Baixe RELATÓRIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM BIOLOGIA e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Biologia, somente na Docsity! Ivone Maria Afonso Prática Pedagógica II de Biologia RELATÓRIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM BIOLOGIA Licenciatura em Ensino de Biologia 4o Ano Universidade Licungo Beira 2020 Agradecimento Quero agradecer em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida, em segundo ao Departamento de Ciências Naturais da Universidade Licungo, Delegação da Beira pela orientação metodológica sobre a cadeira de Práticas Pedagógicas em Biologia no que tange a assistência de aula cujo espaço de acção foi na Escola Secundária do Bandua. Os meus agradecimentos vão de igual modo a Direcção da Escola Secundária da Bandua em geral e ao professar Mubata em particular pelas contribuições valiosas durante o período das minhas práticas. Reconheço que muitos dos meus colegas tiveram algumas dificuldades no que tange ao acesso a assistência de aula. Ao tutor da Cadeira e aos colegas da turma, meus profundos agradecimentos. Lista de Abreviaturas ESPG – Escola Secundária da Ponta-Gêa MINED – Ministério de Educação e Cultura ONP – Organização Nacional dos Professores. PPII – Práticas Pedagógicas II PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem. Resumo As Práticas Pedagógicas, do Quarto ano na Universidade Licungo nos cursos de formação Psico- pedagógicos, consistem na assistência de aulas. Por tanto, este relatório vincou-se sobre as actividades de observação/assistência de aulas na Escola Secundária da Bandua, na 9ª classe, turma A, com o propósito de dotar ao assistente um certo domínio sobre que método, estratégias o futuro professor deve usar em seu dia a dia em sala de aula. Atendendo que o processo de ensino-aprendizagem configura-se na acção conjunta do professor e dos alunos, em que o professor estimula e dirige as actividades em função da aprendizagem dos alunos. No decurso deste relatório, estão aqui abordados os momentos que se devem observar no acto de leccionação. Deste modo, atrelado a estrutura formativa do processo de ensino escolar encontramos os métodos de ensino, os objectivos educacionais, a planificação, os conteúdos programáticos, a avaliação e a relação professor – aluno. Introdução O presente relatório de Práticas Pedagógicas II, versa sobre assistência de aulas realizada na Escola Secundária da Ponta-Gêa. Como é sabido, no decurso das actividades das PPII nos cursos de formação de quadros da educação na Universidade Pedagógica, as PPII do segundo semestre do terceiro ano consistem na assistência de aulas e destas não fugiram a regra, tendo como palco assistência de aulas na Disciplina de Biologia, 9ª classe, turma A, na Escola Secundária da Bandua. O relatório aborda todos os momentos vivenciados durante a assistência e/ou observação de aulas que tinham como propósito, verificar como se processa o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula no ensino de Biologia. Retrata, a relação professor-aluno, como uma etapa mais importante que deve considerar como crucial quando o assunto é leccionação, outras instituições afins em suma permite a comunhão de objectivos, métodos e tarefas entre diversas escolas. O plano de actividade anual, trimestral, mensal e semanal tem por objectivo programar os trabalhos a serem desenvolvidos no espaço de tempo em causa e atribuir as responsabilizações as pessoas envolvidas para o cumprimento dos deveres pedagógicos. Estes reflectem actividades desde o período das matrículas até a época dos exames. No novo currículo de ensino básico espelha a situação actual da educação respeitante as novas perspectivas de ensino bem como os novos métodos de avaliação. Pela sua importância há toda necessidade do seu aprimoramento, apesar de algumas inovações constantes destes não estarem em implementação como, por exemplo os ciclos de aprendizagens, ensino básico integrado e introdução de novas disciplinas. 1.9. Horário de funcionamento da ESB A ESB, funciona das 7:30 as 15:30, para o atendimento ao publico em geral, mas internamente ela funciona entres momentos que são: das 07:00h as 12:05h, das 12:45h às 17:55h e das 18:15 às 22:00h. 1.9.1. Projecto em carteira A Escola Secundária de Bandua, tem como projecto em carteira a construção de mais oito (8) salas de aulas (sobre o novo edifício segundo a sua arquitectura que prevê três andares); requalificação do anexo para um laboratório de ciências exactas e línguas e sala de reuniões; Falta de meio de transporte para actividades de excursão para alunos e professores; CAPITULO II 2. Essência de Práticas Pedagógicas 2.2. Prática Pedagógica Para compreender a Prática Pedagógica é necessário associar alguns conceitos, tais como Pedagogia, Pratica Educativa, Ensino e Instrução. A Pedagogia é “um campo de conhecimento que investiga a natureza das finalidades da educação numa determinada sociedade”. Ela assegura e orienta a prática educativa para finalidades sociais e políticas, criando condições metodológicas e organizativas (Libâneo, 1994). A Prática Pedagógica, por sua vez, é um fenómeno social e universal, na qual cabem tarefas ao professor de assegurar aos alunos um sólido domínio de conhecimentos e habilidades, o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de pensamento independente, crítico e criativo. Partindo desse entendimento – pedagógico e prática educativa e adoptando o posicionamento de Libâneo (1994), nota-se o carácter pedagógico da prática educativa se verifica na acção consciente, intencional e planificada do professor no processo de formação humana. Tudo isso através dos objectivos e meios estabelecidos por critérios socialmente determinados e que indicam o tipo de homem a formar, para qual sociedade, com que propósitos. Corroborando com esses entendimentos, Libâneo (1994), esclarece que a instrução tem resultados formativos quando converge para o objectivo educativo, estabelecendo, pois, uma unidade entre educação e instrução. Embora sejam processos diferentes; pode-se instruir sem educar, e educar sem instruir. Para Cunha (1992), a Prática Pedagógica é o “quotidiano do professor na preparação e execução do ensino”. Observamos na definição do autor que a prática pedagógica delimita-se no ensino, apesar de a mesma ser muito mais abrangente, porque envolve um conjunto de interesses socialmente determinadas. De maneira geral, a prática pedagógica é toda acção docente com fins educativos cujo objectivo é atender determinada sociedade a partir da prática educativa, mediante o ensino e a instrução. Outro esclarecimento que merece destaque é a cerca da instrução e do ensino. Aquele se refere à formação e desenvolvimento intelectual, mediante o domínio de certo nível de conhecimentos sistematizados. Este corresponde a acções, meios e condições para a realização da instrução. CAPITULO III 3.1. Dias de aula da Disciplina de Biologia na turma assistida A turma 1, da 9ª classe, da Escola Secundaria da Bandua, neste ano, de acordo com o horário, as aulas da Disciplina de Biologia era ministrada no terceiro tempo das terças-feiras e primeiro tempo de quarta-feira. 3.2. Analises dos temas tratados durante a observação de aulas No que concerne ao primeiro dia de observação de aula, o professor tinha como conteúdo “Outras Avaliações”, que consistiu na avaliação dos cadernos. Diante deste facto, o autor socorre-se ao PILETTI (1992), ao afirmar que avaliação é um processo contínuo de pesquisa que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planeamento do trabalho do professor e da escola como um todo. E LIBÂNEO (1992) que considera a avaliação como uma tarefa didáctica, necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Contacto a professor, ela comentou que o objectivo da avaliação dos cadernos dos alunos tinha como propósito: “Verificar a participação dos estudantes na sala de aula, partindo do pressuposto que os cadernos que possuírem todos os apontamentos implica terem participado em todas aulas apesar de que nem sempre é verdade. Neste caso, um dos critérios era ter todos apontamentos do terceiro trimestre até a data que avalio e que a diversificação dos valores vai de acordo com a organização dos conteúdos e do cuidado de caderno”. No segundo dia de assistência de aula, com tema: Industria e Ambiente, a aula tinha como propósito despertar aos alunos sobre que impactos a industria traz para o meio ambiente sendo que a leccionação desta aula, tinha muita participação por parte dos estudantes, pois trata-se de um conteúdo com realidade próxima do aluno e pela maneira sabia que a professor tem no uso dos métodos. Tendo em conta que trata-se de sala numerosa, o uso do método de elaboração conjunta que envolve a participação dos alunos na aula, pude constatar que o tempo usado na mediação e consolidação foi exagerado o que implicou o não cumprimento dos objectivos propostos no plano de acordo com o tempo previsto no plano de aula. 3.4. Métodos usados pelo tutor Segundo Merenne (1999) e Libâneo (1992) método é o caminho para se alcançar um objectivo pré-definido. Portanto, os professores de Biologia usam várias alternativas no processo de leccionação para alcançar esses objectivos numa dada aula. No que tange aos métodos, durante o processo de assistência de aulas notou-se uma predominância do método de elaboração conjunta porque na aula houve muitas contribuições por parte dos alunos o que permitia uma forte interacção entre a professor e alunos até em algum momento a professor foi obrigada a limitar alguns alunos como forma de gerir o tempo diante deste facto, ela sentiu a necessidade do uso do método expositivo, pois tratando-se de ultimo trimestre, o objectivo de qualquer docente é terminar com os programas. 3.5. Os meios usados pelo tutor O autor durante a sua assistência constatou que, para além do livro do aluno, o professor limitou se apenas a usar a imagem do quadro. Também é necessário destacar que o tutor tentou explorar o princípio da realidade próxima do aluno baseando nos seus exemplos como é caso da fanas da açucareira do Buzi. Segundo FREIRE (1996;103) ˮ processo de ensino e aprendizagem exigem autoridade e liberdade. Nesta ordem de ideias, o professor deve ser capaz de colocar a sua autoridade durante a exposição, deste momento que crie uma liberdade para os alunos contribuírem, opinar e interagir livremente durante a aula, querendo afirmar que a autoridade do professor não pode de alguma forma limitar a expressão dos alunos, algo que as vezes têm tornado ineficaz o método expositivo. Continuando, Nérice (1989;215)ˮ é necessário que o professor prove se a matéria dada foi ou não assimilada, através de uma avaliação contínua ou formativa, onde o professor tem a obrigação de colocar algumas questões ou dar alguns exercícios durante a aula para conseguir verificar se os alunos estão ou não entendendo a matéria, e também para poder apurar as dificuldades enfrentadas durante a aula. Durante a aula o professor foi cumprindo com outras funções didácticas normalmente. Deste modo, a aula foi positiva, a medir pelo domínio dos conteúdos demonstrados pelos professor bem como pela organização lógicas leccionada, alem de o professor ter criado alguns momentos de poder ouvir e respeitar as ideias expostas pelos alunos. 3.6. Planificação quinzenal