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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA, Notas de estudo de Segurança do Trabalho

RELATORIO DE VISITA TECNICA MANAUS X PRESIDENTE FIGUEREDO

Tipologia: Notas de estudo

2021

Compartilhado em 25/04/2024

talia-souza-siqueira
talia-souza-siqueira 🇧🇷

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Baixe RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA e outras Notas de estudo em PDF para Segurança do Trabalho, somente na Docsity! UNIVERSIDADE NILTON LINS Engenharia Ambiental RELATÓRIO DA VISITA TÉCNICA BIOLOGIA GERAL Assunto: Visita Técnica na BR 174 Manaus-Am 2023 Talia de Souza Siqueira – 21002519 Orientadoras: Antônia Barroso Rosa Mariette Oliveira Geisseler Trabalho de Visita Técnica para apresentação de relatório da matéria de Biologia Geral do curso de Engenharia Ambiental 5 1. INTRODUÇÃO O relatório a seguir é um roteiro de uma excursão geológica de campo, auxiliando no entendimento dos tipos de rochas e suas características, estudadas e debatidas em sala de aula. O conjunto deste trabalho é composto de seções geológicas elaboradas ao longo de diferentes trechos da rodovia BR-174, utilizando principalmente exposições em cortes de estrada. A excursão foi realizada no dia 18 de novembro de 2023 às 08:30 com levantamento de informações relacionadas na área da geologia Geral, tendo como base pontos específicos da rodovia BR-174: Ponto 1- km 12 – Rochas Ígneas Formação Alter do Chão; Ponto 2 – km 45 – Caulim Solo Sedimentar Ponto 3 – km 99 – Formação Manacapuru; Ponto 4 – km 108 – Contato entre as Formações Nhamundá e Pitinga; Ponto 5 - Km 129 – Contato entre Rocha Sedimentar e Ígneas. A rodovia federal BR-174 está localizada no estado do Amazonas entre os municípios de Manaus e Presidente Figueiredo, essa rodovia é umas das mais procuradas por acadêmicos para que possam fazer pesquisas, analises e levantamentos geológicos. Este trabalho tem como objetivo obter uma nota parcial na disciplina de Geologia Geral ministrada pelas Prof. Rosa Mariette Oliveira Geisseler e Antônia Barroso. Tendo como resultado de pontos geológicos estratégicos da rodovia BR-174. O trabalho tem importância a todos os alunos deste experimento, a aula prática é todo o estudo teórico que os professores vêm ministrando em sala de aula no decorrer do período, na aula prática é que podemos ter uma visão completa de como são formados as rochas, seus fragmentos, as cores reais de cada sedimento e todo esse conhecimento é possível através das aulas de Geologia Geral, identificar os tipos de rochas e seus principais afloramentos, bem como: sua evolução, suas particularidades e seus processos geológicos. 6 2. PONTOS DE ACESSO  Ponto 1 – KM 12 Rochas Ígneas Formação Alter do Chão  Ponto 2 – KM 45 Caulim Rocha Sedimentar  Ponto 3 – KM 99 Nhamundá Siltito  Ponto 4 – KM 108 Contato entre Nhamundá Pitinga  Ponto 5 – KM 129 Contato entre Rocha Sedimentar/ Ígneas 7 3. METODOLOGIA A metodologia de levantamento levou em conta os métodos de observação, descrição da formação dos pontos visitados, utilizamos aparelhos celulares para registros fotográficos além de um drone para uma imagem de melhor qualidade e ampla. A metodologia incluiu também descrição das formações geológicas das Rochas, quais classes de rochas que podem ser determinadas por meio da identificação do processo de origem de cada uma delas. " Imagem 1- KM 12 BR 174 10 Figura 5 - Voçoroca KM-12 BR-174 O que é VOÇOROCA? Uma voçoroca, também conhecida como boçoroca ou buracão, é uma forma de erosão avançada do solo que ocorre em áreas de declive acentuado. A formação de uma voçoroca geralmente começa com o escoamento da água em áreas onde o solo está desprotegido, seja devido à remoção da vegetação natural ou à atividade humana, como a agricultura inadequada. A água da chuva flui pela superfície do solo, criando pequenos sulcos, que, com o tempo, se tornam cada vez mais profundos e largos, formando uma voçoroca. As voçorocas representam um sério problema ambiental, pois podem causar a degradação do solo, a perda de terras agriculturáveis, o assoreamento de rios e cursos d’água, além de representarem riscos à segurança de pessoas e infraestruturas próximas. A prevenção e o controle das voçorocas envolvem medidas como a conservação do solo, o manejo adequado da vegetação, a construção de estruturas de contenção e o direcionamento adequado do escoamento de água. Por que se formam as voçorocas? As voçorocas se formam principalmente devido à erosão do solo causada pelo escoamento da água das chuvas em áreas de declive acentuado. Existem vários fatores que contribuem para a Remoção da vegetação: A vegetação desempenha um papel importante na proteção do solo. Quando a vegetação nativa é removida, seja por desmatamento, queimadas, atividades agrícolas inadequadas ou construção, a cobertura vegetal é reduzida. Sem a proteção das raízes das plantas e a capacidade de absorção da água pela vegetação, o solo fica exposto à ação direta das chuvas, o que aumenta o risco de erosão. Chuvas intensas: Chuvas de alta intensidade e grande volume podem sobrecarregar a capacidade de absorção do solo. Quando o solo fica 11 saturado de água, o excesso de água flui pela superfície, criando sulcos e canais que se aprofundam e alargam com o tempo. Má drenagem: Quando há falta de um sistema de drenagem adequado para direcionar o escoamento da água, a água das chuvas tende a se acumular e se concentrar em determinadas áreas, aumentando o risco de erosão e formação de voçorocas. Impactos humanos: Ações humanas, como a construção de estradas, a mineração, a expansão urbana desordenada e práticas agrícolas inadequadas, podem contribuir significativamente para a formação de voçorocas. Essas atividades podem alterar a topografia natural, remover a vegetação protetora e modificar o fluxo de água, agravando a erosão do solo. 12 4.2 PONTO 2 - KM 45 Ponto no 02 – Caulim Rocha sedimentar Local: KM 45 BR 174 Hora: 09:34 Coordenadas: -60O 1,58.586”W -2O’35’ 9.226 ‘’S Observou-se no Km 45 que Caulim é uma rocha formada por um grupo de silicatos hidratados de alumínio, principalmente caulinita e haloisita. Contém outras substâncias sob forma de impurezas como areia, quartzo, palhetas de mica, grãos de feldspato, óxidos de ferro e titânio, etc. Embora o mineral caulinita (Al2 O3. 2SiO2. 2H2 O) seja o principal constituinte do caulim, outros elementos além do alumínio, silício, hidrogênio e oxigênio acham-se geralmente presentes sob forma mais complicada por vezes desconhecida. O caulim tem muitas aplicações industriais e novos usos estão sendo constantemente pesquisados e desenvolvidos. É um mineral industrial de características especiais, porque é quimicamente inerte em uma ampla faixa de pH; tem cor branca, apresenta ótimo poder de cobertura quando usado como pigmento ou como extensor em aplicações de cobertura e carga, é macio e pouco abrasivo, possui baixas condutividades de calor e eletricidade e seu custo é mais baixo que a maioria dos materiais concorrentes. 15 Imagem - 7 KM 45 BR-174 4.3 PONTO 3 - KM 99 Formação Manacapuru Ponto no 03 – NHAMUDÁ SILTITO Local: KM 99 BR 174 Hora: 10:38 Coordenadas: -59O 59’ 30.654W 2O 6’ 45.72‘’S Nesta avaliação técnica consta estamos a presença de um afloramento de folhelhos (rochas clásticas, podendo ser gerador as ou selantes). Formação de 420 milhões de anos, do período siluriano ao devoniano, pertencente ao grupo trombetas e que se mantem ao ambiente Nerítico, de formação marinha, está acima da formação Nhamundá, porém é mais jovem. Existem duas extremidades, de um lado a formação é de 420 milhões de anos e do outro lado é de 120 milhões de anos. A explicação pra essa diferença de idade é que o afloramento está ao lado do Rio Urubu que consiste em uma grande falha geológica. O afloramento apresenta siltitos acinzentados e folheados, esses folhelhos possuem uma coloração cinza, granulação fina e alta fissilidade, possuindo entre suas lâminas grandes quantidades de encofásseis e fósseis de Branquiópodes. O afloramento em questão apresenta em sua porção superior camadas de sedimentos com níveis de argila e areia fina e bem selecionada, em parte com bioturbações. A área tem sido denominada de sítio paleontológico. É uma rocha selante, com grande potencial de geradora desde que o corra o processo de maturação. 16 Figura 8 – Folhentos KM 99 BR 174 Figura 9 – Foto Rochas Sedimentarar KM 99 BR 174 17 Características Sucessão de folhelho cobrindo um leito espesso de cherte, na Formação Pottsville, no Ohio Folhelhos são rochas que possuem grãos do tamanho dos da lama. Podem ser riscadas ou cortadas com um canivete. Quando bafejadas, libertam um odor a barro mais ou menos intenso. Tal como as argilas, podem ter côr muito variada: amarelada, vermelha, parda, acastanhada, cinzenta a negra e até esverdeada. Também podem conter minerais acessórios como os carbonatos, pirita, apatita, gesso, e outros vários minerais carbonáticos.[4] Também podem conter concreções constituídas por esses minerais acessórios. Apresentam forte estratificação, folhada em finas lâminas, que a distingue do argilito ("mudstone" em inglês). Fósseis, icnofósseis, e até crateras de impactos de gotas de chuva são por vezes preservadas em superfícies das camadas de folhelho. O folhelho é a principal rocha geradora de hidrocarbonetos em sistemas petrolíferos, devido ao seu alto teor de matéria orgânica. Também em alguns sistemas petrolíferos, o folhelho pode ser uma importante rocha selante para a acumulação de hidrocarbonetos, impedindo a ocorrência de poços surgentes. Figura 10 – Foto Rochas Sedimentarar KM 99 BR 174 20 A diferença morfológica na paisagem das unidades do Grupo Trombetas é sutil, sendo sua individualização difícil. A Formação Manacapuru foi discriminada pelo aspecto colinoso pequeno que ocorre a sul de Presidente Figueiredo. Em campo, essa sensível variação topográfica se inicia pouco antes do km 96 da Rodovia BR-174, onde o relevo de colinas pequenas e médias dissecadas, desenvolvidas sobre a Formação Alter do Chão, dá lugar a uma superfície de colinas pequenas pouco dissecadas que correspondem aos folhelhos e siltitos da Formação Manacapuru (Silva, 2005). O afloramento mais importante desse setor está próximo à ponte sobre o Rio Urubu na BR-174, neste caso o quilômetro referido neste trabalho. A importância deste tipo de exibição rochosa e contato entre formações geológicas em afloramento na margem da rodovia só pode ser estudado devido abertura da rodovia federal BR-174, entre as décadas de 1970 e 1980, ligando as capitais Manaus (AM) - Boa Vista (RR). Conforme Nogueira et al (1999) o contato brusco entre as formações Nhamundá e Pitinga, interpretado como superfície de inundação marinha, é um importante marco estratigráfico no Grupo Trombetas onde, foi observada a interdigitação entre ambas as formações, os folhelhos muito semelhantes aos da Formação Pitinga afloram na margem esquerda do rio Urubu, na altura do km 99 da rodovia BR-174. Essa unidade consiste em arenitos finos a médios, folhelhos e siltitos laminados com abundantes icnofósseis, palinomorfos e macrofósseis (principalmente braquiópoda). Estudos em palinomorfos provenientes de folhelhos e arenitos expostos nas margens do Rio Urubu, os quais recobrem a Formação Nhamundá, indicam intervalo deposicional do Devoniano inferior, o que permite caracterizar essas rochas como representantes da Formação Manacapuru. (Souza e Nogueira, 2009). A unidade geomorfológica identificada (Figura) , segundo Muller e Carvalho (2005), corresponde ao Platô Arenítico, que ocorre sobre os arenitos do Grupo Trombetas, no qual a região do quilômetro 99 da rodovia é compreendida onde também é caracterizada por um relevo tabular, intercalado por depressões amplas que correspondem a calhas dos igarapés; e por apresentar uma drenagem dendrítica muito 21 aberta; Formação Manacapuru é constituída por siltitos intercalados, arenitos argilosos e acinzentados com espessura que atinge 220 m, de Idade Siluriana Inferior. 4.4 PONTO 4 - KM 108 BR 147 Ponto no 04 – Contato entre a Formação Nhamundá e Pitinga Local: KM 108 BR 174 Hora: 11:15 Coordenadas: -60O 1’ 34.807W 2O 2’ 34.285‘’S Observamos que neste ambiente citado acima que o afloramento ali presente é dá era paleozoica de 600 a 250 milhões de anos, onde a formação Nhamundá é representada pelos sedimentos de arenitos e pitinga pelos folhelhos. Ambos são do grupo Trombetas vivem em um ambiente glacio-marinho, com espessura máxima de 250 a 340 m. Acima fica a afloração pitinga e abaixo a Nhamundá. Afloramento artificial em corte de estrada, paredão com sedimentos argilosos e arenosos (quartzo a renito), friáveis, contendo um bloco argiloso no meio de arenitos. Seu ambiente é litorâneo com bastante areia finíssima, estrutura bastante comprometida pela erosão que está em fase de desmoronamento. Há altíssima presença de ferro, rocha potencial armazenadora na parte de baixo e com estrutura selante na parte superior. Apresentam plentita e lateritos que são rochas formadas ou em fase de formação, originados durante processo de intemperismo sobre rochas existentes (Imagem- 13) Imagem 13 -Formação Pintinga/Nhamundá 22 Imagem 14 - Formação Pintinga/Nhamundá Imagem 15 - Formação Pintinga/Nhamundá 3,40 x 25 Mt Comprimento 25 Imagem 18 - BR 129 Contato entre Rocha Sedimentar/Ígneas 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A rodovia federal BR-174 é uma rodovia longitudinal que interliga os municípios brasileiros de: Presidente Figueiredo, Manaus, Mucajaí, Rorainópolis, Caracaraí, Boa Vista, Iracema e Pacaraima. Atravessa ainda a área indígena aimiri- Atroari, localizada na região de divisa entre o Amazonas e Roraima. O relatório tem como base de dados informações retiradas de pontos geológicos da rodovia BR-174 e nestas localidades o afloramento é artificial em corte de estrada, esta rodovia é um trecho que corta a floresta amazônica expondo rochas que abrangem idades desde o proterozóico ao cenozoico que foram estudadas em sala de aula. Tendo como objetivo principal adquirir conhecimentos práticos e informações para a elaboração do relatório de pontos geológicos, tais como: Ponto 1 – km 12 – Ponto 2 – km 45 – Ponto 3 – km 99 – Ponto 4 – km 108 – Ponto 5 Km – 129. 26 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GUERRA, A.T., GUERRA, A.J.T. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Bertrand Brasil: Rio de Janeiro, 6ª edição, 2008. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/erosao.htm SUGIO, KENITIRO. Rochas Sedimentares. Propriedades – Gênese – Importância Econômica. São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA. 1980. 263 p.