Baixe Mecanismos de ação de fármacos analgésicos, anti-inflamatórios e anestésicos - Prof. Ávila e outras Esquemas em PDF para Farmacologia, somente na Docsity! 1 Taissa Peregrino – 64 Enf Resumo Farmacologia Fármacos Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) Inflamação é uma resposta BENÉFICA do hospedeiro perante um estímulo estranho ou uma lesão tecidual e resulta na reestruturação do tecido e a sua função. São eles: CALOR; RUBROR; EDEMA; DOR e PERDA DE FUNÇÃO. Podendo gerar uma resposta aguda em seguida a crônica, ocorrendo a perda de função. Estímulos que podem gerar o processo inflamatório – são: Infecção microbiana, trauma cirúrgico e hipoxia. Reação da microcirculação caracterizada pelo movimento de proteínas séricas e de leucócitos do sangue para o tecido extravascular. Estimulo inflamatório → inflamação aguda → cascata de PAMPS (Padrões moleculares associados a PATÓGENO) e DAMPS (Padrões moleculares associados a DANO) esses são receptores que auxiliam no processo inflamatório, gerando uma resposta, liberando CITOCINAS, PROTEINASES, QUIMIOCINAS que são componentes proteicos, são sintetizadas “DE NOVO” (houve indução do RNAm para síntese de uma nova proteína) Além disso são liberados junto a essa resposta os DERIVADOS LÍPIDICOS, os lipídeos de membrana são mobilizados através da ENZIMA PLA-2 (FOSFOLIPASE-A2) onde são extraídos e convertidos em ÁCIDO ARACDONICO (AA) ocorrendo a produção de EICOSANÓIDES (facilita a quimiotaxia) através da atuação dos COX. Os mais importantes são PGE2 (prostaglandina), PGi2 (prostaciclina) e TXA2 (tromboxano). Se distribuem temporalmente e espacialmente, a fim de promoverem o início, amplificação e resolução do evento. PLA-2 → AA → COX-1/COX-2 → EICOSANOIDES → PGE2, PGI2 E TXA2... O que facilita o processo inflamatório ficar e se torna crônica? Inflamação constante do organismo. Ex: obesidade, falta de higiene oral... Processo inflamatório agudo (ocorre todo momento no nosso corpo) e crônico (perda da função) Conjuntivite alérgica; esclerose múltipla, meningite bacteriana; colite ulcerativa, hepatite C; artrite reumatoide, osteoartrite; infestação por helmintos; endocardite; asma; infecções bacterianas. Com isso o foco será os EICOSANÓDES e os fármacos que os inibem impedindo a inflamação... EICOSANÓDEIS Derivado lipídicos que participam do processo inflamatório, facilitando a quimiotaxia. A indução da sua produção é através das ENZIMAS CICLOOXIGENASE (COX-1 E COX-2), que atuam sobre o AA convertendo em eicosanóides. 2 Taissa Peregrino – 64 Enf COX-1 constitutiva, produzida sempre no nosso organismo, importante para os processos FISIOLOGICO. • Proteção gástrica • Homeostase renal • Função plaquetária Prostaglandinas vindas da COX-1 também inflamam, o que muda é a qtd., podendo ter efeitos além do fisiológico. NÃO A INIBIMOS 100%, pois o COX-1 atua no FISIOLOGICO!! COX-2 induzida “DE NOVO” (SOMENTE AONDE TEM INDUÇÃO GENICA) (pois se não houver inflamação, ela não estará presente), pelo processo inflamatório. • Inflamação • Dor • Febre À um aumento da expressão pelas citocinas IL1, IL2 e TNF-a que são proteínas inflamatórias... Os AINES anti-inflamatórios não esteroides (não derivados do colesterol), inibem a COX, seletivo ou não. Enzimas Fármacos seletivos Fármacos não seletivos COX-1 Ácido Acetilsalicilico (COX-2 em doses altas) Diclofenaco Dietilamônio Sulfonamidas (nimesulida) Acetaminofeno Meloxicam Indometancina Ibuprofeno Naproxeno Sulindac Diclofenaco Piroxicam Cetoprofeno COX-2 Coxibes II • Os eicosanódes atuam sobre RECEPTORES ACLOPADOS A PTN Gq (aumento de Ca2+) e Gs (aumento de AMPC); Receptores da PGE2 -EP1, 2, 3, 4; • Tanto a COX-1 quanto a COX-2 produzem os mesmos produtos... porém a primeira atua no fisiológico e a segunda é induzida pela inflamação. MECANISMO DE AÇÃO 5 Taissa Peregrino – 64 Enf Por falar em PGF2α... e o misoprostol (cytotec®)? • Trabalho de parto - liberação de PGF2α: contração miométrio, expulsão do feto. • Misoprostol: análogo PGE1 – tratamento e prevenção de úlceras gastroduodenais, indução do trabalho de parto, interrupção da gestação (aborto medicamentoso). EFEITOS INDESEJÁVEIS (1) Distúrbios gastrointestinais - dispepsia (desconforto no TGI superior, azia, dor epigástrica, eructações, etc...); náusea; vômito; diarreia; erosões/úlcera; Hemorragia (TXA2). Interações com alimentos • Fármacos gerais = 1h antes ou 2h depois do uso de AINEs; • AINES = juntos a refeições ou logo após com água; • ABSORÇÃO? Vazio a absorção é melhor, mas pode gerar gastrite, se o paciente tem queixa, pode tomar logo após a refeição; • Devido a INIBIÇÃO da Citoproteção que é feita pela PGE2. (2) Distúrbios renais - descompensação do controle da pressão arterial e nefropatia por analgésicos. • PROVA - Quem tem problema cardíaco/renal/obesidade não pode tomar AINEs, mesmo sendo seletivos. No glomérulo na AA (arteríola aferente) possui a ação da PGE2/PGI2 causando vasodilatação, e na AE (arteríola eferente) possui a ação a ANGIOTENCINA II causando vasoconstrição, ocorre a formação de uma “bolsa” gerando uma Pressão adequada para a filtração glomerular. Agora, se inibirmos a PGE2 as duas arteríolas contraídas podem causar problema de filtragem no glomérulo com o tempo... AINEs podem ser prescritos, mas com acompanhamento para verificar sinais de agravo dor de cabeça, pulsação, aumento da PA, perfusão renal impactada. (3) Aumento do tempo de sangramento - a inibição COX-1 faz com que a TXA2 seja inibida, diminuindo a agregação plaquetária → HEMORRAGIA. (4) Precipitação de broncoconstrição e asma piorada – a inibição da via COX, faz com que o AA seja desviado para a via LOX, aumentando os LEUCOTRIENOS que são presentes nos PULMÕES causando doença inflamatória pulmonar. 6 Taissa Peregrino – 64 Enf (5) Outros - Lesões cutâneas (eritema, pápulas, fotossensibilidade); Síndrome de Reye (encefalopatia. hepatopatia) • Distúrbio hepático: paracetamol * • Distúrbio da medula óssea: dipirona * Com isso podemos dizer que a COX-1 é mais presente nas plaquetas/rins (sua inibição ocorre lesão renal) e a COX-2 é mais presente no endotélio (sua inibição promove AVC), não seletivas pode gerar gastrite. MEDIADORES LIPÍDICOS E ÔMEGA-3 O OMEGA-3 substitui os FOSFOLIPIDIOS DE MENDRANA, ao invés de formar AA, forma EPA e DHA, não sendo usados na COX para formar prostaglandinas, e sim outros componentes pró-resolutivos. TERMOS “DE NOVO” – indução génica Quimiotaxia – chegada de células de defesas Citoproteção – proteção gástrica 7 Taissa Peregrino – 64 Enf Resumo Farmacologia Fármaco Glicocorticoides – Anti-inflamatórios esteroidais GLICOCORTICOIDES Também conhecidos como anti-inflamatórios esteroidais, são hormônios sintetizados a partir do CORTISOL (derivado do colesterol), produzido pela glândula suprarrenal (endogenamente), exercendo funções importantes nele: metabólicas, indução da produção de glicose, equilíbrio hidroeletrolítico, sistema cardiovascular, sistema nervoso central, sangue, sistema músculo esquelético. São prescritos mais comumente devido às intensas propriedades imunossupressoras e anti-inflamatórias. Importante papel fisiológico; Corticosteroides endógenos Glicocorticoides = cortisol Mineralocorticoides = Aldosterona (regula a reabsorção de água – papel renal) O cortisol pode se ligar aos receptores de aldosterona, vice e versa, por serem parecerem. CORTICOSTEROIDES - GLICOCORTICOIDES • Zona glomerular - mineralocorticoides • Zona fasciculada – glicocorticois → cortisol • Zona reticular – andrógenos SÍNTESE E LIBERAÇÃO DO CORTISOL O CORTISOL é o principal endógeno, sintetizado através do colesterol, extremamente lipofílico, atravessa a membrana. Muito utilizado de forma tópica (gel), alta absorção. COLESTEROL → PREGNENOLONA → 17 a-HIDROXIPREGNENOLONA → 17 a- HIDROXIPROGESTERONA → 11-DEOXICORTISOL → COLESTEROL A sua liberação se dá pelo ESTRESSE e RITMO CIRCADIANO estimulando o hipotálamo → hipófise anterior → glândula adrenal, sendo liberada. O FEEDBACK NEGATIVO ocorre quando a substância produzida consegue em grandes qtds. regular a sua própria produção. É importante destacar que tratamento com fármacos EXOGÊNO, faz com que a produção ENDÔGENA seja suprimida, ou seja, se retirar esse fármaco, o organismo não conseguirá produzi-lo. 10 Taissa Peregrino – 64 Enf Ações em Células Inflamatórias • ↓ da função dos fibroblastos (diminui a formação de queloides, se usar muito pode hipotrofiar); • ↓ expressão de COX 2, Inibe a síntese “DE NOVO” da COX-2; • ↓ dos componentes do complemento; • ↓ da produção de NO; • ↓ da liberação de histamina. MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES Diminuição da resposta inflamatória, induzindo síntese de componentes resolutivos. Esse mecanismo se dá pela atuação dos glicocorticoides nos receptores de corticoides (dentro ou fora das células). (1) Genômico - Receptores intracelulares. Repressão ou indução de genes pela ativação dos fatores de sínteses nucleares. ↑ UP-REGULATION – indução de proteínas anti-inflamatórias como: Anexina-1, IL-10. ↓ DOWN-REGULATION - inibição de proteínas pró-inflamatórias como: NF-Kb, TNF-a, IL-6, IL-1, COX-2, INOS. (2) Não genômico - Receptores de membrana, efeito mais rápido ativando vias abaixo. Doses mais altas de Gc. (imunossupressão). Tempo de duração dos efeitos de glicocorticoides Efeito rápido – hidrocortisona Efeito Intermediário – prednisona e prednisolona Efeito prolongado – dexametasona e betametasona Usos terapêuticos do glicocorticoide Terapia de Reposição (ISR Crônica); ISR Aguda; Doenças alérgicas; Doenças autoimunes; Transplantes de órgãos; Doença alérgica; Doenças autoimunes. Pulsoterapia do glicocorticoide - Administração de doses muito altas de corticoide em curto tempo. Metilprednisolona – 1g IV diariamente por 3 dias. Efeitos adversos do glicocorticoide - dor, tempo de uso, sensibilidade individual podendo causar: atrofia da pele, osteoporose, obesidade, edema, glaucoma, hipertensão, diabetes, imuno insuficiência da medula (ISR). Mensagem final - glicocorticoides – Uso Racional Uso tempo necessário; Doses adequadas; Uso crônico → retirada gradual (inibição da via). 11 Taissa Peregrino – 64 Enf Resumo Farmacologia Fármacos Opióides Obtenção do Ópio ocorre pela extração do látex da planta Papaver Somniferum (papoula). Sua obtenção é utilizada para fazer fármacos Opióides. Sua principal substância é a MORFINA, ação ANALGÉSICA (inibe a dor), podendo ser usado para ausência de dor seja ela física (saúde) ou como drogas de abuso. Os fármacos Opioides possuem estruturas parecida com a substância principal da papoula, MORFINA. OPIODES ENDÓGENOS O nosso organismo também produz Opioides. São eles: • b-endorfina - “h. do prazer”, liberado ao realizar atividade física, devido a dor. • Leu-encefalina; • Met-encefalina; • Dinorfina ; • Nociceptina/orfanina FQ. Agem no SNC como: • Neurotransmissores; • Moduladores de resposta (usualmente inibitória). RECEPTORES OPIÓIDES μ δ k ORL1 Alvos MOPr DOPr KOPr NOPr Analgesia supra medular +++ -? - antiopiode Analgesia medular ++ ++ + ++ Analgesia periférica ++ - ++ - Depressão respiratória +++ ++ - - Miose ++ - + - Redução da motilidade TGI ++ ++ + - Euforia +++ - - - Sedação ++ - ++ - Farmacodependencia* +++ - + - • A dependência ocorre com altas doses de Opioides dessensibilizando os receptores μ, tendo que aumentar a dose para gerar efeito*. • Tanto Opióides endógenos como exógenos atuam sobre os seus receptores no corpo, inibindo exocitose (liberação dos neurotransmissores), inibindo a condução nervosa da medula para o cérebro. • Estímulo nociceptivos são traduzidos em dor. 12 Taissa Peregrino – 64 Enf MECANISMO DE AÇÃO (1) Ações celulares - atividades inibitórias • Os receptores opiódes pertencem à família de receptores acoplados à proteína G; • Ativam Gi: Inibem adenilato ciclase (diminuem cAMP); • Abrem canais de k+ (hiperpolarização) →inativa as células; • fecham canais de Ca2+ (diminuem liberação de neurotransmissor = exocitose). (2) Efeitos sobre a via nociceptiva • Analgesia periférica → Analgesia medular →Analgesia supra medular = sensação de dor. NEUROTRANSMISSORES (1) GABA ou Glicina (inibitórios) - quando liberados inibem os neurônios pós-sinápticos e induzem HIPERPOLARIZAÇÃO pela entrada de Cl- e K+, além do bloqueio de Ca2+. Os Opioides ativam a via inibitória do GABA/Glicina. Inativando + a célula. (2) Glutamato (excitação) - quando liberados ativam os receptores NMDA e nACh no neurônio pós-sináptico, que induz entrada de Ca2+ na célula, ocorrendo a DESPOLARIZAÇÃO. Os Opioides bloqueiam a via excitatória do Glutamato. Inativando a célula. FÁRMACOS OPIOIDES: ANALGESIA Quando há um estimulo de dor os neurônios excitatórios Glutaminérgico vai excitar os neurônios da periferia até a córtex. O cérebro irá liberar opioides endógenos (inibindo os interneurônios inibitórios GABAérgicos) ocorrendo a MODULANÇÃO DO ESTIMULO DORLOROSO PELA ‘VIA DESCENDENTE DA DOR’, fechando o “portão” na supra medular e impedindo a dor de ser “traduzida” de forma intensa. Quando não há um estimulo de dor a “VIA DESCENDENTE DA DOR” é INIBIDA através dos interneurônios inibitórios GABAérgicos presente no córtex e mesencéfalo. 15 Taissa Peregrino – 64 Enf (3) Tolerância e dependência Aumento da dose necessária para produzir um mesmo efeito farmacológico inicial com dose menor. Podendo gerar crise de abstinência. Reflete o nível de adaptação ou neuroadaptação ao fármaco. Por que a tolerância acontece?? • ⭡ metabolismo do fármaco; • ⭣densidade de receptores (μ); • ⭣afinidade do fármaco pelos receptores. Overdose - o risco de morte por overdose aumento entre 7 a 28 vezes por nos 30 dias após a interrupção de uso (clínica de reabilitação, prisão). Tratamento da farmacodependência - Antagonista do receptor μ 1. Naltrexone (Vivitrol®) 1x mês (IM); 2. Buprenorfina + naloxona (Suboxone®), 1 x dia (VO); 3. Metadona, 1x dia (VO). OUTROS FÁRMACOS ANALGÉSICOS (1) Dipirona (metamizol) • Derivado pirazolônico (AINE) e Fraco inibidor da COX; • Utilizada como fármaco analgésico e antipirético; • Promove analgesia ao ativar circuitos opioidérgicos ao longo da via inibitória descendente → Mecanismo não totalmente elucidado; • Proibida em muitos países devido à associação com a agranulocitose (contagem baixa de N0); (2) Paracetamol (Acetaminofeno) • Derivado do para-aminofenol (AINE) e fraco inibidor da COX; • Utilizado como fármaco analgésico e antipirético; • Mecanismo de ação ainda não elucidado; • Analgésico e antipirético de escolha para situações nas quais o uso de AAS não é recomendado → 1ª escolha quando AAS não é recomendado (dengue, pacientes com úlcera gastroduodenal, paciente alérgicos); • Eficácia equivalente ao AAS, mas sem efeito anti-inflamatório; Mecanismo de ação • Ativação de uma parte da via descendente de controle da dor (via serotoninérgica); • Antagonista NMDA (receptor de glutamine – excitatório no SNC) • Inibição de COX-3 (central) - não ter nada a ver com processo inflamatório, mas sim analgesia. 16 Taissa Peregrino – 64 Enf Tratamento da intoxicação (1) Carvão ativado - Se o paracetamol ainda estiver no TGI (~ 4h da ingestão). (2) N-acetilcisteína • IV ou VO (exceto quando há sinais de falência hepática); • Repõe os estoques de glutationa hepática; • Não reverte o dano já causado às células hepáticas; • O tratamento deve ser iniciado 8h após ingestão do paracetamol; • Após 24h da ingestão do paracetamol o benefício é questionável. 17 Taissa Peregrino – 64 Enf Resumo Farmacologia Fármacos Anestésicos Locais Os anestésicos locais são agentes que bloqueiam de forma reversível a condução nervosa, quando aplicados a uma região circunscrita do corpo. Eles são feitos a partir do isolamento da cocaína da Erythroxylon coca. Sua atuação se dá no SNC inibindo as catecolaminas. Podendo gerar dependência. Logo foi feito um protótipo dessa substância. Estudo de anestésicos locais que não induzam dependência: Einhorn (1892) – 12 anos depois surgiu a Procaína. COMPOSIÇÃO DA FIBRA NERVOSA 3 camadas de tecido conjuntivo (Epineuro, Perineuro e Endoneuro) onde o anestésico local precisa penetrar para atuar no axônio. Tipos de fibras nervosas As principais fibras bloqueadas pelos anestésicos locais são A delta e C devido suas funções. Classificação Diâmetro (uM) Mielina Condução (m/seg) Função A (delta) 1-4 + 5-25 Dor aguda e localizada Toque e temperatura C 0,3-1,3 - 0,7-1,3 Pós-ganglionar simpática Dor profunda, difusa e em queimação A condução neuronal é dependente do PA, uma vez gerada ele é interpretado no SNC, a partir do potencial de repouso (-60 a -70 mV), ação da Na+/K+ ATPase. Lei do “tudo ou nada, geração e propagação. ANESTÉSICOS LOCAIS Os anestésicos locais atuam nos canais de Na+ abertos e inativados, bloqueado e impedindo a propagação do PA (propagação do estimulo doloroso). Sua estrutura possui: (1) Anel aromático - porção lipossolúvel, responsável pela PENETRAÇÃO no nervo. (2) Cadeia intermediária - variações da cadeia levam a variações da potência e da toxicidade dos anestésicos. Quanto maior o número de átomos de Carbono, maior sua potência e toxicidade. (3) Grupo Amina - porção ionizável da molécula (hidrofílica), sofre influência do pH do meio. Determina a velocidade de ação do anestésico local. pH alcalino facilita a absorção do anestésico. Efeito do pH Tecidos inflamados não respondem à anestesia local, pois o ambiente é ÁCIDO e o equilíbrio se desloca para a esquerda → HIDROFÍLICO → não atravessa bem a membrana. 20 Taissa Peregrino – 64 Enf (4) Sistema cardiovascular - Reduz contração miocárdica e dilatação arteriolar → HIPOTENSÃO. (5) Sangue - Lise de eritrócitos e formação de meta-hemoglobina. METABOLISMO E EXCREÇÃO • Ésteres à hidrolisados e inativados por uma esterase plasmática. • Amidas à São degradadas pelo retículo endoplasmático hepático. A excreção pode ser renal, pulmonar ou biliar. USOS CLÍNICOS • Anestesia tópica; • Anestesias das mucosas do nariz, da boca, da garganta, trato geniturinário, árvore traqueobrônquica, esôfago... • Não penetra em pele intacta; • Lidocaina e tetracaína são os mais usados; • Vasoconstritor associado à fenilefrina (agonista a1). Anestesia infiltrativa - A associação com epinefrina praticamente duplica a duração da anestesia. Não deve ser usada em tecidos supridos por artérias terminais à gangrena. • Lidocaína à até 4,5mg/kg • Procaína à até 7mg/kg • Bupivacaína à até 2mg/kg Anestesia por bloqueio nervoso - O anestésico nunca é injetado diretamente no nervo, injeta o mais próximo possível, pois pode gerar lesão, ocorrendo paralisa. Anestésicos mais utilizados: • Lidocaína, Tetracaína, Bupivacaína. Peridural e raquianestesia - São indicadas para operações nas pernas, abdômen inferior (apendicite, útero, ovário, bexiga) e cesarianas. Nos dois procedimentos, o paciente pode receber a aplicação deitado, de lado ou sentado. O anestésico deprime as funções da cintura para baixo da pessoa. Peridural - O anestésico é injetado no espaço peridural (camada de gordura anterior à dura máter-membrana que envolve a medula vertebral). Raquianestesia - A agulha ultrapassa a dura máter, mas não atinge a medula. O anestésico é injetado em uma região abaixo da medula, onde só há filamentos nervosos. Sem adrenalina. 21 Taissa Peregrino – 64 Enf Resumo Farmacologia Fármacos Anestésicos Gerais São depressores do SNC que determinam abolição das sensações, acompanhada de perda de consciência. Envolve combinação dos seguintes elementos: inconsciência, amnésia, analgesia, relaxamento muscular e bloqueio de respostas neuro-humorais ao estresse anestésico-cirúrgico. Na época se usava éter para anestesias em cirurgias. ESTÁGIOS DA ANESTESIA Estágio I – Analgesia - O indivíduo está sonolento, porém consciente e as respostas aos estímulos dolorosos estão reduzidas. Estágio II – Excitação - O indivíduo perde a consciência e não mais responde a estímulos não dolorosos, mas responde de uma maneira reflexa a estímulos dolorosos. Estão frequentes tosse, vômitos, fala e movimentos descoordenados. É um estágio perigoso e deve-se fazer de tudo para eliminá-lo. Estágio III – Anestesia cirúrgica - Cessa o movimento espontâneo e a respiração torna-se regular e a musculatura esquelética passa de uma fase tônica para uma fase de relaxamento. Estágio IV – Paralisia bulbar - Cessam a respiração e o controle vasomotor. A morte ocorre em poucos minutos. CLASSES DOS ANESTÉSICOS GERAIS Agentes anestésicos inalatórios - Óxido Nitroso e Fluranos: Enflurano*, Isoflurano, Desflurano, Sevoflurano Agentes anestésicos intravenosos - Tiopental*, Etomidato, Propofol, Quetamina, Midazolam • Anestésicos intravenosos (açõe rápida) = indução • Anestésicos inalatórios (monitoramento dos ssvv) = manutenção • Retirada doa anestésicos (monitoramento de sinais tardios) = recuperação *não é uma regra!! TEORIAS DA ANESTESIA: TEORIA LIPÍDICA X TEORIA PROTEICA TEORIA LIPÍDICA A regra de Meyes-Overton diz que as moléculas com um maior coeficiente de partição óleo/gás (lipossolúveis) são anestésicos gerais mais potentes. Quanto mais lipossolúvel, mais potência do anestésico. TEORIA PROTEICA Melhor aceita. Existem receptores (GABAa/inibitório → SAIDA DE IONS + → HIPERPOLARIZAÇÃO) e (NMDA → Glutamato/excitatório → ENTRADA DE IONS + → DESPOLARIZAÇÃO) nas membranas que são alvos dos ANESTESICOS GERAIS, se originando no SNC. Os anestésicos bloqueiam os receptores de Glutamato. 22 Taissa Peregrino – 64 Enf AGENTES ANESTÉSICOS INJETÁVEIS Os mais comuns são: Tiopental, Etomidato, Propofol, Quetamina e Midazolam. ALVOS DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS Os principais agentes anestésicos intravenosos agem estimulando a NEUROTRANSMISSÃO GABAÉRGICA (hiperpolarização → dificulta a PA) ou inibindo a NEUROTRANSMISSÃO GLUTAMINÉRGICA (despolarização → aumenta o PA). TIOPENTAL • Mecanismo – favorece a ação do GABA no receptor GABAa → aumento da hiperpolarização; • Barbitúrico com liposolubilidade muito alta; • Ação rápida devido a rápida transferência pela membrana hematoencefálica; • Curta duração; • Lentamente metabolizado e forte tendência de se acumular no tec. Adiposo; • Estreita margem entre a dose anestésica e a dose causadora da depressão cardiovascular; • Risco de dano tecidual se injetado acidentalmente na artéria; ETOMIDATO • Mecanismo – favorece a ação do GABA no receptor GABAa → aumento da hiperpolarização; • Semelhante ao tiopental, mas muito rapidamente metabolizado; • Menos risco de depressão cardiovascular; • Pode causar movimentos involuntários durante a indução e tem alta incidência de náusea; • Possível risco de supressão das suprarenais. PROPOFOL • Mecanismo – favorece a ação do GABA no receptor GABAa → aumento da hiperpolarização; • Potente; • Ação e distribuição rápidas (em20-30s); • Rapidamente metabolizado - recuperação muito rápida, sem efeito acumulativo; • Útil para cirurgias simples (alta no mesmo dia); • Baixa incidência de náusea e êmese; • Risco de bradicardia; • Pode induzir a síndrome da infusão do propofol quando administrado em doses altas por períodos prolongados (acidose metabólica, necrose muscular, hipercalemia, falência renal e cardíaca). QUETAMINA • Mecanismo - a ação difere de outros agentes; provavelmente relacionada a um efeito sobre os receptores de glutamato do tipo NMDA → dificulta a despolarização; • início de efeito relativamente lento (2-5 mins); • Produz anestesia dissociativa, na qual o paciente pode permanecer consciente, embora amnésico e insensível a dor; • Alta incidência de disforias e alucinações durante a recuperação; • principalmente usado para procedimentos menores em crianças. 25 Taissa Peregrino – 64 Enf Resumo Farmacologia Fármacos Anti-hipertensivos A causa de Hipertensão pode ser essencial que é sem causas óbvias ou secundária por: • Feocromocitoma (tumor na adrenal, produção exacerbada das catecolaminas como adrenalina); • Estreitamento da aorta (placas, colesterol ou genético); • Renovascular (renal, eliminação dos líquidos); • Hiperaldosteronismo (aumento da aldosterona → retenção de liquido); • Causas endócrinas (triglicérides e diabetes). CAUSAS DA HIPERTENSÃO Idade, Hereditariedade, Obesidade, Estresse (cortisol aumenta colesterol e triglicérides), Alimentação não saudável, Excesso de sal... ✓ Para diagnosticar hipertensão, os valores da PA têm que ser sustentados, acima de 130 o médico já pode entrar com fármaco COMPLICAÇÕES DA HAS: O aumento contínuo da pressão arterial faz com que ocorram danos às artérias de diversas partes do organismo vivo, por isso deve-se buscar o tratamento para evitar as complicações cardiovasculares. COX-2 é produzida pela síntese “de novo” devido ao estresse de cisalhamento, produzindo PGI2 que tem função vasodilatadora junto com o NO produzido pelo ENOS, regulando a PA para baixo. Temos também a angiotensina II, noradrenalina e endotelina que tem a função de vasoconstrição, regulando a PA para cima, essa é a forma fisiológica de manter a PA 120x80 mmHg. Normalmente quem tem HAS, tem excesso de angiotensina II, causador da vasoconstrição, por exemplo na arteríola renal eferente, forçando a entrada intensa no glomérulo, causando lesão ao longo do tempo induzindo insuficiência renal. Isso fará com que haja pouca filtração, aumentando a volemia, com isso aumentando a PA. Órgãos mais afetados pela HAS: Cérebro, olhos (glaucoma), coração (infarto, insuficiência cardíaca), rins, artérias (entupimento arterial). Doenças crônicas como a artrite pode influenciar HAS, devido a inflamação (produção de COX-2). 26 Taissa Peregrino – 64 Enf DETERMINANTES DA PA Lei de Franklin-Stalin - Quando mais sangue chega no coração, maior é a força de contração. • B-Bloqueador - Propanolol (2º opção), atenolol e metropolol reduz FC; • Diurético - (hidrocloritiazida, furosemida) reduz DC, RVP e VS; • Inibidores de Angiotensina II - (captopril e losartana) reduz RVP. TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Mantenha o peso adequado, tenha uma alimentação saudável, diminua ou elimine bebidas alcoólicas, não fume, evite o estresse, pratique atividades físicas, diminua o sal e evite alimentos com alto teor de sódio, tome a medicação conforme orientação médica. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO • Bloqueadores simpáticos; • Vasodilatadores arteriais diretos (nitratos - doadores de NO; bloqueadores de Ca2+); • Antagonistas dos canais de Ca2+; • Inibidores da ECA; • Antagonistas dos receptores de Angiotensina; • Diuréticos; BLOQUEADORES SIMPÁTICOS – B-bloqueadores e bloqueadores alfa1-adrenérgicos (1) B-bloqueadores No coração... Os B-Bloqueadores irão bloquear receptores B1 e B2. Os receptores B1 está presente no coração e nos rins. Por isso são mais utilizados para cardiopatas, pois reduz o influxo de Ca2+, força de contração e FC. • Os B-bloqueadores seletivos antagonizam receptores B1, reduzindo produção de renina e débito cardíaco, protegendo o rim e o coração. Nos rins... Células da mácula densa reconhecem se há redução na filtração glomerular, induzindo as células justa glomerulares a produzir renina que induz produção de angiotensina II, induzindo a vasoconstrição na ARE favorecendo a filtração pelo glomérulo devido ao aumento de pressão. • No rim existem receptores B1 nas células justa glomerulares que produz renina ativado pelo SNC a todo momento independente das células da mácula densa. Os B-bloqueadores não são a primeira opção para tratamento, pois reduzir DC pode alterar a hiperperfusão dos órgãos. 27 Taissa Peregrino – 64 Enf • B1 não seletivos – propranolol; • B1 seletivos - atenolol e metoprolol (são os mais usados) pois não pegam receptores B2 que estão nos músculos lisos gerais (brônquios, estômago, útero), se B2 for antagonizado pode causar vasoconstrição; • Com efeito vasodilatador adicional - carvedilol (induz NO) utilizado mais para cardiopatas. Efeitos adversos: • Broncoconstrição (por atingir B2, risco para asmáticos); • Bradicardia e bloqueio AV; • Hipoglicemia (B2 no fígado é responsável pela produção de glicose, não é recomendado para diabéticos pois já usa insulina, podendo ocorrer choque hipoglicêmico); • Fadiga. (2) Bloqueadores alfa1-adrenérgicos Os Receptores alfa1 estão presentes nos vasos sanguíneos (MLV), são ativados pela adrenalina e noradrenalina para induzir vasoconstrição; Os bloqueadores dos receptores alfa1 antagonizam a vasoconstrição, fazendo com que ocorra a vasodilatação, reduzindo a RVP e consequentemente a PA. ANTAGONISTAS DE CANAIS DE CÁLCIO Mais indicado para idosos; O bloqueio direto dos canais de Ca2+ do tipo L, reduzindo sua entrada com isso irá reduzir a contração muscular, induzir vasodilatação, logo diminuindo a RVP e a PA. Classes químicas: (1) Dihidropiridinas - nifedipina e anlodipina (maior ação periférica) canal do tipo L, usado para hipertensão 1º; (2) Fenilalquilaminas - verapamil (maior ação no coração) canal do tipo T, usado para arritmia e cardiopatia 2º; (3) Benzotiazepinas - diltiazem (ação intermediária) canal do tipo T, usado para cardiopatia 3º; Fármacos que reduzem RVP podem gerar hipotensão postural. OBS.: Canal L = m.l. vascular / Canal T = coração Efeitos adversos: • Cefaleia devido à vasodilatação; • Rubor; • Edemas periféricos (2º e 3º); • Bradicardia (2º e 3º). 30 Taissa Peregrino – 64 Enf efeitos adversos - redução de K+ plasmático, indução de gota devido a secreção de ácido úrico, hiperglicemia, hiperlipidemia e impotência, sendo esses três últimos causados pela hipocalemia. Diuréticos poupadores de potássio Atua no túbulo coletor, antagonizam os efeitos da aldosterona. Principal representante é a ESPIRONOLACTONA que é antagonista do receptor de aldosterona (que promove a reabsorção de água e Na+), reduzindo a síntese “de-novo” dos canais de Na+, também é antagonista dos hormônios derivados do colesterol, diminuindo a troca de K+, aumentando a diurese. efeitos adversos - hiperpotassemia, acidose metabólica (devido à inibição da secreção de H+ paralelamente à secreção de K+), dismenorreia, atrofia testicular, ginecomastia e cálculos renais. COMBINAÇÕES DE DIURÉTICOS • Diuréticos de alça + tiazídicos = contornar refratariedade • Poupadores de potássio + diuréticos de alça ou tiazídicos = controle da hipopotassemia 31 Taissa Peregrino – 64 Enf Farmacologia Estudo Dirigido – P2 AINES 1)Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) são fármacos que proporcionam o alívio dos sintomas da inflamação, atuando como antipiréticos, analgésicos e anti-inflamatórios. Desse modo: a) Explique o mecanismo de ação da classe dos AINES. R: Atuam bloqueando o COX-1 e COX-2, que são enzimas importantes para a formação de prostaglandina e tromboxano, que são derivados do AA e desenvolve a inflamação por vários mecanismos. b) Com base no mecanismo, explique por que os AINES diminuem a febre, a dor e a inflamação. R: Diminuem esses sintomas devido a diminuição de prostaglandinas, já que são inibidas as enzimas que às transformam (COX-1 e COX-2); a inflamação é diminuída devido a diminuição da vasodilatação, logo o edema. Dor, ocorre a modulação da dor da periferia ao córtex, pelo fechamento da “porta” na ME. Febre, ocorre a inibição do patamar de termorregulação (set point). 2) Paciente L.C.C, 21 anos, deu entrada na UPA São Pedro com queixa de dor epigástrica, náusea e episódios de vômito. A mesma relata que faz o uso de Ibuprofeno várias vezes na semana, já que, por estudar sentada por várias horas seguidas, costuma apresentar cefaleia e lombalgia. O que pode estar causando os sintomas, os quais ela se queixou na Unidade? Quais orientações os Enfermeiros da UPA São Pedro poderiam ter dado para essa paciente? R: O Ibuprofeno é da classe de AINES e existem efeitos adversos devido seu mecanismo ele atua bloqueando a PGE2 que também são presentes no TGI, elas são responsáveis por proteger a mucosa, pela produção de mucina e inibição do HCL, logo com ele inibido a mucosa gástrica ficou desprotegida, causando esses sintomas. 3) A Insuficiência Hepática Medicamentosa é uma doença caracterizada pela inflamação das células do fígado, a qual é diagnosticada por meio de anamnese e por meio de exames complementares. No caso de alguns medicamentos o dano é previsível, e, essa condição está relacionada, principalmente, com a dose, como é o caso do Paracetamol. Marque a alternativa que explica como uma intoxicação por Paracetamol pode causar a Insuficiência Hepática Medicamentosa (aguda). R: a) O paracetamol é metabolizado no fígado, e quando em excesso, pode ocasionar um acúmulo de metabolitos tóxicos que atacam as células hepáticas. 4) Sr. Antônio, 65 anos, hipertenso há 16 anos, faz o controle da HAS regularmente na Estratégia Saúde da Família do seu bairro. Mãe também era hipertensa e faleceu devido a Acidente Vascular Cerebral Isquêmico e pai, hipertenso, faleceu devido a Infarto Agudo do Miocárdio. Devido ao histórico familiar de cardiopatias, Sr. Antônio faz o uso do Ácido Acetil Salicílico (AAS) na dose de 50mg/ dia. Marque a alternativa que esclareça o uso de AAS. R: C) A aspirina em dose baixa tem ação anti-agregante e vasodilatadora, assim, diminui os riscos de AVC e Infarto. 32 Taissa Peregrino – 64 Enf 5) Em muitos países, o uso da Dipirona é proibido devido a um efeito indesejável que a mesma apresenta (mesmo em dose terapêutica). Pesquise o que é esse efeito adverso e o porquê de ele acontecer. R: Promove a agranulocitose (contagem baixa de N0), diretamente na ME. GLICOCORTICÓIDES 6) O excesso de glicocorticóides geram efeitos adversos importantes sobre o nosso organismo, sobretudo no sistema endócrino. Um exemplo de alteração é o surgimento da Diabetes Mellitus Tipo 2. Marque a alternativa que melhor explica o porquê da manifestação dessa doença. R: b) Os glicocorticoides estimulam a gliconeogênese, aumentando o nível de glicose no sangue. 7) Cite 3 exemplos de efeitos adversos dos glicocorticóides e explique o motivo do aparecimento dos mesmos. R: Imunossupressão, seu uso continuo faz com que a produção endógena seja inibida. Diabetes, estimula a gliconeogênese, ficando grande quantidade de glicose no sangue. Osteoporose, faz com que os osteoclastos sejam induzidos pelo aumento de RANKL que se liga no RANK dessas células sendo ativadas e atuem degradando os ossos. 8) Explique o mecanismo de ação dos glicocorticóides, cite exemplos de medicamentos dessa classe e quais são os seus usos terapêuticos. R: Atua diminuindo a resposta inflamatória, pela indução de síntese de componentes pró-resolutivos, os glicocorticoides se ligam nos receptores de corticoide, sejam intracelulares ou ligados a membrana. Seus mecanismos de ação se dão pelo Genômico que atua nos receptores intracelulares por UP-REGULATION, induzindo proteínas anti-inflamatória (anexina-1, IL-10) ou por DOW-REGULATION, inibindo proteínas pró- inflamatórias (NF-kb, TNF-a, IL-6, IL-1, COX-2, INOS). Ou pelo Não Genômico que são receptores de membrana, com efeito mais rápido. Dexametasona e betametasona. 9) Paciente G.M.M, 50 anos, sexo feminino, foi diagnosticada com artrite reumatóide há aproximadamente 10 anos e, desde então, a mesma faz o tratamento da doença por meio do uso de Prednisona 15mg/dia. Em uma consulta de Enfermagem na UBS Dom Bosco, a usuária relata que não quer mais fazer o uso do medicamento, pois está se sentindo “inchada” e ganhou 10kg nos últimos 3 anos. O que o Enfermeiro responsável da unidade deve orientar para a paciente a respeito da retirada abrupta da Prednisona? R: a) Que a retirada abrupta pode ocasionar sintomas de insuficiência adrenal que é a principal glândula que produz glicocorticóides endógenos. Com isso, deve fazer a retirada aos poucos para que a glândula passe a produzir novamente os glicocorticóides. OPIÓIDES 10) A proposta de que os opioides induzem a analgesia e seus outros efeitos através da interação com receptores específicos surgiu pela primeira vez na década de 1950. Entretanto, somente com o