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Plano de Negócios para Empreendimentos Sociais: Definição, Importância e Componentes, Teses (TCC) de Gestão de Marca

Empreendedorismo SocialMarketing SocialPlano de NegóciosFinanças Sociais

Este documento discute o conceito de plano de negócios para empreendimentos sociais, sua importância na elaboração de ideias viáveis e o processo de sua elaboração. O texto aborda as seções importantes de um plano de negócios, como o público-alvo, análise de mercado, forças e fraquezas, e finanças.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância de elaborar um plano de negócios para empreendimentos sociais?
  • Quais são as seções importantes de um plano de negócios para empreendimentos sociais?
  • Quais são as forças e fraquezas de um empreendimento social e como elas podem afetar sua viabilidade?
  • Como a análise de mercado pode ajudar a diferenciar um empreendimento social da concorrência?

Tipologia: Teses (TCC)

2022

Compartilhado em 18/10/2022

embody-comunicacao-digital
embody-comunicacao-digital 🇧🇷

2 documentos


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Plano de Negócios para Empreendimentos Sociais: Definição, Importância e Componentes e outras Teses (TCC) em PDF para Gestão de Marca, somente na Docsity! PLANO DE NEGÓCIO/EMPREENDEDORISMO Foto: Incubadora Social/UFSM Santa Maria – RS, 2022 CONTEÚDO ELABORADO POR: Profº . Roberto S. Bichueti Acadêmico Felipe Cavalheiro Zaluski EQUIPE TÉCNICA: Arthur Humbelino dos Santos Clayton dos Santos Lima Felipe Cavalheiro Zaluski EQUIPE DA INCUBADORA SOCIAL E PRE: Lucas Veiga Avilla – CHEFE DE INCUBADORA SOCIAL Elisandra Della-Flora Weinitschke – TÉCNICA EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS DA IS-UFSM Jaciele Carine Sell – COORDENADORA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E CIDADANIA (CODERC) Flavi Ferreira Lisboa Filho – PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO (PRE) Incubadora Social da UFSM Avenida Roraima, 1000, prédio 47, sala 963, Bairro Camobi Santa Maria – RS. CEP: 97105-900 E-mail: [email protected] b. Análise Estratégica. 5. Plano de Marketing: a. Produto; b. Preço; c. Praça; d. Promoção. 6. Plano Operacional: a. Layout; b. Capacidade Instalada; c. Necessidade de Pessoal. 7. Plano Financeiro: a. Demonstrativo de Resultado do Exercício; b. Indicadores de Viabilidade. 4. SUMÁRIO O sumário executivo é a primeira parte de um plano de negócio que resume o mesmo em poucos e objetivos itens. Sua função é informar com rapidez os itens básicos de um novo negócio e despertar o interesse do leitor em seguir adiante na leitura. Assim, deve ser simples e objetivo, além de destacar os pontos fortes do novo negócio. E sendo uma apresentação resumo, recomenda-se que seja a última parte a ser escrita. 5. DESCRIÇÃO DAS LINHAS GERAIS DO EMPREENDIMENTO A oportunidade de trabalho surge de alguma demanda social não atendida, ou alguma oportunidade de prestar algum serviço com mais qualidade, eficiência, eficácia ou com maior impacto do que vem sendo feito até o momento. No entanto, não é suficiente detectar esta demanda. É preciso verificar se ela pode ser resolvida dentro da esfera de um empreendimento social e se aquele empreendedor ou grupo de empreendedores tem as competências para viabilizar o atendimento da demanda. Dentro das competências necessárias, podemos incluir o conhecimento técnico, inteligência emocional, o acesso ao público-alvo e o entendimento de sua realidade e perfil. Alguns itens precisam ser ponderados e respondidos nesta etapa do Plano de Negócio (RAMAL, 2017): a) Como esta oportunidade detectada será atendida e transformada numa organização bem-sucedida, ou seja, o que se fará para atender com sucesso a demanda existente? b) Missão da organização: A missão inclui a razão de existir daquela organização, como ela agrega valor para a sociedade. c) Visão da organização. Onde a organização pretende chegar? Como pretende estar num prazo de cinco anos? Isso deve estar expresso na visão. Sem a visão, uma organização trabalhará apenas para o dia a dia, sem uma perspectiva de futuro e de evolução. d) Valores corporativos: Os valores determinam quem é a organização, qual é sua cultura. É importante que a organização defina claramente qual é sua forma de trabalhar, sua postura diante da sociedade. Os valores expressos por escrito dão uma orientação clara para sobre qual é a proposta de trabalho daquela organização e como ela deverá agir em diferentes situações. 6. ANÁLISE DE MERCADO A análise de mercado é considerada uma das mais importantes seções do plano de negócios, pois toda a estratégia de negócio depende de como a empresa abordará seu mercado consumidor, sempre procurando se diferenciar da concorrência, agregando maior valor a seus produtos/serviços, com o intuito de conquistar clientes continuamente. É importante que a empresa conheça muito bem o mercado no qual atua ou pretende atuar, pois, só assim, conseguirá estabelecer uma estratégia de sucesso. A análise de mercado contempla os seguintes itens: a. ESTUDO DOS CLIENTES Uma organização social só poderá produzir impactos significativos se tiver seu foco no público-alvo, ou seja, um conhecimento profundo e compromisso com seu cliente (KOTLER; ANDREASEN, 2003). Isto significa entender qual é o perfil do público em termos de: idade, renda, localização geográfica, nível cultural, estrutura familiar, formação profissional, e até em termos de necessidades e desejos, expectativas com relação ao mundo, à sociedade e à vida. Este entendimento pode ser obtido através de uma pesquisa de mercado que revele os dados sobre o público-alvo que são relevantes para o sucesso do empreendimento social. Conhecendo o perfil deste público, também é importante mensurar seu tamanho total e a parcela que poderá ser atendida pela organização, de modo a ter uma expectativa do potencial de mercado, em termos de volume de produtos a vender ou distribuir, ou de serviços a prestar. Além disso, pode-se segmentar este público, de maneira a restringir o grupo de pessoas que serão atendidas, melhorando com isso a qualidade do serviço e a possibilidade de gerar maiores impactos, ou simplesmente evitando que a organização tenha problemas financeiros por tentar fazer um trabalho que exceda suas forças Nesse item é necessário descrever os gostos e preferências dos clientes do e criando um diferencial para seu produto/serviço, em relação à concorrência: i. Público-alvo: → Para quem irá vender? → Faixa etária, renda, gênero, onde moram? → Se foram organizações: a quanto tempo no mercado? Qual o número de colaboradores? → Disponibilidade de recursos para adquirir seus produtos? ii. Comportamento dos clientes: → O que leva a comprar? → Com que frequência compram? → Onde estão acostumados a comprar? → Qual é o perfil psicográfico? (Psicografia é a ciência que utiliza a psicologia e a demografia para entender melhor os consumidores. Desta forma, os consumidores são divididos em diferentes grupos, com base no estilo de vida, na personagem ou valores. iii. Área de abrangência: → Qual o tamanho do seu mercado? → Qual o tamanho da região que você conseguirá abranger? → Os clientes encontrarão com facilidade sua empresa? b. ESTUDOS DOS CONCORRENTES É verdade que no setor sem fins de lucro não existe concorrência como a conhecemos no setor privado lucrativo. Afinal, se um espaço já está ocupado por uma organização que faz um belo trabalho, o melhor é deixá-la continuar fazendo seu trabalho e procurar um outro espaço para ocupar. Pode-se inclusive desenvolver uma parceria com esta organização, de modo a trocar conhecimentos e experiências. O Terceiro Setor tende a ser muito mais cooperativo que seu equivalente com fins de lucro. No entanto, uma organização hoje tem que conviver com um sem- número de organizações sem fins de lucro que têm objetivos sociais semelhantes, embora o padrão de qualidade do trabalho desenvolvido possa variar muito. Todas estas organizações competem pelos mesmos recursos de financiadores, pelas horas de trabalho de voluntários e conselheiros competentes e comprometidos, pela cooperação de empresas e pelo espaço na mídia para divulgar e até potencializar seu trabalho. a. AMBIENTE INTERNO → Pontos fortes: variáveis internas e controláveis que propiciam uma situação favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. → Pontos fracos: variáveis internas e controláveis que propiciam uma situação desfavorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. b. AMBIENTE EXTERNO → Oportunidades: variáveis externas e não controláveis pela empresa, que podem criar condições favoráveis para empresa, desde que ela tenha condições e/ou interesse de usufruí-las. → Ameaças: variáveis externas e não controláveis pela empresa que podem criar condições desfavoráveis. 8. PLANO DE MARKETING Um plano de marketing é um documento escrito que resume o que o profissional de marketing sabe sobre o mercado e que indica como a empresa planeja alcançar seus objetivos. O plano de marketing é um dos produtos mais importantes do processo de marketing, por fornecer direção e foco para uma marca, produto ou empresa. A estratégia de marketing permite definir como sua empresa atingirá seus objetivos e metas e gerenciará seus relacionamentos com o mercado de maneira que obtenha vantagens sobre a concorrência. Ela consiste nas decisões necessárias para determinar a maneira pela qual o composto de marketing, isto é, os cinco principais elementos de marketing (produto, preço, praça, promoção, pessoas) são combinados simultaneamente: a. PRODUTO: O produto deve ser descrito em termos de características técnicas, embalagem, apresentação e serviços ao cliente, como garantias, suporte e serviços pós-compra. No caso da prestação de um serviço, é preciso definir quais serviços serão oferecidos, especificando em que consistirá o processo de trabalho de cada um. Consideramos aqui o produto como sendo um bem tangível (produto) ou intangível (serviço). Um produto é o bem que é ofertado numa transação comercial e deve dispor de características essenciais às necessidades do consumidor. Para que os produtos possam ser mais atrativos, mais competitivos e encantar mais o cliente, muitos deles são ofertados com benefícios extras, como garantia, entrega gratuita, instalação gratuita, embalagens diferenciadas etc. b. PREÇO: Muitas organizações sem fins de lucro consideram que todos os produtos ou serviços devem ser oferecidos gratuitamente. No entanto, hoje sabemos que o preço tem um conteúdo informacional para o consumidor; assim, ele pode associar a gratuidade com pouca qualidade ou pouca importância. Se possível, é importante estabelecer algum custo para o consumidor, de maneira a gerar nele compromisso com o trabalho desenvolvido, mesmo que este custo não seja financeiro. Além disso, o fato de cobrar, mesmo que seja um valor reduzido, pelos produtos ou serviços, pode ajudar a organização a atingir a sustentabilidade, permitindo-lhe sobreviver apenas de seus próprios produtos e serviços. c. PRAÇA: Muitas vezes o sucesso de um empreendimento social pode estar em sua localização, em razão da proximidade do público ou dos voluntários potenciais. Outras vezes, pode estar focado numa boa rede de distribuição, que permita a máxima penetração de mercado para um determinado produto. Em todos os casos, é preciso pensar a estratégia que se usará em termos de vendas no caso dos produtos e serviços da organização. Praça diz respeito a como será a operacionalização do seu negócio, ou seja, como o produto será colocado à disposição do seu cliente. A localização e estrutura adequadas, canais de distribuição de seu produto ou serviço, relação com fornecedores serão determinantes para levar ao cliente o que ele necessita. Os canais de distribuição, por exemplo, são vários e podem ser realizados diretamente para o usuário final, ou através de distribuidores, representantes, varejistas. Ou seja, uma fábrica de roscas e doces, por exemplo, pode vender seus produtos para distribuidores e varejistas. Outras, já vendem diretamente para os consumidores finais, através de feiras e entregas domiciliares. A escolha do canal dependerá do seu negócio e da facilidade de distribuição de seus produtos para o seu mercado. d. PROMOÇÃO: A organização deve planejar como comunicará sua missão, seus valores, suas crenças, e o programa de atividades que planejou não só entre seus clientes, mas também entre seus funcionários e voluntários, sua rede de parceiros, a comunidade de financiadores, a mídia, a sociedade. Desenvolver uma marca forte é um fator crítico de sucesso para um empreendimento social, pois isso facilita a atração de financiamento, de voluntários, de personalidades representativas da sociedade. A promoção tem a função de estimular a demanda relacionando serviços às necessidades e desejos de seus clientes. A informação que deve ser repassada deve basear-se nas necessidades de seus clientes e através dos corretos canais de comunicação. A chave do sucesso está em atrair e reter a atenção do consumidor. 9. PLANO OPERACIONAL Descreve como a organização será estruturada internamente, do ponto de vista de sua capacidade de produzir e vender, equipamentos necessários, leiaute e do ponto de vista dos seus recursos humanos, identificando o tamanho da equipe, a estrutura de cargos e as qualificações que os funcionários devem ter. A sugestão é a seguinte subdivisão: a. LAYOUT → Descrever o arranjo físico (disposição física e necessidades de recursos) Exemplo: a empresa contará com a seguinte estrutura física: 3 escritórios, 2 salas, 1 banheiro etc. b. CAPACIDADE INSTALADA → Qual será a capacidade máxima de produção (ou serviços) e comercialização? → Qual será o volume de produção (ou serviços) e comercialização iniciais? Exemplos: A capacidade máxima inicial de prestação de serviços será de 30 atendimento semanais, totalizando 120 atendimentos mensais e espera-se que a empresa atinja a capacidade de prestação de 50 atendimentos semanais, a partir do segundo ano de funcionamento, totalizando assim 200 atendimentos mensais e 2400 atendimentos anuais. c. NECESSIDADE DE PESSOAL → Descrever a quantidade de colaboradores ou voluntários que serão necessários; → Descrever o grau de formação e requisitos necessários (formação etc.). 10. PLANO FINANCEIRO Serve como base para a tomada de decisões para analisar a viabilidade econômico- financeira da abertura da organização. Auxilia o empreendedor a estabelecer as metas financeiras de curto e longo prazo que serão estratégicas para alcançar os objetivos do seu negócio. Os demonstrativos e projeções financeiros são semelhantes aos realizados nas projeções de negócios com fins de lucro. No entanto, é preciso prestar atenção para a terminologia específica aprovada. Os pontos mais importantes a respeito da terminologia específica e outras questões do planejamento financeiro: → Investimentos: investimento inicial para abertura; → Custos fixos: custos que todo mês são os mesmos valores; → Custos variáveis: custos que variam conforme utilização no mês;

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