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Tráfico Atlântico de Escravos, Slides de História

Aula sobre a escravidão africana e o tráfico transatlântico de escravos no Brasil colonial.

Tipologia: Slides

2020

Compartilhado em 20/05/2020

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gabriel-bonz-10 🇧🇷

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Tráfico Atlântico de Escravos
e os Africanos no Brasil
História do Brasil
Prof. Gabriel Cardoso Bom
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Tráfico Atlântico de Escravos

e os Africanos no Brasil

História do Brasil

Prof. Gabriel Cardoso Bom

“A tentativa de negar a escravidão do passado é motivada pela tentativa de negar seus efeitos do presente, invalidando todas as políticas afirmativas que nascem da percepção de que nossa herança escravagista continua sendo um dos principais elementos estruturantes das relações sociais brasileiras. Tal herança pode ser notada nas mais variadas áreas. Nem a arquitetura fica de fora. Até a última década do século XX, ainda se construíam apartamentos com os chamados ‘quartos de empregada’, um simulacro de senzala adaptado ao ambiente urbano e verticalizado.” (METEORO BRASIL. Tudo o que você precisou desaprender para virar um idiota , 2019, p. 119.)

“ÁFRICA”

“[…] a África é rica em diversidade, fraciona-se

em incontáveis culturas e fala numerosíssimos

idiomas. Calcula-se que existam na África

cerca de 1 250 línguas diferentes. […] Alguns

desses idiomas, como o hauçá, são falados por

dezenas de milhões de pessoas e numa área

geográfica extensíssima.”

(SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança , 2006, p. 50-51)

Visão Preconceituosa

  • (^) Homogeneização  “ÁFRICA”.
    • (^) Sociedades “selvagens” ou “animistas”.
  • (^) “Selvagens”  identificação com algo

“animalesco”.

  • (^) Povos sem racionalidade.
  • (^) Incapazes de criar “cultura”.
  • (^) Animismo  anima = Alma.
  • (^) Crenças inferiores que acreditavam que os fenômenos naturais tinham “alma”.

“[S]e os portugueses de fato se mantiveram longe da África, como explicar que Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe falem português? [...] O fato é que o Brasil ainda nem estava no mapa do mundo quando, em 1482, o rei de Portugal, Dom João II, mandou que se construísse o Castelo de São Jorge da Mina, onde hoje fica Gana. Tratava-se de uma fortaleza com a qual os europeus defenderiam seus interesses na região. Que interesses eram esses? O nome que aquela região do mundo tinha no século XV ajuda a entender: Costa do Ouro. Nenhuma outra nação europeia, até então, tinha estabelecido qualquer tipo de entreposto comercial ou militar em território africano. Com o tempo, a escravidão passou a ser o eixo comercial do Castelo de São Jorge da Mina. Consta que 30 mil escravos tenham sido embarcados e levados dali para o Brasil, sempre em navios portugueses.” (METEORO BRASIL. Tudo o que você precisou desaprender para virar um idiota , 2019, p. 119.)

Sociedades Luso-Africanas

  • (^) Portugueses desenvolveram o contato com o continente africano desde meados do século XV  Crônica da Guiné , de Zurara.
  • (^) Século XV  interesse português.
    • (^) Comércio de ouro  marfim, pimenta e escravos eram atividades secundárias.
  • (^) Ilhas atlânticas  São Tomé, Cabo Verde, Madeira. - (^) Comércio transatlântico = contato intercontinental. - (^1582)  16 mil pessoas ~> 87% da população era de escravos.

Escravidão Moderna e escravidão antiga (clássica)

  • (^) A escravidão moderna (séc. XVI-XIX) difere do

regime de trabalho da Antiguidade por conta de

seu caráter mercantilizado.

  • (^) Tráfico de escravos  diferencial.
    • (^) Existia comércio de escravos em Roma e na Grécia, mas ele não gerava acúmulo de riquezas.
    • (^) No século XVI, o escravo tornou-se uma mercadoria.
  • (^) Escravidão pré-moderna na África.
    • (^) Existia a servidão nas sociedades africanas, mas ela não se realizava como uma forma de comércio.

“A demanda americana por escravos, em particular a brasileira, detonou ou, dependendo da região considerada, simplesmente incentivou o desenvolvimento da produção e circulação inicial dos cativos na África. Ali. sua realização incorporava diversos tipos de elementos interdependentes (econômicos, sociais, políticos e militares). constituindo um contexto de interações sem o qual a demanda americana jamais poderia ser atendida.” (FLORENTINO, Manolo. Em costas negras , 1997, p. 100.)

Cronologia da Escravidão (sécs. XVI-XVII)

  • (^) 1570-1600  principais engenhos do Brasil (PE, BA, ES, SP, RJ) funcionam com uma média de quarenta a sessenta cativos cada.
  • (^) 1575  primeira repressão a um mocambo que se tem notícia no Brasil.
  • (^) 1597  primeira notícia de um mocambo na região dos Palmares.
  • (^) 1622  Nzinga do reino Ndongo se torna embaixatriz em Luanda, batizada no cristianismo.

Cronologia da Escravidão (sécs. XVI-XVII)

  • (^) 1650-1780  registros de uso de trabalho

escravo africano em outras culturas além do

açúcar no Brasil, como algodão, fumo e arroz.

  • (^) 1694  destruição de Palmares.
  • (^) Final do século XVII. "Até o final do século XVII - e em dois séculos - o Brasil já tinha absorvido cerca de 800 mil africanos", SCHWARCZ: 2018, p. 448.

“[...]

A carne mais barata do mercado é a carne negra

Só-só cego não vê

Que vai de graça pro presídio

E para debaixo do plástico

E vai de graça pro subemprego

E pros hospitais psiquíatricos

A carne mais barata do mercado é a carne

negra

Dizem por aí

(“ A Carne ”, Seu Jorge, Ulisses Capelleti, Marcelo Fontes do Nascimento; interpretada por Elza Soares)

A carne mais barata do mercado

  • (^) Tráfico atlântico e economia global
    • (^) A África foi inserida forçosamente na “economia- mundo”  fornecia mão-de-obra.
    • (^) Desorganização das sociedades africanas.
  • (^) Impacto  econômico, demográfico e social.
    • (^) Além do tráfico, outras condições como epidemias, secas e fome foram causadas pela exploração europeia no continente africano.
    • (^) Nº nascimentos ≅ mortos + traficados. mortos + traficados.