Memórias Póstumas de Bras Cubras, Esquemas de Literatura Ensino Médio

Baixe Memórias Póstumas de Bras Cubras e outras Esquemas em PDF para Literatura Ensino Médio, somente na Docsity! Memórias Póstumas de Brás Cubas Machado de Assis AUTOR ENREDO A história inicia pelo delírio e morte de Brás Cubas, depois conta o seu nascimento e vai alternando, sem qualquer critério lógico, episódios de diversas fases da sua vida, sempre com uma alta dose de humor e visão pessimista. Brás Cubas nasceu em uma família rica e proprietária, o que lhe possibilitou nunca precisar “comprar o pão com o suor do seu rosto”. Na infância, foi um menino endiabrado. Protegido pela conivência paternal, maltratava os escravos, aprontava com as visitas e desrespeita os adultos. ENREDO Na adolescência, envolveu-se com uma prostituta que o explorou por vários meses, mas que ele, em sua narrativa, resume na famosa frase: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis” Foi mandado pelo pai à Europa para estudar e esquecer Marcela. De volta ao Brasil, conheceu Eugênia, moça bonita e romântica, filha de uma amiga da sua mãe. Brás Cubas lembra de que, quando criança, flagrara, durante uma festa na casa do pai, a mãe de Eugênia beijando um homem casado atrás de uma moita. Como Eugênia não tinha pai declarado, dá-lhe o apelido irônico de “flor- da-moita”. Mesmo sabendo que o pai jamais permitiria que ele se casasse com uma moça pobre e filha de mãe solteira, seduz Eugênia e chega a conquistar um beijo dela. Porém, quando descobre que ela é “coxa de nascença” ou seja, possui uma perna mais curta que a outra, foge, apavorado com a ideia de passar pelo ridículo de casar com uma mulher coxa. ENREDO O Pai de Brás Cubas tem o sonho de vê-lo exercendo o cargo de ministro. Para isso, arranja-lhe como noiva Virgília, filha de um figurão da sociedade que facilitará a carreira política do genro. Brás Cubas mostra-se, no entanto, tão apático e incompetente, que acaba perdendo “a noiva e o cargo” para Lobo Neves, um homem arrojado que ele próprio compara com uma águia. OBRA Memórias Póstumas de Brás Cubas é um romance escrito por Machado de Assis, desenvolvido em princípio como folhetim, de março a dezembro de 1881, na Revista Brasileira para no ano seguinte, ser publicado como livro, pela então Tipografia Nacional. TEMPO O livro tem como suporte duas temporalidades. Uma é o tempo psicológico, no qual o narrador retrata o que viveu do ponto de vista de alguém que está em outra dimensão, além da morte. Assim, ele pode retratar sua história como quiser, sem atentar a qualquer sequência cronológica. O outro tempo é o cronológico. Nesse âmbito os eventos seguem um encadeamento racional. O defunto-autor conta sua meninice, os tempos da adolescência, a viagem para Coimbra e o retorno ao Brasil, até desembocar na sua morte aos sessenta e quatro anos. “Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento...” “Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos…” TEMPO A história se passa no contexto histórico na época em que Napoleão governava a França. “Napoleão, quando eu nasci, estava já em todo o esplendor da glória e do poder; era imperador e granjeara inteiramente a admiração dos homens.” PERSONAGENS ● Brás Cubas: Ele é o narrador-protagonista, ou o “defunto autor”, um morto que decide retratar suas memórias de uma forma irônica. É dessa posição que ele julga a vida humana. ● Virgília: Filha do conselheiro Dutra, mulher do político Lobo Neves e amante do protagonista. Ela teve a oportunidade de se casar com Brás Cubas, porém optou por se casar com Lobo Neves e ao mesmo tempo, manter um relacionamento clandestino com o antigo namorado. ● Conselheiro Dutra: político e pai de Virgília. ● Lobo Neves: político e esposo de Virgília. ● Sabina: irmã de Brás Cubas, casada com Cotrim. ● Cotrim: Marido de Sabina e tio de Nhã-Loló, se trata de um sujeito grosseiro no modo em que trata os escravos. ● Nhã-Loló: sobrinha de Cotrim e pretendente de Brás Cubas. ● Luís Dutra: primo de Virgília. ● Dona Plácida: encobre o relacionamento marginalizado entre o protagonista e Virgília. ● Marcela: garota de programa com quem Brás Cubas teve um caso quando era jovem. ● Quincas Borba: mendigo, amigo de infância de Brás Cubas que se torna filósofo após receber uma herança, autor do humanitismo. ● D. Eusébia: amiga da família de Brás Cubas. ● Eugênia: mulher manca e filha de D. Eusébia, que foi beijada pelo protagonista e depois desprezada por ele. ● Prudêncio: escravo de Brás Cubas, que após a conquista da alforria ele se torna proprietário de um escravo, no qual revida todas as crueldades sofridas na sua infância. PERSONAGENS ESTRUTURA NARRATIVA Narrador observador e protagonista da trama, ele se autodefine como um defunto-autor, ou seja, após sua morte decide relatar suas lembranças do passado. “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.” RESPOSTA a) se marca pela função metalinguística, já que o narrador-autor reflete sobre o próprio ato de escrever e analisa criticamente seu estilo irregular e vagaroso. Durante todo o livro o autor tenta em várias partes explicar o próprio livro, referindo-se muito ao leitor desde o primeiro capítulo “ao leitor” não nos deixando perceber que trata de uma ficção sempre nos levando a contextos históricos como a queda de Napoleão nos trazendo uma certa realidade. AO VERME QUE PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES DO MEU CADÁVER DEDICO COMO SAUDOSA LEMBRANÇA ESTAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS AGRADECEMOS A TODOS PELA ATENÇÃO!!