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modelo artigo faveni, Teses (TCC) de Sociologia Pública

modelo de tcc da faculdade faveni

Tipologia: Teses (TCC)

2021
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Compartilhado em 30/08/2021

andressa-furtado-1
andressa-furtado-1 🇧🇷

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Baixe modelo artigo faveni e outras Teses (TCC) em PDF para Sociologia Pública, somente na Docsity! S T FAVENI FAVENI - FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE NOME SOBRENOME (Arial fonte 12) TÍTULO DO TCC (Arial, fonte 12) CIDADE DO ALUNO (Arial, fonte 12) ANO FAVENI - FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE (Arial, fonte 12) NOME SOBRENOME (Arial fonte 12) TÍTULO DO TCC (Arial, fonte 12) Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em NOME DO CURSO. Orientador: (não deve colocar nome pois não teve um orientador fixo para realização do trabalho deve manter em branco. ((Arial fonte 12, recuo de 8 cm. CIDADE (Arial, fonte 12) ANO educadores tem autonomia para realização de seu trabalho enquanto transmissores de conhecimento, sendo assim, precisam e devem superar esta barreira de conflito entre estas ciências em busca de uma formação consistente e integral em sala de aula. A primeira iniciativa para que esta integração durante o ensino das disciplinas ocorra é a superação da visão disciplinar e a busca pela compreensão da área do conhecimento. A área da Ciências Humanas é constituída de diversos componentes curriculares e podemos dizer, de forma breve, que está voltada para o estudo do ser humano como um ser social, no tempo e no espaço, e a partir dessa ideia já temos uma relação sólida entre a História e a Geografia. (BUENO, 2021). Subsequentemente, é fundamental que o docente tenha clareza em relação ao objeto de estudo de cada um dos componentes curriculares. Desta forma, haverá a garantia de uma docência voltada a estabelecer uma integração entre a História e a Geografia de forma precisa a essência de cada um dos componentes. Para haver este engajamento é necessário que seja feita uma atenta leitura da BNCC, buscando compreender de forma sucinta as relações entre a História e a Geografia e as possibilidades de integração entre os dois componentes curriculares. A GEOGRAFIA PARA A HISTÓRIA E A HISTÓRIA PARA A GEOGRAFIA A BNCC, quanto ao trabalho da Geografia, mostra que devemos buscar o raciocínio espaço-temporal, entendendo que o ser humano cria e se apropria do espaço em determinada circunstância histórica. Ressalta, ainda, que a identificação desse processo se torna fundamental para a compreensão, interpretação e avaliação tanto do passado como do presente. Ora, aqui a História está presente, basta dar luz a ela. O estudo da construção de um espaço e sua ocupação humana será muito enriquecido se a História desse processo for estudada também. Um exemplo, a Geografia poderá abordar as características da Mata Atlântica, sua importância para o espaço que ocupa, as ameaças que sofre e as consequências com sua derrubada. Mas é inegável que se explorarmos também a história dessa destruição nossos alunos e alunas terão mais um olhar para um mesmo objeto de estudo. Já a História é apresentada na BNCC, como o estudo do homem e da sua ação no tempo — diferentemente da Geografia, o documento não usa a expressão ser humano. Para esse estudo, é preciso investigar com o intuito de identificar, analisar e compreender diferentes objetos, lugares, circunstâncias, temporalidades, movimentos de pessoas, coisas e saberes. Todo esse trabalho sem nunca perder de vista que o conhecimento histórico produzido é um conhecimento e não o conhecimento. E onde está o diálogo com a Geografia? Ora, esse ser humano produtor de história está em um espaço criado por ele em determinada circunstância histórica. Como compreender a chegada dos europeus nas américas sem conhecimento cartográfico? Como compreender a organização brasileira em grandes propriedades e as consequências desse fato sem a Geografia e a História? Como analisar a forma das fronteiras dos países africanos sem o conhecimento histórico e geográfico? Sobre as competências apresentadas na BNCC pelos dois componentes, é possível encontrarmos aspectos importantes em comum, o que pode facilitar e nortear um trabalho a partir da área e não mais a partir da disciplina. Geografia- Competência 2 Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. História - Competência 2 Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica. Quais trabalhos podemos propor a partir dessas duas competências? Como dialogam? De que maneira os estudos de nossos alunos e alunas será aprofundado a partir de uma abordagem como essa, considerando a relação entre essas duas competências? Como essas competências se relacionam com as competências gerais da área? 4. O PROFESSOR: NOVAS REALIDADES A proposta curricular do Estado de São Paulo (2010) direcionada para os educadores de Geografia e História, vem trabalhando com múltiplas funções entre elas a inclusão de todos os educandos, sejam eles jovens ou adultos. O mesmo projeto pedagógico tem como objetivo o conhecimento sendo oferecido como ferramenta para a transformação, permitindo que todos os demais grupos sociais que antes eram destituídos dos meios do saber (alfabetizados por Letramento, sem o uso da tecnologia) tenham através de atividades direcionadas, o básico do saber tecnológico e acesso as novas tecnologias, onde conhecimentos adicionais podem ser trabalhados: Todavia, essa sociedade, produto da revolução tecnológica que se acelerou na segunda metade do século XX e dos processos políticos que redesenharam as relações mundiais, já está gerando um novo tipo de desigualdade ou exclusão, ligado ao uso das tecnologias de comunicação que hoje medeiam o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. Na sociedade de hoje, é indesejável a exclusão pela falta de acesso tanto aos bens materiais quanto ao conhecimento e aos bens culturais. (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo. 2010, p.8) Essa iniciativa pode ser entendida como uma intervenção que pretende nivelar em um grau mais amplo as desigualdades que se encontram no nosso sistema de formação pública, o que fora discutido por vários teóricos entre eles a pesquisadora em educação Maria Lúcia de Arruda Aranha, em especial na sua obra História da Educação: O importante é que os novos recursos, como o computador, a televisão, o cinema, os vídeos, não sejam usados apenas como instrumentos, mas se tornem capazes de desencadear transformações estruturais na velha escola. Só assim a função do professor pode ser revitalizada, libertando-o da aula de saliva e giz e estimulando o aluno a uma posição menos passiva e mais dinâmica. Como fazer, é um desafio para a imaginação. [...] (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, 1996, p. 239) Entretanto existem muitas dificuldades nesta problematização se o educador tiver dificuldade em passar o conteúdo para seus alunos. O que dizer para um aluno que nunca lidou com essas novidades e agora tem que entender esse conteúdo para poder não somente conhecer o seu mundo, mas também transformá-lo? Neste caso caberá ao professor ser um educador mais atento à cultura do lugar onde leciona, como o autor Paulo Freire afirma na sua obra a Pedagogia da Autonomia: O saber alicerçante da “travessia” na busca da diminuição da distância entre eu e a perversa realidade dos explorados é o saber fundado na ética de que nada legitima a exploração dos homens e das mulheres pelos homens mesmo ou pelas mulheres. Mas, este saber não basta. Em primeiro lugar é preciso que ele seja permanente, tocado e empurrado por uma calorosa paixão que o faz quase um ser arrebatado. É preciso também que a ele se some saberes outros da realidade concreta, da força da ideologia; saberes técnicos, em diferentes áreas, como a da comunicação. (FREIRE, Paulo. 2001, p.262) entender o sistema dos excluídos pelo modelo tradicional de ensino positivista, questionado por ele e outros educadores na atualidade: A primeira inspira-se no positivismo de Comte, no organicionismo evolucionista de Spencer e no funcionalismo de Durkheim. Seus objetivos são a ordem, a harmonia, o controle, o progresso. Tal pedagogia não trata de mudança e da inovação educacionais e preocupa-se mais com as consequências do que as causas [...] A mudança social não está nas cogitações da pedagogia do consumo [...] A pedagogia do conflito busca seus princípios em Marx e Engels [...] Os temas abordados à luz dessa pedagogia consistem na alienação, na exploração, nas desigualdades, na emancipação. (NISKIER, Arnaldo, 1935 p.257) O autor ainda enumera em muitas partes de sua pesquisa, tudo o que faz desta metodologia a mais adequada para as classes desfavorecidas, já que ela busca através da observação crítica que cada educando ache seu mundo e entenda sua funcionalidade, através de questionamentos que elevam o pensamento: Assim, a educação é, sem dúvida, um elemento não só de continuidade, mas também de ruptura, como local onde é possível lidar com as contradições sociais e problematizar a sociedade. Portanto, a decisão sobre o que saber e o que fazer está na dependência das necessidades vividas, isto é, não mais permitir um saber abstrato desvinculado do vivido, nem uma prática que não esteja inserida na prática social global. Só assim pode ser superada a clássica dicotomia entre teoria e prática, trabalho intelectual e trabalho manual. Enquanto a educação humanista tradicional burguesa visa à aquisição de uma cultura supérflua, “de adorno”, a educação progressista quer formar o homem pelo e para o trabalho.” (Maria Lúcia de Arruda Aranha. NISKIER, Arnaldo, 1963 p. 260) A Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2010), mostra com toda a clareza todos estes preceitos que buscam e incentivam as interdisciplinaridades entre História e Geografia, já que um sujeito só será perceptivo do mundo que o cerca, assim queentender de onde resulta todas as problematizações da sua vida. Deste modo o educando encontrará as respostas para todos os seus questionamentos. 5. INTERDISCIPLINARIDADES NA SALA DE AULA Na iniciativa de entendermos o que é interdisciplinaridade nas aulas de Geografia, temos que compreender o porquê da necessidade de se estabelecer uma ligação entreesta matéria e suas matérias irmãs, por exemplo a História. Esse recurso tecnológico (Internet) é um dos recursos mais modernos usados para interligar a Geografia e a História, que tanto se inter-relacionam pelos seus meios de abordagens, com as outras Ciências Humanas: A História, considerada como campo de produção de conhecimento, já perfaz mais de um século de fortes relações interdisciplinares com a Geografia. A parte o fato de se ter o “homem” e as sociedades humanas como objeto de estudo em comum - por ser este o universo obrigatório de estudo partilhado entre a História e a Geografia Humana - pode-se dizer que o Espaço é o grande mediador das relações entre estas duas disciplinas irmãs. Em que pese que esta “consciência da espacialidade' seja hoje bem compreendida pela maioria dos historiadores como fator fundamental para a definição da própria História, pode-se dizer, todavia, que esta consciência, já plenamente desenvolvida, foi uma conquista da historiografia do último século. (BARROS, José D'Assunção, 2010, p. 67) Para ser interdisciplinar precisamos achar pontos abordados nas aulas de Geografia que podem incrementar as aulas de História e vice- versa, como veremos em uma amostra do texto do pesquisador BARROS, José D'Assunção, que explica a relação entre os termos Historiografia, Geofísica e Geopolítica. São todos princípios teóricos que explicam mudanças geográficas relacionadas com mudanças históricas, resultantes no mundo tal qual conhecemos hoje. Isso vai de encontro ao pensamento inicial: Esta noção mais ampla de região - como unidade que apresenta uma lógica interna ou um padrão que a singulariza, e que ao mesmo tempo pode ser vista como unidade a ser inserida ou confrontada em contextos mais amplos - abrange na verdade muitas e muitas possibilidades. Conforme os critérios que estejam sustentando nosso esforço de aproximação da realidade, vão surgindo concomitantemente as várias alternativas de dividir o espaço antes indeterminado em regiões mais definidas. Posso estabelecer critérios econômicos - relativos à produção, circulação ou consumo - para definir uma região ou dividir uma espacialidade mais vasta em diversas regiões. (BARROS, José D'Assunção, 2010, p. 71) Portanto quando um professor começa a fazer comparações entre Espaço e Tempo, sabemos que vamos começar uma nova colisão de ideias e conhecimentos que pouco foram explorados anteriormente, sobre as sociedades que se movimentam e migram com o passar dos anos, como podemos observar no mapa: Fonte: http://www .sohistoria.com.br/mapas/mapashistoricos/p1.php Estabelecendouma visão historiográfica do mapa acima fica claro que a colonização do território ocorreu do litoral para o interior do nosso país, o que justifica o fato de a região Sudeste, Nordeste e Sul serem as regiões com maior densidade demográfica do Brasil. Dessa forma todos os autores buscam interligar temas usando de competências e habilidades que são essenciais para o desenvolvimento dos educandos, que através da interdisciplinaridade encontram o saber e compreendem o mundo em que vivem,como veremos na Proposta Curricular do Estado de São Paulo de 2008: Isto é, ele apresenta e explica conteúdos, organiza situações para a aprendizagem de conceitos, métodos, formas de agir e pensar, em suma, promove conhecimentos que possam ser mobilizados em competências e habilidades, as quais, por sua vez, instrumentalizam os alunos para enfrentar os problemas do mundo real. Dessa forma, a expressão “educar para a vida” pode ganhar seu sentido mais nobre e verdadeiro na prática do ensino. Se a educação básica é para a vida, a quantidade e a qualidade do conhecimento têm de ser determinadas por sua relevância para a vida de hoje e do futuro, além dos limites da escola. Portanto, mais que os conteúdos isolados, as competências são guias eficazes para educar para a vida. As competências são mais gerais e constantes, e os conteúdos, mais específicos e variáveis. E exatamente a possibilidade de variar os conteúdos no tempo e no espaço que legitima a iniciativa dos diferentes sistemas públicos de ensino para selecionar, organizar e ordenar os saberes disciplinares que servirão como base para a constituição de competências,cuja referência são as diretrizes e orientações nacionais, de um lado, e as demandas do mundo contemporâneo, de outro. (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo, 2008. p.18). Entendido o conceito de competências, falta agora estabelecer quais são as habilidades que este projeto pedagógico almeja desenvolver em seus alunos. Para os organizadores da Proposta Curriculares do Estado de São Paulo de 2008, há um desejo de se aplicar novos meios para explicar o conteúdo: Proposta Curricular adota, como competências para aprender, aquelas que foram formuladas no referencial teórico do Enem - Exame Nacional do Ensino Médio. Entendidas como desdobramentos da competência leitora e escritora, para cada uma das cinco competências do Enem transcritas a seguir, apresenta-se a articulação com a competência de ler e escrever. 1. “Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática,artística e científica.” A constituição da competência de leitura e escrita é também o domínio das normas e dos códigos que torna mas linguagens instrumentos eficientes de registro e expressão, que podem ser compartilhados.Ler e escrever, hoje, são competências fundamentais a qualquer disciplina ou profissão. Ler, entre outras coisas, é interpretar(atribuir sentido ou significado), e escrever, igualmente, é assumir uma autoria individual ou coletiva (tornar- se responsável por uma ação e suas consequências). (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo, 2008. p.19). Todavia, os professores que buscam a interdisciplinaridade precisam de espaço para desenvolvê-la.Os organizadores e gestores das instituições de ensino, tanto pública quanto particular devem elaborar atividades como palestras, projetos ou grupos de discussão que buscam a ligação entre as duas disciplinas. E isto deve ser feito com a participação das duas turmas que apesar de estarem tendo aulas em matérias diferentes tem como objetivo principal a busca pelo saber: O professor desempenha um papel fundamental neste processo, porém muitas vezes sua iniciativa é barrada pelo desinteresse de educadores de outras áreas do conhecimento e até mesmo da falta de apoio do corpo docente da escola (gestor administrativo). Para que se aplique um ensino interdisciplinar, deve haver uma cooperação entre o corpo docente da escola, com trocas de conhecimento e metodologias de ensino buscando inter-relações entre as diferentes ciências. Porém, esta troca de conhecimento não deve se restringir apenas ao momento do intervalo ou nas horas atividades, o corpo docente da escola (gestor administrativo) deve abrir espaços para ampliar o contato entre as disciplinas, promovendo grupos de estudos voltados à elaboração de projetos a serem realizados durante o ano letivo. (Marcelino, Andréa Rabelo & Silva, Marcos Pereira da. Disponível em: http://enalic2014.com.br/anais/anexos/6251.pdf p.3) Os conhecimentos linguísticos são primordiais para saber se determinado retrato descritivo vai além da arte da escrita e se revela como uma fonte tanto histórica quanto geográfica: H. “Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.” É o desenvolvimento da linguagem que possibilita o raciocínio hipotético-dedutivo, indispensável à compreensão de fenômenos. Ler, nesse sentido, é um modo de compreender, isto é, de assimilar experiências ou conteúdos disciplinares (e modos de sua produção); escreveré expressar sua construção ou reconstrução com sentido, aluno por aluno. (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo, 2008. p. 20). Através da interdisciplinaridade poderemos entender o país em que vivemos, que é um Brasil marcado pela diversidade, principalmente étnica e cultural e qual a sua verdadeira face social, de acordo com as análises feitas pelos pesquisadores MARCELINO, Andréa Rabelo &SILVA, Marcos Pereira da, que mostram uma aplicação prática dos métodos em sala de aula: As pinturas representam algumas situações cotidianas, problemas sociais e econômicos, paisagens, e etc., que podem ser explorados no ensino da Geografia. O professor deve apresentar a obra a ser estudada, instigando a leitura desta, perguntando, qual a finalidade, os elementos representados, em que época foi produzida, logo fazendo a relação com o seu conteúdo. Segue abaixo algumas obras que podem ser utilizadas no ensino da geografia: Obra de Bob Dylan etnia e região cultural, misturando escravos de diferentes procedências e etnias - tudo para evitar que fossem revividos certos padrões de identidades locais africanas que não estavam assim tão distantes (e, consequentemente, prevenir potenciais revoltas). Construir a idéia do “negro”, da realidade que transcende todas as etnias, que as supera ou mesmo as cancela, era o procedimento-chave. Por outro lado, se para fins de censo e controle era preciso classificar os negros despejados pelo tráfico no Brasil, também se procedia à construção de novas diferenças, muito pouco coincidentes com as realidades étnicas originais. Incorporava-se à identidade do negro uma procedência geográfica que, via de regra, relacionava-se aos portos africanos de tráfico que os haviam exportado para o Brasil, independente de sua verdadeira origem. Cabindas, minase congos, por exemplo, eram designações que tinham origem em portos ou circuitos de tráfico específicos, como veremos oportunamente. Angolanos, congolesese benguelaseram referências a circuitos geográficos em que apareciam embaralhadas muitas etnias. (BARROS, José D'Assunção. A construção social da cor. Desigualdade Escrava e Diferença Negra no processo de formação e superação do escravismo colonial. Disponível em: http://www plataformademocratica .org/Publicacoes/6893 Cached. pdfp.48) Muitas vezes por falta de entendimento nas áreas das ciências humanas, onde não é feita uma abordagem que trabalhe as competências e habilidades, os educandos não poderão entender o que se passa no Brasil e não poderão ligar essas informações aos vários conceitos da literatura entendo o contexto histórico em que se passa a obra. Saindo da História e indo para a Literatura (L. Portuguesa) o professor poderá abordar as obras do aclamado escritor Jorge Amado, que descreve com riqueza de detalhes as comunidades descendentes dos escravos (africanos) no Brasil, em especial a região nortista: Na “Cidade de Bahia” maneira como popularmente a Capital Salvador era designada no século XIX e também XX, sobretudo pelas pessoas do interior do Estado, sejam nos espaços “oficiais” ou na sua periferia economicamente pobre, mas socialmente rica de referências culturais africanas, como: a arquitetura da casa, da rua e do bairro; o espaço do terreiro de candomblé; a mandinga da capoeira na Área do Cais do Porto; a sedução do Samba de Roda; dentre outras expressões territorializadas, a obra de Jorge Amado, possibilitou no Brasil, um conhecimento desses “universos” pelas oligarquias, sobretudo e, difundir, pelo menos em 25 outras línguas (espanhol, francês, italiano, alemão, coreano, dinamarquês, grego, holandês, italiano, polonês, russo, theco, húngaro, basco, chinês, inglês, norueguês, romeno, hebarico, islandês, sueco, turco, árabe, croata, libanês, ucraniano, dentre outras), um “Brasil Africano” que teria dificuldades de ser mostrado se não houvesse um autor identificado com as referências africanas no Brasil, marcadamente representados nos seus personagens e cenários geográficos. (ANJOS, Rafael Sanzio Araújo dos. 2013, p.11). Portanto podemos dizer que todos esses contextos explicados em conjunto ajudam o aluno a visualizar melhor o todo, levando em conta sua raiz histórica ao longo da História do Brasil, descobrindo as culturas que existem ali e revelando também suas adversidades atuais. O professor de Geografia pode mostrar através das obras do autor Jorge Amado, a vida dos personagens que representam a resistência da cultura dos afro-brasileiros, uma classe desfavorecida e também seus costumes que são vividos na cidade Salvador cenário escolhido pelo autor: Verificamos que sem a “Geografia Africana da Cidade da Bahia” a literatura de Jorge Amado jamais seria a mesma, ou seja, o território da cidade de Salvador, marcado fortemente na primeira metade do século XX, por uma identidade africana bem definida no cotidiano urbano, mesmo no contexto de exclusão sócio espacial e o preconceito secular do sistema escravocrata. Seja nos espaços “oficiais” ou na sua periferia economicamente pobre, mas socialmente rica de referências culturais africanas, como: a arquitetura da casa, da rua e do bairro; o espaço do terreiro de candomblé; a mandinga da capoeira na Área do Cais do Porto; a sedução do Samba de Roda; dentre outras expressões territorializadas, a obra de Jorge Amado, possibilitou no Brasil e no exterior, um conhecimento desses “universos” pelas oligarquia se intelectuais, sobretudo e, difundir um “Brasil Africano” que teria dificuldades de ser mostrado se não houvesse um autor identificado com as referências africanas no Brasil, marcadamente representados nos seus personagens e cenários geográficos. Mesmo com os riscos dos estereótipos criados pelos “imaginários” provocados pelas obras do autor ao longo do século XX e neste início do século XXI, não se verifica nenhum (a) autor (a) que trate das matrizes africanas sobreviventes e resistentes no Brasil com a amplitude geográfica realizada por Jorge Amado. Nesse sentido, como Carybé e Pierre Verger, ambos “mensageiros” vindos de terras distantes (Argentina e França), o Jorge Amado foi o nosso “mensageiro dacasa”. (ANJOS, Rafael Sanzio Araújo dos. 2013, p.21) Esse contexto histórico pós-escravidão levou a migração de povos e o surgimento de favelas e isso se caracteriza como geografia já que é ela que estuda a formação do espaço em quevivemos. Eis aí um exemplo a ser dado em uma aula interdisciplinar. Há falta de recursos e materiais que auxiliem os educadores no momento de explicar tais conceitos e ainda há falta de trabalhos conjuntos entre professores de diferentes matérias, como no caso do exemplo acima :Língua Portuguesa, Geografia e História. Seria necessário um plano de aula conjunto. A falta de estrutura educacional, com recursos tecnológicos que permitam uma aula mais dinâmica, em nada contribuem no desenvolvimento de uma aula interdisciplinar. O que vemos hoje é um sistema falho repetindo formas antigas de educar que já demostram falhas em desenvolver o aluno na sala de aula: Os caminhos mais recentes da Geografia Humana também convergiram para considerar o espaço como “campo de forças”. E de um “espaço social” que Milton Santos está falando quando propõe associar a noção de campo a uma GeografiaNovasS. Abordando a questão do ponto de vista do materialismo dialético, ele chama atenção para o fato de que o espaço humano é, em qualquer período histórico,resultado de uma produção. “O ato de produzir é igualmente o ato de produzir espaço”. O homem, que devido à sua própria materialidade física é ele mesmo espaço preenchido com o próprio corpo, além de ser espaço também está no espaço eproduz espaço. (BARROS, José D'Assunção, 2011. p. 16) O professor agora tem um norte para seguir, mas fica claro a falta de recursos e materiais didáticos para se estabelecer uma aula mais dinâmica e interligada. São necessários cronogramas mais flexíveis para a elaboração das atividades conjuntas entre as disciplinas, principalmente a História e a Geografia, criando assim práticas interdisciplinares mais constantes. Currículo do Estado de São Paulo História 6a- série/70- ano do Ensino Fundamental 4º- bimestre Conteúdos Tráfico negreiro e escravismo | africano no Brasil Ocupação holandesa no Brasil Mineração e vida urbana Crise do Sistema Colonial * Reconhecer a importância do trabalho humano, identificando e interpretando registros sobre as formas de sua organização em diferentes contextos históricos * Identificar as principais características do trabalho escravo no engenho açucareiro e nas minas * Identificar processos históricos relativos às atividades econômicas responsáveis pela formação e ocupação territorial * Identificar as formas de resistência dos africanos e afrodescendentes visando à extinção do trabalho escravo, com ênfase para os quilombos * Reconhecer que a formação das sociedades contemporâneas é resultado de interações e conflitos de caráter econômico, político e cultural * Identificar as principais revoltas e rebeliões do período regencial, suas características,objetivos e resultados * Identificar os principais fatores que levaram à crise do Sistema Colonial no Brasil * Analisar os processos sócio históricos de formação das instituições políticas e sociais. (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, Proposta Curricular do Estado de São Paulo, 2010. p. 47).