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Baligtica
Laudo Pericial de Balística Forense
Conheça elgurmas características importantes do laudo
pericial
O laudo pericial erm balística forense é a síntese de todo o
trabalho técnico desenvolvido, em cada caso, em face do
tipo de material examinado e dos questionamentos feitos a
seu respeito. É escrito por peritos, mas destina-se, na
maioria das vezes, a pessoas kigas no assunto. Por essa
razão, o texto do laudo, apesar de ser técnico, deve ser
apresentado sob uma forma que pessoas que não são
peritos também o entendem,
O êxito, quento Bos resultados, dos exames periciais
realizados na área de balística forense dependerá, em
grande parte, de como foi realizado 0 exame do local do
feto. Um exame mal realizado ou coleta e preservação
inadequadas dos materiais relacionados com a balística
poderão prejudicar definitivamente qualquer outro exame
pericial posterior.
Cada órgão de Criminalística dos Estados possui
determinadas normas internas para à elaboração dos
laudos periciais por eles emitidos. No entanto, o laudo
pericial, por ser um trabalho técnico e ciertifico, deverá
possuir uma estrutura mínima, lógica e coerente. própria
de qualquer trabalho científico.
O Código de Processo Penal (CPP) em seu artigo 160
preceitua:
“Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão
miruciosamerte o que examinarem, e resporderão aos
quesitos formulados.”
ATENÇÃO
A expressão correta para designar o trabalho escrito por
peritos, ao examinarem. por requisição da autoridade, os
vestígios deixados em uma inifação peral, é Laudo Pericial
As denominações levantamento, relatório, relatório técnico,
informação ou informação técnica não estão previstas em
nossa legislação processual peral.
O perito só realiza o exame do corpo de delito quando uma
inftação penal deixar vestígios (art. 158, do CPP) e se houver
a requisição do exerne pela autoridade competente.
“Logo que tiver conhecimento da prática da inftação penal,
a autoridade policial deverá:
L.]
VIL determinar, se for o caso. que se proceda a exame de
corpo de delito e a quaisquer outras perícias: [..]"
Ro determinar a realização do exame pericial, a autoridade
deverá, sempre que possivel tecnicamente. elaborar os
quesitos, os quais deverão ser objetivos, claros, precisos e
concisos. Devem ser exitados os quesitos desnecessários,
impertirentes ou esquisitos.
A precisão dos quesitos é muito importante para evitar
dúvidas posteriores. À autoridade requisitante do exame
pericial, muitas vezes, informa o envio de um material
diférente do relatado ro ofício da requisição que segue o
material a ser examinado.
A estrutura básica de um laudo pericial de balística forense
deverá conter, no mírimo, os seguintes itens
= Introdução ou preârmbulo
=> Descrição do material recebido para exames
=> Exames periciais realizados
=> Conclusão e respostas aos quesitos
=> fecho
= Anexos
ATENÇÃO
A lista não esgota as possibilidades de composição de um
laudo, pois podem ser introduzidos outros itens ou
suprimidos alguns, deperdendo do tipo de exame solicitado.
Os itens listados constituem o material mírimo de conteúdo
de um laudo pericial Há casos em que são incluídos outros
itens.
Introdução ou preambulo
À introdução ou preâmbulo contém, normalmente, a data e
O local da realização do exame, o nome de quern determinou
a realização do exame e da irstituição na qual esté sendo
realizado, none da autoridade que fez a solicitação, o
material a ser examinado e o objeto do exame.
Algures instituições têm corno norma a transcrição dos
quesitos logo após o preâmbulo, repetindo-os ro momento
em que redigem suas respectivas respostas.
Histórico
Pequero relato da requisição e síntese do feto que originou
a requisição da perícia. O histórico se reveste de Importância
quando for solicitado o exame de tiro acidental ou quando
não houver a formulação de quesitos. No caso de exame
de disparo acidental, o histórico do fato deve ser exigido
pelo perito à autoridade solicitantes do exame.
Descrição do material recebido para exames
Muitas vezes, o material recebido para exames não
corresponde ao material que a autoridade afirma que
remeteu, no ofício de encaminhamento. podendo existir
material a mais, a meros ou diferente daquele constante do
ofício, Quando houver alguma divergência. os peritos
deverão destacá-la, mencionando sua importância e as
consequências da divergência
O material remetido com mais ffequência para exames de
balistica é constituido por armas, cartuchos, estojos e
projéteis. Outros materiais também poderão ser objeto de
exames, deperdendo do tipo de materiais e da sua relação
com o feto. Todo material recebido dever ser descrito,
mesrno que não terham sido formulados quesitos relativos
a seu respeito.
A descrição da arma deve se iniciar pelo tipo de arma
(revólver, carabina etc.), a marca (oitar o locel em que está
gravada), modelo, calibre, número de série (indicar o local
da gravação) e número de rmortagem, com a referência
das peças em que esses dados estão gravados.
Especificar o material usado em sua confecção (aço
cerboro, aço Inoxidável titânio etc.) e o tipo de acabamento
externo (oxidado, niquelado, crormado),
No tocante ao mecanismo da arma, identificar se é de ação
sirnples, ação dupla ou de movimento duplo. Para o sistema
de percussão, determinar se é central ou radial e de
percussão direta ou indireta, relatando se o cão possui
percutor oscilante ou fixo.
Para o cano é importante medir seu comprimento,
incluindo-se o cone de forçemerto (revólveres) e à
cêmara para as pistolas, carabinas. espingardas e
submetralhadoras. Citar o número e a orientação das raias
(dextrogiras cu sinistrogiras), bem corno as gravações nele
existentes. em especial 0 número de série e número de
montagem, quando presentes.
O tambor deve ser caracterizado pelo tipo (reversível ou
fixo), sua movimentação (dextrogira ou sinistrogira), o
número de câmaras e as gravações rele existentes. Para
as armas semiautométicas e automáticas, referir a
capacidade de carregador.
Qualquer outra característica, como estado de conservação
ou detalhe que possa ajudar na identificação e
individualização da arma, deve ser referida.
Na descrição dos cartuchos e estojos, referir a marca, 0
calibre rominal, o tipo de material de que é corstituíido o
estojo (latão. letão riquelado, alumínio, papelão, plástico), o
tipo de carga (chumbinhos ou projétil único), o sistema de
percussão (central ou radial, o tipo e número de marcals)
de percussão. Para os cartuchos, deve-se descrever o tipo
de corstituição do respectivo projétil
Quando é recebido um projétil este deve ser tão bem
descrito que, mesmo sem a foto, posteriormente qualquer
pessoa possa ser capaz de identificéro pela descrição.
Determinar o calibre por meio da massa e das dimensões,
a marca, quando possível e se é projétil industrial ou de
recarga. Determinar o número e a orientação dos ressaltos
e cavados, massa e dimensões (diâmetro e comprimento)
e caso esteja deformado, caracterizar o tipo de
deformações e sua extensão, À fotografia do projétil no
estado em que se encontra e. se possível da embalagem
ra qual consta o nome da vítima. poderé auxiliar na
comprovação da ocorrência de troca cu substituição do
projétil ou da vítima
ATENÇÃO
Se existir algum material aderido ao projétil (tecido orgânico,
sangue, tinta, vidro etc.) deve ser caracterizado e descrito,
citando em que região do projétil está localizado: Deve ser
removido, acondicionando-o adequadamente para que possa
ser devolvido juntamente com o projétil ou arquivá-lo para
possibilitar a realização de futuros exames. Identificar a
origem do projétil (vitima, local etc.). Sempre que possível,