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Uma introdução à filosofia, abordando temas como a atitude filosófica, história da filosofia, antecedentes da filosofia e cosmologia pré-socrática. O texto explora a importância da reflexão crítica e do questionamento para a filosofia, além de apresentar os principais filósofos pré-socráticos e suas teorias sobre a origem do universo.
Tipologia: Notas de estudo
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O que é filosofia? Um filósofo é alguém que pratica a filosofia, que se serve da razão para tentar pensar o mundo e sua própria vida, a fim de se aproximar da sabedoria ou da felicidade. Alguém que não aceita as opiniões estabelecidas e começasse a fazer perguntas que os outros julgam estranhas e inesperadas. “contribuição específica da filosofia que se coloca a serviço da liberdade, de todas as liberdades, é a de minar, pela análise que ela opera e pelas ações que ela desencadeia, as instituições repressivas e simplificadoras”
Atitude Filosófica Atitude filosófica é o hábito de refletir e questionar aspectos da realidade percebida; senso crítico e problematizador. Etapas da atitude filosófica: todos carregam consigo uma série de “verdades” baseadas em nossas crenças cotidianas. É preciso olhar as coisas com estranhamento ou admiração, rompendo com a naturalização ou banalização de aspectos da vida cotidiana. questionar sobre questões que muitas vezes tomamos como naturais: O que é mundo? Por que vivemos? O que é felicidade? Como devo agir para alcançá-la? A consciência humana é permeada por crenças, ideologias e concepções de senso comum. Questionamentos nos levam à problematizações ou reflexões sobre aspectos significativos de nossa realidade.
Do mito ao logos Os primeiros filósofos confiam a autoridade do conhecimento à razão humana e começam a abandonar explicações fantásticas ou religiosas. A origem da palavra filosofia remete ao filósofo pré-socrático Pitágoras de Samos. Seu significado seria apresso ou amor pela sabedoria. significa história ou narrativa. O uso corriqueiro remete às narrativas tradicionais, muitas vezes de caráter alegórico, que explicam a origem das coisas, organizam o mundo e transmitem os valores fundamentais de cada cultura. Os mitos são a base de muitas formas de religiosidade e estão presentes em toda parte do mundo. Trata-se de uma forma de conhecimento simbólico, que explica o mundo por meio da premissa da criação e da interferência de entidades criadoras (cosmogonia), como deuses, por exemplo. Podemos encontrar as seguintes características nas narrativas míticas: → genealogia: relato sobre a origem das coisas e do mundo; → autoridade religiosa do “narrador”: as histórias narradas advêm de um contato transcendental
e possui um tom de “revelação”; → construção alegórica e sentido simbólico; → apresentação de um determinado código de ética: maneiras de se comportar fixadas na tradição de um povo; Condições históricas para o surgimento da filosofia → Formação da Polis → Cultura antropocêntrica → Valorização da razão Antecedentes da filosofia e contexto histórico: → séc VIII a.C.: Hesíodo: humanização e organização racional dos mitos; → proeminência da vida urbana: surgimento da Polis (a partir do de século VII a. C.); → disseminação do uso da moeda e da escrita (capacidade de abstração) → séc V a.C. - democracia ateniense: tomada de decisão pública, debate entre os cidadãos; exposição pública de ideias (argumentação lógica); princípio de igualdade entre os cidadãos e formulação das leis.
→ séc VIII a.C.: Hesíodo: humanização e organização racional dos mitos gregos; → proeminência da vida urbana: surgimento da Polis (a partir do de século VII a. C.); → disseminação do uso da moeda e da escrita (capacidade de abstração); “O que terá levado homem, a partir de certo momento de sua história, a fazer ciência teórica e filosofia? Por que surge no Ocidente, mais precisamente na Grécia do século VI a.C., uma nova mentalidade, que passa a substituir as antigas interpretações mitológicas pelas investigações científicas e especulações filosóficas?”
começam a buscar na própria natureza os elementos que seriam fundamentais para o surgimento do universo. Esses elementos são chamados de physis e arkhé. Eles pararam de perguntar “Quem criou o mundo?” e passaram a perguntar “Como o mundo surgiu?” → contemplação do mundo natural e formulação teórica; → uso aplicado da matemática; → estudo sistemático e racional da origem, ordem e transformação da natureza (Cosmologia); → busca pelo princípio natural gerador de todos os seres (physis) e pela essência ordenadora do mundo (arkhé). → Qual o princípio gerador da realidade? → Como o mundo natural está ordenado? → Existe permanência em um mundo em constante mudança? → Como conciliar SER e MOVIMENTO?
→ Tales de Mileto (625 – 545 a.C.) “O mundo evoluiu da água por processos naturais” Astrônomo, meteorologista e matemático. Argumentou que o ano tinha 365 dias, previu eclipses, calculou a altura das pirâmides e desenvolveu outras aplicações para os seus conhecimentos em geometria, como determinar a distância de navios no mar. É considerado um dos sete grandes sábios da Antiguidade e possivelmente o primeiro filósofo pré-socrático. Para Tales, o princípio gerador da realidade (arkhé) é a água, uma vez que está presente em todos os estados da matéria e que tudo o que perde a vida tende a se ressecar.
→ Anaximandro de Mileto (610 – 546 a.C.) Assim como Tales, Anaximandro acredita em um princípio único gerador do universo, porém esse princípio seria o ilimitado, ou ápeiron, uma substância primordial e eterna que estaria por trás de toda a criação do universo. → Anaxímenes de Mileto (546 – 525 a.C) Defendeu que a Terra e demais corpos celestes têm uma forma plana. Apresentou a hipótese de que o ar seria a arkhé, o princípio gerador de todo o universo → Pitágoras de Samos (570 – 496 a.C.) “Tudo no universo se conforma à harmonia e às proporções matemáticas.”
Heráclito de Éfeso (540 – 470 a.C.) é considerado um dos mais importantes filósofos pré-socrático. É um dos principais expoentes da escola Jônica, ao lado de Tales e de seus seguidores diretos. Defendeu que o universo é regido por uma força racional oculta, a qual chamou de LOGOS, e esta é o que garante a unidade de todo o cosmo. Encontrou o
destruição e restauração: um ciclo eterno de tensões e mudanças. Para ele, nada permanece igual, tudo flui, tudo muda. Os opostos em contínuo movimento (tensão) se integram (quente-frio, guerra-paz, vida-morte) tudo é um Parmênides (535 – 475 a.C.) e a escola Eleata: o filósofo de Eleia estuda o ser como manifestação única e imutável e por isso é considerado o fundador da Ontologia (área da filosofia que se dedica ao estudo do ser em si). Sua tese sobre as essências imutáveis gerou muitas controvérsias. Para ele, existem dois caminhos para estudar o mundo/universo,
o da opinião (de acordo com os nossos sentidos) e o da verdade (razão/intelecto). Ele defende a imutabilidade da natureza. A essência não muda, o que muda é a aparência. Por conta disso, seu principal seguidor, Zenão de Eleia (490 – 430 a.C.) produziu famosos argumentos para defender a tese de seu mestre. Esses argumentos ficaram conhecidos
A escola da pluralidade representa a aproximação de pensadores que entenderam a origem da realidade a partir de uma pluralidade de elementos, tal como Empédocles de Agrigento ou como os atomistas Demócrito e Leucipo. → Empédocles de Agrigento (490 – 430 a. C.) Foi médico, filósofo e político. Ao que se sabe, perseguia os abusos da aristocracia e defendeu uma tradição democrática. Apresentou como tese cosmológica o princípio das quatro raízes, ou rizomas, que estariam presentes em tudo o que existe no universo: terra, fogo, água e ar. A physis, para Empédocles, é eterna, mas muda de estado de acordo com o grau de agregação ou de dispersão dessas raízes, motivados pelas forças que ele nomeia amor e ódio, responsáveis pelo movimento do universo. → Demócrito e Leucipo: os atomistas Pouco sabemos sobre Leucipo de Mileto, possível mestre de Demócrito e criador do atomismo.
→ Demócrito de Abdera (460 - 370 a.C.)
Os átomos seriam imutáveis e existiriam em uma quantidade infinita. Entre os átomos existiria o vazio ou o vácuo. Ao vagarem no vazio, os átomos se colidem dando origem a tudo o que existe. E sua dispersão marca a morte ou a dissolução de algo. Existem diferentes tipos de átomos que formas tudo o que existe na natureza.
Democracia ateniense – século V a.C. → Florescimento do comércio, das artes, das leis escritas e da Filosofia → Democracia e debate público → Cidadania restrita → Política como lugar de destaque na vida social
→ A verdade está relacionada ao convencimento e ao fortalecimento da opinião subjetiva
“O bom orador é capaz de convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa”
→ A movimentação e a estruturação da natureza é o foco principal do pensamento filosófico → Há uma forte preocupação em revelar a origem da realidade → As questões humanas passam a ser o foco central da Filosofia → O que é a verdade e como podemos conhecê-la? Como devemos agir em sociedade? → Período clássico da filosofia grega (Sócrates, Platão e Aristóteles)