Baixe Manual do arquiteto descalço - I parte e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! vo
[RT o E
ape de JOHAN van LENGEN
objetivas e subjetivas,
e consigo mesmo.
ETR E OD E
ease je o Rs E A
habitação, saír
fere iu pd [eto ço 1e RE :
ERES la ú st
Pesquisa e desenvol:
também produz materiais
beta RT Ae
boletins, manuais e Livros;
O TIBÁ oferece assexsil:
[EBC REA TD
AU E DE é
[ACTA EU eos iss A :
[RAT é
DOTE UPAs o sato
IES Ã R Q U ] T ETO
“FRGS
FAGI! Pr “7 DE ARQUITETURA
L.BLIOTECA
| RN LIVRARIA DO
ARQUITETO
CONTEÚDO
ese O A O
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
COMO USAR O MANUAL
1 PROJETO 1 3 TRÓPICO SECO 223 GOBRAS 347 tiltros 616
purificação 822
desenho 2 forma da casa 224 preparar a obra 350 irrigação 634
forma da casa 8 ventilação 228 aplicar os materiais 356
os espaços 15 tetos 243 fundações 382
como projetar 18 janelas 260 paredes 376 9 SANEAMENTO 843
maquetes 30 painéis 43
tamanhos sá pisos 440 sanitários 84
ambiente 38 4 ZONA TEMPERADA | 269 telhados 448 bason es3
iluminação 5 portas e janelas 480 coban 684
situar as casas 82 clima 270 serviços 502 biodigestores 869
edifícios 73 produção de calor 276 obras especiais 509 drenagem 878
assentamentos 89 estufas 280 ferramentas 527
clima 98 aquecedores 286 ecotécnicas 536
espaços urbanos 106 10MAPASE TABELAS 679
circulação 16
meio ambiente 183 5 MATERIAIS 295 7 ENERGIA 541 materiais e calor 680
medidas 6e2
escolha dos materiais 296 calor e movimento 542 misturas esa
2 TRÓPICO ÚMIDO 141 terra 298 moinhos 54 climas e zonas ses
terrocimento 316 calor solar 550 ângulos 692
forma da casa 142 areia a25 fogões 570
tetos 144 cal 326
estruturas 158 madeira 329 . GLOSSÁRIO
pragas 194 cactos sa2 BAGUA 581
portas e janelas 199 bambu 33 BIBLIOGRAFIA
ventilação 202 sisal 340 localização 5s2
umidade 204 marcreto 342 bombas 586 ÍNDICE ALFABÉTICO
caminhos e pontes 210 g transporte de água 600
í cisternas 808
COMO USAR O MANUAL
RS O
Este manual não tem receitas fixas e sim indica muitas maneiras
de se fazer uma casa e ainda uma gama bastante rica de
emprego de materiais, ampliando assim a escolha de como
melhorar o que se está fazendo.
Quando se pensar em construir, a consulta aos conceitos e
exemplos contidos neste manual, permitirá um diálogo mais
produtivo entre o proprietário e o responsável técnico, para saber
como podem ser aplicados na obra.
Para as técnicas não-convencionais, recomendamos também
que se exerça controle de qualidade e que se realizem testes,
principalmente quando envolverem a construção de elementos
estruturais, não se responsabilizando o autor por qualquer
procedimento que venha a violar as normas de segurança
necessárias a qualquer construção.
É importante considerar também, que os materiais e as técnicas
sejam utilizados conforme o clima da região, para que se consiga
a máxima harmonia com o mínimo de custo.
Como no presente livro se fala um pouco de tudo, será melhor
primeiro lê-lo por completo, e depois escolher os caminhos mais
apropriados.
DESENHO
AM O LA
Para se fazer uma casa, nem sempre se necessita desenhá-la
antes. Mas quando queremos discutir, ou explicar para outros, as
nossas idéias, é melhor desenhar antes os planos. Também para
conseguir financiamento ou assistência técnica de orgãos
públicos, por exemplo, para a construção de uma escola, é
preciso colocar as idéiasno papel.
O DESENHO DE UMA CASA OU PRÉDIO
Existemtrês maneiras básicas para representar aforma de uma
edificação através de desenhos:
avista
queaparece
quandose
destampa
a casa
avista
queaparece
aosecortar
a casa
navertical
avista
da casa
olhada
defrente
oudelado
3
E
Estes desenhos devem ser bastante detalhados para que
indiquem exatamente os passos a seguir na construção. Por
isso, é preciso, em primeiro lugar, que as medidas de cada
elemento, estejam definidas claramente nas plantas e cortes. O
desenho da fachada mostra a aparência externa da obra, e as
elevações ou cortes, determinam a posição e as alturas de
portas, janelas, pisos, escadas, e ângulos de telhados.
isto sechama PLANTA
oo isto se chama CORTE ou elevação
isto se chama FACHADA
FORMA DA CASA
OBA «RS
Emmuitaszonasrurais-onde as pessoas passam grande parte
deseutempoaoar livre-a parte coberta das casas geralmente
só possui duas áreas: uma para preparar comida e outra para
estare dormir. Os sanitários encontram-se fora da casa.
As paredes divisórias são feitas do mesmo material que as
paredes de fora, ou mais leves; usam-se também os móveis,
armários ouguarda-roupas, para separar as áreas da casa.
As portas estão de frente para a rua ouna direção do vento mais
constante.
COMO PROJETAR UMA CASA
Nas páginas seguintes vamos ver como se projetaumacasa, os
espaços necessários e como organizá-los.
Existemtrêstipos básicos:
1 cozinha 2
CA
CB
sala com cozinha ao lado
sala
salacom cozinha ao fundo
Nota: Os desenhos mastram somente a metade da altura das
paredes, comose a casa estivesse em construção. Pode-sever
alocalização das portas.
9
a
3
cozinha
entrada
sata e cozinha separadas
Noterceiro exemplo oteto é prolongadona centro paracriaruma
área interna para comer, protegida da chuva, entre a sala e a
cozinha.
Noprimeirotipo (1) pode-se também prolongar oteto paratrás,
parater uma passagem coberta protegida dachuva ou dosol
forte.
No outrotipo (2) há duas possibilidades para cobrirmaisaérea:
4
x
+ N
<£ '
N
natrente aovlado
10
A SR
Usando a mesma distribuição básica, pode-se incluir um
banheiro:
banheiro
Aumentando as paredes
laterais, pode-se fazer uma
casacom dois quartos:
osquartos <A!
Outro passo seria separar o fogão da sala ou da área de estar
para incluir uma cozinha:
Além disso, pode-se dividir a
salae os quartos; fazer uma
áreacoberta para sombra.
Nota: As janelas não estão indicadas; suas posições dependem
da orientação e da direção do vento para a ventilação. Veja a
parte de ILUMINAÇÃO.
i
11
RR O
Esteúltimoa arranjo éapropriado para uma área declimatropical
úmido, em terreno plano com brisa lateral:
À mesma casa teria outra distribuição numa zona de clima
tropicalseco, com todos os quartos dando para um pátiointerno:
planta de distribuição
vista da casa
Este exemplo mostra um só tipa de distribuição dos espaços e
não deve ser considerado um modelo. A distribuição pode e deve
ser diferente, porque depende muito doclima, da orientação, do
terrena, da vegetação do lugar, datamanho da famiíliae desua
forma de vida, alêm dos materiais de construção escolhidos.
12 13
SM: A TA A AE A O
Osquartos emformaretangular são maisfáceis de construire de Quando oterreno da construção é no morro, pode-se compor os
arrumarmas, por outro lado, asformasirregulares podem dar ao espaços em diferentes níveis, unidos porescadas:
ambiente um aspecto diferente e inesperado, mais agradável.
partealta
um espaço retangular de um quarto
Nestecaso, deve-se colocar no mesmo nível os espaços quetem
relação entresi, como por exemplo, a cozinha e a sala de jantar,
ouosquartoseo banheiro que neste exemplo ficam na parte alta.
um espaço com uma parede
saliente para que entre mais sol
Em um terreno piano, os forros dos quartos podem estar em
diferentes níveis para facilitar o fluxo de ar e a ventilação,
especialmente nas zonas de clima tropical úmido. Assim, os
umespaço naformadaletra "L” paraver tetosficam emníveis diferentes.
melhoruma árvore
um espaço com parede redonda
paraacompanhar um barranco
Também a forma do terreno ou da vegetação faz com que os
espaçosmudem. Desta forma também, os espaços da casa criam uma visão mais rica.
COMO PROJETAR
ei "RT. +
Para entender melhor o processo de desenho e distribuição
dos espaços, usaremos como exemplo uma casa pequena, de
6x9 m, com dois quartos, uma sala, cozinha e banheiro (a
unidade formada por cozinha e banheiro será denominada
COBAN).
DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS
1 começaremos pelo COBAN
Al
2 depois, a sala de jantar
LJ
3 finalmenteos quartos
Aprimeira planta está projetada. Ainda faltam:
4 situar as portase janelas "»
Quando oterreno não é plano, deve-se deixar uma parte mais
alta que a outra, ligando-as por meio de escadas.
19
E
Aparte listrada do desenho indica a parte mais alta ou a mais baixa.
MA |
O ASPECTO
Paraevitar que a casa pareça uma caixa, podermos deslocar os
cómodose dar-lhe umaformairregular, que é maisaconchegante
quando vista defora:
|"
deslocamentofrontal oulateral
E
mas não exagerado para não
criar uma sensação confusa:
atredondando asesquinas
suavizamos a forma de
caixa .
20
ARE. ma. CR
O LUGAR
Logicamente, a orientação da casa no terreno depende do
acesso à rua
rua
s s
eda posição dosol:
Alo] RVZ
Q
sol nascente
Aqui pode-se observar que a forma dasala deixa deser quadrada
efica retangular. Ao desenhar, não devemos ser rígidos. Um
pouca deflexibilicdade possibilita a aparição denovastformas.
21
AEE E
ACRÉSCIMO
Vamos supor que em vez de dois, precisamos detrês quartos:
lo
[5
A planta fica maior; para melhorar a comunicação entre os
espaços, colocamos um corredor (c) E aumentamos otamanho
dasala, ou acrescentamos uma varandana entrada da casa. No
climatropical úmido, o corredorficaabertona altura das paredes,
para criar uma ventilação cruzada entre os quartos.
Outraforma de aumentar a
planta é deslizar um espaço Q Q
para fora do contorno do te
retângulo. Neste caso, Q
teremos quatro quartos. Q
Lim Lo
Os espaços desta planta -
sala equartos -são maiores.
Ocorredortemformade"L”,
para permitiroacessoatodos
osquartos.
22
E EB E
Aplantaanterioréum poucocomplicada. Deslocando ligeiramente
osespaços, conseguimos uma planta mais clara:
Os quartos comunicam-se
com a sala através de um
te
corredor curto tc) c
===
Ls
Os pisos ao nível natural do terreno criam um ambiente mais
variado e interessante. Se esta mesma planta estivesse em
terrenoinclinado, a melhor solução para ligar os espaços seria
colocar uma escada na sala.
perspectiva dodesenho anterior
23
MT
Muitas vezes nossa intuição nos dá a melhor solução na primeira
idéia. Em vez de procurar diversas soluções, é mais práticoficar
comumasóemelhorá-la até que o resultado seja satisfatório.
Claro que, se não funcionar, o melhor é abandonar estaidéiae
procurar outra.
Como émais difícil reduzir as dimensões num plano que aumentá-
las, é melhor iniciaro desenho com espaços mínimos. Aumentá-
los depois não será difícil:
PA = A | xs
pe
>
Seincluímos no planoumaoficina ou uma loja unidos à casa, eles
devemficar ao lado dasala, para nãotirar privacidade doresto
da casa.
mo
sala sala |
oficina
Emterrenos muito estreitos, é necessário incluir pátiosinternos
entre a sala e os quartos, para se obter mais ar e mais luz.
28
MR A e A
O CLIMA LOCAL
29
O E
diferentes inclinações
No clima tropical seco, onde os tetos devem ser planos,
podemos mover as paredes ou alterar a altura dos tetos para
tornar afachada maisatraente e nãoter umacasa-caixa:
ouváriostetos.
deslocando os espaços
Ls
ouasalturas dos espaços
ouambos
Em qualquerclima podemos conseguirfachadas bonitas e ainda
criar mais alguns lugares interessantesna casa, quando usamos:
sacadas
No clima tropical úmido ou em climas temperados, ostetos
serãoinclinados:
pórticos
dediferentesalturas
MAQUETES
ERR
PROJETAR COM MAQUETES
É bastante difícil imaginar todos os desenhos juntos, isto é, unir
em uma mesma imagem a planta, o corte e as fachadas. Para
saber se o tamanho dos espaços é adequado e se a casa terá
boa aparência, o melhor é fazer uma maquete em cartolina ou
cartão. Uma maquete em escala 1:50 pode ser feita assim:
1) Cortartiras de cartolina de 5em de largura. Estas tiras
representarão paredes de 2.5 m de altura.
a
2 Desenhar o rascunho da planta no papel, de forma que
cada metro reai meça 2 cm no desenho, deixando o lugar
das portas aberto:
Estamos usando neste exemplo, uma plantatípica desala
edoisquarioscom coban.
31
EB. ER O
3
Cortar astiras pela longitude das paredes do desenho e
colá-las seguindo aslinhastraçadas no papel.
Comprovar se esta planta representa a idéia original.
Talvez seja necessário fazer algumas modificações nas
paredes ou nas portas.
Quando tudo estiver satisfatório, pode-se recortar ou
desenhar asjanelas.
32
e E E A
6 Desenhar na própria maquete as linhas par onde vão
passar os canos de água e drenagem, e os tubos de luz,
além dalocalização dos pontos de luz:
7 Decidir otipo deteto mais adequado, segundo oclimae os
materiais que serão utilizados.
elimaseco
climatemperado
E, setodaa família estiver de acordo, mãos à obra!
33
Ae RT IS
Exemplo de uma casa simples para quem tem pouco dinheiro e
umterreno difícil.
ana O
Na parte decimaficamo quartoe
abanheiro.
Na parte de baixo estão a sala de
estar e uma área para a cozinha.
LA
Asfundações também são colocadas em alturas diferentes.
sanitário
Desenhando as paredes pela metade da altura, podemos ver a
distribuição dosespaçosinternos.
Esta planta serve para uma casa na praia ou na montanha.
AMBIENTE
Ml MR OT
Acasaserve para nos proteger das condições climáticas, como
calor, chuva, frio ou umidade, e porisso é importante observar
primeiro oclimalocal.
Trataremos detrêstipos básicos declima:
Oclimatropical úmido, que é quente mas chuvoso, com
muita vegetação e pouca diferença detemperatura entre o
diae anoite.
O clima tropical seco, que também é quente, mas com
pouca chuva, vegetação escassa e fortes mudanças de
temperatura entreodiae anoite.
O clima temperado, em que há épocas de muito fria
durante o ano, principalmente à noite.
As pessoas migrantes às vezes cometem erro muito comum de
ao chegar a uma região de clima diferente, construirsuascasas
comas mesmas formas das deseus lugares deorigem. Porisso,
quase sempre estas casas ficam muito quentes ou muito frias.
É melhor observar a forma como as pessoas do local construíam
suas casas antigamente. Assim, não se cai noerrodeimportar
desenhos e materiais que não combinam com as condições
locais. A casa deve estar de acordo com o clima e não o climacom
a casa.
Nos capítulos 2, 3 e 4 veremos como as diferentes
características climáticas mudam totalmente os projetos e as
construções.
39
der A
CLIMA TROPICAL ÚMIDO
Construiras casas perto de morros ou elevações onde há
mais movimento doar.
Paredes delgadas, para que não conservem umidade.
Tetos bem inclinados, para quea chuvaescorra.
Materiais: madeira, taquara ecapim.
Janelas grandes, paramelhorara ventilação.
Casas separadas, para que a brisa circule refrescando.
== Varandas abertas em volta dacasa, para protegê-la da
chuva.
Piso elevado para evitar a umidade dosolo.
40
RR
CLIMA TROPICAL SECO
Em regiões de morros, construir as casas nas partes
altas, onde há mais movimento dear.
Paredesgrossas, que retardam a penetração docalor
do dia e do frio da noite.
Materiais: pedra, adobe, tijojose blocos.
Janelas pequenas, para evitar a poeira co sol.
Casas bem juntas, com menos paredes expostas ao
sol. Uma dá sombra à outra.
Uso de pátios internos, para ventilaros quartos.
Piso apoiadosobre aterra paracaptaro frescordo solo.
It] ci 41
mec O
CLIMA TEMPERADO
Construir as casas nas áreas mais expostas ao sol.
Paredesgrossas para não perdero calor doscômodos.
Tetos comiinclinação média.
Materiais: madeira, adobe, tijolos, blocos.
Janelas pequenas para o Sule grandes para o Norte.
Proteger a casa dos ventos com vegetação e barreiras
deterra.
Uso do sol para aquecer os cômodos.
isolaro piso dofrio do solo.
42
e, SE EO
Muitas vezes as condições do ambiente onde se constrói não
estãoclaramente definidas. Emalgumasregiões dectimatropical
úmido os recursos florestais foram destruídos, e isto provocou
escassez de madeira. Existemtambém regiões de climatropical
seco com vales verdes cheios de palmeiras, onde as pessoas
constróem suas casas todas em madeira.
Noentanto, se há condições para construir casasem harmonia
como meio ambiente, o melhor é fazê-lo assim.
Claro, hoje temos a oportunidade de utilizar materiaisnovos-às
vezes importados - mas é melhor utilizar estes materiais em
harmonia com otipo de construçãotradicional, Mudartodos os
aspectos materiais, como a forma da casa, a divisão interna, o
uso de espaços, sempre causará mais tarde muito mal estar.
Porexemplo:
águaestagnada
rachaduras
CA
entra
muitoso!
A CASA E SUAS PARTES
Uma casa tem três funções básicas quanto às condições de
abrigo:
1 proteção do sole dachuva
2 proteção da umidade do solo
3 proteção do vento
E. claro, não deve cair com um ventinho ou quando passa um
caminhão.
no 43
O. A
Emoutras palavras, necessitamos de:
teto 4
OO.
paredes
LL
Muitas vezes os problemas de manutenção da casa, como
infiltrações de água, insetos, calor ou frio excessivo acontecem
primeiro nas juntas ou conexões destas partes: teto, piso e
paredes.
aqui YU,
eaqui 2 ;
Da mesma forma, as falhas da construção, através dos efeitos
do vento, chuva ou acomodações de terra, freguentemente
começam a aparecer nestes pontos.
| 48 49
OR Ola TO. e A |
ve dll vai
3 ventilar bem os espaços para que o calorcircule,em vez
deficar parado depende muito das posições de portas e
janelas em relação à direção do vento predominante. b É
[E Ees | Tb Er
janelas altas: janelas baixas: i «e cima para baixo: : .
retiram o ar sente-se na pele Í pouca eficaz de baixo para cima:
quente junto afrescorda brisa. reftesca muito bem
aoteto
+ 3 +
ventoentrando caramanchão mais perto do teto: 7 a
pelavaranda afastadoda ã maisquente E cieuiação cruzada
arede À ú
p com aberturas na parte
baixa das portas
|
BA = dd TE
aqui entraocalor do aquisaiocalor árvoresbaixas: a brisa á
j árvor :abri
telhado doquarto sobeenãventra Testa o alms.a brisa
50
Aa. Ts
A distância entre as plantas ou árvores e a casa também é
importante, porexemplo:
cerca viva a 3 metros: 2 E - As
abrisaentra
cercavivaa metros: a DDD Ed
brisa entra com mais remo,
força em —s
Noentanto, uma árvore fica melhor a uma distância menor:
árvore a 6 metros:
entra pouca brisa neah ee
€—— êm —
3
——
maisfresca mia
árvoreaImetros:a
«Sm —
brisa entra mais &
51
E
As cercas vivas em volta da casa podem também mudar o
movimento da brisa dominante:
semplantas:
abrisa passa porfora
cercavivanafrente:
a brisa passa ainda
maislonge
cercaviva atrás:
abrisaentraerefresca
cercaviva na frentee
atrás: a brisa entra
com maisforça
53
AMME
B paraqueoar quente não entre nos cômodos
se
E A.
ABERTURAS DE VENTILAÇÃO NO TETO
Umaformade evitar o calornointeriordacasa éfazeraberturas
na parte superior das paredes, ounoteto, paraqueo ar quente
dos quartos possa sair. O ar quente sempre sobe. o ar quente sobe
nos beirais escapa
pelas aberturas na
cumeeira.
Hátrêstipos de movimento:
À paradeixarsairo arquente dointerior: Exemplo dotipo B:
com o ar fresco fora:
deixa-se sairoar para
que entre o ar mais
fresco
variação de abertura
nacumeeira.
Exemplosdotipo A:
TIE
aberturas nas paredes
Cc paratiraroarquenteentre oteto eojirau
Peep com teto plano: a
tm, brisa leva o ar que
está parado sob o
teto.
Exemplo dotipoC:
abrisa passa pelos tijolos
abertos postos na parte
alta das paredes.
varquente deve sair pelas aberturas noteto
58
RR
Então, a decisão a respeito do tamanho dajanelae onde colocá-
ladepende das condições do lugar.
Mas, se depois de considerartodas as condições do lugar, por
algumarazáonão se podem resolver os problemas de iluminação,
devemos partir para outras ações:
Quando entra luz demais, é preciso colocar persianas,
treliças, cortinas ou plantas.
É
persianas treliças
plantas cortinas
Quando entra pouca luz pelas janelas, é preciso calocar
outras entradas de luz.
tetoplano: clarabóia
59
CR ES
umasolução interessante: x
teto inclinado: janelas altas
ALTURAS DAS JANELAS
Também é preciso considerar quetipode atividades vão acontecer
nos espaços da casa. As janelas serão desenhadas de acordo
comelas, mudando as alturas desde o piso.
Porexemplo:
50 8o
sala saladejantar
100
escritório cozinha
150 I 180
oficina banheiro
Todas as medidas estão dadas em centímetros.
60
TR
LUZ TAMBÉM É SAÚDE
e.
Quando osraiosdosolnão entram nosquartos porque as janelas
são muito pequenas, ou por estarem semprefechadas, cria-se
a oportunidade para o crescimento de ácaros, fungos, vírus e
bactérias.
Isto faz com que os moradores adoeçam com maisfacilidade.
Portanto, deve-se tentarter asjanelas de modo que os raios do
solentreme purifiquemointerior dacasa.
N
aquioarélimpo
aquioaréimpuro
AR
eo
invemo
No caso de que se queira que o sol só entre por uma janela
grande quando fazfrio, planta-se uma árvore que perdefolhas
noinverno.
61
E)
E
CUIDADO COM A VISTA
Quando construímos a casa num lugar com uma bela vista,
colocam-se grandes janelas ou paredes de vidro. Mas
rapidamente nos acostumamos com este prazer e depois de
algumtempo não notamos mais a paisagem.
vistaconhecida
vistaa serdescoberta
Como é muito difícilimaginar de antemão todos os detalhes de
cadacômodo, as decisões podem ser divididas: algumas devem
sertomadas no início da cbra, mas outras são tomadas mais
adiante.
Por exemplo, quando sabemos o tamanho das janelas, etas
podemsercompradasoufeitas, mastambém podemos aproveitar
janelas usadas.
BaAs
e
K
Agora levantamos as paredes até meio metro e, de deniro da
Casa em construção, decidimos onde exatamente colocar as
janelas.
SITUAR AS CASAS
RR IR E
Há muitas formas de contaminação: cheiros, ruídos, fumaças,
água suja, zonas feias, destruição da natureza, falta de
infraestrutura.
Muitas vezes algumas das atividades industriais causam
contaminação dascidades.
No entanto, pode-se diminuir um pouco a contaminação se as
fábricasforem localizadas de maneira a não afetar a população.
Além disso, asfábricas devem instalar aparelhos paratratar seus
dejetos antes de lançá-los no ambiente.
Agui, os dejetos da fábrica não afetamtanto as pessoas do povoado, oriocorre
parafora.
Devemos localizar as casas em áreas longe das fontes de
contaminação.
63
BT E
COMO LOTEAR OS TERRENOS
As melhores áreas devem ser destinadas a locais de reunião:
parques, praças, escolas, teatros, mercados. É melhorterterrenos
de beleza natural, como bosques, vistas, brisa agradável. É
preciso Planejar para que todos tenham fácil acesso a estetipo
deespaços.
Aspiores áreas podem ser destinadas afunções que necessitam
muita construção e que provoquem uma mudança total do
ambiente natural, como estação de ônibus, estacionamento,
fábricas, vias de acesso.
As ruas e praças devem estar situadas de maneira a requerer
muito pouca movimento deterra para sua construção, seguindo
o padrão de drenagem natural, para que as águas da chuva não
paremaí.
Osloteamentos pequenos para habitação devem incluir lotes
para atividades comerciais da comunidade, evitando assim sua
concentração em uma só zona comercial.
É um erro dividir o terreno em lotes iguais. As áreas não têm
sempre o mesmo valor: há lugares com árvores, água, melhor
vista, com declivescujos valores devem ser considerados. Além
disso, os compradores não dispóem da mesma quantidade de
dinheironem podemeonstruirsuas casas em poucotempo.
Vistade um terreno
lotes
Je
Db
Adivisão de um terreno
68
ds JM A
Acasa estálocalizada de tal maneira que integra os elementos
doterreno.
terreno baldio: localizar a
casa em qualquer lado da
linhadocentro.
terreno com um elemento:
localizar a casa do lado
oposto.
terreno em desequilibrio:os IS
elementos naturais e os A
construídos estão
muitojuntos.
69
O
A FORMA DA CASA
Todo mundo percebe que se sente melhor em certas áreas da
casa doque em outras. Claro que muitas vezes o sentido dobem
estar depende da orientação dos espaços, se entra O sol, se
estão bem ventilados ou dotipo deacabamento ou dascores das
paredes.
Além disso, a forma da casa pode mudar nossa energia:
As áreas ao lado da entrada
são usadas para colocar a
sala de estar ou quarto de
hóspedes
Casas em forma de "L":
melhor não colocarcamas ou a
mesas detrabalhona parede Ss
indicada (a) e
zonamuito boa paraasala ou
quarto principal(b) b
preencher o vazio do L com
uma árvore, com uma pedra
oucom uma fonte
Alémdeabrigar...
Acasaémaisque Uma construção para proteger-nos dachuva,
do sol ou do frio. Deve ser um lugar onde a família se sinta bem
acolhida e onde possamos receber os amigos. Nossa casa
também deveter pequenos espaços onde possamos estar sós e
trabalhar ou descansar, tanto dentro comofora dela.
70
E O
UMA CASA EM ZONAS DE INUNDAÇÃO
Em zonas de inundação e solos pantanosos é recomendável
construira casa sobre pilares ou plataformas. Especialmenteem
zonas não urbanizadas, isto é, sem ruas pavimentadas e sem
drenagem adequada.
Depois, quando a rua estiver construída, e quando não houver
mais perigo de inundações nem de solos pantanosos, podemos
construir as paredes de baixo, para ter mais espaços fechados.
finalmente
Finalmente, quando a zona estiver bem estabelecida, e devido
às necessidades de uma família grande, se houver recursos
pode-se acrescentar ainda mais espaço.
E IA
A, A,
Aurbanização sempre funcionou assim: primeiro há edificações
simples e frequentemente pobres. Como passardotempo, as
pessoas melhoram suas casas, até que se tenham casas bonitas
aolongo de ruas agradáveis.
háalgunsanos
agoraéassim
Quem não faz melhorias em sua casa está próximo da morte”
Provérbio árabe
72
TR ES
ORIENTAÇÃO
Para obter boa ventilação, é preciso construir os serviços
- banheiro e cozinha -sempre junto a uma parede que dê
para umjardim, um pátioou uma rua.
Os serviços devem estar bem localizados para que
Ê quando sopreo vento dominante não carregueocaloreos
odores para os outros cômodos.
Nas zonas de climatropica! quente situados abaixo da
linha do equador, a cozinha fica orientada para o Sul,
porque assim se evita o calor do sol, que bate nas paredes
do Norte e do Oeste.
Os quartos de dormir ficam melhor no lado leste da casa.
Nas zonas frias, 0 sol esquenta os quartos de manhã,
quandoas pessoas se levantam. Nas zonas quentes, 0soi
da tarde - que entra pelo Oeste - não deve esquentar os
quartos. Na hora de dormir preferimos um quarto fresco,
deformaque é melhor situá-los no lado Leste.
As salas ficam melhor quando dão para o Oeste. Nas
zonasfrias sãa as áreas mais quentes da casa durante a
tarde - hora em que estas áreas começam a ser usadas
pelos moradores.
EDIFÍCIOS
e O
Muitas vezes as pessoas da comunidade constróemseus próprios
edifícios públicos. Massurgem problemas quando a comunidade
cresce e é preciso ampliar estes edifícios, e por isso deve-se
deixar lugar paraisto.
Paragarantir um crescimento adeguado, nas páginasseguintes
recomenda-se algumas possibilidades, com exemplos para este
tipo de construções.
E preciso pensar nas conseguências quando projetamos um
edifício muito grande. Haverá mais movimento decarroseserá
necessário espaço para estacionamento. Deve-se delimitar bem
os acessos do públicoe o dosserviços.
serviço
público
expansão futura
78
c
ie
Ma
CLÍNICA
FUNÇÕES DIMENSÕES A
A recepção/espera 40m?
B sala deexames 10m:
c laboratório 20m?
D despensa, armazém 20m? B
E sala para pequenascirurgias 20m:
F enfermaria 40mº
G cozinha 20m
H banheiros 20m? Cc
I saladosfuncionários 20m?
Distribuição dos espaços:
entrada
pública
entrada dos
Tuncionários
OE
79
AR
DESCRIÇÃO DO USO DO ESPAÇO
Aáreaderecepçãoe espera serve parao primeiro contato
comas pacientes. Uma enfermeira-recepcionista decide
seotratamento é imediato ouse é necessária aintervenção
deummédico.
Assalas de exames são vários quartinhos com área para
trocar de roupa, mesa para instrumentos e uma cama.
Olaboratório é para exames simples, é usado também
paraguardar os instrumentos e equipamentos médicos.
Adespensaserve paraguardar osremédiose os materiais
da enfermaria (lençóis, por exemplo). Também é usada
paradistribuir remédios aos pacientesinternados.
Asalade pequenascirurgias é para pequenas operações
de emergência.
Aenfermaria é usada para a recuperação decirurgias; por
exemplo, partos e casos de tratamentos locais.
Uma cozinha para preparar a comida dos doentese dos
funcionários.
Os banheiros.
Sala dosfuncionários, para descansar, mudar de roupa e
guardar objetos pessoais.
80
ER
Os acréscimos para fazer uma clínica com mais serviços
médicos serão feitas assim:
ampliação planta básica ampliação
serviços de E tratamemos
internação
e entrada
Aqui a parte central (1) foi acrescida de uma parte com mais
camas (2) e outra parte com mais consultóriosclínicos (3).
Paraumaampliação maior dosserviços, será necessário consultar
um arquiteto, já que uma planta mal pensada pode causar
grandes perdas detempo e decirculação num hospital. Deve-se
considerar também a clima local, para que os espaços dos
pacientes não sejam úmidos nem quentes.
Além disso, num hospital utilizam-se muitos instrumentos que
requerem eletricidade e água, de forma que desde o princípio
deve-se pensar muito bem onde localizar os canos e dutos dos
serviços.
Uma sala de radiografia, por exemplo, requer um acabamento
especial, para que osraios-X não prejudiquem as pessoas em
outrassalas.
81
JM A
OBSERVAÇÕES:
O acesso à clínica deve ser fácil: é essencial que tenha
localização central, mas ao mesmo tempo deve estar
numazonatranguila.
Muitas das recomendações para as escolas também
aplicam-se às clínicas, como o uso de materiais de
construção, evitar a contaminação e ter vegetação em
volta dos edifícios.
Deve-se contar com entradas para pacientes, para
emergência e para serviços (alimentos, materiais),
separadas umas das outras.
Deve-se fazer na fachada da frente uma entrada muito
amplae protegida dosole da chuva, pois por ela entram
os pacientes. Em caso de desastre, os pacientes poderão
esperar aí, enquanto a área de recepção é usada para
examesetratamentos.
umavistadaentrada
82
e Ad
PREFEITURA
FUNÇÕES DIMENSÕES
A | recepção e controle o
B | administração variáveis,
C | salas das autoridades proporcional
D| arquivo àpopulação
E | sala de reuniões domunicípio
F | área de serviço, banheiros
Distribuição dos espaços:
comumandar
F
D El) E
DZ
B Cc
A
E— +
4
entrada
83
mm
A distribuição mostra a relação entre os espaços. A área de
recepção tem uma sóentrada para controle doacesso à rua. Ao
mesmotempo, o públicotem acesso à administração e às salas
dosfuncionários.
A administração municipal fica ao lado do arquivo easala de
reuniões fica próxima. As áreas de serviços - armazém,
banheiros, talvez uma cozinha com refeitório -ficamao fundo,
comseu próprio acesso de materiais.
Como muitas vezesa prefeitura é o maior edifício num município
pequeno, é recomendável cuidar de sua construção. Geralmente
ficana praça principaloucentrale pode ter mais de um andar. No
térreo ficam as áreas A, B, De F. enquanto € e E ficam no
segundo andar.
com doisandares
ASSENTAMENTOS
AM ES SO A
88
SE MR A
OBSERVAÇÕES:
O acesso é muito importante. Se possível, deve-se separar
o estacionamento dos caminhões de carga do acesso ao
público.
Junta ao acesso dos caminhões - área de descarga -
colocam-se os serviços: armazenamento, banheiros,
lixeiras, lavanderia. Estes serviços devem estar juntos por
facilidade e economia.
É recomendável ter uma área para ampliações, que
provisoriamente pode servir para estacionamento.
A área aberta do mercado pode servir às vezes para
exposições ou festas. Portanto, deve-se procurartornaro
lugar agradável, comterraçose árvores emvolta.
Vimos que as habitações nas zonas de clima tropical úmido são
diferentes das de zonas secas ou frias. Da mesma forma, um
grupo decasas, num povoado ounuma cidade, têm umaforma
própria, que depende das condições dos arredores e do meio
ambiente.
O desenho mostra uma forma de utilizar os espaços. É só um
exemplo, pois há muitas possibilidades, dependendo da situação
doterreno, das vias de acesso e dos edifícios circundantes.
90
Ve:
91
dA E e o ay
CLIMA TROPICAL ÚMIDO:
Praças arborizadas. Praças pequenas, edifícios mais altos, mais sombra.
Áreas comerciais com portais para proteção contra a Areas comerciais com portais parasombra.
chuva. Ruas principaisnadireção norte-sul, assim umlado sempre
Casas rodeadas de espaço para ventilação. temsombra.
Ruas largas com árvores para sombra. Ruas estreitas, para ter mais sombra.
Tetosgrandessobre colunas para atividades públicas. Casas juntas, com pátios arborizados.
Parque na parte mais baixa, recebe a drenagem.
Ruas que seguem os níveis do terreno, com drenagem
parariosoulagos.
Sa BS Na
92
E
93
dama Ro
ÁREA PANTANOSA:
oa Rs N=+
Praças menores, ao lado de canais.
Ruas estreitas, transporte através de canais.
Árvores ao lado de canais, para proteger as beiradas.
Casasjuntas, ventilação pelas canais.
Casas com vários andares, com armazéns no térreo.
Zonas de comércio onde há um cruzamento do canale
darua (em volta das pontes).
ÁREA FLORESTAL:
Umarquipélago de clareiras, ecaminhos de conexão entre
elas sobas árvores.
Embaixo das árvores, nos limites de cada clareira deve
haver uma praça.
Casas separadas para melhor ventilação.
Usar as partes altas do terreno e drenar para fazer as
clareiras, fazer a drenagem para a selva abaixo.
Caminhoselevados, para que não se inundem.
CLIMA
RO
Ao desenhar uma casa, devemos considerar três aspectos do
clima: o sol, a chuva e o vento.
j
SOL
Temos que construir as casas de forma que não esquentem
umasàsouiras pelo reflexo dosraios solares.
Abaixo vemos q exemplo de uma rua ou agrupamento mal
projetado, tanto na orientação em relação ao sol, quanto na
disposição dos elementos entre si.
quartos de
um edificio
rua
1 Os raios do sol caem sobre um edifício com fachada de
vidro, e refletem-se na rua e em outras construções,
irradiando calor por toda parte.
Rua de asfalto, absorve muito calor e virradianas pessoas.
Os tetos planos refletem os raios na fachada do edifício
oposto e aquecem as habitações.
99
RS E
Os desenhos destas páginas são vistos em perspectiva/corte.
Não étão difícil construir uma moradia mais cômoda.
É preciso pensar como evitar o calor excessivo, causado pelos
raios solares. Claro, toda edificação esquenta, mas umas
esquentam mais que outras. E colocar aparelhos para esfriar
custa caro, e consome muita energia.
Vale a pena pensar antes onde o calor não pode entrar. Quando
é inevitável, então deve-se pensar como este calor deve sair.
Lembre-se que oarquentesobe.
Emelhor fazer assim:
Os raios caem sobre uma fachada irregular; a fachada
projeta sombra emsimesma.
As árvores fazem sombrano asfalto.
Ostetostêm formas diferentes e são inclinados, e porisso
oreflexo éirregular; além disso, as partes mais elevadas
fazem sombranasoutras.
100
E
CHUVA:
Temos que localizar os agrupamentos e as casas nas áreas mais
altas, dirigindo a água para as partes mais baixas, onde estão
plantadas as árvores. isto nas zonas chuvosas. Nas zonas
secas, acontece o contrário.
| Aqui as casas ficam bem acima das águas:
o 101
em AM
VENTO:
Naszonasquentes, temos que evitar quea brisa, que vem doar
fresco, passe sem penetrarnoscômodos.
Quando construímos com grandes paredeslisasesem janelas,
o vento passa pelos edifícios quase sem tocá-los.
direção do vento
dominante.
ovento passa...
ovento refresca...
Ovento deve darmuitas voltas, retrescando asfachadasetetos.
Isto consegue-se construindo sacadas etetos inclinados.
102
Ré is E
O mesmo sucede coma localização dos povoados em relação
aos elementos do ambiente, como as caracteristicas do solo-as
colinas, porexemplo-e o solouosventos.
103
AM id
Pelo contrário, quando estamos numa zona quente, o povoado
fica do outro lado do monte, parater pelo menosaigumas horas
desombra.
Abaixo pode-se ver os efeitos do sol e do vento sobre uma
povoação bem localizada.
osraios do sotesquentam o povoado o povoado ficana sombra
Aquiestamos numazonafria. É preciso localizar o povoado de
maneira que o sol esquente todas as casas.
eoventofrio passe porcima
No ambiente quente, o povoado foi localizado onde há maior
benefício das brisas.
brisafresca S
Da
Nazonafria deve-se procurar proteção dos ventosfrios. O monte
Então dá i ã
S c para ver como os climas e a formação das ter
forma uma barreira natural contraofrioqueo ventotraz. e ras
determinam a localização dascasas.
108
O ER = O
Os desenhos destas páginas mostram como se resolve o
problema dosespaços onde ocorrem atividades da comunidade:
cada local requer uma solução própria.
A-funçõescivicas
B-funções religiosas
C-funçõescomerciais
Esta forma é muito utilizada em terrenos montanhosos para
movimentar a menor quantidade possivel de terra durante à
construção. Além disso, a drenagem funciona melhor assim,
especialmente nas zonas úmidas.
109
JA A
m
eme
Aqui, noterrena planofoi construído um edifício, neste caso a
igreja, paracriartrês espaços diferentes, cada um com funções
particulares.
Nas zonas pantanosas pode-se aproveitar a água, formando
Canais para dividir osespaços.
110
im A
Nos povoados muito pequenos as vezes só existe a praça
central. No entanto, é preciso planejar futuras praças para os
habitantes das zonas distantes do centro. Nestas praças, pode-
se instalar um mercado ou uma escola, um teatro oulojas.
111
RA
Aquisão apresentados quatro exemplos:
árvoresfrondosas
cada obra pública tem casas e lojas rodeando seus espaços.
PRAÇAS
Aspraças devem estar localizadas nos melhores lugares, já que
serão os espaços mais usados pelos habitantes. Podem ter
árvores bonitas, uma vista agradável, situar-se notopo de uma
elevação do terreno ou ao lado de um rio, como se vê nos
desenhosaa lado.
umavistaagradável
112
MR AM
PRACINHAS
E
Im
É recomendável alargar as ruas onde há uma mudança de
direção do trânsito, cruzamentos, vistas agradáveis, ou onde
existem árvores paracriarum lugar para reuniões. Além disso, os
pequenos comerciantes podem exporsuas mercadorias nestes
espaços.
onde já existem bosques
noscruzamentos
onde há mudança de direção
113
LS
Éimportante evitara concentração de funções, porexempla, de
tipo comercial, porque causa muito trânsito e oclientetem que
caminhar muito ou usarcarro. O melhor é planejar, entreasáreas
residenciais, locais parafuturas áreas públicas ou comerciais.
carrosecarros..
émelhor fazer vários centros pequenos
118
eta
BM ES
SERVIÇOS:
Recomenda-se que as casas sejam construídas com sanitários
secos, para não gastar a água potável e não contaminar osrios
eosolo. Aágua usada para o banho dos moradorese a água que
saida cozinha pode serfiltrada e reutilizada para regar jardinse
parques. Por isso, osterrenos mais baixos serão para áreas com
plantas.
Desta maneira, não será necessário construir esgotos nem
estações detratamento de água.
Muitas comunidades já têm energia (eletricidade) para suas
necessidades de iluminação. Mas raramente ela é usada para
cozinhar - custa muito caro -e as pessoas constumam utilizar gás
oulenha. Naszonas rurais, onde a população tem animais, pode-
se usar o esterco para gerar gás. Vero capitulo 9.
Neste caso, pode-se utilizar os dejetos de um grupo de casas
paragerarogás-deumas dezfamiílias ou mais-. Assim, é mais
fácil construirum só digestor para tados, com menostrabalho de
manutenção.
Os pequenos geradores de energia, que utilizam petróleo para
gerar eletricidade, não devem estar próximos das casas, por
causa do ruído das máquinas, do cheiro e do movimento dos
caminhões. Mas também não devem estar muito distantes,
porque perde-se muita energia na rede de distribuição.
Muitas vezes, não é possível abastecer com serviço deluzeágua
todas as casas de uma comunidade que está em fase de
assentamento, especialmente se as casas ficam muito distantes
umasdas outras.
Nestecaso, é preciso colocar vários centros de energia, paranão
perder muita eletricidade na rede de distribuição. Estescentros à
podem funcionar com geradores que usam petróleo, gás ou
dejetos.
119
a o
Os agrupamentos das casas não devem ficar distantes ou
separados das áreas comerciais ou de recreação. Paraevitaro
excesso detráfego, é melhor que cada bairro ougrupo de casas
tenha seu pequeno centro, com lojas e oficinas detrabalho.
E
4 1 praçacentral
2 igreja
3 escola
4 oficinas
5 esportes
6 parque
vista de um grupo de casas com seus centros
Abaixo há o corte de uma cidade pequena: com as zonas de
residências entre as áreas públicas c as áreas de trabalho.
áreas públicas residências áreasdetrabalho e serviços
Asáreas públicas tem os edifícios destinados aos funcionários,
à prática de esportes e outras áreas de recreação.
121
me = O
120
RO
Além da construção de casas e edifícios de apoio, como escolas,
mercados, clínicas, administração, oficinas e locais de recreação,
deve-se desenhar neste plano as redes de serviços, comoruas,
água potávele eletricidade.
Determina-se o ponto cia tornada de água (d), acisterna (e)
earedede distribuição (f).
1 Primeiro colocam-se as áreas de uso comum, parques (a),
praça cerimonial (b), áreas cívicas tc), perto dos lugares de
beleza natural.
4 Finalmente, situa-se o gerador de energia elétrica, num
localquenão perturbea comunidade e que esteja perto dos
usuários maisimpartantes, como as oficinas, por exemplo.
2 Posteriormente, determina-se a rede de acessos, como as
ruas e as estradas, as áreas comuns e as áreas de
loteamento, respeitando os níveis doterreno para facilitar
odesaguedaschuvas.
Lo
122
E A
LIXEIRA MUNICIPAL:
E
Olixo orgânico, isto é, os dejetos de origem natural, podem ser
utilizados para fertilizar o jardim. Faz-se um buraco num canto
adequado do jardim e nele coloca-se a lixo, cobrindo com uma
capa deterra. Depois de alguns meses faz-se outro buraco, ese
usaaterra-lixo do primeiro buraco como adubo.
Masolixonão orgânico, isto é, tudo que éfabricado-como latas,
plástico, vidro. etc. - pode ser usado paraaterrarterras baixasem
volta da comunidade. Ainda melhor é usarestetipo delixo para
reciclar; há indústrias que reutilizam estes dejetos.
Deve-se escolher para lixeira terrenos que não serão usados
para construção, porque com o tempo eles não serão muito
estáveis. Pode-se usá-los para caminhos, mas não para estradas,
poisserá necessário compactá-los bem.
Uma maneira melhor será cobri-los com uma camada deterrae
fazer um parque com muita vegetação.
as lixeiras de hoje podem ser os parques de amanhã
128
sto
Este desenho não é um plano de localização, ele só mostra as
relações entre os diversos setores urbanos.
RR
via de acesso
A áreas públicas
B comércio
€ fábricas
vista em planta
O plana real dependerá muita do ambiente natural -isto é. das
colinas, rios c bosques-da região.
AS RUAS
Aotraçaras ruas é precisoter cuidado para que não haja muitas
alterações do terreno. Quando hé muito movimento deterra-o
Que custa cara - mais tarde podem ocorrer inundações ou
deslizamentos de terra, que poderiam derrubar o caminho
Construído. Um desague malfeito ou mal colocado pode destruir
lodootrabalhoem poucotempo.
128
RR di E!
As ruas que dão para a praça principal e as que fazem ligação
com as praças menores são de doistipos: com muita gente e
poucotrânsito oucom poucagente e muitatrânsito.
As primeiras terão lojas e as segundas oficinas de artesãos.
Desta maneira, as pessoasterão espaços amplos paracircular.
oficinas: pouca gente e muitos caminhões
Depois de localizar as áreas públicas- praças, ruas-deve-senão
apenas preservar as árvores existentes que não obstruamoO
tráfico, comotambém logo plantar novasárvores, paraque dêem q
sombra e um aspecto mais agradável às ruas.
129
E O
Quando todasasruasem zonas montanhosassão pavimentadas,
a água da chuva que corre para baixo causará inundações. Ao
mesmotempo,as árvores da parte alta podem morrer porfalta
d'água:
aquias plantas secam
aquihã água demais
Asruasemterrenos inclinados devem ter de vez em quando um
solo de absorção, parafiltrar as águas para o subsolo.
Quando a rua é nivelada de acordo coma forma doterreno, as
aguas são capturadas pelos lados:
Trânsito
rua 2 drenagem
meio aberto
130
ei E E
Nas zonas muito secas pode-se utilizar as ruas e pracinhas para
captar a água dachuva e guardá-las em cisternas públicas.
E
ia
o &
sa
cisternas Se vo “o
É preciso construir o sistema viário de maneiraqueasruas
comecem nos pontas mais altos do povoado e terminem
nos lugares mais baixos, onde estarão as cisternas:
fontemunicipal
vomcistera
embaixo
uma praça afundada
Ed
Além disso, as pracinhas devem estar num nível mais
baixo. Os edifícios públicos ao lado da praça serão
construídos comcisternas.
fonte
cisterna
praça
Se os habitantestêm poços e não necessitam de água, pode-se
utilizar a cisterna para regar uma praça com muitas árvores.
no 131
E
Dois exemplos de planejamento. O primeiro mostra um plano
mal pensado. Parair ao comércio ou ãescola, todos têm que
caminhar muito, ou usar ônibus:
O segundo mostra um loteamento bein feito. As pessoas vivem
em volta de um pequeno centro de serviços, caminha-se pouco.
Também desta forma pode-se localizar o povoado nasterras
Menosférteis. Com otempo, pode-se melhorar o solo dos lotes,
como “composto” dossanitáriose com a água usada dascasas.
Os agrupamentos devem servir às pessoas, endo aos automóveis.
132
AM A O TO
O AMBIENTE E NOSSOS OLHOS
Quando osolhos não se movem muito, os músculos endurecem.
Paramelhorar a vista, recomenda-se que os olhos viagem mais
sobre os objetos que vêm, como seostocassem linha porlinha.
O mesmo ocorre quando se olham as linhas de umacasa:
a
So
aquiosolhosse mavem
osolhosficamtensos
Com estas linhas, de uma cidade mai planejada os olhos
perderão sua elasticidade,
enquantoas linhas dos edifícios no desenho abaixo, estimulam j
os movimentos dos olhos... 4
E
MEIO AMBIENTE
A
ÁREAS VERDES
DRA
Não devemos deixar que as comunidades cresçam sem nenhuma
área verde. Quando não houver um lugar com belezasnaturais,
deve-se deixar algunsterrenos para que os habitantestenham
um parque nofuturo.
Da mesma forma como fazemos com otraçado de uma rua, o
que se deve fazer primeiro é plantar árvores. No caso de um
assentamentonovonaselva, deve-se deixar grupos de árvores
para o desfrute dosfuturos habitantes.
Naszonas rurais agrícolas as pessoastêm hortas em casa, e os
Campos de cultivo ficam mais afastados do povoado, com uma
zona de crescimento médio. Nunca se deve alinharas casas ao
longo das estradas. Deve-se pensar que num povoado com
traçado linear, se o campo de cultivo estiver próximo não há
Problema; mas as demais famílias têm que caminharmuito. Num
Povoado com traçado redondo, só quem trabalha no campo
Caminha mais.
138
E
Muitas vezesa gente esquece quanta tempo uma árvore precisa
paracrescer. Poucosabemosa respeito do tamanho das árvores.
Nos desenhos abaixo vemos o quanto as árvores crescem com
o passar do tempo.
25 metros
e
3
us
5
menarpaeenmpe=oonqe cauogen ney
o
nogueira
20anos 100 anos
25 metros
e
!
'
[20
b
i
i
115
L
t
|
10
k
l h
pinheiro
1
15
r
'
t
12 anos 110 anos
20 anos
Sabendo isso, melhor plantar uma árvore agora mesmo...
Lo
139
MR A
POLUIÇÃO
MA
Fala-se muito em poluição. Diz-se que em nossotempo o ardas
cidades grandes é bem menos puro que o ar que respiramos no
campo. Isto acontece por causa da fumaça que sai dasfábricas,
dos caminhões e dos carros. Por isto, deve-se localizar as
indústrias e as estradas fora das áreas onde estão ascasas.
Porémfala-se pouco da poluição visual, isto é, em vez de uma
bonita paisagem, ou uma praça com edifícios bem feitos, vemos
somente um monte de lixo ougrandes letreiros ou conjuntos de
casasmalfeitas.
Quetipos de poluição podem-se observarneste desenho?
FORMA DA CASA
E ES A
A MORADIA NO CLIMA TROPICAL ÚMIDO
Impossível fazer um só modelo de umacasatípica paraoclima
tropical úmido. Aforma da construção é determinada por vários
fatores, como por exemplo:
a disponibilidade dos materiais; o tipo de mão-de-obra; os
costumesetradições locais; a possibilidade de usar materiais de
outras regiões; a situação financeira da comunidade, e muitas
outras razões.
Um exemplo disto é o uso da madeira ou do barro nas
paredes. Se estes materiais estiverem disponíveis, as
casas podem ser de váriostipos:
todade madeira todadebarro
Ou este materiais podem ser combinados:
madeira q
143
Ee MEM A
Poristo, a forma da casa depende de muitosfatores:
otamanho dafamília
disponibilidade de materiaise o dinheiro para comprá-los
asformastradicionais de construção
aimaginação e a criatividade da população
oclimadaregião
oscastumes da região quanto ao uso dos espaços
ascondições doterreno
Este manual não pode apresentar uma única casa, que sirva
paratodotipo de gente, e paratodas as regiões. Cada vale, cada
colina, cada bosque temcondições diferentes. O mmesmo acontece
comas pessoas de uma comunidade. Além disso, as atividades
das pessoas diferem muito; a casa de um carpinteiro é diferente
dacasadeum comerciante.
Por isto, só vamos mostrar algumas maneiras de construir, para
que a construtor escolha a que mais lhe convém.
As páginas seguintes mostram uma variedade de formas e
estruturas - todas adequadas ao clima tropical úmido - que dão
uma idéia do que se pode fazer.
Antes de mais nada, devemos estudar as possibilidades, para
depois fazer a casa à partir da nossa própria imaginação, e
Combinando as formas como quisermos.
Vo
148
AE =
Parautilizarmelhor o espaço entreotetoeoforro, podemos subir
uma parte doteto:
levantamosa parte centraldo
teto.
colocamos janelas nos dois
ladas, entre os doistetos.
149
ea a
Nas regiões onde não há madeira de tamanho suficiente para
fazer as estruturas de um teto grande, é melhor fazer um teto
para cada um dos cômodos.
UR] E E
podemos colocar as janelas
de um só lado.
estaformaservetambém para
tetos de quatro águas.
Corte de uma casa mostrando os cômodos do primeiro (edo
segundo (2) pavimento. O vão sob o teto serve para guardar
coisas (3).
150
ABRE E RR AE
TETOS PARA COBRIR GRANDES VÃOS
Nas zonas muito chuvosas é mais difícil para as pessoas se
encontrarem nas praças, como se costuma fazer em outras
regiões.
Felizmente, há bastante material disponível (árvoresaltas) para
desenvolver estruturas capazes de cobrir grandes áreas onde as
pessoas possam congregar-se.
As culturas indígenas inventaram uma grande variedade de
formasarquitetônicas; não só quanto à construção, mastambém
quanto ao uso do espaço, incluindo detalhes como a ventilação.
Trêsexemplosdetetos paragrandes vãos. Todostêm aberturas
para ventilação:
vista doteto
corte da estrutura
Uma estruturasimples com esteios centrais. Emtorno doespaço
centralfaz-se uma arcada. No interior há dois pisos, para uma
áreade armazenamento. Nos espaços laterais pode-se construir
lojas (a).
Nota: Assapatas da parte central são maiores.
Lo
151
1 dl
Este tipo de estrutura presta-se muito bem para abrigar
mercados cugrupos de oficinas pequenas.
E RS
A
pode-se abriroteto
paraterjanelas
Partes da varanda podem ser fechadas com lojas; outras partes
ficamabertas.
Umaoutra possibilidade é levantar mais a estruturacentral para
incluir 2 andares aos lados (a).
ventilação
corte da estrutura
Esta é umaforma de estrutura que necessitatroncos bastante
largos. A parte central é mais alta e aos lados se constrói um
entrepiso ou galeria elevada. Os tetos laterais devem ser
colocados mais baixos, parase ter uma janela triangular grande
Parailuminarocentro.
152
Ee E
Pra fazer a obra destetipo de prédio se levanta a estrutura do
segundo andar parater uma plataforma paratrabalhar (1).
Depois se colocam os troncos do piso mais alto no meio dos
outros (2), os pilares das paredes exteriores e o piso da
entreloja (3).
Finalmente erguem-se os caibros doteto.
Assim, temos um pequeno prédio ou galpão com umagrande |;
variedade de espaços.
153
E E
Outra forma interessante é o prédio emfarma de circulo; aqui
também se oferece um uso de espaço variável:
Estaéa planta dessetipo
degalpão:
Nesse exemplo, (a) será uma áreainterior coberta e ventilada
porcima;(b) são áreasfechadas com acesso para dentroe para
forae (c)uma varanda para expansão. Tal configuração pode
abrigar umafeira, pequena escola ou um centro comunitário.
Aestrutura é um pouco mais elaborada como mostra o desenho:
osesteios (a) são enterrados e devem estar bem amarrados às
vigas do teto, as quaisse apoiam sobre os postes (b). Acima há
um anel de galhos juntos e atados com reforços diagonais(c).
Acima do anel existe outro teto. As vigas de amarração seguem
circularmente por toda a volta correndo porcima dos esteios.
Obviamente, a estabilidade de uma estrutura como esta depende
muito da qualidade das conexões; para se aprender o
comportamento deste sistema deforças, é aconselhável fazer
Primeiro um prédio menor, como por exemplo um galpão para
Salinhas ou gado.
ESTRUTURAS
DR RS E
AS ESTRUTURAS
Quando as paredes são de materiais resistentes e duráveis,
comotijolos, pedras ou blocos de concreto, a estrutura doteto
podese apoiar na parede.
Caso as paredes não sejam tão resistentes e só sejam
construídas aos poucos, o melhor é fazer o suporte do teto
separado da parede.
Mas, independente do material usado nas paredes, deve-se
construí-las sob umtelhado inclinado com uma ouvárias águas.
Estas devem ter sempre grandes beirais, para proteger as
paredes da chuva.
159
AEE ER
A estrutura que se vê abaixo é para o teto básico de uma casa
pequena. As casas maiores precisam de mais esteios e vigas
principais.
160
E
mi
mi E
A posição dos esteios que suportam a estrutura do teto pode
variar em relação às paredes:
Os esteios embutidos nas
paredes ficam protegidos da
umidade.
Osesteiosfora das paredes não
ocupam espaço na casa.
O melhor é colocar os esteios
um pouco fora e um pouco
dentro. Além disso, as paredes
com mais esquinas são mais
resistentes aos movimentos de
terra.
Neste exemplo, a posição dos
esteios facilita a instalação de
uma janela grande ou de uma
parede aberta; a parede está
| protegida dachuva.
Afastando mais aindaos esteios
das paredes, obtém-se uma
áreacoberta para varanda.
161
E
Quando não houver madeira grossa para osesteioseas vigas,
unimosalgunstroncos menvrescom arame oucipó.
TO
viga feita com
feixcdegalhos
junta de esteio e viga
com madeiragrossa
umajuntacom duas maneiras
diferentes de unir osesteios.
Ossotãos podem ser parte da estrutura do teto ou das paredes.
sótão sobre esteios
sótãosobre as paredes
e
162
DRM é E E A
SÓTÃOS
Os sótãos servem para melhorar a ventilação dos cômodas e
também para armazenar coisas ou secar grãos, sementes e
frutos. Ossótãos podem ser feitas de esteiras de bambu ou de
taquara com umacamada fina deemboço, ou de ripas com uma
camada fina de lamae capim.
parede
Quando pessível, a altura dos forrosnos quartos vizinhos deve
ser diferente, para ventilaros espaços:
tijolosocos
o ar quente sobe e
passa pelo teto
Detalhe da construção: o uso de tijolos abertos para que 0 ar
quentesaia.
Vertambém no capítulo 6, como construir painéis paraforros.
163
ES E
BARROTES
Os barrotes que recebem os caibros inclinados dos tetos apóiam-
se nas vigas ou nas paredes.
barrote
caibros
barrote parede
O barrote deve ser bemfixado às paredes. Se deslizar, as vigas
doteto podem soltar-se e toda a estrutura pode cair.
Para construir um teto com duas inclinações, usam-se três
barrotes :
caibro doteto Ts
barrotedoteto
vigota do forro
barrote principal
168
A E SS o
MAIS JUNTAS COMBAMEU
3 cortaraocomprido
“el
e encaixe
Tm —
Acima vemos uma junta ou união para um bambu que não vai
suportar peso.
+—velsaa
DE mem
Aqui vê-se outro tipo de junta, para quando o bambu sofrer
pressão. Alingueta passa dentro de dois nós. Esta é uma junta
bemrresistente.
-
po
nravo
cortareperfurar
amarrar
Quando houver muita pressão de cima, o melhor é fazeruma
junta comalguns cravos de madeira dura. Desta formaa junta
fica bastante resistente.
169
o RR
As juntas de bambu são feitas comeravase cipós oucordas.
Normalmente, colocam-se os cravos perto dasdivisões (ou nós)
dobambu. Depois, fazemos umencaixe bem unido. Para proteger
dosinsetos, cobre-se o encaixe com piche ou óleo queimado.
cava toi
naparteoca
do bambu j Pe Ló Ss,
Y | encaixe
pertodonó
Otirante é unido ao esteio, encaixando-se na juntae amarrando-
secomcipó e dando-se a volta pelas pontas salientes do cravo.
Outraformaécortaralingueta no esteio (acima do nó), dobrando-
aedepois amarrando.
deixaruma
lingucta tirante
Fl ”
dobrara
lingueta
esteio
As cumeeiras são amarradas da mesmaforma, cortando-se uma
juntagusandocravos.
cumecirasimples
Nunca devemos usar pregos nas estruturas de bambu, porque
Podem enfraquecer e partiro bambu.
— cipó
cumeeira reforçada
170
E
MA A
Uma casa com esteios centrais. Nos centros onde estão os
esteios podemser colocadas as paredes divisórias doscômodos.
Esta casa tem dois vãos de 4 metros cada um.
&— Sumeeira
Neste desenha das
juntas,os detalhes dos f
caibros não estão
indicados.
esteiocentral
Ku escora
esteio da 9
parede
escara
b
171
E
e A
Detalhes da estrutura do teto: cumeeiras ecaibros simples.
ahásica :
form encaixe
é
€ cumesira
&— caibro
Nas regiões com ventosfortes, usam-se duas cumeeiras, com
umataquarano meio.
formareforçada
taquara
Nostetos muito inctinados usam-se duas peças na cumeeira,
uma acima da outra. Se oteto for menos inclinado, usa-se uma
ao lado da outra.
inclinação forte inclinação suave
Amarrando-se bem as duas peças da cumeeira, conseguimos
maisestabilidade paraoscaibros.
Quando o material que usamos para amarrar é vegetal, corremos
orisco de um ataque de insetos, mas se o material for metálico
(arame, porexemplo) ele pode enferrujar. Poristo, os encaixes
devem ser visíveis, para facilitar sua revisão periódica e uma
substituição quando for preciso.
172
E ee DE
COMO TRANÇAR PAINÉIS DE BAMBU
Para fazer esteiras de bambu ou taquara para as paredes,
divisórias ou pisos elevados, parte se o tronco de bambu e
retiram-se os nós do seu interior. Depois, abrem-se os bambus
e deixa-se secar com um peso em cima, para que fiquem
estirados.
Para casas modestas, deixamos as placas inteiras, para cobrir
pisos ou paredes e amarramos umas às outras.
Masomelhoréfazer painéis rígidos, trançandoripas de uns3cm
delargura.
Geralmente, os painéistêm a altura da metade de um quarto, isto
é,1.50 metros e 50 cm de largura.
173
e O Il
O bambu pode sertrançado de duas formas:
a Senáohouverventosfriose quisermos uma parede muito
leve, que deixe passar a brisa e que dê alguma privacidade,
ele podeter umtrançado aberto.
b Umaparede melhor acabada exige umtrançado apertado.
Cobre-se o lado externo com piche esobre esto se aplica
areia. Depois pinta-se dos dois lados com uma mistura de
barro, cale sumo de cactus.
no
trançado aberto trançado apertado
Depois detrançaro painel, queima-seosfiapos de bambu. Após
então, põe-se no chão para aplicar o piche e a areia. Antes da
segunda mão, deixa-se secar ao sol. Tem que estar
completamente seco na hora de instalar na parede, para que a
pintura final cubra bemo preto do piche. Reforça-se as bardas
com outras ripas - uma de cada lado - amarrando comfios ou
arame, formando uma moldura. Ou então usa-se uma taquara
com uma fenda para encaixar a borda do painelirançado.
taquara
comfenda
178
a = E O RO TA
ESTRUTURAS DE MADEIRA CORTADA
Para edifícios públicos, como clínicas ou escolas, o melhor é
usar madeira cortada em serraria. As juntas são feitas com
parafusos, porcas e braçadeiras dentadas.
Os detalhes abaixo mostram uma estrutura com vão de seis
metros, vista de lado. O piso pode serfeito com um cimentado
lisooucerâmica.
caibro
b
N
4x16
3x 12
8x 12
4x 16
4x 16 (2)
179
BIA E
A cumeeira fica 5 metros e meio acima do piso. As colunase os
tirantes mais compridos têm 4x 16; as outras vigas têm 3x 12,
eosbarrotes 8x 12. Os caibros podemter 4x7, dependendo dos
tamanhos das madeiras. Se forem muitofinas, devemficar mais
próximas umas das outras.
As dimensões das colunas etirantesmais
importantes estão em centimetros. No
desenho vê-se um barrote de 4 x 8. Os 8
Números entre parênteses indicam a
quantidade de peças. 4
180
ee TAI E
Acumeeira e osbarrotes não devem mover-se como peso dos
caibros.
Neste detalhe vemos uma ripa de
travamentodo barrote queserve para
que este não se desloque sobre o
tirante.
tirante
O desenho de baixo mostra uma estrutura leve, de 12metros,
que podeservir para fábrica ou mercado. Os detalhes das juntas
são iguais aos da edificação anterior, de 6 metros. Na verdade,
são duas construções sob o mesmoteto. O detalhe (e) mostraa
junta das colunas centrais.
5x10
+ 800 e
Note-se que a cumeeiratem saída parao ar quente. Os desenhos
nãoindicamasripas sobre os caibros nem o material para cobrir
otelhado.
181
ES ii
4316
E é
parafuso
º 4x16
o . o
balirame de
concreto
e «O
4x18 (2)
parafusos
Umafundação contínua deveter blocosembutidos para conectar
as duas colunas. Além disso, deve-se usar bases de concreto
para quea madeira não apodreça. Oblocotem também 4x 16€
deve ser pintado com óleo queimado ou outro tipo de proteção.
Vercapítulo6.
Um outro exemplo de juntas.
=
sea
182
RE E
COMO TRANÇAR FOLHAS DE PALMEIRA
183
e
Abaixo vê-se autra forma de preparar folhas de palmeira para
cobrirtetos. Dá um pouco mais de trabalho, mas o resultado é
Primeiro cortam-se as extremidades dafolha. Depois, parte-sea melhor.
folhaao meio ese arredondamas bordas da “espinha” outalo,
para que não cortem as mãos na hora detrançar.
$
Ê
fio
= folhinhas
Tiram-se asfolhinhas de umafolha de palmeira. Depois, dobramos
asfolhinhas em volta da “espinha” outalo dafolha. Com duas
outrasripas de cada lado da “espinha”, amarramos asfolhinhas
comumfio.
espinha
2 artirao meio : : :
P ' Umteto coberto com este tipo de esteiras pode durar muitos
3 arredondar anos.
Agora, trançamos cada um dos lados formando uma tiralarga de
ripas
otrançado
uma esteiraterminada
Paraamarrarasfolhas, usamos fios de bambu, cortando-o em
tirasbemfininhas.
bambu +”
uma esteira trançada
fios paraamarrar