Baixe relatório de visita técnica a socrelp e outras Trabalhos em PDF para Sustentabilidade, somente na Docsity! CURSO GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO Responsabilidade Socioambiental Ernângela Façanha de Abreu Márcia Gabrielle Santana Da Cunha Nathanna Paula Menezes Taiara De Sousa Araújo RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA Socrelp FORTALEZA 2019 Ernângela Façanha de Abreu Márcia Gabrielle Santana Da Cunha Nathanna Paula Menezes Taiara de Sousa Araújo RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA Socrelp Relatório de visita técnica, apresentado à disciplina de Responsabilidade Socioambiental, do curso GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO/2019 da UNINASSAU – Parangaba na Socrelp, sob a orientação da professora Rose Jeokellyane do Valle Moreira. FORTALEZA 2019 SUMÁRIO A Sociedade Comunitária de Reciclagem de Lixo do Pirambu (SOCRELP) teve sua fundação em 1994 após a realização do curso de Educação Ambiental do Projeto Sanear, em que se trabalhava junto aos agentes sociais do bairro duas temáticas: lixo e água. É a associação de catadores de material reciclável mais antiga da cidade de Fortaleza. Com uma média de 20 associados, apresenta veículos motorizados e customizados, maquinário para o desempenhar de atividades diárias, além de um grande número de parcerias na cidade, com um sistema de cadastro e coleta de materiais desses parceiros. Dentre materiais como papel, papelão, plástico, alumínio, ferro, óleo, vidro, artigos eletrônicos velhos, a cooperativa comercializa mensalmente em média 70 toneladas de recicláveis, onde a oscilação se dá por vários fatores, como a concorrência de outras associações e o surgimento de novas empresas no ramo da reciclagem, a queda nos preços de venda e a ausência na procura de alguns materiais pelos compradores em determinados períodos do ano. A coleta realizada pela SOCRELP é feita em diversos tipos de locais: condomínios, escolas, supermercados, órgãos públicos, restaurantes, bancos, universidades, shoppings, lojas. A SOCRELP realiza uma sensibilização para a importância do seu trabalho nos mais variados locais, seja em escolas, em condomínios ou em conversas informais, mostra que a conscientização cotidiana e o trabalho na reciclagem são importantes estratégias para a redução dos problemas ambientais vivenciados diariamente. Semanalmente, as entidades parceiras por intermédio da Semace, efetuam doações. A Socrelp, por meio do uso de um caminhão, vai a essas entidades buscar os materiais doados. O caminhão recolhe todas as doações e chega à Socrelp com os resíduos doados pelas entidades parceiras. Na chegada à Socrelp, o resíduo é então descarregado. Os catadores fazem uma triagem inicial do que é reciclável ou não para somente depois fazer uma separação dos mesmos por categoria (papel, plásticos, vidros, latas, etc.). Após o processo de triagem de resíduos (recicláveis ou não recicláveis), cada material é então destinado para os respectivos setores onde será feita a separação final para a respectiva venda. As máquinas empregadas nesse processo foram adquiridas por intermédio do Projeto Sanear. A Socrelp recicla o papel e confecciona embalagens para presentes, agendas, cartões, calendários, convites e capas de caderno que resultam numa fonte de renda extra. Além disso, também é filtrado óleo de cozinha que antes era vendido para a Petrobras, e agora é levado para o Rio Grande do Norte, para produção de sabão. 1.4.ESTRUTURA FÍSICA DA COOPERATIVA A cooperativa conta com a participação de 20 colaboradores, em um grande galpão onde são feitas as separações dos resíduos, subdivididos em: estoque, papel, alumínio, óleo, plásticos e eletrônicos após a subdivisão dos resíduos coletados é feita a separação do que pode ser reaproveitado. Aparentemente parece ser uma “desordem”, mas que está tudo selecionado (como mostra nas fotos em anexo) o escritório e uma sala que está em desuso está sendo usada para guardar os “eletrônicos”. 1.5.TRABALHO DO CATADOR O agente da reciclagem que retira os materiais recicláveis diretamente dos lixões ou aterros, ou do resíduo colocado nas calçadas, entregando-os a catadores ou a sucateiros. A participação dos catadores como agente da coleta seletiva é importantíssima para o abastecimento do mercado de recicláveis bem como para o suporte da indústria recicladora (UNICEF, 1998). Segundo dados do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos/2006, feito pelo Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), divulgado pelo Ministério das Cidades estima-se que hoje, no Brasil, existem mais de 700 mil catadores de rua (autônomos, associações e cooperativas), responsáveis pela coleta seletiva de vários tipos de materiais. Muitos deles estavam à margem da sociedade e, ao ingressar no trabalho de catação, passaram por um processo de resgate de cidadania, tendo um papel definido e importante na sociedade, bem como uma fonte regular de renda (ABREU, 2001). O benefício que os catadores de rua trazem para a limpeza urbana é relevante, mas geralmente passa despercebido. Eles coletam recicláveis antes do caminhão da Prefeitura passar e, portanto, reduzem o gasto com a limpeza pública. Os materiais que são encaminhados para a indústria geram empregos e poupam os recursos naturais (SILVA, 2009). 1.6.ANALISAR O COMPORTAMENTO SOCIAL E AMBIENTAL DO CATADOR Podemos perceber que o longo da visita que todos os colaboradores/ catadores estão contribuindo para o crescimento pessoal e de nossa sociedade, podendo mostrar que é capaz de reaproveitar muita coisa do que eles conseguem nas ruas ou em doações. Com o arrecadamento ele tornam lixo/resíduo em algo que será reaproveitado, garantindo o sustendo da sua família e da cooperativa. Levando-se em conta que todos os catadores exercem suas atividades sem nenhum equipamento de proteção (há os equipamentos de proteção, no entanto eles não gostam de usar), conversando com alguns colaboradores alguns já sofreu algum tipo de acidente ao exercer a atividade de catação e separação de resíduos. Dos que afirmaram ter sofrido algum tipo de acidente, alegaram ser de risco baixo, como por exemplo, cortes e alergias. Ao serem interrogados sobre o tipo de serviço médio buscavam quando se encontravam com algum problema de saúde, alguns responderam que buscam atendimento de primeiros socorros em farmácias próximas as suas residências e outros responderam que busca atendimento em hospitais públicos próximos ao bairro. 2. AVALIAÇÃO DA VISITA TÉCNICA Com base no que foi visto na visita e informado pela D. Jane e os demais colaboradores, destaca-se os pontos fortes, trabalho em equipe, perseverança, organização, benefícios sociais (conscientização), transparência do processo, receptividade, e os fracos, deficiência do uso de EPI’s, falta de apoio órgãos públicos, estrutura deficiente, falta de recurso, intervalo para o lanche, deficiência no marketing; Sugere-se que sejam desenvolvidas algumas ações e políticas públicas. Desenvolver programa de desenvolvimento educacional para os ANEXOS