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A Guerra Fria e o Terrorismo: Impacto Global na Europa, Ásia e Oriente Médio, Notas de estudo de História

Este documento discute o impacto da guerra fria e do terrorismo na europa, ásia e oriente médio, enfatizando os eventos marcantes na china, ásia, oriente médio e áfrica. O texto aborda as revoluções comunistas, guerras e interesses geopolíticos que moldaram o cenário internacional durante a guerra fria.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 22/07/2013

Osvaldo_86
Osvaldo_86 🇧🇷

4.5

(160)

420 documentos

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Baixe A Guerra Fria e o Terrorismo: Impacto Global na Europa, Ásia e Oriente Médio e outras Notas de estudo em PDF para História, somente na Docsity! O terrorismo assustou muito os países da Europa nosanos 70. Diante do terror não há paÍses atrasados ou adiantados, fortes ou fracos. Todo o planeta sente a mesma insegurança sob o fantasma constante de bombas lançadas contra pessoas inocentes. O fato de o terrorismo atingir em cheio os países desenvolvidos deixava temporariamente em segundo plano uma visão imperialista muito utilizada pelas superpotências nos anos 60, que dividia o planeta em Terrorismo atinge países desenvolvidos Primeiro Mundo e Terceiro Mundo. O termo "Terceiro Mundo", surgido nos anos 40, designa um conjunto de mais de cem países da África, Ásia e América Latina que não faz parte do grupo de países industrializados do Primeiro Mundo, e nem do grupo de países socialistas do Segundo Mundo. Com o tempo, no entanto, os termos "Primeiro Mundo" e "Terceiro Mundo", passaram a ser empregados como um conceito econômico, dividindo o planeta em grupos de países ricos e pobres. Foram justamente os países ricos da Europa o cenário principal da Guerra Fria, por razões de natureza histórica e geográfica. Mas as outras regiões do planeta foram incluídas no xadrez das superpotências por conta da própria lógica do jogo, que previa a destruição completa de um dos dois jogadores. A Guerra Fria na Ásia Uma dessas regiões, a Ásia, entrou de forma espetacular nesse contexto. Foi em 1949, quando o líder comunista Mao Tsétung tomou o poder na China, um país que na época contava 600 milhões de habitantes. O comunismo chinês alterou o equilíbrio geopolítico no continente asiático. A revolução de Mao Tsé-tung encorajou a Coréia do Norte a atacar a Coréia do Sul, em 1950. A guerra, que teve a intervenção militar dos Estados Unidos, durou 3 anos e causou a morte de mais de dois milhões de pessoas. Na época, a Índia, que havia conquistado sua independência em 1947, mantinha-se neutra, sem aderir a nenhum dos grandes blocos econômicos. Em 1954, foi a vez de a França sofrer uma derrota humilhante na Ásia, durante a Guerra da Indochina. A vitória do líder comunista vietnamita Ho Chi Min consolidou a formação do Vietnã do Norte e aumentou a preocupação dos Estados Unidos com o rumo político dos países do sudeste asiático. Alarmado com a expansão comunista na região, o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, envolveu seu país na Guerra do Vietnã, em 1960. Depois de treze anos de batalhas, a maior superpotência do planeta seria derrotada por soldados pobremente armados e por guerrilheiros camponeses munidos de facas e lanças de bambu. Os Estados Unidos perderam a guerra não pelas armas, mas pela falta de apoio da opinião pública de todo o mundo, em particular da americana. Na verdade, no chamado Terceiro Mundo era a América Latina o principal foco de atenção das superpotências. Esse interesse, natural por causa da proximidade geográfica dos Estados Unidos, aumentou bastante a partir de 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder em Cuba. A partir desse momento, não demorou para que as superpotências se preocupassem com o Brasil, o maior país da América Latina. O golpe militar no Brasil, em março de 64, atendia à estratégia política dos Estados Unidos para a América Latina. A Casa Branca tinha medo que de a revolução cubana, que resultou num regime socialista, se espalhasse pelas Américas. Por causa disso, passou a patrocinar ditaduras em toda a América Latina. No Brasil, o quadro político e econômico favorecia os conspiradores. O presidente João Goulart era apontado como simpatizante do socialismo e a economia do país estava em crise, com índices elevados de inflação. Nos anos que se seguiram ao golpe de 64, o regime militar tornou-se mais forte e repressivo. O Ato Institucional número 5, de 1968, restringiu as liberdades democráticas e deu ao regime poderes quase irrestritos para governar, prender, torturar e eliminar adversários. A ditadura militar, conseqüência direta da Guerra Fria, teve um nítido impacto negativo na vida cultural. Durante duas décadas, o governo censurou a imprensa, a literatura e as artes de um modo geral. Experiências inovadoras, como o Tropicalismo, e o talento de artistas como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Augusto Boal, entre muitos outros, foram sufocados pela censura imposta pelo regime. Nos anos 80, ganharam força os movimentos pela democratização no Brasil, com o movimento pelas Diretas-Já, e em outros países sul-americanos, como o Paraguai, o Chile, o Uruguai e a Argentina. Caetano vive Tropicália No Brasil, o grande marco da volta à democracia foi o restabelecimento da eleição direta para presidente da República, em 1989. E também nos anos 80 começava a se configurar o quadro político internacional que viria a culminar no fim da Guerra Fria, simbolizado pela queda do Muro de Berlim, em 89. O fim do muro foi resultado do intenso processo de reformas na União Soviética, iniciado em 85 pelo dirigente Mikhail Gorbatchev. Gorbatchev e o fim da Guerra Fria No plano econômico, Gorbatchev instituiu a Perestroika, ou Reconstrução, buscando novas formas de conduzir a economia soviética. No plano político, retomou negociações para pôr fim à corrida armamentista. Internamente, libertou opositores do regime, viabilizou o abrandamento da censura e permitiu que os problemas fossem discutidos abertamente pela população. As reformas iniciadas em Moscou logo se refletiram na Europa socialista, onde os movimentos democráticos ganharam força para mudar todo o panorama político do antigo bloco soviético. Esse processo iniciado por Gorbatchev culminou no fim da própria União Soviética, em 1991. A partir daí, os Estados Unidos, vencedores da Guerra Fria, tornaram-se a única superpotência mundial e encontraram novos inimigos contra os quais lutar, como os fanáticos do Islã, de um lado, e os narcotraficantes, de outro lado. Ou seja, novos elementos para a mesma fórmula do Bem e do Mal dos tempos da Guerra Fria. É um mundo que enfrenta novos problemas, como o ressurgimento de conflitos nacionais e étnicos; a disputa entre blocos econômicos; e as grandes máfias que controlam o crime organizado internacional. Para entender esse mundo temos de voltar nossos olhos ao passado recente e fazer uma reflexão que, talvez, nos indique o caminho para um futuro melhor.
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