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Três respostas sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas., Resumos de Português (Gramática - Literatura)

É um resumo sobre três perguntas decorrentes do livro: A influência de Marcela sobre Brás Cubas. Crítica a classe dominante do seu tempo Como o protagonista vê o leitor

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 10/07/2022

joao-ot
joao-ot 🇧🇷

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Baixe Três respostas sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas. e outras Resumos em PDF para Português (Gramática - Literatura), somente na Docsity! Trabalho De Português Identificação Membros: João Lucas, Maria Carvalho, Mateus José. Ano: 2º Data: 29/06/2022 Essa desilusão amorosa mudou-o para sempre. Ele tornou-se mais frio. Controlava mais seus desejos, não se deixando levar pelos sentimentos facilmente. Claro, também ficou mais filha da puta (desculpe-me pelo palavreado, mas ele é isso mesmo. Citação que revela a personalidade de Marcela. Tentativa de convencimento para a viagem a Europa. — Vem comigo, disse eu, arranjei recursos... temos muito dinheiro, terás tudo o que quiseres... Olha, toma. E mostrei-lhe o pente com os diamantes. Marcela teve um leve sobressalto, ergueu metade do corpo, e, apoiada num cotovelo, olhou para o pente durante alguns instantes curtos; depois retirou os olhos; tinha-se dominado. Então, eu lancei-lhe as mãos aos cabelos, coligi-os, enlacei-os à pressa, improvisei um toucado, sem nenhum alinho, e rematei-o com o pente de diamantes; recuei, tornei a aproximar- me, corrigi-lhes as madeixas, abaixei-as de um lado, busquei alguma simetria naquela desordem, tudo com uma minuciosidade e um carinho de mãe. 2 Bem, nessa parte vemos Brás Cubas ser salvo de uma mula por um carroceiro. Porém logo após, na hora do agradecimento pelo ato, ele pensa constantemente se deve dar a seu salvador dinheiro, inicialmente 3 moedas de ouro, depois 1, essa que se confirmou. Todavia, ele continua remoendo esse pensamento, acreditando que não deveria ter dado tanto, mas apenas as de Cobre que carregava consigo. Todavia a pior parte está no momento em que Cubas entrega a uma moeda de ouro para o almocreve, dando-lhe conselhos paternais e burros, como se tê-lo ajudado fosse motivo de avisos constrangedores, não apenas agradecimentos. Um texto que melhor explicaria essa situação seria: Neste país você não pode pedir emprego e muito menos dinheiro emprestado a um conhecido sem que ele instantaneamente assuma ares paternais e comece a lhe dar conselhos, a ralhar com você chamando-o de irresponsável, leviano e miolo-mole. E dê graças a Deus de que ele o faça em tom bonachão e não transforme a humilhação sutil em massacre ostensivo. Finda a cena, ele sai todo satisfeito com a consciência do dever cumprido e considera-se dispensado de lhe arranjar o emprego ou o dinheiro. E você? Bem, você sai duro, desempregado… e culpado. — Pobreza e Grossura, parágrafo 1. Essa situação que é apresentada no livro, junto do texto, caracteriza os ricos da época como seres voltados mais ao dinheiro que as noções morais, portando humanas. Não é de alto versus baixo, mas a barbárie influente nos indivíduos, pois a partir do momento que essas regras básicas, ou seja, caridade e humildade, saem do comum, resta apenas remorsos e falsas concepções sobre as mais básicas ações. Entendo como uma crítica a classe dominante aquele momento, de fato, mas me parece muito mais o resultado de um declive moral constante (crescente hoje) do que a classe em si. É a representação de um indivíduo que parece misturar as questões da antiga sociedade (resquícios da cultura medieval) com as do naturalismo e corrupções de sua época. 3 A relação entre nós e o defunto autor é bem energética, pois ora ele nos cita para chamar atenção, se vangloriar ou falar que somos idiotas por estar lendo sua escrita. Os leitores são tratados com respeito, como se fosse uma conversa direta. Sem contar o fato dele utilizar-nos como meio de confissão, eu diria, porque através do nosso chamamento oculto se explica seus mais profundos devaneios e medos. Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem... — Memórias Póstumas de Brás Cubas, capítulo 71, O Senão do livro. Machado de Assis sabe que Brás Cubas escreve para nós, um alguém indiscernível, mas conhecido, e usa isso muito bem.

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