Baixe Resumo de embriologia I e outras Esquemas em PDF para Embriologia, somente na Docsity! Resumo feito por: Thaynara Dutra 1 EMBRIOLOGIA REPRODUÇÃO HUMANA: SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO: • Composto por testículo, túbulos seminíferos, epidídimo, ducto deferente e ducto ejaculatório, uretra (prostática, membranosa, peniana), próstata, vesícula seminal e glândula bulbouretral. • O cromossomo XY carrega na parte Y um gene que estimula a produção de testosterona, para que ocorra o desenvolvimento da gônada masculina. TESTÍCULOS: • Os testículos são desenvolvidos no abdômen através das gônadas e ainda no período fetal vão passar pelo canal inguinal e vão se acomodar no saco escrotal (importante para manter a temperatura e para o desenvolvimento dos espermatozoides). • OBS: as vezes o canal inguinal está muito apertado e os testículos não conseguem descer para o saco escrotal isso está relacionado a uma doença chamada CRIPTORQUIDISMO que tem como resultado a infertilidade (se não tratado através de intervenção cirúrgica). • FUNÇÕES: produzem as céls. reprodutoras masculinas e produzem a testosterona. • São órgãos capsulados (encapados) formados por tecido conjuntivo propriamente dito denso. Esse envoltório recebe o nome de túnica albugínea. • Esse tecido penetra o órgão formando lóbulos dentro do testículo, deixando-o com o aspecto preenchido (órgãos parenquimatosos). • Dentro dos lóbulos encontramos os túbulos seminíferos (de 3 a 4 túbulos) que apresentam as céls. germinativas e as céls. de sertoli. • Do lado de fora do túbulo encontra-se as céls. intersticiais, também chamadas de céls. de Leydig. TÚBULOS SEMINÍFEROS: Resumo feito por: Thaynara Dutra 2 EMBRIOLOGIA • Céls. germinativas: geram os gametas. • Céls. de Sertoli: dão sustentação e nutrição (glicoproteínas) para as céls da linhagem germinativa. Além disso, elas fagocitam o citoplasma que é extravasado quando os espermatozoides migram para fora do túbulo • Céls. de Leydig (intersticiais): produz a testosterona sobre estímulo hormonal. CONTROLE HORMONAL: • Os meninos já nascem com as céls. germinativas, de Sertoli e de Leydig, mas só a partir do aumento da testosterona que se inicia o processo de síntese de espermatozoide. • Para haver a produção de testosterona o hormônio LH (na hipófise) precisa ser estimulado. • A testosterona é produzida nas céls. de Leydig, mas as células germinativas se encontram dentro dos túbulos seminíferos, então esse hormônio precisa entrar nos túbulos para ocorrer a produção de espermatozoides. • Para que isso ocorra, a hipófise libera FSH que estimula nas céls de Sertoli a produção de proteínas ABP que terão como objetivo liberar a entrada de testosterona no túbulo seminífero. DUCTOS POR ONDE OS ESPERMATOZÓIDES PASSAM: • Dos testículos os espermatozoides vão para: A RETE TESTIS -> onde os espermatozoides passam para ir para o epidídimo. EPIDIDIMO (ducto longo e enovelado) -> onde o espermatozoide é recolhido e aprende a usar o seu flagelo. Composto por cabeça, corpo e cauda FUNÇÕES: transporte (p/cauda), armazenamento (2 a 12 dias) e maturação dos espermatozoides. Na maturação ocorre alterações no espermatozoide: condensação da cromatina (p/ facilitar o movimento), alterações de carga de superfície na membrana plasmática, aquisição de proteínas de superfície pelos espermatozoides. (p/ diferenciar as céls de cópula entre as espécies) e aquisição de motilidade pelos esperma. DUCTO DEFERENTE -> tubo que conduz os esperma. do epidídimo para o ducto ejaculatório. • Ducto que cortam para vasectomia VESÍCULA SEMINAL -> onde produz 70% do sêmen. GLÂNDULA PROSTÁTICA -> onde nutre o sêmen (25%). DUCTO EJACULATÓRIO -> formado pela união do ducto deferente c/ o ducto de vesícula seminal. Conduz o espermatozoide até a uretra prostática. GLÂNDULA BULBOURETRAL -> produz o pré- sêmen para alcalinizar a acidez da uretra OBS: esses líquidos são alcalinos para neutralizar a acidez da vagina. Resumo feito por: Thaynara Dutra 5 EMBRIOLOGIA cromossomos materno e paterno entre os gametas, possibilita a constância do número cromossômico de geração a geração pela redução do número cromossômico de diploide para haploide. ESPERMATOGENESE: • Sequencia pela qual as espermatogônias são transformadas em espermatozoides maduros. • As espermatogônias permanecem quiescentes (quietas) nos túbulos seminíferos dos testículos durante os períodos fetal e pós-natal. Elas aumentam em número durante a puberdade. Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e sofrem modificações. • ESPERMATOGÔNIAS -> ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS (diplóides, maiores céls. germinativas dos túbulos seminíferos) -> MEIOSE REDUCIONAL (primeira divisão meiótica) -> ESPERMATÓCITOS SECUNDÁRIOS (haplóides) -> MEIOSE EQUACIONAL (segunda divisão meiótica) -> 4 ESPERMÁTIDES HAPLOIDES -> transformadas em 4 ESPERMATOZÓIDES MADUROS pelo processo de ESPERMIOGÊNESE. • Os espermatozoides se tornam funcionais apenas no epidídimo durante a puberdade. • Os espermatozoides são células móveis, constituídos por cabeça e cauda. A cabeça forma a sua maior parte, nela é que se localiza o núcleo do espermatozoide. A parte da frente da cabeça é composta pelo acrossomo (possui enzimas necessárias para perfurar a zona pelúcida do ovócito e, que facilitam a dispersão das células foliculares da corona radiata). A cauda é dividida em 3 segmentos: a peça intermediária, a peça principal e a peça terminal. É ela que dá movimento ao espermatozoide. A peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP necessária para a motilidade. OOGÊNESE: • A oogênese é a sequência de eventos pelos quais as oogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em oócitos maduros. • Todas as oogônias se desenvolvem em oócitos primários antes do nascimento e continua até a menopausa. Resumo feito por: Thaynara Dutra 6 EMBRIOLOGIA MATURAÇÃO PRÉ-NATAL • Durante a vida fetal inicial, as oogônias proliferam por mitose (reprodução das células) e crescem e se tornam os oócitos primários (2n) antes do nascimento. • Assim que o oócito primário se forma, células do tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada de células achatadas, as células foliculares -> constituindo o folículo primordial. • Conforme o oócito primário cresce durante a puberdade, as células foliculares se tornam cúbicas e depois cilíndricas, formando, assim, o folículo primário. • O oócito primário é envolvido por um material glicoproteico acelular e amorfo (não tem forma) chamado zona pelúcida. • Os oócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas o término da prófase I não ocorre até a adolescência -> devido a liberação de uma substância (inibidor da maturação do oócito) pelas células foliculares, que o mantém estacionado no processo meiótico. MATURAÇÃO PÓS-NATAL: • Se inicia na puberdade, quando começa o ciclo menstrual -> quanto mais tempo demorar para os ovócitos serem liberados dos ovários maiores o risco na gravidez. OBS: Os oócitos primários na prófase I suspensa (dictióteno) são vulneráveis aos agentes ambientais, como a radiação. • Nenhum oócito primário se forma após o nascimento (diferente dos espermatócitos primários que se renovem, em média, de 90 em 90 dias). • Conforme um folículo amadurece, o oócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem ao oócito secundário e ao primeiro corpo polar (destinado a degeneração). • Na ovulação, o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas ela progride somente até a metáfase II, quando a divisão é interrompida. Somente se o espermatozoide penetrar o oócito na segunda divisão meiótica que ela continua. • Assim que os corpos polares são expelidos, a maturação do oócito está completa. OBS: UMA RECÉM NASCIDA POSSUI 2 MILHÕES DE OÓCITOS PRIMÁRIOS, DURANTE A ADOLESCÊNCIA RESTAM 40 MIL, MAS SOMENTE 400 SE TORNAM OÓCITOS SECUNDÁRIOS. ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS: • Quando um gameta com 24 cromossomos se funde com um de 23 forma um zigoto com 47, para isso dá-se o nome de trissomia. • Se um gameta com 22 cromossomos se funde com um de 23 forma um zigoto com 45, para isso dá-se o nome de monossomia. Resumo feito por: Thaynara Dutra 7 EMBRIOLOGIA ÚTERO: • Composto pelo corpo e pelo colo: Corpo é constituído pelo fundo e pelo istmo. (de cima p/ baixo). O colo do útero é a parte terminal da vagina e é dividida em canais (abertura estreita em cada exterminada) -> óstio interno (abertura, comunica-se com o corpo do útero) e o óstio externo (comunica-se com a vagina). • As paredes do corpo do útero são constituídas por 3 camadas: Perimétrio: fina camada externa; Miométrio: espessa camada de músculo liso; Endométrio: fina camada interna. • O perimétrio é firmemente aderido ao miométrio. • Durante a fase lútea (secretora – quando já ocorreu a ovulação) do ciclo menstrual, distingue-se 3 camadas no endométrio: Camada compacta: formada de tecido conjuntivo disposto densamente em torno dos colos das glândulas uterinas. Camada esponjosa: composta de tecido conjuntivo edematoso (com grande quantidade de fluido), formada pelas porções tortuosas e dilatadas das glândulas uterinas. Camada basal: formada pelo fundo cego das glândulas uterinas. • No pico do desenvolvimento, o endométrio tem de 4 a 5 mm de espessura. • A camada basal do endométrio possui seu próprio suprimento sanguíneo e não se desintegra durante a menstruação. • As camadas compactas e esponjosas, conhecidas coletivamente como camada funcional, desintegram-se e descamam durante a menstruação e após o parto. TRANSPORTE DOS GAMETAS: • Transporte do oócito: Oócito é expelido do folículo junto com um fluído folicular. Durante a ovulação, as fímbrias se aproximam do ovário, com o objetivo de fazer uma varredura do oócito secundário para o infundíbulo. Ao ocorrer essa captura, o oócito passa do infundíbulo para a ampola e como resultado da peristalse (movimentos da tuba) conduz o oócito na direção do ovário. • Transporte dos espermatozoides: Os espermatozoides são transportados do epidídimo para a uretra por contrações peristálticas no ducto deferente. As glândulas seminais, a glândula próstata e as glândulas bulbouretrais produzem secreções que são adicionadas ao fluido espermático durante a sua passagem no ducto deferente e na uretra. A passagem dos espermatozoides do útero para a tuba uterina resulta das contrações da parede muscular desse órgão. As prostaglandinas (subst. fisiologicamente ativas) no sêmen estimulam a motilidade uterina no momento da relação e auxiliam na movimentação dos espermatozoides até o local de fecundação (ampola). Cerca de 200 espermatozoides chegam na ampola, a maioria se degenera e é reabsorvido pelo sistema genital feminino. MATURAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES: • Para fecundar um oócito, os espermatozoides precisam passar por um processo de capacitação que dura 7 horas. • Durante esse período, são removidas uma cobertura glicoproteica e proteínas seminais da superfície do acrossoma pq?. Os componentes da membrana são alterados, mas sua morfologia continua a mesma. • A capacitação dos espermatozoides ocorre no útero ou na tuba uterina por substs. secretadas por essas regiões do sistema genital feminino. Resumo feito por: Thaynara Dutra 10 EMBRIOLOGIA Citotrofoblasto: tem grande capacidade mitótica (precisa se nutrir o mais rápido possível). Sinciciotrofoblasto: forma uma massa de células perto do embrioblasto e tem a função de escavar o endométrio p/ que ocorra a nidação. Camada responsável por produzir beta hCG. • No 7° dia, uma camada de células – hipoblasto – aparece na superfície do embrioblasto. SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO: DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR. TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO/NIDAÇÃO (8° DIA) • Para que aconteça a gravidez precisa ter um endométrio receptivo e um blastocisto que consiga se aderir ao endométrio. • O sinciciotrofoblasto vai invadindo o epitélio endometrial, com o objetivo de colocar todo o blastocisto para dentro do endométrio. • Conforme vai entrando, o sincício se aproxima de capilares sanguíneos com o objetivo de rompe-los e formar lacunas sanguíneas (posteriormente), as quais servirão de “alimento” (nutrição) para o disco bilaminar que será formado. • Com a entrada do blastocisto no endométrio, o embrioblasto se diferencia ainda mais e se transforma em EPIBLASTO E AMNIOBLASTO, cujo último começa a formar o líquido amniótico e dá origem a cavidade amniótica. • Essa formação de epiblasto e do hipoblasto é denominado disco didérmico ou bilaminar. • OBS: a camada de HIPOBLASTO continua presente. • Com a total implantação do blastocisto no endométrio, há uma coagulação de fibrinas para fechar o espaço por onde ele entrou. FORMAÇÃO DA MEMBRANA EXOCELÔMICA (9° DIA): • Sincício começa a envolver o citotrofoblasto e começa a formação de lacunas no sincício. • As células do hipoblasto começam a se proliferar de forma a envolver a cavidade blastocística. • Essa nova camada começa a ser chamada de membrana exocelômica e a cavidade é denominada cavidade exocelômica. Resumo feito por: Thaynara Dutra 11 EMBRIOLOGIA FORMAÇÃO DO SACO VITELINO PRIMITIVO (12° DIA): • Há o rompimento dos vasos sanguíneos pelas enzimas presentes no sincício e ocorre o extravasamento de sangue para dentro das lacunas feitas pelos sinciciotrofoblastos (formação da rede lacunar – responsável pela nutrição até que a placenta se estabeleça). • Em condições normais, o disco NÃO tem contato direto com o sangue materno. • A partir das células que formaram a membrana exocelômica são formadas outras duas camadas de células: Uma que envolve a cavidade exocelômica e outra gruda no citotrofoblasto. Entre essas camadas é formado um tecido conjuntivo primitivo, o qual começa a apresentar lacunas que serão, posteriormente, preenchidas. Onde estão localizadas essas lacunas chamamos de celoma e as lacunas são denominadas lacunas do celoma. Essas camadas que são formadas vão ser denominadas de mesoderma extraembrionário. MESODERMA EXTRAEMBRIONÁRIO • Onde era a cavidade exocelômica, agora é chamada de saco vitelino primitivo, porque houve a formação de mais uma camada (conforme vai aumentando as camadas, os nomes vão mudando). FORMAÇÃO DA CAVIDADE CORIÔNICA (12-13° DIA): • As lacunas presentes no celoma se coalesceram (juntaram) formando uma grande lacuna chamada de cavidade coriônica (que envolve o disco embrionário e o saco vitelino primitivo). • Cavidade coriônica começa a se expandir e o saco vitelino tenta acompanhar, mas ele não consegue acompanhar a expansão da cavidade coriônica e se rompe dessa estrutura. • Depois da separação temos o saco vitelino definitivo e a cavidade coriônica. • O remanescente (resto de células) se fusiona com o mesoderma extraembrionário somático. • A cavidade coriônica envolve todo o embrião, exceto a parte extraembrionária q está perto do disco (onde vai ser formada o pedículo do embrião – futuro cordão umbilical). CÓRION -Mesoderma extraembrionária somática FUSÃO -Sinciciotrofoblasto DE: -Citotrofoblasto ESPLÂNCNICO – ENVOLVE A CAVIDADE SOMÁTICO – ENVOLVE O CITOTROFOBLASTO Resumo feito por: Thaynara Dutra 12 EMBRIOLOGIA TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO: DISCO GERMINATIVO TRILAMINAR. • O rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário trilaminar durante a 3° semana é caracterizado por: Aparecimento da linha primitiva; Desenvolvimento da notocorda; Diferenciação das 3 camadas germinativas. • Coincide com a 1° semana ausente do período menstrual. A gravidez já pode ser detectada por ultrassonografia. GASTRULAÇÃO: FORMAÇÃO DE CAMADAS GERMINATIVAS: • Processo pelo qual as três camadas germinativas – precursoras de todos os tecidos embrionários - e a orientação axial se estabelecem nos embriões. • Fase em que o disco embrionário bilaminar se transforma em disco trilaminar. • Sofre grandes mudanças no formato celular, reorganização, movimento e alterações nas propriedades de adesão celular. • É o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo). • Nesse período o embrião é chamado de gástrula. • As camadas criadas dão origem a tecidos e órgãos específicos: Ectoderma: epiderme, sist. nervoso central e periférico, aos olhos e ouvidos internos, células da crista neural e tecidos conjuntivos da cabeça. Mesoderma: a todos os músculos esqueléticos, células sanguíneas, revestimento dos vasos sanguíneos, musculatura lisa das vísceras, revestimento seroso das cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas genital e urinário e a maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma (tecido conjuntivo) dos órgãos internos. Endoderma: fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo as glândulas que se abrem no tubo digestório e as células glandulares de órgãos associados ao sistema digestório, como fígado e pâncreas. LINHA PRIMITIVA: • É o primeiro sinal da gastrulação, a partir da superfície do epiblasto. • No início da 3° semana, uma faixa linear espessada do epiblasto aparece caudalmente no plano mediano do aspecto dorsal do disco embrionário. • A linha primitiva resulta da proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. • Com o seu aparecimento é possível identificar o eixo craniocaudal, as extremidades cranial e caudal e as superfícies dorsal e ventral do embrião. • Conforme a linha primitiva se alonga pela adição de células à sua extremidade caudal, sua extremidade cranial prolifera para formar o nó primitivo. • Simultaneamente, o sulco primitivo se desenvolve na linha primitiva e é continuo com uma pequena depressão no nó primitivo, a fosseta primitiva. • O sulco e a fosseta resultam da invaginação das céls. epiblásticas. • Após o aparecimento da linha, as céls. migram de sua superfície profunda para formar o mesênquima, um tecido conjuntivo embrionário composto de pequenas céls. fusiformes, frouxamente organizadas em matriz extracelular de fibras colágenas esparsas. • O mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião, assim como parte dos tecidos Resumo feito por: Thaynara Dutra 15 EMBRIOLOGIA • Células do tubo neural vão ser responsáveis pelo desenvolvimento do encéfalo e da medula espinal. • Depois, tem que ocorrer o fechamento do tubo neural (processo mais demorado) que termina só na 4ª semana. • O fechamento do tubo começa na porção mediana do embrião e vai indo para as duas laterais ao mesmo tempo. • Neuropóro anterior (cranial) -> último a se fechar. • Neuropóro posterior (caudal) -> fecha primeiro. • OBS: quanto mais demorado o processo de formação, mais fácil dar problemas no desenvolvimento. • Derivados do tubo neural: PROSENCÉFALO, MESENCÉFALO E ROBENCÉFALO. MIGRAÇÃO DE CÉLULAS DA CRISTA NEURAL: • Cranial – gânglios, células Schwann, melanócitos e estruturas musculoesqueléticas da cabeça (osso, conjuntivo e músculo). • Tronco – gânglios espinhais (ventrolateral), melanócito (dorsolateral), medula da adrenal (ventral). DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS: • Próximo ao final da 3ª semana, o mesoderma paraxial se diferencia e começa a se dividir em corpos cuboides pareados, os somitos, que se formam em uma sequência craniocaudal. • Como os somitos são bem proeminentes durante a quarta e a quinta semanas, eles são utilizados como um dos vários critérios para a determinação da idade do embrião. • Os somitos dão origem à maior parte do esqueleto axial e à musculatura associada, assim como à derme da pele adjacente. DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRAEMBRIONÁRIO: • O primórdio do celoma intraembrionário aparece como espaços celômicos isolados no mesoderma intraembrionário lateral e no mesoderma cardiogênico (coração em formação). • Esses espaços logo coalescem para formar o celoma intraembrionário, que divide o mesoderma lateral em duas camadas: Mesoderma intraembrionário somático ou parietal: localizado abaixo do epitélio ectodérmico e é contínuo com mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio. Mesoderma intraembrionário esplâncnico ou visceral: localizado adjacente ao endoderma e é contínuo com mesoderma extraembrionário que reveste o saco vitelino. • O mesoderma somático e o ectoderma embrionário acima formam a parede do corpo do embrião ou somatopleura. • O mesoderma esplâncnico e o endoderma embrionário abaixo formam o intestino embrionário ou esplancnopleura. • Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário se divide em três cavidades corporais: cavidade pericárdica, pleurais e peritoneal. Resumo feito por: Thaynara Dutra 16 EMBRIOLOGIA DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR: • No início da 3ª semana, a formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário da vesícula umbilical, do pedículo de conexão e do córion. • 2 dias depois, começa o desenvolvimento de vasos sanguíneos embrionários. • Durante a 3ª semana, se desenvolve uma circulação uteroplacentária primordial. SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO: • O coração e os grandes vasos se formam a partir das células mesenquimais na área cardiogênica • Tubos cardíacos endocárdicos, se desenvolvem durante a 3ª semana e se fusionam para formar o tubo cardíaco primitivo. • O coração tubular se une aos vasos sanguíneos do embrião, do pedículo de conexão e da vesícula umbilical para formar o sistema cardiovascular primitivo. • Ao final da 3ª semana, o sangue está circulando e o coração começa a bater no 21° ou 22° dia. • O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos a alcançar um estado funcional. • Os batimentos cardíacos embrionários podem ser detectados em uma ultrassonografia com Doppler durante a 4ª semana. DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS: • Vilosidades coriônicas primárias: final da segunda semana, elas começam a se ramificar. • Vilosidades coriônicas secundárias: início da terceira semana, o mesênquima cresce para dentro dessas vilosidades primárias, formando um eixo central de tecido mesenquimal. • Vilosidades coriônicas terciárias: quando vasos sanguíneos são visíveis no interior delas. • Os capilares nas vilosidades coriônicas se fundem para formar redes arteriocapilares, que logo se conectam com o coração do embrião através dos vasos que se diferenciam no mesênquima do córion e do pedículo de conexão. • O oxigênio e os nutrientes do sangue materno presentes no espaço interviloso se difundem através das paredes das vilosidades e entram no sangue do embrião. • O CO2 e os produtos residuais se difundem do sangue dos capilares fetais, através da parede das vilosidades coriônicas, para o sangue materno. • Simultaneamente, as células citotrofoblásticas das vilosidades coriônicas proliferam e se estendem através do sinciciotrofoblasto, formado uma capa citotrofoblástica extravilosa que, gradativamente, envolve o saco coriônico e o fixa ao endométrio. • As vilosidades que se prendem aos tecidos maternos através da capa citotrofoblástica são as vilosidades coriônicas-tronco (vilosidades de ancoragem). • As vilosidades que crescem das laterais das vilosidades-tronco são as vilosidades coriônicas ramificadas, e é através das paredes das vilosidades ramificadas que ocorre a principal troca de material entre o sangue materno e do embrião. • As vilosidades ramificadas são banhadas por sangue materno do espaço interviloso, que é renovado continuamente. QUARTA À OITAVA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO • A exposição dos embriões a teratógenos durante esse período pode causar grandes anomalias congênitas. • OBS: Teratógenos são agentes (como algumas drogas e vírus) que produzem ou aumentam a incidência de anomalias congênitas. DOBRAMENTO DO EMBRIÃO: • Início da 4ª semana. • Mudança na forma do “disco do embrião” - > dobramento do embrião -> forma um corpo ligeiramente cilíndrico. • Acontece o dobramento em 2 planos e resulta do crescimento rápido do embrião. DOBRAMENTO NO PLANO MEDIANO: • Produz pregas cefálica e caudal. O embrião se dobra em direção ao saco vitelino do embrião. OBS: um pedaço do Resumo feito por: Thaynara Dutra 17 EMBRIOLOGIA saco vitelino fica retido no embrião (vai formar o intestino primitivo) e o outro fica do lado de fora. DOBRAMENTO NO PLANO HORIZONTAL: • Produz pregas laterais direita e esquerda. • O crescimento das pregas laterais é resultado do rápido crescimento da medula e dos somitos. • A fusão ventral das pregas laterais reduz a região de comunicação entre as cavidades celomáticas intraembrionária e extraembrionária a uma comunicação estreita. • Com a expansão da cavidade amniótica e obliteração da maior parte do celoma extraembrionário, o âmnio forma o revestimento epitelial do cordão umbilical. DERIVADOS DAS CAMADAS GERMINATIVAS: Resumo feito por: Thaynara Dutra 20 EMBRIOLOGIA • Quando as vilosidades invadem a decídua basal, tecidos deciduais são erodidos para manter o tamanho do espaço interviloso. • Essa erosão produz vários septos placentários (em formato de cunha), que se projetam em direção à placa coriônica. • Os septos dividem a parte fetal da placenta em cotilédones (áreas irregulares) -> cada cotilédone consiste em um 2 ou mais vilosidades-tronco e várias ramificações das vilosidades. • Ao final do 4° mês a decídua basal está quase totalmente substituída pelos cotilédones. • A decídua capsular forma uma cápsula sobre a superfície externa do saco, ela contacta e se fusiona à decídua parietal, obliterando (destruindo) a cavidade uterina. • Entre as semanas 22 e 24, o suprimento sanguíneo reduzido para a decídua capsular resulta em sua degeneração. • Após a sua degeneração, o córion liso fusiona-se com a decídua parietal. • O espaço interviloso da placenta é derivado das lacunas que se desenvolveram no sincício na 2ª semana -> esse espaço fica preenchido por sangue. • O sangue materno entra no espaço interviloso a partir das artérias endometriais espiraladas presentes na decídua basal -> elas passam através das fendas das capas do citotrofoblasto e descarregam o sangue no espaço interviloso. Esse espaço é drenado pelas veias endometriais. • O saco amniótico aumenta em tamanho mais rápido que o saco coriônico -> o âmnio e o córion liso se fusionam para formar a membrana amniocoriônica (ela fusiona a decídua capsular e depois a decídua parietal). • É a membrana amniocoriônica que se rompe durante o trabalho de parto. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA: • Feita através das vilosidades. • As circulações fetal e materna estão separadas pela membrana placentária, que consiste em tecidos extrafetais. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA FETAL: • O sangue pobre em O2 passa através das artérias umbilicais para a placenta. • As artérias umbilicais se dividem em várias artérias coriônicas que se ramificam na placa coriônica antes de entrarem nas vilosidades coriônicas. • Os vasos sanguíneos formam um extenso sistema arteriocapilar-venoso dentro das vilosidades coriônicas, que faz essas trocas entre o feto e a mãe. • O sangue fetal bem oxigenado passa para as veias que seguem até o sítio de ligação do cordão umbilical e desembocam em veias umbilicais. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA MATERNA: • O sangue materno no espaço interviloso está temporariamente fora do sistema circulatório materno. Resumo feito por: Thaynara Dutra 21 EMBRIOLOGIA • O sangue entra no espaço interviloso através de artérias na decídua basal, essas artérias descarregam para o espaço interviloso através de fendas na capa citotrofoblástica. O fluxo é pulsátil. • O sangue é lançado em direção à placa coriônica e ele flui lentamente pelas ramificações das vilosidades, permitindo a troca. O sangue retorna pelas veias endometriais. • OBS: redução na circulação uteroplacentária resulta em hipóxia fetal e em restrição do crescimento intrauterino (RCIU). • O espaço interviloso comporta 150 ml de sangue. MEMBRANA PLACENTÁRIA: • É uma estrutura composta que consiste em tecidos extrafetais que separam o sangue materno do fetal. • Até 20 dias é formada por: sincício, citotrofoblasto, tec. conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. • Depois de um tempo, o citotrofoblasto desaparecem, deixando a membrana apenas com 3 camadas. • Em algumas áreas, a membrana placentária torna-se mais fina. Nesse ponto o sincício entra em contato direto com o endotélio dos capilares fetais para formar a membrana placentária vasculosincicial. • À medida que a gestação avança, a membrana placentária torna-se mais delgada e o sangue fetal fica extremamente próximo ao sangue materno. FUNÇÕES DA PLACENTA: • Metabolismo, transporte, secreção endócrina, proteção e excreção. METABOLISMO: • Sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que servem como fonte de nutrientes e energia para o embrião. TRANSFERÊNCIA PLACENTÁRIA: • Relacionado ao transporte de substâncias -> DIFUSÃO SIMPLES, FACILITADA, TRANSPORTE ATIVO OU PINOCITOSE. TRANSFERÊNCIA DE GASES: • O2. CO2 E CO atravessam a membrana por difusão simples. • Hemácias podem ser transportadas via placenta durante o parto. • Células, como os leucócitos, são capazes de atravessar a membrana placentária. • Algumas bactérias e protozoários conseguem infectar a placenta criando lesões, permitindo, assim, sua passagem pela membrana. SUBSTÂNCIAS NUTRICIONAIS: • Água é trocada por difusão simples em quantidades crescentes conforme o avanço da gestação. • A glicose é transferida por difusão facilitada. • Colesterol, triglicerídeos e fosfolipídios são transferidos. • Os ácidos graxos livre são os mais transportados para o feto. • Os aminoácidos são ativamente transportados pela membrana e são essenciais para o crescimento fetal. • As vitaminas atravessam a membrana e são essenciais para o desenvolvimento normal. HORMÔNIOS: • Esteroides não conjugados, testosterona, progesterona sintéticas podem atravessar a membrana. ELETRÓLITOS: • Os eletrólitos são trocados livremente através da membrana placentária em quantidades significativas, cada tipo em sua própria taxa. ANTICORPOS MATERNOS E PROTEINAS: • IgG gamaglobulinas são prontamente transportadas para o feto por transcitose. • Pequena imunidade contra difteria, varíola e sarampo é transferida. • A proteína transferrina atravessa a membrana placentária e carreia ferro para o feto. • DOENÇAS HEMOLÍTICA DO NEONATO (Eritroblastose fetal): Feto + Mãe – PRODUTOS RENAIS: • Ureia e ácido úrico passam pela membrana. • Bilirrubina é transportada pela placenta. DROGAS E MATABÓLITOS DAS DROGAS: • Pode atingir o feto diretamente ou indiretamente. Resumo feito por: Thaynara Dutra 22 EMBRIOLOGIA • A quantidade de droga ou metabólito que chega à placenta é controlada pelo nível e pelo fluxo sanguíneo materno através da placenta. • Algumas drogas causam defeitos congênitos nos fetos. AGENTES INFECCIOSOS: • Citomegalovírus, vírus da rubéola, vírus coxsackie e vírus associados à varíola, varicela, sarampo, herpes e poliomielite podem passar através da membrana placentária e causar infecção fetal. • Micro-organismos, tais como o Treponema pallidum, que causa a sífilis, e o Toxoplasma gondii, que causa a toxoplasmose, produzem mudanças destrutivas no encéfalo e nos olhos. • Esses organismos microscópicos atravessam a membrana placentária, frequentemente causando defeitos congênitos e /ou morte do embrião/feto. SÍNTESE E SECREÇÃO ENDÓCRINAS PLACENTÁRIAS: • São sintetizados pelo sincício: Gonodotrofina coriônica humana (HCG). Somatomamotrofina coriônica humana (lactogênio placentário humano). Tirotrofina coriônica humana. Corticotrofina coriônica humana. • A hCG mantém o corpo lúteo, impedindo o começo dos ciclos menstruais. • A concentração de hCG no sangue materno e na urina aumenta ao máximo na oitava semana e então declina. • Os hormônios esteroides sintetizados pela placenta são a progesterona (em todos os estágios da gravidez) e os estrógenos. • OBS: Os ovários de uma mulher grávida podem ser removidos após o primeiro trimestre sem causar aborto porque a placenta assume a produção de progesterona do corpo lúteo. • Os estrógenos também são produzidos em grandes quantidades pelo sinciciotrofoblasto. PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS APÓS O NASCIMENTO: Resumo feito por: Thaynara Dutra 25 EMBRIOLOGIA • Contribuem para a formação da face, das cavidades nasais, da boca, da laringe, da faringe e do pescoço. • Durante a quinta semana, o segundo até o quarto sulco faríngeo é recoberto, formando uma depressão, o seio cervical -> que ao final da 7ª semana desaparece, dando ao pescoço um contorno liso. DERIVADOS DAS CARTILAGENS DOS ARCOS: • 1° ARCO -> cartilagem de Meckel. • 2° ARCO -> cartilagem de Reichert. • As cartilagens auxiliam no desenvolvimento das futuras estruturas esqueléticas do feto. • O 5° ARCO não tem derivados. DERIVADOS DOS MÚSCULOS DOS ARCOS FARÍNGEOS: • Os componentes musculares derivam do mesoderma paraxial. • E a placa pré-cprdal forma vários músculos da cabeça e do pescoço. DERIVADOS DOS NERVOS DOS ARCOS FARÍNGEOS: BOLSAS FARÍNGEAS: • Desenvolvem-se em uma sequência craniocaudal entre os arcos. • O endoderma a faringe reveste as superfícies internas dos arcos e das bolsas. • As bolsas encontram-se entre os arcos. • O 5° par, também, é rudimentar. • O endoderma das bolsas entra em contato com o ectoderma dos sulcos e eles formam uma dupla camada de membranas faríngeas, que separa as bolsas dos sulcos. DERIVADOS DAS BOLSAS FARÍNGEAS: • Forma órgãos. • 1ª BOLSA -> expande-se em um alongado recesso tubo timpânico que entra em contato com o primeiro sulco onde há a Resumo feito por: Thaynara Dutra 26 EMBRIOLOGIA formação da membrana timpânica (tímpano). A cavidade do recesso tubotimpânico torna-se cavidade timpânica e o antro mastoide. A conexão do recesso com a faringe alonga-se para formar a tuba faringotimpânica (tuba auditiva). • 2ª BOLSA -> apesar de sofrer obliteração, parte da cavidade dessa bolsa permanece como o seio tonsilar (fossa). • 3ª BOLSA -> forma o TIMO (órgão linfóide primário) e se diferencia em uma glândula paratireoide inferior. • 4ª BOLSA -> se desenvolve em uma glândula paratireoide superior. SULCOS FARÍNGEOS: • Separam os arcos externamente. • 1° PAR: persiste como meato acústico. • O resto dos pares são obliterados. • Anomalias congênitas do 2° sulco são comuns. MEMBRANAS FARÍNGEAS: • Aparecem no assoalho dos sulcos faríngeos. • Se formam onde os epitélios dos sulcos e das bolsas se aproximam. • Apenas 1ª MEMBRANA contribui no adulto - > forma a membrana timpânica. DESENVOLVIMENTO DA GLÂNDULA TIREOIDE: • Primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião. • Se forma a partir do espessamento endodérmico no assoalho da faringe primitiva. • À medida que o embrião e a língua crescem a glândula desce pelo pescoço, passando ventralmente pelo hioide e pelas cartilagens laríngeas. • Por um curto tempo a glândula está ligada à língua pelo ducto tireoglosso. • Ela se divide em lobos (D e E) que estão ligados pelo istmo da glândula tireoide. • Em 7 semanas a glândula está localizada no final do pescoço. Nesse estágio, geralmente, o ducto tireoglosso já desapareceu. DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA: • Ao final da 4ª semana aparece no assoalho da faringe primitiva uma elevação triangular mediana, imediatamente rostral ao forame cego. • Após, duas tumefações linguais laterais desenvolvem-se em cada lado da tumefação lingual. • Essas tumefações resultam da proliferação do mesênquima nas porções ventromediais do 1° par de arcos faríngeos. • As tumefações linguais formam 2/3 anteriores da língua (parte oral). • O local de fusão é indicado pelo sulco da linha média. • A formação da parte faríngea da língua é indicada por duas elevações que se desenvolvem caudalmente ao forame cego. • A maior parte dos músculos da língua é derivada dos mioblastos. DESENVOLVIMENTO DA FACE: • Aparecem no início da 4ª semana em torno do estomodeu e vai até 8ª semana. • Depende da influência indutiva do prosencéfalo, da zona ectodérmica Resumo feito por: Thaynara Dutra 27 EMBRIOLOGIA frontonasal e do desenvolvimento dos olhos. • Os 5 primórdios faciais aparecem como proeminências em torno do estomodeu -> proeminência frontonasal, maxilares e mandibulares. • As maxilares e mandibulares são derivadas do 1° arco. • Elas são produzidas pela expansão de populações da crista neural. • A proeminência frontonasal circunda a porção ventrolateral do prosencéfalo que dá origem às vesículas ópticas que formam os olhos. • A parte fronto forma a testa. • A parte nasal forma o limite rostral do estomodeu e do nariz. • As proeminências maxilares formam os limites laterais do estomodeu. • E as mandibulares o limite caudal do estomodeu. • As proeminências faciais são centros ativos de crescimento no mesênquima. • A mandíbula e o lábio inferiores são os primeiros a se formarem -> resultam da fusão das extremidades mediais da proeminência mandibular no plano mediano. • Os placoides nasais se desenvolvem nas partes inferolaterias da proeminência frontonasal -> que mais tarde darão origem as proeminências nasais laterias e mediais. • As fossetas nasais fazem uma depressão nesse placoide -> esse é o primórdio das narinas. Resumo feito por: Thaynara Dutra 30 EMBRIOLOGIA mandíbula, a língua é puxada de sua raiz, e é trazida em uma posição inferior na boca. • Gradativamente, os ossos desenvolvem-se no palato primário, formando a parte pré- maxilar da maxila, que aloja os dentes incisivos. • Os ossos estendem-se a partir das maxilas e dos ossos palatinos dentro dos processos palatinos laterais para formar o palato duro. • As partes posteriores desses processos não se ossificam. Elas estendem-se posteriormente para além do septo nasal e se fundem para formar o palato mole, incluindo sua projeção cônica mole, a úvula. • A rafe palatina indica a linha de fusão dos processos palatinos. • Um pequeno canal nasopalatino persiste no plano mediano do palato entre a parte anterior da maxila e os processos palatinos das maxilas. Esse canal é representado no palato duro do adulto pela fossa incisiva. • A fusão entre o septo nasal e os processos palatinos começa anteriormente, durante a nona semana, e termina posteriormente, na 12ª semana, superior ao primórdio do palato duro. MORFOGÊNESE DOS MEMBROS FORMAÇÃO DOS MEMBROS: • Junto com a formação da face aparecem os brotos dos membros. • O ectoderma se espessa em pontos específicos (crista ectodérmica apical) e induz o mesênquima (mesoderma) a se proliferar formando o broto do membro. • Os brotos dos membros superiores tendem a surgir primeiro que os inferiores (dá uma diferença de 2 dias). • A partir do mesoderma intraembrionário somático que se tem a formação dos membros. • Broto do membro superior tem formada de nadadeira. • Broto do membro inferior tem formato de pá de remo. • Conforme o broto vai se alongando, o mesênquima vai se alterando, por causa dos Resumo feito por: Thaynara Dutra 31 EMBRIOLOGIA estímulos que eles recebem das mesmas cristas ectodérmicas-> essa parte se condensa e forma os raios digitais -> isso acontece no final da 6ª semana. • Onde não se condensa vai formando sulcos digitais entre as regiões de condensação do mesênquima. • O mesênquima frouxo (que está entre os raios digitais) começa a sofrer apoptose para formar os dedos. • A formação dos membros é um processo longo, vai da 4ª até +/- a 8ª semana. • O próprio membro (mesênquima) desenvolve a sua vascularização a partir de estímulos angiogênicos. • Células dos somitos (miótomos) migram para os brotos para desenvolver a musculatura que se prendem ao esqueleto em formação. MALFORMAÇÃO DOS MEMBROS: • O período crítico é de 24 a36 dias após a fertilização. • A exposição aos teratogênicos antes do 35° dia pode causar anomalias graves, como a ausência de membros e das mãos. • A exposição a um teratógeno do dia 34 ao 36 induz ausência ou hipoplasia dos polegares. • CAUSAS = fatores genéticos, ambientais, combinação de fatores genéticos e ambientais, distúrbio vascular e isquemia. AMELIA E MEROMELIA: • Amelia: ausência completa de um membro ou membros -> 4ª semana. • Meromelia: ausência parcial de um membr ou dos membros -> 5ª semana. POLIDACTILIA: • Herança dominante. • Formação de dedos supranumerarios. • Base embriológica: formação de raios digitais supranumerários. • Frequentemente, o dedo extra é incompletamente formado e não tem desenvolvimento muscular e ósseo apropriado, não é funcional. SINDACTILIA: • Membranosa: ligação membranosa ou fusão dos dedos das mãos ou do pé. • Base embriológica: não ocorrência da apoptose das membranas interdigitais, mediada por proteínas morfogenéticas ósseas (sindactilia cutânea). • Nos casos gravas, há fusão de vários dedos. • Óssea: fusão dos ossos (sinostose). • Base embriológica: ocorre quando o mesênquima frouxo entre os raios digitais não se desenvolve, de modo que os raios se formam muito próximos um do outro, assim, os sulcos entre os raios digitais deixam de se desenvolver e a separação dos dedos não ocorre. É herdada como um traço simples dominante ou simples recessivo. Resumo feito por: Thaynara Dutra 32 EMBRIOLOGIA PÉ FENDIDA OU MÃO FENDIDA: • Falta do desenvolvimento de um ou mais raios digitais -> ausência de um ou mais dedos centrais. • Ocorre entre a 5ª e a 6ª semana. • Anatomia: “como pinças de lagosta”. BRAQUIDACTILIA: • Resultante da redução do comprimento das falanges. • Herança dominante, associada à baixa estatura -> é incomum. AUSENCIA CONGENITA DO RÁDIO: • Parcial ou total. • Padrão anatômico: mão desviada lateralmente, ulna curvada, com a concavidade no aspecto lateral do antebraço. • Resultante da falta de formação do primórdio mesenquimal do rádio na quinta semana do desenvolvimento.