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Resumos de psicologia da comunicação e das relações interpessoais, Notas de estudo de Psicologia

Resumos de aulas de psicologia da comunicação e das relações interpessoais

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 25/11/2022

filipa-rocha-5
filipa-rocha-5 🇵🇹

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Baixe Resumos de psicologia da comunicação e das relações interpessoais e outras Notas de estudo em PDF para Psicologia, somente na Docsity! 1 PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Cláudia Araújo 2020 Após 2ª Guerra Mundial: - Fragmentação do sujeito - Humanização dos cuidados de saúde - Papel ativo do sujeito no tratamento - Fatores psicológicos e sociais na gestão da saúde -> diminuiu doenças contagiosas, aumento da esperança média de vida e de doenças crónicas SAÚDE - Associação entre saúde e religião em várias culturas - OMS (1984): Estado de bem estar físico, mental e social total – diferente de ausência de doença física - Definição holista: incorpora aspetos subjetivos (sensação de se sentir bem) e objetivos (funcionalidade- aquilo é está ou não capaz de fazer) DISIASE- ter uma doença ILLNESS- sentir-se doente: desconforto e desorganização psicossocial SICKNESS- comportar-se como doente  MODELOS DE RELAÇÃO SAÚDE – DOENÇA Modelo Unidimensional: Doença Grave Saúde Saúde Ótima - Conceito dicotómico de saúde - doença Modelo Bidimensional: 4 polos: bem estar, ausência de doença, mal estar, doença grave Avaliação mais subjetiva e objetiva da saúde. Permite a sobreposição das diferentes definições de doença. Modelo Biomédico: - Doença é definida por termos biomédicos e provocada por agentes patogénicos - Sucesso: na irradicação de doenças e no desenvolvimento de novas técnicas - Baseada em conceitos reducionistas e no Dualismo Cartesiano (separação corpo-mente) - Foca-se nos aspetos físicos da saúde e da doença e ignora fatos psicológicos e sociais - Emoções pertencem à mente e não afetam o corpo - Tratamento cabe na totalidade ao profissional de saúde - Instituições totais: Somos apenas um número Modelo Biopsicossocial: - Engel 1980 - Fatores psicológicos e sociais no estudo da doença - Teoria Sistémica: Nada está isolado e cada sistema influencia o outro - Doentes com papel ativo (+ formação de equipas pluridisciplinares) - Profissional de saúde coopera no tratamento- o doente é a chave o Abordagem centrada na pessoa e não na doença Transição do Biomédico para o Biopsicossocial 2 o Cuidados integrados de saúde (perspetiva holística) o Promoção da saúde e Prevenção da doença 5  ESTILOS DE COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO VERBAL - Processo através do qual um indivíduo retira significado da ação de outro, incluindo várias formas de comportamento. -Não necessariamente consciente, intencional ou bem sucedido. - saudável / funcional: aproximação e sentimento de compreensão) - patológica / disfuncional: afastamento, estranheza, incompreensão, ressentimento). COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL - Comunicação Proxémica (territorial, orientação espacial: conversação 45º, cooperação- lado a lado, competição- frente a frente, co-cecção- cantos opostos) - Comunicação Cinésica (gestos, postura, olhar, acenar c cabeça, expressões faciais/ mimica) - Comunicação Paralinguística (entoação, ritmo e sotaque) Objetivos: • Substitui / Complementa o discurso • Contribui para a ilustração gráfica • Enfatiza partes da mensagem • Ajuda a regular a fluidez da comunicação • Fonte de feedback • Define relações sem as tornar demasiado explícitas • Ajuda a definir padrões de comportamento no contexto social ESTILO PASSIVO - Cabeça baixa, ombros caídos e corpo sobrado sobre si próprio - Trocar pés, mexer mãos, gestos em demasia, tapar a boca, movimento de recuo - Demasiado sorridente ou sério, olhos evasivos e fugidos - Falar baixo e devagar, mais baixo no final das frases. Silêncio e garganta crispada - Atitude de evitamento - Desvalorização das suas capacidades e problemas - Dificuldades em se expressar e atingir objetivos - Vitimização e sentimentos de rancor Barreiras: - Contexto: condições externas desfavoráveis - Meio: ex telefone vs carta - Código: ex línguas diferentes - Mensagem: conteúdo Facilitaroes: - Estima por si mesmo: imagem de nós próprios -Capacidade de escuta: disponibilidade para receber e compreender mensagens Saber deixar falar, ser empático, manter canais de C. abertos, não interromper, não deixar transparecer emoções, reformular - Capacidade de dar feedback: oferecer informação de retorno para reforçar a comunicação 6 ESTILO MANIPULADOR - Apagado ou imponente - Gestos afirmativos passivos ou agressivos consoante as suas características ou a situação - Olhar de canto, olhos fugidos ou dominadores - Voz variável em diferentes situações - Não se envolve nas relações interpessoais - Atingir os objetivos   ESTILO AGRESSIVO - Rigido, tenso, imponente, cabeça alta, corpo direito - Gestos amplos com o dedo, pancadas na mesa ou grande indiferença - Sobrolho carregado, sorriso irónico e olhar de canto - Falar alto e rápido, interromper os outros, falar demasiado tempo, em ataque - Atingir os objetivos  ESTILO ASSERTIVO - Corpo relaxado, postura firme e respiração regular - Mantém o contacto, expressão facial apropriada e reflete adequadamente os sentimentos - Poucos gestos - Tom firme, sem hesitações, sem sarcasmo ou hostilidade. Fala devagar com tom apropriado - Frases começadas por ‘’EU’’ - Distinguem factos de opiniões e afirmações honestas, claras, sugestivas, construtivas - Expressão de sentimentos negativos - Auto-afirmação: fazer e recusar pedidos - Expressão de sentimentos: fazer e receber elogios - Atingir os objetivos, Manutenção da relação, Manutenção da auto estima   Tipos de resposta assertiva Assertividade positiva: exprimir adequadamente as coisas positivas e valiosas que vemos nos outros Resposta Assertiva Elementar: exprimir simples e diretamente os interesses e direitos próprios Resposta assertiva com conhecimento (Assertividade Empática) - Transmitir com a postura inicial compreensão e com a postura posterior afirmar os nossos interesses. Assertividade subjetiva - Descrever factos de forma precisa e objetiva - Expressar os sentimentos - Especificar soluções: propor ao outro de forma realista - Consequências benéficas Resposta assertiva face à não-assertividade ou à agressividade - Descrever o comportamento agressivo e demonstrar de que forma poderia melhorar assertivamente. 1. Reconhecer que a pessoa está a manipular 2. Revelar o que está a sentir de maneira clara 3. Perguntar assertivamente, pedir mais informações e insistir 4. Pedir mudança de comportamento de forma a que sejam diretos consigo no futuro 7  GESTÃO DE CONFLITOS CONFLITO NO INDIVIDUO: convergência de forças de sentidos opostos Situações suscetíveis de provocar conflitos: - Limitação de recursos - Incompatibilidade de objetivos - Assimetria de poder - Diferenças individuais - Interdependência de funções - Sistemas de competição - Mudanças INCUBAÇÃO  CONSCIENCIALIZAÇÃO  DISPUTA  ECLOSÃO Tomada de Razão: anunciar e formalizar Discussões, Fase mais destrutiva consciência o conflito agressão distorções e desloca mento do objetivo Estratégias para lidar com o conflito: Tipos de resultados: - Evitar o conflito Ganho - Perda - Desativar o conflito Perda – Perda - Enfrentar o conflito Ganho – Ganho RELAÇAO COM ESTILOS DE COMUNICAÇÃO - Colaboração: Assertivo - Compromisso: Assertivo - Competição / Dominação: Agressivo, Manipulativo - Acomodação / Capitulação: Passivo, Manipulativo - Evitamento / Procrastinação: Passivo LIDAR COM O CONFLITO Formas alternativas: 1- Diagnosticar a natureza do conflito e clarificação do problema - Negociação 2- Envolver-se - Conciliação 3- Escutar - Mediação 4- Resolver o problema - Arbitragem - Julgamento A incerteza quanto ao futuro Receio de perder privilégios adquiridos Receio de que mudança constitua uma crítica Expressão de Hostilidade - Verbalização negativa - Evitamento - Discriminação - Ataque físico - Exterminação Deslocamento do objetivo do conflito - Aquilo em que o adversário é fraco - Aquilo que nos dê mais glória - Aquilo que causará maior dano ao adversário - Aquilo que lhe causará maior vergonha 10  COMPORTAMENTALISMO TEORIA MECANICISTA: comportamento observado como resposta previsível - Fator mais influente do desenvolvimento: meio - Aprendizagem humana = à dos outros animais - Atenção aos estímulos- acontecimentos que determinam comportamentos TEORIAS COMPORTAMENTAIS: - Teoria do Condicionamento Clássico - Teoria do Condicionamento Operante Estudo da consciência ao estudo do comportamento Estudo da mente (inconsciente) - Psicologia introspetiva Mudança no objeto de estudo: da consciência / mente ao estudo do comportamento Da visão subjetiva e mentalista à visão objetiva e operacional do comportamento Noção de comportamento: respostas / reações aos estímulos Objetivação do comportamento (o que faz, como, quando) Comportamento: observável, externo, especifico, mensurável DETERMINALISMO AMBIENTAL - Comportamento pouco depende das características inatas ou internas do organismo - Grande parte do que fazemos é determinado pelas circunstâncias da nossa interação com o meio - O meio é determinante exclusivo de todo o comportamento e conhecimento = determinismo ambiental PRESPETIVA FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO - O comportamento não é visto como uma característica inerentemente estável do individuo - O comportamento varia - Qualquer comportamento cumpre funções no meio- relação entre as características do meio e respostas  CONDICIONAMENTO CLÁSSICO ( E-R ) - Estudos sobre secreções digestivas nos cães (1904) - Surge o conceito da aprendizagem - A aprendizagem ocorre quando se verifica uma associação entre estímulos e respostas - Aprendizagem de uma resposta provocada por um estímulo que inicialmente não a desencadeava - E – R - Respostas reativas, emocionais e fisiológicas, involuntárias como medo, salivação, sudorese…. - Seres podem ser treinados para reagir de forma involuntária a um estímulo que antes não tinha efeito - Estímulo produz a resposta automaticamente  Experiência  Generalização da resposta: respostas diferentes para o mesmo estímulo  Generalização do estímulo: resposta para um E com semelhanças ao estímulo condicionado  Discriminação  Extinção: quando um EC é apresentado repetidamente sem associar o ENC, a RC vai desaparecer 11 CONDICIONAMENTO CONTRA-CONDICIONAMENTO - Estímulos incondicionados e condicionados - Discriminação - Respostas incondicionadas e condicionadas - Extinção - Generalização de estímulos e de respostas CONCLUSÕES DOS ESTUDOS FEITOS NUMA PRESPETIVA DO CONDICIONAMENTO CLÁSSICO - Grande parte das aprendizagens verificam-se por um processo de condicionamento - Junção repetida entre um estímulo neutro e um estímulo incondicionado - O neutro adquire algumas propriedades do incondicionado, passando a desencadear por si só respostas apreendidas condicionadas - O comportamento disfuncional ou neurótico obedece às mesmas leis de aprendizagem e condicionamento - Princípio do contra-condicionamento: através do emparelhamento entre um estímulo de uma resposta emocionalmente desejável e um outro estímulo incondicionado, a associação entre estimulo condicionado e a resposta emocional disfuncional diminui progressivamente, acabando por se extinguir - A extinção estabelece que expondo o sujeito ao estímulo condicionado na ausência repetida de estímulo incondicionado, a resposta condicionada extinguir-se-á progressivamente. - Papel importante na vida quotidiana, explicando reações como: fome, excitação sexual, reações emocionais CONDICIONAMENTO OPERANTE E – R – C - Aprendizagem a partir das consequências do comportamento - Repetir uma resposta forçada - Extinguir uma resposta punida REFORÇO ≠ PUNIÇÃO consequência do comportamento consequência do comportamento que diminui a que aumenta a probabilidade deste ser probabilidade de repetição repetido tipo I : dar algo negativo (palmada) Positivo: dar algo positivo (elogio, rebuçado...) tipo II : retirar algo positivo (ver tv) Negativo: retirar algo negativo MOLDAGEM: reforçar as respostas que se aproximam cada vez mais da desejada MODIFICABILIDADE COMPORTAMENTAL: CONTROLO DO COMPORTAMENTO POR TÉCNICAS OPERANTES 1. Avaliação do problema a partir do modelo ABC: A (antecedentes)  R (resposta)  C (consequências) 2. Identificação dos comportamos alvos de intervenção 3. Seleção de estratégias de modificação do comportamento Estratégias para aumentar o comportamento: reforço e moldagem (aproximações progressivas) Estratégias para diminuir o comportamento: extinção e punição 4. Implementação de estratégias 12  COMUNICAÇÃO COM O DOENTE- MICROCOMPETÊNCIAS - Microcompetências ou técnicas de atendimento - Relação terapêutica: atitudes motivacionais - Dados da investigação - Preparar os doentes: saberem mais e fazerem mais perguntas ERROS MAIS COMUNS - Interromper sem motivo - Fazer perguntas longas e complexas - Usar jargão profissional - Sugerir a resposta esperada - Interrogar e não perguntar (cuidado com os porquês) - Ignorar as deixas verbais e não-verbais do doente - Mudar de tópico de forma súbita e inapropriada - Ter atitudes que critiquem ou façam juízos de valor MODELO DE ALLEN IVEY: - Atendimento - Observação ESCUTA ATIVA - Influência Implica: Dificuldades: - Descentração - Modelo biomédico - Disponibilidade, recetividade - Constrangimentos institucionais - Encorajamento, interesse - ‘’ Método de contágio’’ - Aceitação, benevolência, neutralidade - Falta de formação - Atenção - Aceitação, descentração: imaturidade, auto- - Esforço de compreensão da subjetividade conhecimento, significado pessoa, insegurança… - ATITUDE OBSERVAÇÃO: - Comportamento verbal: conteúdos recorrentes e evitados, vocabulário, organização do discurso… - Comportamento não verbal: gestos, postura, tiques, hesitações, tom de voz - Discrepâncias - Auto- observação SEQUÊNCIA BÁSICA DA ESCUTA ATIVA: Pergunta Aberta (ativação das competências de observação); Encorajamentos Mínimos e Paráfrases (para encorajar e clarificar); Reflexão de Sentimentos (sempre que o terapeuta identifique ativação emocional julgada relevante e/ou bloqueadora); Sumarização; Pergunta (novo tópico)… - Facilitação de expressão- saber ouvir - Escuta e audição - Ativa vs Passiva - Perceber a informação e o seu significado para a pessoa - Compreender e encorajar o ponto de vista do sujeito - Perceber a pessoa - Necessária para assegurar a recetividade INTERVENÇÕES A EVITAR - Perguntas sugestivas - Antagónicas - Minimizações e subvalorizações - Perguntas múltiplas - Perguntas na negativa - Perguntas que apelam à desejabilidade social - Perguntas motivadas por curiosidade pessoal 15 ACEITAÇÃO INCONDICIONAL: - Não implica abdicar das opiniões - Aceita-se a pessoa, e todas as componentes da sua experiência - A dificuldade em aceitar é problema nosso, não do paciente; CONGRUÊNCIA: - Experiência, consciência, comunicação, expressão - O que eu sinto, o que eu penso e o que eu comunico - Não serei capaz de aceitar no outro algo que não aceito em mim  A forma como o profissional de saúde transmite a informação condiciona, em grande medida, a compreensão que o paciente tem da mesma FORNECIMENTO DA INFORMAÇÃO - Fornecimento de informação de forma intuitiva e/ou inflexível - Insuficiente, imprecisa e até ambígua - Utilização de jargão técnico - Não verificação da compreensão do paciente acerca do que lhe foi transmitido - Ausência de avaliação em relação à necessidade de mais informação, por parte do paciente - Sobrestima do tempo despendido A informação fornecida é limitada em qualidade e quantidade ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO - Chamar o doente pelo nome - Apresentar-se - Perguntar por que nome prefere ser tratado - Confirmar se o doente sabe o que vem fazer - Averiguar se alguma vez fez este exame - Avaliar o estado emocional do doente - Descrição (não técnica) do exame salientando:  Informação processual: procedimentos durante o exame e o que o utente tem que fazer  Informação sensorial: sensações prováveis de serem sentidas  Estratégias de confronto: orientações para lidar com efeitos desagradáveis durante o exame Ou coping comportamental - Indicar a duração aproximada do exame - Avaliar se existem dúvidas sobre o que foi explicado - Posicionar o doente e perguntar se o exame pode ter início - No caso de exames mais demorados, ir falando com o doente, indicando que está tudo a correr bem - No final, indicar que o exame terminou - Perguntar ao doente como se sente - Perguntar se existe alguma dúvida - Despedir-se do doente, indicando a data em que os resultados estão disponíveis 16 O que o paciente espera da Relação com o Técnico de Saúde: – Segurança: necessita de se sentir seguro para confiar no técnico de forma a se expor física e psicologicamente; – Validação: precisa de sentir que é valorizado como pessoa pelo técnico; – Aceitação: Procura ser aceite pelo técnico de saúde que o compreende e entende a sua situação; – Auto-definição: tem necessidade de se afirmar como pessoa e procura que o técnico aceite a sua história – Impacto sobre o outro: espera que o técnico de saúde se sensibilize: - Demonstrar compaixão se o paciente está triste, fornecer proteção se ele está assustado, levá-lo a sério se está com raiva, ou compartilhar se o mesmo está alegre. - Nunca desvalorizar o que o paciente está a sentir. – Iniciativa: espera ação e determinação: que lhe indique novos caminhos, seja claro, diferentes opiniões…  ENTREVISTA CLINICA - Prioriza-se a doença, não a pessoa - Centrada na recolha de dados 1. Explorar queixas e sintomas 2. Obter informação 3. Exame clinico e exames complementares 4. Diagnóstico 5. Tratamento Limite entre influência e atendimento: – Confrontação (diferenças comunicação paradoxal comunicação digital vs analógica,…) – Focalização – Reflexão de significado •Para OSTEOPATIA: – Informação, conselho, instrução, diretiva/ordem, ação – Interpretação, persuasão, opinião, sugestão, apoio CONSIDERAÇÕES GERAIS - Elaboração da agenda - Local e hora (calmo, acolhedor, sem ruido…) - Paciente o mais confortável possível (tendo em conta restrições como mobilidade…) - Prever o tempo de duração da entrevista (estado do paciente e capacidade de concentração) - Quem orienta a entrevista é o profissional de saúde. - O profissional de saúde deve tomar a iniciativa - Saber o nome do utente: perguntar porque nome deseja ser tratado, menção a encontros anteriores - Registos da entrevista (pedir autorização) - Atitude atenta e interessada, tolerante com o utente e a sua família - Evitar atitudes críticas, ambiente cordial e atmosfera agradável Inclui algumas atitudes e microcompetências/ técnicas de atendimento: - Expressa rempatia; - Saber ouvir (escuta ativa); - Saber como obter a perspetiva do paciente - Aplicar competências de CV e CNV; - Compreender de modo integrado. 17 ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE - Centrada no paciente, podendo abordar várias temáticas - Análise de atitudes de personalidade e outros aspetos relativos ao paciente ENTREVISTA CENTRADA - Focada num tema específico - Recolher informação para comparar com info recolhida anteriormente - Utilizada para estudar a mudança ENTREVISTA NÃO DIRETIVA: - Não segue um guião, considera a opinião do paciente - O entrevistado expõe os problemas e apresenta as soluções - Praticamente sem diálogo ENTREVISTA SEMI-DIRETIVA - Segue um guião com tópicos ou perguntas ENTREVISTA DIRETIVA: - Questões sobre temáticas estabelecidas previamente - Guião com uma sequência específica  FASES DA ENTREVISTA 1. INICIAR SESSÃO - Preparar o contexto: ambiente, assegurar privacidade, preparar materiais… - Receber o doente - Estabelecer o plano de consulta com o doente 2. RECOLHER INFORMAÇÃO - Registar dados, CV e CNV do doente - Clarificar, sumariar, usar questões e afirmações concisas e de fácil compreensão, explorar apropriadamente ideias, preocupações, expectativas e alterações de QDV - Utilizar competências focadas e não focadas: CNV, Perguntas abertas, Encorajamentos, Seguimento de pistas verbais, Paráfrases, Resumos, Linguagem positiva, Escuta ativa - História: da doença atual, clinica passada, clinica familiar, psicossocial 3. EXAME FISICO - Preparar o contexto, assegurar privacidade, conforto e iluminação, prevenir interrupções, respeitar pudor, aquecer os instrumentos e lavar as mãos - Explicar as manobras a realizar (informação procedimental) - Explicar o que vai sentir (informação sensorial) - Explicar o que pode fazer para lidar com sensações decorrentes do exame (Informação de confronto) 20 LIDAR COM A NEGAÇÃO - Ser paciente - Testar se assume firmemente a negação ou se desenvolve consciencialização - Confrontar com incoerências que evidenciam a gravidade Disse que… Mas por outro lado tinha contado que… - Sugerir a discussão dos receios quanto à gravidade Alguma vez pensou que poderia ser grave? - Explorar outras razões LIDAR COM A IRA - Não assumir atitude defensiva, admitir zanga (resposta empática) Parace-me que está muito zangado - Determinar a intensidade da zanga - Clarificar razões - Explorar se há mais alguma razão - Lamentar que a situação tenha ocorrido - Dizer que vai averiguar e propor outra solução - Avaliar satisfação com a solução proposta CONTROLAR A ANGÚSTIA - Reconhecer o estado emocional (resposta empática) - Explorar razões - Verificar se discurso estruturado ou desorganizado - Se desorganizado: Quer continuar a falar sobre o assunto? Se continuar: Explorar até que ponto está angustiado Se parar: Respeitar  TIPOS DE COPING  FOCADO NO PROBLEMA VS EMOÇÕES - Procurar informação, resolver problemas, encontrar novos motivos, descarga emocional - Focado no significado, dor sentido, tentar compreender (inclui negar/ banalizar)  ATIVO VS PASSIVO - Esforços cognitivos e comportamentais - Cognições negativas associadas à droga  COGNITIVO VS COMPORTAMENTAL - Lidar com a doença através de técnicas como distração, imaginação, reavaliação positiva - Tomar medicação, estudar mais cedo  APROXIMAÇÃO VS EVITAMENTO - Aderir ao tratamento, partilhar emoções, negar, desvalorização, evitar o assunto 21  COMUNICAÇÃO COM O DOENTE - Investigar a capacidade auditiva - Não mudar de assunto rapidamente - Investigar a capacidade de visão - Não fazer mts perguntas seguidas - Manter contacto visual - Não aumentar o tom de voz (exceto se…) - Proporcionar iluminação suficiente - Usar CNV - Minimizar as distrações - Mesmas palavras para as mesmas tarefas - Num momento oportuno - Vários métodos de comunicação - Captar a atenção (e.g., toque) - Utilizar cartazes - Falar lentamente, com clareza - Estratégias não verbais que minimizem barreiras - Clarificar o significado da mensagem ESTIMULAR A EXPRESSÃO VERBAL - Esforçar-se por entender o interlocutor - Dar tempo suficiente - Validar a informação – reformular em voz alta - Não fingir que se compreendeu - Observar indicadores N-V e comparar com V - Transmitir técnicas - Encorajar frases curtas - Evitar tópicos abstratos, emocionais ou longos DEMONSTRAR RESPEITO - Não discutir a condição do paciente na sua presença - Falar sempre que houver prestação de cuidados - Ensinar técnicas de comunicação ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ESPECÍFICAS  Comunicação Aumentativa e Alternativa - Gestos, sinais, expressões faciais, pranchas de alfabeto, símbolos pictográficos  Comunicar com crianças e adolescentes - Com crianças depende de: Estado de desenvolvimento, situação saúde/ doença e contexto CRIANÇAS - Preparar adequadamente o contexto – acolhedor, brinquedos e outros objetos - Tratar a criança como uma criança (sem infantilizar), cumprimentar a criança em primeiro lugar - Apresentar-se - Estratégias mais interativas, ex. desenhar, contar histórias - Falar devagar, adequar ritmo, tom de voz, linguagem, manter contacto visual - Respeitar o espaço pessoal - Informar a criança ex: exame físico - Dar tempo para responder, não responder por ela - Incentivar a criança a comunicar, ex: utilização de reforço - Clarificar os conceitos, Esclarecer dúvidas, Ser verdadeiro, Tranquilizar a criança RECONHECER AS FRUSTAÇÕES E OS PROGRESSOS - Abordar verbalmente o tema da frustração - Atitude calma e positiva - Tranquilizar - Manter o sentido de humor - Permitir a expressão de emoções - Dar oportunidade de tomar decisões - Proporcionar métodos alternativos de expressão 22 ADOLESCENTES - Preparar adequadamente o contexto – acolhedor, objetos - Cumprimentar o adolescente em primeiro lugar pelo nome que prefere - Apresentar-se - Informar sobre o motivo - Incentivar a participar, valorizar o seu conhecimento e colocar-lhe as questões - Tratar com respeito e respeitar o espaço pessoal - Evitar dar conselhos, repreender ou moralizar - Mostrar disponibilidade - Salientar os aspetos positivos - Não elevar o tom - Ser flexível (várias perspetivas) - Evitar a apresentação de soluções, Clarificar dúvidas - Despedir-se do adolescente e dos pais PESSOAS MAIS VELHAS – Manter contacto ocular – Boa luminosidade – Sem ruídos – Adequar o tom, ritmo, velocidade - Permitir colocar questões – Respeitar a identidade da pessoa – Ter em atenção necessidades de comunicação – Envolver a pessoa maximizando as suas capacidades – Promover a dignidade do outro  FUNCIONAMENTO DO GRUPO DIMENSÕES RELEVANTES - Interdependência entre os membros - Satisfação que traz aos membros - Afinidade entre os membros - Estrutura, durabilidade do tempo, coesão - Regras Agregado de pessoas, considerando dois aspetos distintos:  Que os indivíduos pensem em si como sendo membros do grupo (nós), experienciando um sentido de pertença e de identidade comum  Que os participantes tenham efeitos psicológicos uns nos outros  Aspetos afetivos, cognitivos, comportamentais SOCIOMETRIA: Estuda as relações sociais informais nos grupos Se modificações sensoriais ou morbilidade - Com alterações auditivas: - Assegurar que a prótese se encontra ligada - Verificar se utiliza gestos e precisa de um intérprete, utilizar lingua gestual - De frente para o interlocutor - Falar de forma clara - Gestos ou notas escritas - Falar um pouco mais alto - Com alterações visuais - Transmitir informações mais precisas - Utilizar o toque (se autorizado) “O grupo é constituído por dois ou mais indivíduos em interação face a face, cada um consciente de outros que pertencem ao grupo e cada um consciente das suas interdependências positivas quando se empenham em realizar objetivos mútuos” 25 HOMEGENEIDADE DO GRUPO não deve anular HETEROGENEIDADE DOS ELEMENTOS COMPORTAMENTOS DESEJAVEIS NO GRUPO - Cooperar - Respeitar os outros - Integrar-se totalmente no grupo - Servir o grupo, sem perder a individualidade - Não ser conformista - Comportamento de Tarefa: realização (ansiedade, tensão) - Comportamento de Manutenção: relação (facilita a realização) COMPORTAMENTOS INDESEJAVEIS NO GRUPO - Negativo: ausente apesar de presente - De fantasia: inventar situações e factos - Agressivo: transfere problemas pessoais - De identificação: sempre de acordo - De projeção: transferem para os outros a razão do seu comportamento - Regressivo: brinca com a situação - De deslocação: desviar do assunto ou do tema - De racionalização: justificar tudo o que dizem - Obsessivo: preocupação com detalhes sem importância  COESÃO DE GRUPO Diz-se que um grupo é coeso quanto maior o número de fatores que contribuam para manter os indivíduos no grupo. EFEITO: - Situações de rotina - Situações novas POSITIVO - Verifica-se mais interação nos grupos compostos por membros atraídos por ele - Nos grupos altamente coesos: - Os membros tendem a ser amigáveis e cooperativos, - Sentem-se mais satisfeitos, - Exercem mais influência sobre os seus membros - Comunicação mais ampla e fácil - Maior resistência à frustração - Reduzida rotatividade - Menor absentismo - Baixa tolerância com quem não produz Grupos menos coesos: funcionam mais como indivíduos do que como membros de um grupo NEGATIVO - “Pensamento grupal” pressão sobre os membros para haver uma opinião consensual. - Ilusão de invulnerabilidade - Ignorar as consequências éticas da situação de grupo - Perceções estereotipadas dos outros grupos: Reduz possibilidade de cooperação intergrupal - Tende a reduzir as alternativas - Resistir a mudanças nas práticas 26 COESÃO, PARTICIPAÇÃO, SATISFAÇÃO - Membros de grupos muito coesos são mais influenciados pelas normas do grupo e tendem a ser mais amigáveis e cooperativos - Membros de grupos menos coesos tendem a funcionar de forma mais individual - Maior participação nas atividades do grupo e está associada a maior cooperação, comunicação e satisfação no grupo - Os grupos mais coesos exercem maior influência sobre os seus membros- conformismo (aceitar a opinião da maioria) FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A COESÃO DO GRUPO - Atração dos membros entre si enquanto indivíduos - Avaliação de cada membro pelo grupo como fonte de identidade social - Valores e objetivos comuns partilhados - Sucesso na obtenção de objetivos ou no progresso em relação a esses objetivos - Ameaça comum de um inimigo exterior COESÃO PERMITE - Que os membros do grupo permaneçam juntos - Que os membros do grupo confiem e sejam leais - Que se sintam seguros - Que os membros do grupo se deixem influenciar pelo grupo - Mais satisfação - Que a interação entre os membros se intensifique VANTAGENS DO GRUPO DESVANTAGENS - Tomada de decisão de maior risco - Decisão de menos qualidade- consenso No caso de falhar: Difusão de responsabilidade - Pensamento de grupo - Maior rapidez e eficácia na concretização dos objetivos - Transformação do eu em nós - Enriquecimento das decisões - Divisão das tarefas - Criação de laços de amizade - Segurança - Poder e influência face ao exterior 27  LIDERANÇA DE UM GRUPO - Poder social: influência potencial de um agente sobre uma pessoa (mudança na perceção, atitude) - Autoridade: poder legítimo - Influência social: utilização de recursos para controlar o comportamento de outras pessoas - Liderança (processo): caso especial de poder social; é o exercício do poder a partir de uma determinada posição na estrutura do grupo. É tanto mais formal e complexo este processo quanto o grupo for estruturado e diferenciado for o grupo. - Em grupos mais estruturados o líder (posição estrutural- formal ou informal) tende a emergir a partir de processos de influência e da interação entre os membros do grupo FONTES OU BASES DE PODER - Poder Informal: independente da fonte. A sua influência depende do conteúdo da comunicação. - Poder Coercivo: baseado na capacidade de mediar punições; controlo dos castigos - Poder de Recompensa: baseado na capacidade de mediar recompensas; controlo dos recursos - Poder Referente: depende da relação afetiva; admiração - Poder de Competência: baseado no conhecimento percecionado ou aptidão especializada - Poder legítimo: exercício da autoridade; direito a liderar ABORDAGENS PARA A LIDERANÇA - TRAÇO: Os traços predispõem certas pessoas a tornarem-se líderes efetivos - SITUAÇÃO: Fatores situacionais determinam que as pessoas com certas características surjam efetivamente como líderes - INTERACIONISMO: Fatores situacionais, traços, comportamentos dos líderes, características e perceções dos seguidos interagem para determinar quem é um líder eficaz O líder é uma pessoa que ocupa uma posição central no grupo e o ajuda a realizar os seus objetivos - Centro de atenção - Movimenta o grupo para os objetivos - Aquisição do rótulo do líder - A pessoa mais influente - A pessoa que clarifica, decide, sugere alternativas - A pessoa designada por uma autoridade mais alta - Capacidade de comunicação pode ser aprendido - Confiança pode ser aprendido - Carisma personalidade COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS - Escuta ativa - Interpretar - Facilitar - Sugerir - Parafrasear - Confrontar - Traçar objetivos - Proteger - Clarificar - Refletir sentimentos - Iniciar - Modelar - Sumariar - Apoiar - Avaliar - Ligar - Questionar - Empatizar - Dar feedback - Parar