Baixe INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NAS DIFICULDADES ... e outras Notas de estudo em PDF para Psicopedagogia, somente na Docsity! FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA INDIRA MORETH CERQUEIRA LIMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO PERÍODO DE ALFABETIZAÇÃO ANÁPOLIS 2011 2 INDIRA MORETH CERQUEIRA LIMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO PERÍODO DE ALFABETIZAÇÃO Trabalho apresentado a coordenação da Faculdade Católica de Anápolis para obtenção do titulo de Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica sob orientação da professora especialista Ana Maria Vieira de Souza. ANÁPOLIS 2011 5 ABSTRACT Psychopedagogy contributions are arguably proven to be favorable and beneficial role in human learning. This is seen in a case study to be presented in this paper, based on the thorough investigation of the learning difficulties of a child in beginning literacy. Intends to present the influences of family, school and society in the cognitive and affective development of the subject, using procedures psychopedagogical own practice. Keywords: Psychopedagogy. Learning. Literacy. Subject. 6 LISTA DE SIGLAS ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia. E.F.E.S. – Entrevista Familiar Exploratória Situacional E.J.A. _ Educação de Jovens e Adultos E.O.C. A – Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9 CAPÍTULO I – METODOLOGIA .......................................................................................... 10 1.1 CAMPO DE ESTÁGIO .......................................................................................... 10 1.2 TÉCNICAS ........................................................................................................... 10 1.3 PROCEDIMENTOS .............................................................................................. 11 CAPÍTULO II - DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO ....................................................... 13 2.1 INSTRUMENTOS UTILIZADOS ........................................................................... 13 2.1.1 Anamnese .................................................................................................... 14 2.1.2 E.F.E.S. ......................................................................................................... 15 2.1.3 E.O.C.A. ........................................................................................................ 16 2.1.4 Pareja Educativa .......................................................................................... 17 2.1.5 Os quatro momentos do meu dia ............................................................... 18 2.1.6 Dia dos meus compleãnios ........................................................................ 19 2.1.7 Verificação ou não do realismo nominal ................................................... 19 2.1.8 Observação em sala de aula....................................................................... 20 2.1.9 Observação do aluno fora da sala de aula ................................................ 20 2.1.10 Avaliações pedagógicas: ditado e escrita...............................................21 2.1.11 Diagnóstico de leitura................................................................................21 2.1.12 Prova de Matemática................................................................................. 22 2.1.13 Provas Operacionais de Piaget ................................................................ 21 2.1.14 A Hora do jogo Diagnóstica ...................................................................... 22 CAPÍTULO III - RESULTADOS FINAIS .............................................................................. 28 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 32 ANEXO – A ......................................................................................................................... 34 ANEXO – B ......................................................................................................................... 35 ANEXO – C ......................................................................................................................... 36 10 CAPÍTULO I – METODOLOGIA 1.1 CAMPO DE ESTÁGIO O estágio foi realizado na E.M.D.A., que fica situada à Avenida Alameda dos Palmares, S/N, no bairro Jardim Alexandrina. A escola atende uma clientela diversificada nos turnos matutino, vespertino e noturno, com classes de ensino fundamental 1ª e 2ª fases e EJA. Sabendo da importância do setting terapêutico como ambiente propício na construção de vínculos entre psicopedagogo e sujeito, a escola concedeu um espaço para que fossem realizadas todas as atividades propostas para o estágio. O setting é ainda um recurso que se constitui um poderoso instrumento, que inclui desde a habilidade do analista para se relacionar com o paciente até o espaço físico compartilhado por ambos (HISADA, 2002). Os encontros aconteceram no período matutino, o setting foi preparado na medida do possível, para oferecer comodidade e privacidade aos envolvidos. Este mesmo ambiente é utilizado pela professora de métodos e recursos da escola, esta profissional atende crianças com dificuldades de aprendizagem procurando ajudá-las com atividades de reforço que contemplem sempre habilidades e competências. 1.2 TÉCNICAS As técnicas utilizadas são instrumentos próprios da Psicopedagogia, buscando sempre a investigação e análise dos dados obtidos nas sessões. Para Maria Lúcia Lemme Weiss estão incluídas como indispensáveis as técnicas que explorem a capacidade cognitiva e criativa do sujeito [...] avaliação da produção pedagógica e de vínculos com objetos de aprendizagem escolar, busca de construção e funcionamentos das estruturas cognitivas (diagnóstico exploratório), desempenho em testes de inteligência e visomotores, análise de aspectos emocionais por meio de testes expressivos, sessões de brincar e criar. (WEISS, 2008, p. 38). 11 Os instrumentos utilizados como fonte de estudo e pesquisa neste estágio foram: Anamnese, E.F.E.S. (Entrevista Familiar Exploratória Situacional), E.O.C.A. (Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem), Pareja Educativa, Os quatro momentos do meu dia, Dia dos meus compleãnios, Verificação ou não do realismo nominal, Observação em sala de aula, Observação do aluno fora da sala de aula, Avaliações Pedagógicas: ditado e escrita, Diagnóstico de Leitura, Prova de matemática, Provas operacionais de Piaget, A hora do jogo diagnóstica. 1.2 PROCEDIMENTOS Os atendimentos aconteceram na E.M.D.A. no período matutino, as sessões foram agendadas para a segunda quinzena do mês de maio. Em seis sessões as atividades propostas foram realizadas, houve dias em que o tempo de cada atividade foi estendido devido a disponibilidade de dia e horário dos participantes, além disso, algumas atividades exigiram mais tempo para serem realizadas, por precisar de conversas, orientação e clareza dos objetivos das atividades. A sala usada para acolher os participantes foi preparada com antecedência e dentro das possibilidades que a escola poderia oferecer. Sobre a aparência do consultório Weiss diz que: é fundamental na criação de um clima espontâneo de trabalho, no despertar o desejo de conhecer. Não deverá ser uma réplica da sala de visitas do lar, nem de salas de aula de diferentes escolas. Não é também um consultório de médico ou de psicanalista. É um lugar agradável de trabalho, que possibilita trilhar, de forma prazerosa, diferentes caminhos do aprender” (Weiss, 2008, p. 154). O estudo de caso foi realizado com E.B.P., respeitando o seguinte cronograma: Dia 13/05 , foi realizada a visita à escola e a Anamnese. Dia 16/05 a E.F.E.S.. Ainda no dia 16/05 seguiu-se a E.O.C.A. No dia 17/05 realizou-se a Pareja Educativa, em seguida Os quatro momentos do meu dia e Dia dos meus compleãnios. 12 No dia 18/05 realizou-se as Avaliações Pedagógicas: ditado e escrita e Diagnóstico de Leitura, houve também uma entrevista com a professora e a observação do aluno dentro e fora da sala de aula. Dia 19/05 foi realizado Prova de matemática e Provas operacionais de Piaget. Dia 20/05, A hora do jogo diagnóstica. 15 demorou para chorar e ela percebeu os lábios e olhos dele levemente inchados e com a pele do rosto arroxeada. Logo após o parto a mãe deixou a criança aos cuidados da avó materna e só retomou contato com o filho quando ele já estava com nove anos de idade, ainda nesse período precisou afastar-se dele novamente e só dois anos depois voltou a ter contato com ele, e desde então E.B.P. mora com a família. A mãe diz que não tem informações sobre o filho em seus primeiros anos da infância e que atualmente têm procurado aproximar-se mais dele. Ela relata que atualmente percebe o comportamento de E.B.P. ora agressivo, ora desligado do mundo que o cerca. Diz ainda que o sono do filho é agitado (fala, xinga, range os dentes, chora, movimenta-se muito durante o sono), em alguns momentos quando contrariado rói unhas e chega a morder outras partes do corpo. Considera o filho teimoso e desobediente, às vezes finge não escutá-la. A mãe ainda não percebeu a curiosidade do filho despertada para a sexualidade. Em casa E.B.P. relaciona-se melhor com o pai, com os irmãos, ora brinca, ora briga e seu relacionamento com ela têm melhorado com o passar do tempo. Percebe-se E.B.P. uma criança triste, com dificuldades de socialização e interação com o que é novo para ele. A mãe por sua vez, é uma mulher que tenta compensar a falta latente que fez na vida do filho com o máximo que pode, procurando estar mais presente. Pelo relato da mãe na Anamnese pode-se dizer que a criança apresenta indícios de onicofagia, pelo hábito de roer as unhas, também há indícios de cianose ao nascer, doença caracterizada pela coloração azul-arroxeada da pele ou mucosas que ocorre devido a falta de oxigênio no sangue. Considerando os estudos de Jorge Visca dentro da Epistemologia Convergente é possível concluir que E.B.P. traz consigo “obstáculos de caráter epistemofílico, apresentando dificuldades de vínculo afetivo que logo interferem em sua aprendizagem” (VISCA, 1987, p. 13). Pelos relatos vê-se que a criança teve prejuízos na sua proto-aprendizagem, caracterizada pela ausência materna, que para Visca representa a primeira aprendizagem construída da relação afetiva com a mãe. 2.1.2 E.F.E.S. 16 O momento familiar gera expectativas para ambas as partes, terapeuta e família. É nesse momento que é possível observar a dinâmica e o relacionamento familiar em conjunto numa determinada atividade. Sobre as provas projetivas WEISS observa que: A E.F.E.S., visa a compreensão da queixa nas dimensões da escola e da família, a captação das relações e expectativas familiares centradas na aprendizagem escolar, a expectativa em relação à atuação do terapeuta, a aceitação e o engajamento do paciente e de seus pais no processo diagnóstico, a realização do contrato e do enquadramento e o esclarecimento do que é um diagnóstico psicopedagógico” (WEISS, 2000, p.50). Para a realização da E.F.E.S. segue-se os passos propostos por Weiss em seu livro “Psicopedagogia Clínica uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar”. No primeiro momento procura-se criar um clima de confiança entre os participantes, faz-se a apresentação como Pedagoga e estudante de Psicopedagogia, comenta-se sobre a seriedade do trabalho a ser desenvolvido no decorrer do estágio, principalmente sobre as informações confidenciais que viriam à tona no decorrer das sessões. Estavam presentes apenas mãe e filho, o pai não compareceu devido o horário de trabalho. Após minha fala deixei o espaço aberto para que E.B.P. comentasse sobre o motivo da vinda ao setting, porém o menino disse apenas “não sei”, sabendo que essa expressão é fruto do inconsciente, registrei como um ponto a ser mais investigado. Ele estava demonstrando ansiedade e excessiva timidez na presença da mãe. Feito isso transfere-se a oportunidade da mãe apresentar sua queixa, e ela olhando para o filho disse que estavam ali pois gostaria muito que ele aprendesse e se interessasse mais pela escola e que eu iria ajudá-lo. Faz-se uma intervenção nesse momento conversando com a mãe sobre o que ela poderia fazer para melhor acompanhá-lo nas atividades escolares e solicitando a E.B.P. maior compromisso com suas atividades. Assim encerrou-se a entrevista familiar. 2.1.3 E.O.C.A. A Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (E.O.C.A.) foi idealizado por Jorge Visca como um instrumento simples, porém rico em 17 resultados (BOSSA, 2000, p. 57). “A intenção é permitir ao sujeito construir a entrevista de maneira espontânea, porém dirigida de forma experimental” (VISCA, 1987, p. 72). Sobre E.O.C.A. Weiss diz que: As propostas a serem feitas na EOCA, assim como o material a ser usado, vão variar de acordo com a idade e a escolaridade do paciente. O material comumente usado para crianças é composto de folhas brancas de papel tipo ofício, papel pautado, folhas coloridas, lápis preto novo sem ponta, apontador, borracha, régua, caneta esferográfica tesoura, cola, pedaços de papel lustroso, livros e revistas” (WEISS, 2008, p. 57). Ao iniciar a EOCA apresenta-se a caixa com os materiais descritos acima por Weiss para E.B.P.. A princípio o aprendente demonstrou desinteresse, mas quando foi dito que poderia mexer nos materiais deu um singelo sorriso e começou a mexer na caixa. Solicitou-se a E.B.P. que poderia mostrar algo que saiba fazer com bastante capricho utilizando os materiais da caixa. Então E.B.P. pegou uma folha chamex, apontou o lápis e começou a desenhar sem comentários, apagou algumas vezes e percebe-se que coloca muita força para escrever, além de timidez, pois esconde o desenho com a mão, assim que deu uma pausa foi perguntado sobre o desenho e como resposta disse que era uma menina, depois acrescentou que era uma prima dele que morava no Pará. Em seguida escolheu as cores amarelo e laranjado para pintar a roupa da menina e preto para pintar os cabelos. Não demonstrou interesse em mais nada da caixa, então sugere-se que manuseie os papeis e escolha um para fazer algo mais. Ele pega uma folha chamex branca e a transforma em um aviãozinho de papel comenta que costuma fazer para os colegas na escola. Parabeniza-o pelo feito e encerra- se a sessão. Percebe-se nessa atividade E.B.P. uma criança tímida, introvertida, sem autonomia na tomada de decisão e pouca criatividade. Os questionamento e respostas referentes a esta atividade encontra-se no Anexo deste trabalho. 2.1.4 PAREJA EDUCATIVA 20 mundo material, não consegue abstrair, diz-se então que não supera a fase do realismo nominal. No caso de E.B.P. constata-se que ele ainda não supera o realismo nominal pois quando mostra-se figuras e fichas escritas “trem e carroça” ele não sabe dizer qual é o correto. Quando apresenta-se figuras e fichas escritas “leão e galinha” disse que achava que onde estava escrito leão era galinha. Nesta avaliação percebe-se que E.B.P. não supera o realismo nominal, não compreende sílabas e palavras, não é alfabetizado e está com o conhecimento formal muito aquém do que se espera de uma criança de 11 anos e 11meses. 2.1.8 OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA O trabalho do psicopedagogo deve sempre buscar parcerias em prol do crescimento do aprendente. Sendo assim aconteceu a observação de E.B.P. na sala de aula, e na mesma oportunidade a professora cedeu algumas informações sobre o comportamento do aluno na sala. E.B.P. é bastante desorganizado com seus pertences, não consegue acompanhar as atividades propostas pela professora à turma de 2º ano que tem em média de 7 a 8 anos, os colegas são mais novos que ele. Começa a aula tranquilo, mas depois vai começando a distrair-se com alguns brinquedos que traz para aula. Levanta-se sem necessidade e passeia pela sala. Copia rápido do quadro mas sem nenhuma noção espacial, não respeita margem e nem linhas. O caderno está muito desorganizado. A professora comenta que ele tem muita dificuldade de memorização, até o próprio nome às vezes precisa de referência para escrever. Ele é repetente e provavelmente não conseguirá apropriar-se com segurança dos conteúdos necessários para passar de ano. 2.1.9 OBSERVAÇÃO DO ALUNO FORA DA SALA DE AULA 21 Existe uma relação estreita entre o brincar e a aprendizagem. É brincando que a criança apresenta seu potencial criativo e capacidade de socialização. Observando E.B.P. no recreio nota-se que ele não tem muitos amigos, brinca sempre com os mesmos meninos. Aparentemente relaciona-se bem com os colegas, mas durante o recreio após lanchar suas brincadeiras preferidas são de lutas e corre bastante. 2.2 AVALIAÇÕES PEDAGÓGICAS: DITADO E ESCRITA Segundo Ferreiro (1985), é preciso conhecer a maneira como a criança concebe o processo de escrita para que se possa criar estratégias que as façam avançar em suas hipóteses. Durante o ditado diagnóstico E.B.P. mostrou-se resistente ao escrever. Explica-se a ele que o ditado é simples, que não será necessário avaliá-lo com notas, que ele só realizará a atividade para que possa-se compreender como ele escreve. Sugere-se palavras do mesmo campo semântico e solicita- se que escolha do que gostaria escrever (ex: animais, festa de aniversário, brinquedos, material escolar). Então ele escolhe animais. O ditado começou com a escrita da palavra polissílaba, depois trissílaba, dissílaba e monossílaba, por último dita-se a frase e é escolhido um nome escrito por ele anteriormente para verificar se ele conserva a escrita. A primeira palavra ditada foi “rinoceronte”, ele escreveu rapidamente sem preocupar-se com questões ortográficas. Depois dita-se “ cachorro, cobra e rã”, a frase foi: “A cobra é venenosa”. De acordo com os níveis de hipótese de escrita apresentados por Ferreiro (1985), E.B.P. encontra-se na fase pré-sílábico 2, sabe que escreve com letras, usa em sua maioria as letras do seu nome, faz leitura global, não relaciona o falado ao escrito, não correspondeu nenhum valor sonoro ao que escreveu. 2.2.1 DIAGNÓSTICO DE LEITURA 22 É interessante observar que as ideias das crianças sobre “o que está escrito” e “ o que se pode ler” evoluem em direção à correspondência termo a termo entre o falado e o escrito. Nesta atividade o aprendente mostrou certa apatia quando se deparou com a cesta de livros. Solicita-se que escolha algum livro e ele logo na defensiva disse que não sabia ler. Então fala-se que poderia ler como soubesse. Logo em seguida E.B.P. escolheu o livro “Pinóquio” e começo a fazer a leitura das imagens e criar sua própria história. Percebe-se E.B.P. ansioso quando é solicitado ler algo, a história por ele criada têm coerência com a original, porém não enriquece sua fala com mais detalhes. 2.2.2 PROVA DE MATEMÁTICA A Matemática tem grande importância no processo educacional, visto que desde as primeiras séries o aluno se depara com situações problemas, que vão sendo solucionadas durante a vida. Segundo Bossa (1994): O ensino da matemática é uma necessidade impreterível em uma sociedade cada vez mais complexa e tecnicista, na qual é difícil encontrar espaços nos quais essa disciplina não tenha interferido; na atualidade a maioria das ciências inclusive as ciências humanas e sociais, como a psicologia, a sociologia ou a economia, tem cada vez mais, um caráter matemático. As análises estatísticas e cálculos de probabilidades são elementos essenciais para tomar decisões políticas, sociais ou econômicas e, inclusive, pessoais; usa-se a matemática no esporte, na distribuição de postos de trabalho. (BOSSA, 1994, p. 96). A avaliação matemática foi realizada com o objetivo de avaliar o desempenho do aprendente em solucionar situações-problema e compreender dentro da linguagem matemática conceitos próprios desta ciência. a) Grafismo Matemático: Percebe-se que E.B.P. desconhece a posição numérica a ser respeitada pelo número para armar e efetuar uma operação matemática indicada. Não obedeceu ao espaço correspondente à dezena e unidade, mostrando uma percepção inadequada das situações espaciais. Apresenta-se confuso ao sentido gráfico quanto a ordem que deveria seguir. 25 Nota-se, então, que E.B.P. observou somente o resultado final que é a água nos vidros (A, A1, E, L, P1, P2, P3, P4,) desprezando, assim, a transformação observada, ou seja, o derramar da água. Com a contra- argumentação demonstrou alternância no julgamento, porém este era sucinto. As justificativas, em poucas palavras e incompletas. Somente com o relatório empírico se pode perceber corretamente o transvasamento, apresentando, assim, conduta intermediária, nível 2, com julgamento oscilante entre conservação e não conservação. 3 Conservação da quantidade de matéria (quantidade contínua) Foi entregue a E.B.P. duas massas plásticas de cores diferentes, solicitando que fizesse duas bolas com a mesma quantidade de massa. Ao ser questionado sobre a quantidade de massas disse que se fossem bolinhos e pudéssemos comê-los, seria preciso que houvesse a mesma quantidade. Na primeira transformação foi feita uma salsicha com uma das bolas e foi perguntado se teria a mesma quantidade de massa na bola e na salsicha respondeu que sim. Ao ser questionado como descobriu, respondeu que era a mesma coisa, a diferença é só por que amassou o bolinho. Mesmo com o retorno empírico, ele percebeu que tinha a mesma quantidade. Nota-se que E.B.P. já alcançou uma conduta conservativa, quando em todas as transformações as quantidades são sempre julgadas iguais. A criança mantém o julgamento de conservação, apesar da contra- argumentação do examinador. 4 Conservação do comprimento Apresentou-se a E.B.P.. dois barbantes de tamanhos diferentes, onde ela pode constatar e afirmar a desigualdade dos fios. Brincando com a criança, dizendo que duas formiguinhas iam fazer um passeio, uma em cada estrada, ou seja, A (15 cm) e B (10 cm), questiona-se se é possível as duas formiguinhas andarem na mesma distância. Ele responde que não, porque essa “estrada” é mais comprida. Foram feitas curvas no fio A (15 cm), de modo que uma extremidade ficasse diferente do fio B (10 cm). As respostas de E.B.P. quanto ao percurso que as formiguinhas iriam fazer foram corretas. Ao fazer as contra-argumentações E.B.P. afirmava que o fio A era maior do que o fio B e que a examinadora tinha apenas feito curvas neles. 26 Observa-se que ele apresentou mais argumentos (identidade, reversibilidade e compensação), mantendo o seu julgamento apesar da contra-argumentação. 5 Quantificação da Inclusão de Classes Foi apresentado a E.B.P. um ramo com dez margaridas e duas rosas. Disse que conhecia o nome das flores, e as nomearam. Soube dizer que em determinado ramo havia mais margaridas do que rosas só pelo fato de olhar. Propõe-se a seguinte situação, duas meninas querem fazer raminhos. Uma faz um ramo com as margaridas. Depois ela desmancha e devolve as margaridas. A outra faz seu ramo com as rosas pergunta-se qual ramo foi maior, E.B.P. responde que foi a resposta. Diz-se a E.B.P. que supondo que o entrevistador faça um ramo com todas as margaridas, e ele faça um ramo com todas as rosas, quem provavelmente faria o maior ramo, ele responde corretamente, no caso , o entrevistador. Segundo as conclusões de Piaget, “a classe inclusão é um tipo de operação de classificação, no qual a criança compreende as relações entre um conjunto de objetivos e seus subconjuntos”. (GOULART, 1996, p. 103). Como E.B.P. respondeu corretamente a todas as perguntas, verificou- se uma existência da quantificação inclusiva – Nível 3. 2.1.14 HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA A brincadeira e o jogo constituem-se uma necessidade humana e, segundo Kishimoto (2007), interferem diretamente no desenvolvimento da imaginação, da representação simbólica, da cognição, dos sentimentos, do prazer, das relações, da convivência, da criatividade, do movimento e da auto-imagem dos indivíduos. Muitos educadores desvalorizam a brincadeira acreditando que o mais importante na escola é aprender a ler e escrever. O momento da Hora do Jogo com E.B.P. foi bastante tranqüilo. Diz-se a ele que o encontro seria apenas para brincar e que ele poderia escolher o brinquedo que quisesse. Ele escolheu primeiro um pião e disse que gostava muito desse brinquedo, que sabia soltar pião melhor que seu primo G., disse ainda que onde morava no Pará seu avô já havia feito um pião para ele. Depois pegou um quebra-cabeça, disse que não sabia como brincar, explica- 27 se como brinca, ele manuseou um pouco e não teve paciência e logo abandonou o brinquedo. O último brinquedo que E.B.P. se interessou foi um joguinho com animais em miniatura tipo animais da fazenda. Com esse brinquedo ele envolveu-se bastante. Disse que gostava muito dos animais e principalmente de andar à cavalo, falou ainda que quando morava no Pará passeava muito à cavalo. Deixa-o brincando livremente por alguns minutos e quando disse que a sessão já estava terminada percebe-se que ele havia gostado do momento proposto, pois pelo semblante facial parecia que queria continuar. Pergunta- se qual brinquedo ele mais gostou e ele responde que foi o dos animais. Então disse que poderia levá-lo, ele agradeceu e foi conduzido a sua mãe. 30 Informe Psicopedagógico Devolução I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Nome: E.B.P. Sexo: Masculino Idade: 11e 11m Nascimento: 12/15/1999 Série: 2º ano do Ensino Fundamental II – MOTIVO DA CONSULTA: Queixas apresentadas pela: Escola: A professora relatou que E.B.P. é muito desatento (distrai-se com qualquer estímulo externo), é agitado, desorganizada com seus materiais (esquece, troca, perde); não dá continuidade ao que iniciou; apresenta grande dificuldade no aprendizado. Não têm bons hábitos de higiene com o próprio corpo. Apresenta dificuldades de memorização, não é alfabetizado Mãe: A mãe relatou que E.B.P. é muito desorganizado com seus pertences e consigo mesmo demora muito para fazer suas atividades, apresentando muita dificuldade no aprendizado. Também queixou-se de desatenção e acomodação, e difícil convívio familiar com ela (mãe) e com os irmãos mais novos. III – RECURSOS UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO: Período de Avaliação: 13/05/11 a 20/05/11. Número de sessões: 6. IV – OS INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA A ANÁLISE: Anamnese; E.F.E.S. EOCA; Pareja Educativa; Os quatro momentos do meu dia; Dia dos meus compleãnios; 31 Verificação ou não do realismo nominal; Observação em sala de aula; Observação fora da sala de aula; Provas Pedagógicas (escrita/ditado/diagnóstico de leitura e matemática); Provas Operacionais de Piaget; A Hora do Jogo Diagnóstica. V – ANÁLISE E RESULTADO NOS ASPECTOS: Afetivo/Emocional: Pode-se notar nos testes projetivos que a personalidade de E.B.P. caracteriza-se por sentimentos de insegurança, bloqueios, carência, baixa auto-estima, sentimento de inferioridade. Sintomas de ansiedade (quando achava que iria ser cobrada em alguma tarefa), um vínculo afetivo familiar em desequilíbrio, leve impulsividade. Social/cultural: E.B.P. têm poucos momentos em sua rotina dedicados a momentos de cultura e lazer. A família de baixa renda muita das vezes não tem recursos para oferecer ao filho momentos recreativos e brinquedos mais pedagógicos. Vale ressaltar que as dificuldades diárias enfrentadas como baixa auto- estima, provêm também da instabilidade familiar, agravando assim, seu aprendizado e seu relacionamento. Cognitivo/Pedagógico: A criança tem 11 anos e 11meses, está no 2º ano e ainda não sabe ler nem escrever. Essa dificuldade impede-o de participar mais ativamente das aulas e E.B.P. torna-se uma criança isolada diante do grupo. Seu nível de cognição está abaixo do esperado da realidade dentro dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) ditados pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases). De acordo com os PCNs (1998), no 2º ano, como em todos os outros anos, há conteúdos e disciplinas a serem ensinados em sala de aula que exigem conhecimentos prévios para um bom desempenho acadêmico, há ainda avaliações com exigências de notas segundo o regimento interno 32 escolar, e E.B.P. apresenta um nível muito abaixo da média escolar exigida, ou seja, apresenta rendimento escolar insatisfatório no ano em curso. É preciso rever com urgência, antes que agravem ainda mais suas dificuldades já apresentadas. VI – SÍNTESE DIAGNÓSTICA: A 1ª hipótese diagnosticada foi de caráter afetivo/emocional. A 2ª hipótese diagnosticada foi de caráter cognitivo. A 3ª hipótese diagnosticada foi de caráter cognitivo. Conclui-se então que E.B.P é uma criança que apresenta obstáculos epistemofílico e epistêmico com processos de assimilação e acomodação prejudicados sintomatizando uma modalidade de aprendizagem hipoassimilativa e hiperacomodativa. VII - RECOMENDAÇÕES E INDICAÇÕES: Há necessidade de um acompanhamento multiprofissional para E.B.P., com o acompanhamento de um psicopedagogo para conseguir identificar onde se originaram as dificuldades do seu processo de aprendizagem. Identificando onde estão as causas, o psicopedagogo fará então a intervenção de um modo que venha saná-las. Será interessante o trabalho do psicopedagogo em conjunto com um pedagogo fora da sala de aula, para acompanhá-lo em casa no desenvolvimento das tarefas, principalmente no que diz respeito a alfabetização. Sugiro o acompanhamento com um psicólogo para os problemas afetivos, por se mostrar com sentimentos de insegurança, bloqueios, ansiedade, carência, baixa auto-estima e socialização, e ainda avaliação neurológica para que se possa detectar possíveis patologias que estejam inviabilizando o processo de aprendizagem. 35 Anexo – B FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL. PROFª ANA MARIA VIEIRA DE SOUZA – ESPECIALISTA. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Profissional: Ana Maria Vieira de Souza. Pedagoga-Psicóloga-Psicopedagoga Estagiário: _______________________________________________ . Eu, ____________________________________________________ aceito participar do Processo de Atendimento Psicopedagógico, cujo objetivo central é o de atender o participante oferecendo acompanhamento psicopedagógico e intervenção psicopedagógicas. Estou ciente de que terei atendimento psicopedagógico durante as sessões, submetendo-me a atividades de testes, entrevistas, e observações por parte do estagiário de psicopedagogia. Reconheço que tenho o direito de fazer perguntas que julgar necessárias. Entendo que minha participação é voluntária e que poderei me retirar do processo a qualquer momento. Os profissionais se comprometem a manter em confidência toda e qualquer informação que possa me identificar individualmente quando da apresentação de resultados deste trabalho às pessoas interessadas. Anápolis, _____ de _______________ de 2011. _________________________________ Assinatura do participante ________________________________ Assinatura do Profissional Responsável ________________________________ Assinatura do Aluno Responsável 36 Anexo – C FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL TERMO DE COMPROMISSO DO ESTAGIÁRIO Eu,___________________________________________________________________ Aluno (a) de Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional da Faculdade Católica de Anápolis Turma ---- Anápolis-Goiás assumo compromisso da realização em estágio supervisionado junto a Católica de Anápolis ao cumprimento que dispõe a Lei 9.394/96 (LDB) totalizando a carga horária de 100 horas, no período de ---, ----de 2011 a ---- -outubro de 2011 ( descontando-se o período de férias- julho). Ciente de tratar-se de prática curricular obrigatória como garantia à certificação, e que o não cumprimento do mencionado estágio no prazo estabelecido implicará em minha reprovação. Anápolis, -----, de----- 2011 Assinatura:____________________________________________________________ C.P.F.:________________________________________________________________ R.G.:_________________________________________________________________ 37 Anexo – D FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL ESTÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL PSICOPEDAGOGIA Controle da freqüência do aluno nas atividades de campo 1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO ESTÁGIO PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA Campo de Estágio Nome do professor-supervisor ANA MARIA VIEIRA DE SOUZA Nome do profissional de campo Nome do estagiário 2. FREQUENCIA NAS ATIVIDADES DE CAMPO Data Carga-horária Atividade desenvolvida Assinatura (*1) 40 E – CONDIÇÕES DO NASCIMENTO: Chorou: S ( ) N ( ) Icterícia: S ( ) N ( ) Cianose (pele azulada/roxa): S ( ) N ( ) Convulsão: S( ) N ( ) Outras dificuldades ocorridas ao nascer: ___________________________________________________________________ F – ALIMENTAÇÃO: Depois de quantas horas de nascido, chegou para mamar a primeira vez?(horas) ______________________________________________________________________ Teve dificuldade em sugar o bico do seio? S( ) N ( ) Rejeição ao leite? S ( ) N ( ) Sugou muito forte? S ( ) N ( ) Adormecia ao peito? S ( ) N ( ) Não mamava, mas fazia do peito uma chupeta? S ( ) N ( ) Mamava de madrugada? S ( ) N ( ) Até que mês? _______________________ Fazia vômitos? S ( ) N ( ) Prisão de ventre? S ( ) N ( ) Mamou durante quanto tempo? _______________________________________ Quando começou a comer comidas pastosas? ___________________________ Sucos? __________________________________________________________ Quando começou a comer comida de sal? ______________________________ 41 Se amassada (papinha) quanto tempo? ________________________________ Durante quanto tempo? _________________por quê? ____________________ Qual foi a reação da criança ao receber esse novo alimento? ______________________________________________________________________ E a da mãe, ao ver a criança aceitando o alimento que não fosse do peito? ______________________________________________________________________ Caso não tenha amamentado no peito. Por quê?_________________________ O que tentou fazer até chegar realmente a dar alimento através da mamadeira? ______________________________________________________________________ Aconselhada por quem? ____________________________________________ G – DESENVOLVIMENTO: ( EM MESES OU IDADE) Comportamento: muito quieto ( ) agitado ( ) choro freqüente ( ) calmo ( ) Firmou a cabeça com quantos meses? _________________________________ 1º dentinho: _______________________________________________________ Sentou – se: ___________ andou: _____________________________________ Mão que usava com freqüência: D ( ) E ( ) Engatinhou: ______________ Falou: ___________________________________ Controle das fezes: ___________________urina: _________________________ H – SEXUALIDADE: Curiosidade despertada com que idade? ______________________________________ Masturbação: S ( ) N ( ).Com que idade? ____________________________________ Quando percebeu este comportamento? ______________________________________ Envolveu – se ou envolve em jogos sexuais? ___________________________________ L – SOCIABILIDADE: Quando bebê ia facilmente com outras pessoas? _________________________ Prefere brincar sozinho? S ( ) N ( ) Não aceitava outras crianças brincando com seus brinquedos? ______________ Aceitava que outras crianças sentando no colo de outras pessoas? S ( ) N ( ) Faz amigos facilmente? S ( ) N ( ) 42 Adaptava – se facilmente ao meio, com outras crianças? S ( ) N ( ) Recebia com freqüência a visita de amigos? S ( ) N ( ) Atualmente, como está a socialização dele na escola, na família e em outro ambiente?Gosta de sair, ir no cinema, ao shopping, em festas, em clubes, enfim, de conviver com outras pessoas e ambientes? Descreva um dia de seu filho ( de 2ª a sábado, quanto os adultos estão trabalhando). Descreva um dia de seu filho com um colega. Descreva um domingo de seu filho. M – RELAÇÕES AFETIVAS: Descreva quando ocorre e torna – se incômodo: Choros: _____________________________________________________________ Mentiras: ____________________________________________________________ Fantasias: ___________________________________________________________ Emoções: ___________________________________________________________ Quando ocorrem demonstrações: De carinho: com quem? ________________________________________________ Piedade: de quem?____________________________________________________ Raiva/ódio: de quem? _________________________________________________ Ciúmes: de quem? ____________________________________________________ Inveja. De quem? _____________________________________________________ Amizade. De quem? ___________________________________________________ Prefere amigos: Mais velhos? S ( ) N ( ) Mais novos? S( ) N( ) Mesma idade? S( ) N ( ) Como são as brincadeiras e as relações afetivas com os amigos: Mais velhos: _______________________________________________________________ Mais novos: _______________________________________________________________ Da mesma idade: ___________________________________________________________ E quanto aos animais?Possui algum (uns)?Quantos? 45 Por quê? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Como foi sua entrada na escola atual? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Tiveram outras? ( ) sim ( ) não Como foi?____________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Você sabe por que está aqui comigo hoje? ( ) sim ( ) não O que achou da idéia? ____________________________________________________________________ Você quer estar aqui ou veio porque sua mãe, o colégio ou o seu professor o obrigou? ____________________________________________________________________ Eles têm razão? ( ) sim ( ) não Se pudesse e tivesse que fazer algo para um aluno que se parecesse com você em sala de aula, o que aconselharia, a fazerem: Aos pais: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 46 EOCA - ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM Aos professores: __________________________________________________________________ Você gosta de: Use este material, se precisar para mostrar-me o que você sabe a respeito do que sabe fazer, do que lhe ensinaram e o que aprendeu. Desenhe, escreva, faça alguma coisa que lhe venha à cabeça. ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO Marque as questões observadas Em relação à temática: ( ) fala muito durante todo o tempo da sessão. ( ) fala pouco durante todo o tempo da sessão. ( ) verbaliza bem as palavras. ( ) expressa com facilidade. ( ) apresenta dificuldades para se expressar verbalmente. ( ) fala de suas idéias, vontades e desejos. ( ) mostra-se retraído para se expor. ( ) sua fala tem lógica e seqüência de fatos. ( ) parece viver num mundo de fantasias. ( ) tem consciência do que é real e do que é imaginário. ( ) conversa com o terapeuta sem constrangimento. Observação: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Em relação à dinâmica (consiste em tudo que o cliente faz) ( ) o tom de voz é baixo. ( ) o tom de voz é alto. ( ) sabe usar o tom de voz adequadamente. ( ) gesticula muito para falar. ( ) não consegue ficar assentado. ( ) tem atenção e concentração. ( ) anda o tempo todo. ( ) muda de lugar e troca de materiais constantemente. ( ) pensa antes de criar ou montar algo. ( ) apresenta baixa tolerância à frustração. ( ) diante de dificuldades desiste fácil. ( ) tem persistência e paciência. ( ) realiza as atividades com capricho. 47 EOCA - ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM ( ) mostra-se desorganizado e descuidado ( ) possui hábitos de higiene e zelo com os materiais ( ) sabe usar os materiais disponíveis, conhece a utilidade de cada um ( ) ao pegar os materiais, devolve no lugar depois de usá-los ( ) não guarda o material que usou ( ) apresenta iniciativa ( ) ocupa todo o espaço disponível ( ) possui boa postura corporal ( ) deixa cair objetos que pega ( ) faz brincadeiras simbólicas ( ) expressa sentimentos nas brincadeiras ( ) leitura adequada à escolaridade ( ) interpretação de texto adequada à escolaridade faz cálculos ( ) escrita adequada à escolar Observação: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Em relação ao produto (é o que o sujeito deixa registrado no papel) ( ) desenha e depois escreve ( ) escreve primeiro e depois desenha ( ) apresenta os seus desenhos com forma e compreensão ( ) não consegue contar ou falar sobre os seus desenhos e escrita ( ) se nega a descrever sua produção para o terapeuta ( ) sente prazer ao terminar sua atividade e mostrar ( ) demonstra insatisfação com os seus feitos ( ) sente-se capaz para executar o que foi proposto ( ) sente-se incapaz para executar o que foi proposto ( ) os desenhos estão no nível da idade do entrevistado ( ) prefere matérias que lhe possibilite construir, montar criar’ ( ) fica preso no papel e lápis ( ) executa a atividade com tranqüilidade ( ) demonstra agressividade de alguma forma em seus desenhos e suas criações ou no comportamento ( ) é criativo(a) Observação: ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 50 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO Protocolo para Verificação da Interpretação da Escrita antes da Leitura Convencional – 1 NOME:________________________. IDADE:____________. DATA:___________. Prova: Quantidade suficiente de caracteres. Observe estes cartões (consigna) Todos servem para ler?________________________________________________. Há algum que você acha que não serve? Qual, por quê? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Prova: Característica do texto: Com a criança folheando o livro, pergunte-a: É possível ler esta página?______________________________________________ E esta?_____________________________________________________________ O que você lê?_______________________________________________________ (anote as respostas) Prova: Diferenciação entre numerais e letras (escolha um texto) Neste texto há letra ou numeral? _________________________________________ Este sinal é uma letra ou numeral? (escolha)_________________________________ Onde estão os numerais neste texto? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Prova: Diferenciação entre letras e Sinais de Pontuação: O que são estes sinais? ________________________________________________ Para que servem?_____________________________________________________ Eles podem ser lidos?__________________________________________________ 51 Prova: Direção da Escrita: Onde se pode começar a ler? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Por onde segue a leitura? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Onde termina? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Conclusão: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Assinatura:__________________________________________________________. 52 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO Protocolo para Verificação da Interpretação da Escrita antes da Leitura Convencional – 2 NOME:________________________. IDADE:____________. DATA:___________. Prova: Leitura de Palavras com imagem: Observe este cartão: Há algo para ler neste cartão?__________________________________________. Onde dá para ler?____________________________________________________. O que está escrito? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Prova: Leitura de Orações com Imagens: Observe e diga se há algo para ser lido? ___________________________________________________________________ Onde? O que está escrito? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Prova: Leitura de Palavras sem Imagem: Diga o que está escrito em cada linha. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________. 55 Agressividade c/ colegas ........................................................................ - + ++ +++ Agressividade c/ professores .................................................................. - + ++ +++ Agressividade c/ objetos ou animais ....................................................... - + ++ +++ Timidez c/ colegas ................................................................................... - + ++ +++ Timidez c/ professores ............................................................................ - + ++ +++ Choro ....................................................................................................... - + ++ +++ Freqüente ................................................................................................ - + ++ +++ Quando e por quê .................................................................................... - + ++ +++ Crises de birra ......................................................................................... - + ++ +++ Auto estima: sempre rebaixada ............................................................... - + ++ +++ Sempre em alta ........................................................................................ - + ++ +++ ASPECTOS COGNITIVOS/PEDAGÓGICOS: (dificuldade de aprendizagem, não acompanhando a turma) ESCRITA: a) Troca, inversão, acréscimo ou omissão de letras(sublinhe) .............. - + ++ +++ b) Disgrafia (letra feia, trêmula) ............................................................. - + ++ +++ c) números malfeitos, sem ordem .......................................................... - + ++ +++ d) leitura s/ ritmo, pontuação, pressa ..................................................... - + ++ +++ e) material para leitura próximo aos olhos ............................................... - + ++ +++ f) linguagem(favorável para expressar idéias,desejos,sentimentos)....... - + ++ +++ LEITURA: a) troca, inversão, acréscimo ou omissão de letras ................................ - + ++ +++ b) inventa palavras ou sinônimos ........................................................ - + ++ +++ c) leitura s/ ritmo, pontuação, pressa .................................................. - + ++ +++ 56 d) oralidade (leitura fluente, mesmo com texto desconhecido) ............. - + ++ +++ e) material para leitura perto dos olhos ................................................... - + ++ +++ RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO: CÁLCULO: a) dificuldade no aprendizado da aritmética ........................................... - + ++ +++ b) troca o algarismo ................................................................................ - + ++ +++ c) é capaz de seriar,ordenar e classificar ................................................ - + ++ +++ d) associa/agrupa ................................................................................... - + ++ +++ e) reparte/separa/exclui ......................................................................... - + ++ +++ f)opera c/ facilidade(operações de reagrupamento e de reservas)......... - + ++ +++ g)dispensa recurso(material concreto) para cálculos(mentais ou de registro)- + ++ +++ ASPECTOS SOCIAIS/SOCIABILIDADE: a) sabe cuidar e proteger – se diante de situações de perigo ........... - + ++ +++ b) participa das atividades de grupos ............................................... - + ++ +++ c) impõe idéias .................................................................................. - + ++ +++ d) ouve as idéias dos colegas .......................................................... - + ++ +++ e) prefere fazer o que é sugerido pelo grupo, não expondo o que deseja - + ++ +++ f) está sempre contando o que os outros estão fazendo ................. - + ++ +++ g) suas amizades são de preferência com crianças do mesmo sexo ................................................................................................................ - + ++ +++ h) suas brincadeiras são aceitas pelos colegas ................................ - + ++ +++ i) aceita sugestões de outras brincadeiras ...................................... - + ++ +++ j) motiva os colegas(situações de sala e fora dela) ........................ - + ++ +++ Escreva outras informações que julgar necessárias: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________.