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Guias e Dicas
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A BNCC e as práticas pedagógicas na Educação Básica, Esquemas de Pedagogia

Uma análise sobre a base nacional comum curricular (bncc) e sua relação com as práticas pedagógicas na educação básica. Discute-se a importância da bncc como documento normativo que define as aprendizagens essenciais a serem desenvolvidas pelos alunos, bem como sua articulação com a lei de diretrizes e bases da educação nacional (ldb) e o plano nacional de educação (pne). O texto aborda as competências gerais estabelecidas pela bncc e sua relação com as diferentes tendências pedagógicas, destacando a necessidade de uma pedagogia que amplie as possibilidades de aprendizagem através das experiências, com a participação ativa de estudantes e docentes, além da comunidade escolar. Ressalta-se a importância de qualificar as práticas pedagógicas e garantir melhores condições de trabalho docente, por meio de formações inicial e continuada, bem como das experiências de aprendizagem no contexto escolar.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 14/05/2024

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andrea-souza-23i 🇧🇷

Pré-visualização parcial do texto

Baixe A BNCC e as práticas pedagógicas na Educação Básica e outras Esquemas em PDF para Pedagogia, somente na Docsity! Santana do Araguaia- PA 2021 FABIANA FERNANDES DOS SANTOS SISTEMA DE ENSINO 100% ONLINE LETRAS: PORTUGUÊS E INGLÊS BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Santana do Araguaia- PA 2021 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de • Raciocínio lógico matemático • Contabilidade • Matemática financeira • Capital de giro e análise financeira. Tutor (a): Eliane Brene Medeiros Bordim FABIANA FERNANDES DOS SANTOS 2 DESENVOLVIMENTO “ A educação , direito de todos e dever do Estado e da família será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, (Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205), onde reconhece a educação como direito fundamental compartilhado entre Estado, família e sociedade. Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes federados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, os sistemas e redes de ensino devem construir currículos, e as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais. “A aprendizagem deixa de ser vista como um mero processo de acumulação e passa a conceber-se como um processo de construção dinâmico em contexto” _ conforme afirma o pesquisador José Carlos Morgado _ essa perspectiva pressupõe o desafio de considerar as particularidades da região, município e comunidade em que a escola está inserida, de modo a estabelecer uma gestão democrática e que traga para dentro da escola questões importantes ao entorno da escola e da realidade vivida por seus estudantes. Para guiar as escolas nos processos de gestão curricular adequados a esse modelo, a BNCC foi promulgada pelo Ministério da Educação em 2017. Frutos de inúmeros debates e regulamentações legais, é um documento elaborado para orientar o ensino no Brasil, desde a educação infantil até o ensino e médio. A professora Linda Darling-Hammond, da Universidade de Stanford, ponderou a importância de incluir as capacidades necessárias a essas transformações desde o início da formação do profissional. “O professor não é mais 4 apenas aquele que ensina, mas aquele que aprende ao dialogar com os alunos que, por sua vez, também ensinam enquanto aprendem. Eles se tornam corresponsáveis por um processo em que todos crescem”. As tendências pedagógicas surgiram para melhor direcionar a prática educativa e essa prática não se reduz ao pedagógico apenas, mas aos movimentos sócio-políticos e filosóficos que são fortes norteadores dessas concepções. Cada concepção formulou-se na tentativa de interpretar o processo educativo e buscar soluções que serão refletidas no ato de educar, ação intenção para aprendizagens significativas. Em suma, as concepções pedagógicas ainda permanecem intrínsecas mesmo com as novas competências da BNCC. As competências apresentadas pela BNCC estão ligadas ao trabalho didático que envolve as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Educação Fundamental e Ensino Médio). A BNCC tem como marco institucional a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). Perrenoud (2000) considera competência como um conjunto de ações que o professor precisa ter para construir o saber, sendo um percurso direcionado a mobilizar um conjunto de recursos cognitivos com o intuito de encontrar soluções nas diversas situações de seu cotidiano. Desse modo, a noção de competência é evidenciada pela mobilização de recursos que englobem a cognição, a efetividade e o material (PEREIRA; MEDEIROS, 2020). Na obra Dez competências para ensinar, Perrenoud (2000) propõe que o professor tenha competência para trabalhar com alunos um relacionamento que vá além dos conteúdos, sendo o professor o responsável por todo o processo de aprendizagem. Em relação as tendências pedagógicas, compreendemos que Libâneo (1987), na obra Democratização da escola pública: a pedagogia crítico- social dos conteúdos, discute as tendências pedagógicas pertencentes à pedagogia liberal e à pedagogia progressista. Nessa perspectiva, o autor considera que “[...] a pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papeis sociais, de acordo com as aptidões individuais”. Para tanto, é preciso que os indivíduos aprendam a adaptar-se aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual [...]”. 5 De acordo com Libâneo (1987), fazem parte da Pedagogia Liberal as tendências: Liberal tradicional, Liberal renovada progressivista, Liberal renovada não diretiva e Liberal tecnicista. Segundo o autor, na tendência Liberal tradicional, a “Pedagogia se caracteriza por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, no qual aluno é educado para atingir, pelo próprio esforço, sua plena realização como pessoa”; por sua vez, a tendência Liberal renovada progressivista “Acentua-se no sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais”; já a tendência Liberal renovada não diretiva “Acentua-se o papel da escola na formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais”; e, por fim, a tendência Liberal tecnicista “Subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de ‘recursos humanos’ (mão de obra para indústria)”. Enquanto fazem parte da Pedagogia Progressista as tendências: Progressista libertadora, Progressista libertária e Crítico-social dos conteúdos. De acordo com Libâneo (1987), as tendências Progressista libertadora e Progressista libertária possuem em comum o anti-autoritarismo, a valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a ideia de autogestão pedagógica; já a tendência Crítico-social dos conteúdos considera que a difusão de conteúdo é primordial. Não conteúdos abstratos, mas vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das realidades sociais”, bem como defende a valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode contribuir para eliminar a seletividade social e torna-la democrática. No que diz respeito ao currículo, Gama e Duarte consideram que “O currículo é o conjunto das atividades nucleares desenvolvidas pela escola”. Desse modo, trata-se de contemplar no currículo os conhecimentos necessários ao ser humano e, com isso, contribuir para o seu processo de conhecimento da realidade. Assim, o autor destaca que o “Currículo em ato de uma escola não é outra coisa senão essa própria escola em pleno funcionamento, isto é, mobilizando todos os seus recursos, materiais e humanos, na direção do objetivo que é a razão de ser sua existência” (SAVIANI, 2016, P.55). A BNCC não é um currículo, é somente uma referência que orienta a construção de currículos. O que quer dizer que todos os estados e municípios 6

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