca” (capa protetora em torno de 0,5μm de cromato de zinco insolúvel).  Esta passivação confere ao zincado um aspecto ligeiramente amarelado, sendo mais claro quanto menor a concentração da solução ou menor o tempo de imersão.

Aspecto prático: Coloração da peça X Corrosão

Corrosão branca: é característica da corrosão do zinco. Inicia-se quando a proteção da passivação foi comprometida  Corrosão vermelha: coloração típica quando a corrosão atinge o metal base

Estocagem dos materiais galvanizados

Orientações gerais

 Resfriamento em solução cromatizante  Empilhar as peças somente quando secas

 Adotar o critério de, sempre que possível, empilhar as peças com qualquer parte côncava para baixo.  Passar a fita de aço para fixar os amarrados, sobre uma faixa de estopa para proteger o galvanizado.  Empilhar os amarrados, um sobre o outro, com espaçadores de madeira, não esquecendo que o primeiro, rente ao chão, deverá estar também sobre estes espaçadores.

Resíduos gerados no processo de galvanização a fogo

Borra de Zinco

 Borra de zinco, mais conhecida como "areião", é um resíduo formado por cerca de 96% Zn e 4% Fe  Aparência arenosa e composta de cristais de ferro-zinco insolúveis à temperatura normal de trabalho, que se depositam no fundo da cuba durante o processo de galvanização.  Além de representar uma perda de zinco, prejudica o aquecimento da cuba, (mau condutor de calor) e o aspecto das peças zincadas, quando adere a sua superfície.  Não é possível impedir a formação de borra, porém, é indispensável que se saiba sua origem para poder controlar sua formação.

Cinza de Zinco

 Cinza de zinco, mais conhecida como "terra de zinco", é um resíduo composto de óxido de zinco, zinco metálico e cloretos em teores variáveis.  A cinza forma-se na superfície do banho devido à oxidação do zinco com o oxigênio do ar e as escórias da reação fluxo-zinco-ferro

Pó de zinco

 Pó de zinco – existe exaustor sobre o banho de zincagem que faz a extração do óxido de zinco em suspensão, arrastado para o filtro manga, depositado finalmente em reservatório apropriado.

Facilitadores na geração de cinza

 Temperatura de trabalho, quanto mais alta, mais intensa a oxidação da superfície do banho.  Agitação do banho, quanto maior a perturbação da superfície do banho, mais intensa é a formação de cinzas.