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Relatório da visita técnica ao Jardim Botânico - RJ, Manuais, Projetos, Pesquisas de Ecologia

Relatório da visita técnica ao Jardim Botânico - RJ

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 17/09/2022

beatriz-andrade-da-silva
beatriz-andrade-da-silva 🇧🇷

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Relatório da visita técnica ao Jardim Botânico - RJ e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Ecologia, somente na Docsity! 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro Relatório da visita tecnica ao Jardim Botânico - RJ Disciplina: Ecologia Geral Professora: Sandra Maria Feliciano Aluna : Beatriz Andrade da Silva DRE: 122040857 Rio de Janeiro Julho, 2022 2 Sumário 1. Introdução ------------------------------------------------------------------- 2 2. Objetivo ---------------------------------------------------------------------- 3 3. Equipamentos utilizados ----------------------------------------------- 3 4. Procedimentos e Resultados ----------------------------------------- 4 5. Conclusão ------------------------------------------------------------------- 15 6. Referências bibliográficas --------------------------------------------- 16 1. Introdução A visita tecnica feita terça-feira, 28 de junho de 2022 foi no Jardim Botânico, que fica no municipio do Rio de Janeiro. Considerado por muitos um dos mais ricos e importantes jardins botanicos do mundo. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ - foi fundado em 13 de junho de 1808. Ele surgiu de uma decisão do então príncipe regente português D. João de instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo. Hoje o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - nome que recebeu em 1995 -, é um órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e constitui-se como um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade. (BRASIL, 2022). A realidade é que o JBRJ cria condições para a realização de projetos em muitas áreas: pedagógicas, museográficas, paisagísticas, técnico-científicas, históricas e de ensino. O público, ao ter contato com o nome científico de uma planta, torna-se detentor de uma ferramenta de grande potencial para adquirir informações precisas sobre sua utilidade, ecologia, distribuição geográfica e outros dados que possam ter sido produzidos sobre o vegetal. Embora nem sempre o visitante perceba, na trajetória da instituição foram constantes os esforços para, por meio deste instrumento, revelar ao público conhecimentos sobre a flora brasileira. Não se pode afirmar que toda a extensão do arboreto formou-se apenas como resultado de pesquisas científicas desenvolvidas na instituição, até porque o espaço tem uma trajetória de múltiplos objetivos e usos. A história da instituição está representada em muitas coleções organizadas por antigos cientistas, que introduziram espécies coletadas, provindas principalmente de excursões pelo território nacional. Essas coleções, ou mesmo indivíduos solitários de alguma espécie, representam, muitas vezes, projetos de pesquisa que resultaram em importantes colaborações para a ciência. (BRASIL, 2022). 5 A caminhada continuou até um ponto onde ja dava para perceber a mata um pouco mais fechada (maior quantidade de plantas de diferentes espécies de diferentes estratos). Identificação de diferentes estratos e quantidade de especies tipicas do bioma de Mata Atlantica. (Foto: Autoria própria) Com isso foram identificados que essas espécies que são tipicas do bioma de Mata Atlântica formam diferentes estratos e se agrupam com uma grande densidade de espécies, logo após foi observado eventos relacionados a adaptação das plantas, por exemplo percepção da penetração da luz numa floresta tropical. Com um quantamiter que mede a luz que é absorvida pelas plantas (PPFD) e é medido em uma área quadrada de um metro em "micromoles por metro quadrado por segundo" e expresso em μmol / m2 / s. Foi medido em uma área de clareira, uma área onde há bastante árvores impedindo a passagem do sol a cerca de 2m de altura e uma área bem proxima ao solo cerca de 15cm do solo. 6 Clareira (Foto: Autoria própria) Área abaixo do dossel de árvores. (Foto: Autoria própria) Os resultados obtidos foram: • Área de clareira – 1450 μmol / m2 / s. • 2m de altura abaixo do dossel de árvores – 50 μmol / m2 / s. • 30cm do solo abaixo do dossel de árvores – 15 μmol / m2 / s. Os resultados obtidos mostram as caracteriscas do Bioma Mata Atlântica que se estende desde uma latitude de 2° graus Sul à 33° Sul, sendo essa uma área que permite alta insolação, o que influencia nas altas temperaturas predominantes do bioma. A intesidade da luz na clareira também mostra é devido que no equador, a intensidade do sol nos dá um fluxo de fótons fotossintéticos (PPF) de 2.000 µmol/m 2 /seg de luz, que é aproximadamente equivalente a 10.200 pés ou 108.000 lux. À medida que nos afastamos do equador, no entanto, a espessura relativa da atmosfera pela qual a luz deve viajar aumenta, e o ângulo de incidência “espalha” a luz, ambos diminuindo a intensidade da luz. O que nos mostra que diferentes plantas precisam de diferentes quantidades de luz para sobreviverem, e as plantas do bioma de Mata Atlantica precisaram se adaptar essas difentes quantidades de luz solar pois suas plantas em estado climáx possuem um dossel alto que impedem bastante a quantidade de luz solar penetrar. Outro ponto importante é a importancia das clareiras no processo de secessão secundárias no Bioma, pois uma clareira se abre quando uma árvore morre e cai, tem uma passagem de luz, essa clareira que vai fornecer luz para plantas inferiores e essas plantas vão preparar o solo em baixo. 7 Na imagem da para serem identificados uma grande quantidade de serrapilheira e a formação de planaltos (Foto: Autoria própria) A explanação sobre a Mata Atlântica continua com a descrição das características seu solo que é sempre húmido, e há uma grande camada se serra pilheira. Isso é porque a sua formação de planaltos e morros ocasionou em um solo bem raso e inclinado, fazendo com que sua fauna e flora tenham que se adaptar. As raízes das árvores crescem, também, para os lados e fazem um sustento acima do solo para evitar deslizamentos. Por mais que a Mata Atlântica seja repleta de variedades de vegetação, seu solo não é fértil. O húmus é o principal contribuinte para o sustento da floresta, por ser muito nutritivo. Húmus é a decomposição da serapilheira, dejetos de animais, e até mesmo animais mortos que sofreram decomposição e serviram de nutrientes para o solo, esse processo é rápido por conta da alta temperatura e abundância hídrica que aceleram reações químicas. Há também, uma grande quantidade de decompositores que também ajudam na penetração dos nutrientes no solo e sejam absorvidos mais rápido. Algo também pontuado pela professora foi sobre o ciclo da água no bioma, frisando a interceptação de água pelo dossel devido a densidade de plantas. A água que cai chega quase sem energia no solo, o que é extremamente importante para bioma, pois como pontuado acima, é a camada de serra pilheira que fornece os nutrientes para as plantas, e se não houvesse essa interceptação da água, os nutrientes seriam arrastados causando um grande inconveniente para a floresta. 10 Professor aferindo diversos parâmetros na primeira lagoa. (Foto: Autoria própria) Foi observado nesse primeiro lago visitado, uma intensa transparência, então indicado foi medir alguns parâmetros como: intensidade luminosa na superfície e dentro da água, temperatura, ph e oxigênio dissolvido. Esses parâmetros foram medidos com uma sonda multiparâmetro e o quantamiter. Os resultados obtidos foram: • Intensidade luminosa – Superfície do lago – 1050 μmol / m2 / s. • Intensidade luminosa – 10cm de profundidade: 940 μmol/m2/s. • Temperatura – 20 graus • Ph – 7,64 – Neutro normal • Oxigênio dissolvido – 8.84 miligramas por litro Parâmetros que foram medidos servem para classificar corpos de água, e com os resultados obtidos podemos observar que devido a alta transparência da água, irá entrar uma grande quantidade de luz solar dentro desse ambiente aquático, e a luz como sabemos é muito importante para esse ambiente, sendo até um fator limitante pois a luz ela sofre uma atenuação ao entrar na água, logo quanto mais límpida mais luz, quanto mais partículas em suspensão menos luz penetra. Outro parâmetro importante a ser considerado é o oxigênio dissolvido, que nesse ambiente estava 8.84 miligramas por litro, o que é um bom indicador. Os processos de purificação naturais de água requerem concentrações entre 5,0 e 9,1 mg/L – de oxigênio para serem efetivos na proteção da vida aquática visto que o oxigênio dissolvido é o saldo. Valores de OD superiores à saturação são indicativos da presença de algas. Os organismos vivos dependem de uma forma ou de outra de oxigênio para manter os processos metabólicos de produção e energia e de reprodução. Em corpos d’água, as medidas de OD são vitais para a manutenção de condições oxidantes (aeróbias) para degradar a matéria orgânica. A matéria orgânica biodegradável, constituída 11 principalmente por proteínas, carboidratos e gorduras, lançada na água será degradada pelos organismos decompositores presentes no meio aquático da seguinte maneira: Na presença de oxigênio dissolvido no meio, a decomposição será feita por bactérias aeróbias que consomem o oxigênio dissolvido existente na água. (PROGRAMA ÁGUA AZUL, 2015) Na ausência de oxigênio dissolvido e em condição anóxica, a biota se limita a comunidades de microorganismos que substituem o oxigênio por outros oxidantes, como o NO3-. Na ausência de oxigênio dissolvido e em condições anaeróbias, as bactérias estritamente anaeróbias promoverão a decomposição da matéria orgânica com a formação de gases como o gás sulfídrico (causando maus odores) e metano, além de conferir sabor e aspectos indesejáveis à água. A principal condição determinante para um perfeito equilíbrio entre os seres de uma comunidade aquática é a quantidade de Oxigênio Dissolvido – OD na massa líquida. Um corpo de água poluído por lançamento de matéria orgânica biodegradável sofre um processo natural de recuperação denominado autodepuração. A matéria orgânica biodegradável é consumida pelos decompositores aeróbios, havendo um decréscimo nas concentrações de OD na água devido à respiração dos mesmos. O processo de autodepuração completa-se com a reposição, pela reaeração, desse oxigênio consumido. (PROGRAMA ÁGUA AZUL, 2015) Segunda lagoa mais turva. (Foto: Autoria própria) Bem próxima a primeira lagoa, se encontrava a segunda lagoa, com características semelhantes, como as espécies contidas nela, embora em quantidades diferentes, e também com diversas diferentes já sendo identificadas só na observação a olho nu, como a turbidez da água, e então resolveu-se medir os mesmos parâmetros comparados a outra. 12 Os resultados obtidos foram: • Intensidade luminosa – Superfície do lago – 617 μmol / m2 / s. • Temperatura – 19,8 graus • Ph – 7,56 – Neutro normal • Oxigênio dissolvido – 8.53 miligramas por litro Um parâmetro muito importante que já se dá perceber uma redução da intensidade luminosa já na superfície se em comparação ao outro. A intensidade luminosa dentro do lago, foi medida com um disco de secchi. A leitura é feita mergulhando o disco de Secchi até não ser possível vê-lo pela perpendicular, anotamos a profundidade e multiplicamos por dois na maioria dos casos, mas ambientes tropicais multiplica por 3. Exemplo de utilização: Se, ao afundarmos o disco de Secchi, ele se torna invisível com 50 cm é porque a luz está chegando até 100 cm (a luz desceu 50 cm até o disco e voltou mais 50 cm até atingir nossos olhos). É interessante a demonstração da utilização do Secchi para mostrar que nós podemos fazer boas medidas com pouco equipamento. A segunda lagoa é muito mais turva, logo tem muito mais fitoplâncton ou nutrientes para serem dissolvidos, vai o que impedir a penetração de luz.Com esse resultado foi- se questionado o porquê um é mais transparente e o outro é turvo já que são ambientes muito próximos, e uma hipótese é que um é um ambiente lentico, a água é parada e outra é um ambiente lótico, água corrente e também tem a possibilidade ser devido ao fato de que a lagoa mais transparente possui uma maior quantidade de Egerias Densas que a lagoa mais turva. Bromeliário. (Foto: Autoria própria) 15 Pteridófita cheia de esporos. (Foto: Autoria própria) O durante o todo o percurso no jardim botânico fora visto inúmeras espécies de plantas, todas elas muito bonitas, importantes e enriquecedoras ao conhecimento da matéria. Mas que não seria possível descrever aqui todas espécies de plantas que foram vistas. 5. Conclusão E a conclusão é que os objetivos tanto a instituição jardim botanico, qunanto da visita tecnica foram completamente cumpridos, pois foi passado conhecimentos sobre a flora brasileira, a turma observou de perto diversas especies da flora brasileira que estão distribuídas em seus biomas, com que abordaremos durante todo o curso de graduação. Tambem foi demonstrado na prática diversos processos ecológicos que foram descritos em sala de aula, que desta forma, farão com que a fixação seja certamente muito maior, pois acredito que a experiencia tenha sido muito boa, enriquecedora e muito marcante para todos os alunos. 16 6. Referências bibliográficas: - BRASIL. Desconhecido. Ministério do Meio Ambiente do Governo Federal (ed.). Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro: história. História. Disponível em: https://www.gov.br/jbrj/pt br/assuntos/299#:~:text=O%20Jardim%20Bot%C3%A2nico%20do%20Rio,de%20outras%20 partes%20do%20mundo.. Acesso em: 09 jul. 2022. - MANDACARU: Espécie da Caatinga. Espécie da Caatinga. 2018. Disponível em: https://www.cerratinga.org.br/especies/mandacaru/#:~:text=O%20mandacaru%20(nome%20 cient%C3%ADfico%20Cereus,que%20pode%20lembrar%20um%20candelabro.. Acesso em: 09 jul. 2022. - PROGRAMA ÁGUA AZUL (Brasil). Associação Água Azul. Oxigênio Dissolvido(OD). 2015. Disponível em: http://programaaguaazul.ct.ufrn.br/indicadores/indicadores_ambientais/?id=03. Acesso em: 09 jul. 2022.