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Memórias Póstumas de Brás Cubas: Análise e Contexto, Esquemas de Português (Gramática - Literatura)

RealismoMachado de AssisAutobiografiaLiteratura Brasileira Moderna

Uma análise detalhada da obra 'memórias póstumas de brás cubas' de machado de assis. Ele aborda as fases romântica e realista da obra, os elementos de realismo e autobiografia, o estilo e a narrativa desvairada, além de apresentar breves biografias de personagens importantes. O texto também discute as temáticas de pessimismo, sátira e humano, bem como a importância do tempo e espaço na obra.

O que você vai aprender

  • Qual é a diferença entre o realismo romântico e o realismo machadiano?
  • Quais são as principais biografias de personagens apresentadas no documento?
  • Como Machado de Assis utiliza a memória para criar a narrativa da obra?
  • Quais são as principais características do estilo narrativo de Machado de Assis na obra?
  • Quais são as principais temáticas abordadas na obra 'Memórias Póstumas de Brás Cubas'?

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 29/03/2022

joao-gabriel-2ys
joao-gabriel-2ys 🇧🇷

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Baixe Memórias Póstumas de Brás Cubas: Análise e Contexto e outras Esquemas em PDF para Português (Gramática - Literatura), somente na Docsity! MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS MACHADO DE ASSIS AUTOR E OBRA FASE ROMÂNTICA CONVENCIONAL RESSURREIÇÃO, A MÃO E A LUVA, HELENA, IAIÁ GARCIA FASE REALISTA MATURIDADE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, QUINCAS BORBA, DOM CASMURRO, ESAÚ E JÁCO, MEMORIAL DE AIRES REALISMO ▪ CRITICA DA VIDA ( crítica não no sentido de julgamento, que seria romântico, mas no sentido de constatação, através das próprias atitudes das personagens, de forma indireta) ▪ RELAÇÕES HUMANAS “FINGIDAS” (vaidade, poder, dinheiro, interesse, fama, adultério...) Versus RELAÇÕES VERÍDICAS (o azar, a doença, a velhice, a morte, a fatalidade e o tempo: acabam ironizando as “fingidas”) NARRADOR FO C O N A R R A T IV O 1ª PESSOA NARRDOR PERSONAGEM DEFUNTO AUTOR AUTOBIOGRAFIA P O S IÇ Ã O ALÉM-TÚMULO TRANS- TEMPORAL “OUTRO LADO DO MISTÉRIO” D IG R E S S IV O COMENTÁRIOS FLASHBACKS ZIQUEZAQUE DESCONTÍNUO AO LEITOR Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, coisa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinquenta, nem vinte e, quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião. ESTRUTURA • 160 cap. Curtos • Fragmentária (memórias) Capítulos curtos • Não linear, descontínuo • Ritmo do narrador Digressiva • Recursos gráficos • Clássico e moderno Inovadora CAPÍTULO LV / O VELHO DIÁLOGO DE ADÃO E EVA BRÁS CUBAS................................? VIRGÍLIA............................... BRÁS CUBAS................................................................................................ ........................................................ VIRGÍLIA..........................................! BRÁS CUBAS................................. VIRGÍLIA................................................................................................................... .......................................? ................................................. ....................................................... BRÁS CUBAS................................. CAPÍTULO CXXV / EPITÁFIO ________________________ AQUI JAZ D. EULÁLIA DAMASCENA DE BRITO MORTA AOS DEZENOVE ANOS DE IDADE ORAI POR ELA! ________________________ ESTILO • Desvios para fora da fábula • Comentários, reflexões digressões • Comentários sobre a própria história, sobre o próprio estilo metalinguagem • Conversa com o leitor • Forma de digressão leitor incluso ESTILO • Recriação de estruturas consagradas pela tradição (ex.: Humanitismo) paródia • Relação, diálogo entre textos • Bíblia, mitologia, filosofia, artes... Inter- textualidade • Ora narra, ora comenta • Ruptura com a narrativa linear Estilo ziguezagueante Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem... CAPÍTULO LXXI / O SENÃO DO LIVRO CAPÍTULO CXIII / A SOLDA A conclusão, se há alguma no capítulo anterior, é que a opinião é uma boa solda das instituições domésticas. Não é impossível que eu desenvolva este pensamento, antes de acabar o livro; mas também não é impossível que o deixe como está. De um ou de outro modo, é uma boa solda a opinião, e tanto na ordem doméstica, como na política. Alguns metafísicos biliosos têm chegado ao extremo de a darem como simples produto da gente chocha ou medíocre; mas é evidente que, ainda quando um conceito tão extremado não trouxesse em si mesmo a resposta, bastava considerar os efeitos salutares da opinião, para concluir que ela é a obra superfina da flor dos homens, a saber, do maior número. CAPÍTULO CXLV / SIMPLES REPETIÇÃO Quanto aos cinco contos, não vale a pena dizer que um canteiro da vizinhança fingiu-se enamorado de D. Plácida, logrou espertar-lhe os sentidos, ou a vaidade, e casou com ela; no fim de alguns meses inventou um negócio, vendeu as apólices e fugiu com o dinheiro. Não vale a pena. É o caso dos cães do Quincas Borba. Simples repetição de um capítulo. ESTILO • Niilismo, ceticismo • Descrença no ser humano pessimismo • Sátira menipeia • Pessimismo irônico Humor e ironia • Essência X aparência • Constantes na tradição Universalismo e psicologismo TEMPO E ESPAÇO Rio de Janeiro Sociedade da 1ª metade do século XIX Corte; Casinha da Gamboa; Tijuca Exceção: Europa Flashbacks Não-linear Vaivéns da memória Exemplo: começa pela morte, velório, enterro... CAPÍTULO PRIMEIRO / ÓBITO DO AUTOR (...)Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. CAPÍTULO IX / TRANSIÇÃO E vejam agora com que destreza; com que arte faço eu a maior transição deste livro. Vejam: o meu delírio começou em presença de Virgília; Virgília foi o meu grão pecado da juventude; não há juventude sem meninice; meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamos nós, sem esforço, ao dia 20 de outubro de 1805, em que nasci. Viram? Nenhuma juntura aparente, nada que divirta a atenção pausada do leitor: nada. (...) E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que... Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal. CAPÍTULO XIII / UM SALTO

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