Baixe Passo a passo de como elaborar uma ótima apresentação e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Química, somente na Docsity! INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS DANIEL RODRIGUES LIMA KASSIO DE JESUS SOUZA MAYRE MANNY PORTO BARROS MÔNICA PEREIRA ALVES PATRIK DA SILVA LUZ RAIMUNDO FRANCISCO DE CARVALHO DIETA CETOGÊNICA Paraíso do Tocantins 2017 DANIEL RODRIGUES LIMA KASSIO DE JESUS SOUZA MAYRE MANNY PORTO BARROS MÔNICA PEREIRA ALVES PATRIK DA SILVA LUZ RAIMUNDO FRANCISCO DE CARVALHO DIETA CETOGÊNICA Trabalho apresentado para aquisição de notas na disciplina de Bioquímica II, do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins- IFTO, ministrada pela Professora, Rafaela Pinto. Paraíso do Tocantins 2017 5 2 DIETA CETOGÊNICA 2.1 O que é a dieta cetogênica ou dieta cetônica (sem carboidrato)? A dieta cetogênica, consiste em uma alimentação extremamente “low-carb” e farta em gordura, que lembra bastante à primeira fase da dieta de Atkins. Na verdade, a fase de indução da Dieta Atkins, é uma dieta cetônica (é a dieta sem carboidrato). A DC reduz drasticamente seu consumo de carboidratos. Em geral, a DC, limita os carboidratos, a uma faixa de 0-50g por dia (em alguns casos, o limite máximo pode ser até menos que isso). Essa redução nos carboidratos coloca o nosso corpo em um estado metabólico conhecido como “Cetose”. Quando isso acontece, seu metabolismo se altera e fica mais eficiente para utilizar a gordura como fonte primária de energia (e não mais a glicose). O corpo também passa a transformar a gordura em cetonas no fígado. Essas cetonas podem ser utilizadas como fonte de energia pelo cérebro. A DC é capaz de reduzir fortemente os níveis de glicose e insulina no sangue (ou seja, reduz a resistência insulínica). Isso, junto com o aumento da circulação de cetonas, traz inúmeros benefícios para a saúde. 2.2 Contexto Histórico Os médicos gregos davam muita importância à dieta como complemento a tratamentos epiléticos. Casos anedóticos ligam o jejum e seu efeito benéfico, em convulsões, desde os tempos bíblicos. Hipócrates recomendava jejum aos seus pacientes com epilepsia, já que ele acreditava que esta doença era produzida por uma contaminação no organismo. Como modalidade de tratamento ela existe desde a década de 20, quando Wilder em 1921, propôs uma dieta que simulasse as alterações bioquímicas associadas aos períodos de jejum, conhecida como dieta cetogênica. Nas décadas de 40 e 50, com o advento das novas drogas anti-epilépticas mais eficientes e com maior tolerabilidade, além da possibilidade de tratamento cirúrgico em alguns casos, a DC caiu em desuso. 6 Na década de 70 e mais recentemente nos anos 90, ressurge o interesse pela dieta cetogênica no tratamento de pacientes epiléticos refratários ao uso de drogas antiepilépticas, diante da eficácia reduzida destas drogas. No início do século XX, Guelpa e Marie e, mais tarde, Geyelin, mostraram o efeito benéfico do jejum em convulsões. Em 1921, Wilder propôs a dieta atual que simula as mudanças bioquímicas que ocorrem durante o jejum (acidose, desidratação e cetose). Ele cunhou o termo DIETEOGÊNICO e indicou que o efeito anticonvulsivo do jejum é devido à produção de corpos de cetona. Nas próximas duas décadas, seu uso foi muito popular em crianças e adultos, mas com a introdução de anticonvulsivantes diminuiu seu seguimento. No início da década de 1990, o interesse clínico e de pesquisa ressurgiu após uma criança de 2 anos com crises intratáveis, responder extremamente bem à dieta cetogênica. Isso motivou seus pais a criar a Fundação Charlie, que promoveu informações sobre a dieta cetogênica. Atualmente, a dieta cetogênica é bem reconhecida pela comunidade médica global como uma opção de tratamento viável. 2.3 Como funciona a dieta cetogênica Para que se tenha um bom funcionamento da dieta cetogênica (Figura 1), no início da ausência de carboidratos, o primeiro armazenamento de energia mobilizado é o de glicogênio, presente no fígado. O glicogênio nada mais é que um carboidrato complexo que pode ser facilmente quebrado em glicose para ser liberada no sangue. Devido a diminuição dos níveis de açúcar no sangue sem a reposição pela alimentação leva a dispensar o uso do glucagon, sendo o hormônio que faz a quebra do glicogênio. Dessa forma todo o glicogênio é consumido, e o organismo passa a buscar energia nos lipídeos, tanto proveniente da alimentação, quanto do tecido adiposo. Assim as gorduras passam a ser utilizada como a principal fonte de energia, tendo um balanço calórico favorável (ingerir menos calorias que a demanda diária) leva a queima dos estoques, pois o organismo passa a consumir a gordura presente no tecido adiposo para conseguir energia. Essa quebra das gorduras leva à formação de corpos cetônicos que serão utilizados pelas células na obtenção de energia, e que vai caracterizar o estado cetogênico. Mesmo sem a ingestão de carboidratos, a glicose sanguínea deve permanecer em níveis adequados, caso contrário há possibilidade de ocorrerem crises hipoglicêmicas que 7 podem ter sérias consequências. O fígado é capaz de produzir a glicose e aminoácidos, por um processo chamado gliconeogênese, pois mesmo sem a ingestão de uma grande quantidade de carboidratos a glicemia é controlada pelo organismo. Figura 1 – Funcionamento da dieta cetogênica Fonte: Google Imagens A dieta funciona também no tratamento de epilepsia, diminuindo a ocorrência de convulsões. Isso é possível devido às altas concentrações de corpos cetônicos no sangue, ou seja, o tecido cerebral passa a usá-los como fonte energética ao invés da glicose. Dessa forma, os corpos cetônicos tem um efeito neuroprotetor, mantendo os neurônios mais estáveis. 2.4 Como fazer a dieta cetogênica Para iniciar a dieta é necessário eliminar o consumo de alimentos ricos em carboidratos, especialmente os de fácil absorção, como pães brancos, arroz branco, açúcar e massas. Depois disso o corpo começa a usar suas reservas de energia, isso ocorre cerca de três dias depois de parar de comer completamente esse tipo de alimento. As proteínas consumidas precisam ser de alto valor biológico, ou seja, aquelas proteínas de origem animal, como carnes, aves, peixes, ovos, leite, queijo e iogurte. A dieta 10 lojas de proteína para ganhar energia, o que eventualmente seria possível gera resultados fatais. Geralmente também não é recomendada para adultos com epilepsia. O Instituto Nacional para a Saúde e a Excelência Clínica no REINO UNIDO recomenda que não seja feita o uso da dieta para controlar a “epilepsia” nos adultos. Contudo, aproximadamente um em três centros que se centram sobre o tratamento da “epilepsia” recomendou ocasionalmente a dieta para o uso dos pacientes adultos. Em alguns casos, as variações das dietas cetogênica com menos limitações na entrada do hidrato de carbono são consideradas mais benéficas para adolescentes e adultos. Embora não sendo contraindicado absolutamente, as crianças com uma lesão focal que seja provável ser responsável para causar as apreensões é mais indicado fazer cirurgia do que o uso da dieta. 11 3 CONCLUSÃO Os alimentos que são digeridos muitas das vezes podem ser grandes vilões ao nosso organismo, devido o uso abusivo ou excesso de consumo, levando a obesidade, diabetes, problemas cardíacos dentre outras doenças, ocasionado pela má alimentação. Quando adotada a dieta cetogênica devido ser o consumo em alimentos ricos em gorduras boas e proteínas, ajuda não só na perda de peso, mais também no tratamento dessas e outras doenças, devido à diminuição de consumo em alimentos ricos em carboidratos. Adotando esse estilo de alimentação pode proporcionar ao organismo melhores qualidades de vida. 12 REFERÊNCIAS ATKlNS, R. C. A nova dieta revolucionária do dr. atkins. Disponível: < http://anossavida.pt/sites/default/files/a_nova_dieta_revolucionaria_dr._robert_c._atkins_0 _0.pdf>. 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