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Guias e Dicas
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Manual do arquiteto descalço - I parte, Manuais, Projetos, Pesquisas de Arquitetura

Técnicas e práticas de manejo e conservação de recursos naturais - recursos hídricos.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2011

Compartilhado em 03/10/2011

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m-ines-r-azevedo-2 🇧🇷

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Baixe Manual do arquiteto descalço - I parte e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! vo [RT o E ape de JOHAN van LENGEN objetivas e subjetivas, e consigo mesmo. ETR E OD E ease je o Rs E A habitação, saír fere iu pd [eto ço 1e RE : ERES la ú st Pesquisa e desenvol: também produz materiais beta RT Ae boletins, manuais e Livros; O TIBÁ oferece assexsil: [EBC REA TD AU E DE é [ACTA EU eos iss A : [RAT é DOTE UPAs o sato IES Ã R Q U ] T ETO “FRGS FAGI! Pr “7 DE ARQUITETURA L.BLIOTECA | RN LIVRARIA DO ARQUITETO CONTEÚDO ese O A O APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO COMO USAR O MANUAL 1 PROJETO 1 3 TRÓPICO SECO 223 GOBRAS 347 tiltros 616 purificação 822 desenho 2 forma da casa 224 preparar a obra 350 irrigação 634 forma da casa 8 ventilação 228 aplicar os materiais 356 os espaços 15 tetos 243 fundações 382 como projetar 18 janelas 260 paredes 376 9 SANEAMENTO 843 maquetes 30 painéis 43 tamanhos sá pisos 440 sanitários 84 ambiente 38 4 ZONA TEMPERADA | 269 telhados 448 bason es3 iluminação 5 portas e janelas 480 coban 684 situar as casas 82 clima 270 serviços 502 biodigestores 869 edifícios 73 produção de calor 276 obras especiais 509 drenagem 878 assentamentos 89 estufas 280 ferramentas 527 clima 98 aquecedores 286 ecotécnicas 536 espaços urbanos 106 10MAPASE TABELAS 679 circulação 16 meio ambiente 183 5 MATERIAIS 295 7 ENERGIA 541 materiais e calor 680 medidas 6e2 escolha dos materiais 296 calor e movimento 542 misturas esa 2 TRÓPICO ÚMIDO 141 terra 298 moinhos 54 climas e zonas ses terrocimento 316 calor solar 550 ângulos 692 forma da casa 142 areia a25 fogões 570 tetos 144 cal 326 estruturas 158 madeira 329 . GLOSSÁRIO pragas 194 cactos sa2 BAGUA 581 portas e janelas 199 bambu 33 BIBLIOGRAFIA ventilação 202 sisal 340 localização 5s2 umidade 204 marcreto 342 bombas 586 ÍNDICE ALFABÉTICO caminhos e pontes 210 g transporte de água 600 í cisternas 808 COMO USAR O MANUAL RS O Este manual não tem receitas fixas e sim indica muitas maneiras de se fazer uma casa e ainda uma gama bastante rica de emprego de materiais, ampliando assim a escolha de como melhorar o que se está fazendo. Quando se pensar em construir, a consulta aos conceitos e exemplos contidos neste manual, permitirá um diálogo mais produtivo entre o proprietário e o responsável técnico, para saber como podem ser aplicados na obra. Para as técnicas não-convencionais, recomendamos também que se exerça controle de qualidade e que se realizem testes, principalmente quando envolverem a construção de elementos estruturais, não se responsabilizando o autor por qualquer procedimento que venha a violar as normas de segurança necessárias a qualquer construção. É importante considerar também, que os materiais e as técnicas sejam utilizados conforme o clima da região, para que se consiga a máxima harmonia com o mínimo de custo. Como no presente livro se fala um pouco de tudo, será melhor primeiro lê-lo por completo, e depois escolher os caminhos mais apropriados. DESENHO AM O LA Para se fazer uma casa, nem sempre se necessita desenhá-la antes. Mas quando queremos discutir, ou explicar para outros, as nossas idéias, é melhor desenhar antes os planos. Também para conseguir financiamento ou assistência técnica de orgãos públicos, por exemplo, para a construção de uma escola, é preciso colocar as idéiasno papel. O DESENHO DE UMA CASA OU PRÉDIO Existemtrês maneiras básicas para representar aforma de uma edificação através de desenhos: avista queaparece quandose destampa a casa avista queaparece aosecortar a casa navertical avista da casa olhada defrente oudelado 3 E Estes desenhos devem ser bastante detalhados para que indiquem exatamente os passos a seguir na construção. Por isso, é preciso, em primeiro lugar, que as medidas de cada elemento, estejam definidas claramente nas plantas e cortes. O desenho da fachada mostra a aparência externa da obra, e as elevações ou cortes, determinam a posição e as alturas de portas, janelas, pisos, escadas, e ângulos de telhados. isto sechama PLANTA oo isto se chama CORTE ou elevação isto se chama FACHADA FORMA DA CASA OBA «RS Emmuitaszonasrurais-onde as pessoas passam grande parte deseutempoaoar livre-a parte coberta das casas geralmente só possui duas áreas: uma para preparar comida e outra para estare dormir. Os sanitários encontram-se fora da casa. As paredes divisórias são feitas do mesmo material que as paredes de fora, ou mais leves; usam-se também os móveis, armários ouguarda-roupas, para separar as áreas da casa. As portas estão de frente para a rua ouna direção do vento mais constante. COMO PROJETAR UMA CASA Nas páginas seguintes vamos ver como se projetaumacasa, os espaços necessários e como organizá-los. Existemtrêstipos básicos: 1 cozinha 2 CA CB sala com cozinha ao lado sala salacom cozinha ao fundo Nota: Os desenhos mastram somente a metade da altura das paredes, comose a casa estivesse em construção. Pode-sever alocalização das portas. 9 a 3 cozinha entrada sata e cozinha separadas Noterceiro exemplo oteto é prolongadona centro paracriaruma área interna para comer, protegida da chuva, entre a sala e a cozinha. Noprimeirotipo (1) pode-se também prolongar oteto paratrás, parater uma passagem coberta protegida dachuva ou dosol forte. No outrotipo (2) há duas possibilidades para cobrirmaisaérea: 4 x + N <£ ' N natrente aovlado 10 A SR Usando a mesma distribuição básica, pode-se incluir um banheiro: banheiro Aumentando as paredes laterais, pode-se fazer uma casacom dois quartos: osquartos <A! Outro passo seria separar o fogão da sala ou da área de estar para incluir uma cozinha: Além disso, pode-se dividir a salae os quartos; fazer uma áreacoberta para sombra. Nota: As janelas não estão indicadas; suas posições dependem da orientação e da direção do vento para a ventilação. Veja a parte de ILUMINAÇÃO. i 11 RR O Esteúltimoa arranjo éapropriado para uma área declimatropical úmido, em terreno plano com brisa lateral: À mesma casa teria outra distribuição numa zona de clima tropicalseco, com todos os quartos dando para um pátiointerno: planta de distribuição vista da casa Este exemplo mostra um só tipa de distribuição dos espaços e não deve ser considerado um modelo. A distribuição pode e deve ser diferente, porque depende muito doclima, da orientação, do terrena, da vegetação do lugar, datamanho da famiíliae desua forma de vida, alêm dos materiais de construção escolhidos. 12 13 SM: A TA A AE A O Osquartos emformaretangular são maisfáceis de construire de Quando oterreno da construção é no morro, pode-se compor os arrumarmas, por outro lado, asformasirregulares podem dar ao espaços em diferentes níveis, unidos porescadas: ambiente um aspecto diferente e inesperado, mais agradável. partealta um espaço retangular de um quarto Nestecaso, deve-se colocar no mesmo nível os espaços quetem relação entresi, como por exemplo, a cozinha e a sala de jantar, ouosquartoseo banheiro que neste exemplo ficam na parte alta. um espaço com uma parede saliente para que entre mais sol Em um terreno piano, os forros dos quartos podem estar em diferentes níveis para facilitar o fluxo de ar e a ventilação, especialmente nas zonas de clima tropical úmido. Assim, os umespaço naformadaletra "L” paraver tetosficam emníveis diferentes. melhoruma árvore um espaço com parede redonda paraacompanhar um barranco Também a forma do terreno ou da vegetação faz com que os espaçosmudem. Desta forma também, os espaços da casa criam uma visão mais rica. COMO PROJETAR ei "RT. + Para entender melhor o processo de desenho e distribuição dos espaços, usaremos como exemplo uma casa pequena, de 6x9 m, com dois quartos, uma sala, cozinha e banheiro (a unidade formada por cozinha e banheiro será denominada COBAN). DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS 1 começaremos pelo COBAN Al 2 depois, a sala de jantar LJ 3 finalmenteos quartos Aprimeira planta está projetada. Ainda faltam: 4 situar as portase janelas "» Quando oterreno não é plano, deve-se deixar uma parte mais alta que a outra, ligando-as por meio de escadas. 19 E Aparte listrada do desenho indica a parte mais alta ou a mais baixa. MA | O ASPECTO Paraevitar que a casa pareça uma caixa, podermos deslocar os cómodose dar-lhe umaformairregular, que é maisaconchegante quando vista defora: |" deslocamentofrontal oulateral E mas não exagerado para não criar uma sensação confusa: atredondando asesquinas suavizamos a forma de caixa . 20 ARE. ma. CR O LUGAR Logicamente, a orientação da casa no terreno depende do acesso à rua rua s s eda posição dosol: Alo] RVZ Q sol nascente Aqui pode-se observar que a forma dasala deixa deser quadrada efica retangular. Ao desenhar, não devemos ser rígidos. Um pouca deflexibilicdade possibilita a aparição denovastformas. 21 AEE E ACRÉSCIMO Vamos supor que em vez de dois, precisamos detrês quartos: lo [5 A planta fica maior; para melhorar a comunicação entre os espaços, colocamos um corredor (c) E aumentamos otamanho dasala, ou acrescentamos uma varandana entrada da casa. No climatropical úmido, o corredorficaabertona altura das paredes, para criar uma ventilação cruzada entre os quartos. Outraforma de aumentar a planta é deslizar um espaço Q Q para fora do contorno do te retângulo. Neste caso, Q teremos quatro quartos. Q Lim Lo Os espaços desta planta - sala equartos -são maiores. Ocorredortemformade"L”, para permitiroacessoatodos osquartos. 22 E EB E Aplantaanterioréum poucocomplicada. Deslocando ligeiramente osespaços, conseguimos uma planta mais clara: Os quartos comunicam-se com a sala através de um te corredor curto tc) c === Ls Os pisos ao nível natural do terreno criam um ambiente mais variado e interessante. Se esta mesma planta estivesse em terrenoinclinado, a melhor solução para ligar os espaços seria colocar uma escada na sala. perspectiva dodesenho anterior 23 MT Muitas vezes nossa intuição nos dá a melhor solução na primeira idéia. Em vez de procurar diversas soluções, é mais práticoficar comumasóemelhorá-la até que o resultado seja satisfatório. Claro que, se não funcionar, o melhor é abandonar estaidéiae procurar outra. Como émais difícil reduzir as dimensões num plano que aumentá- las, é melhor iniciaro desenho com espaços mínimos. Aumentá- los depois não será difícil: PA = A | xs pe > Seincluímos no planoumaoficina ou uma loja unidos à casa, eles devemficar ao lado dasala, para nãotirar privacidade doresto da casa. mo sala sala | oficina Emterrenos muito estreitos, é necessário incluir pátiosinternos entre a sala e os quartos, para se obter mais ar e mais luz. 28 MR A e A O CLIMA LOCAL 29 O E diferentes inclinações No clima tropical seco, onde os tetos devem ser planos, podemos mover as paredes ou alterar a altura dos tetos para tornar afachada maisatraente e nãoter umacasa-caixa: ouváriostetos. deslocando os espaços Ls ouasalturas dos espaços ouambos Em qualquerclima podemos conseguirfachadas bonitas e ainda criar mais alguns lugares interessantesna casa, quando usamos: sacadas No clima tropical úmido ou em climas temperados, ostetos serãoinclinados: pórticos dediferentesalturas MAQUETES ERR PROJETAR COM MAQUETES É bastante difícil imaginar todos os desenhos juntos, isto é, unir em uma mesma imagem a planta, o corte e as fachadas. Para saber se o tamanho dos espaços é adequado e se a casa terá boa aparência, o melhor é fazer uma maquete em cartolina ou cartão. Uma maquete em escala 1:50 pode ser feita assim: 1) Cortartiras de cartolina de 5em de largura. Estas tiras representarão paredes de 2.5 m de altura. a 2 Desenhar o rascunho da planta no papel, de forma que cada metro reai meça 2 cm no desenho, deixando o lugar das portas aberto: Estamos usando neste exemplo, uma plantatípica desala edoisquarioscom coban. 31 EB. ER O 3 Cortar astiras pela longitude das paredes do desenho e colá-las seguindo aslinhastraçadas no papel. Comprovar se esta planta representa a idéia original. Talvez seja necessário fazer algumas modificações nas paredes ou nas portas. Quando tudo estiver satisfatório, pode-se recortar ou desenhar asjanelas. 32 e E E A 6 Desenhar na própria maquete as linhas par onde vão passar os canos de água e drenagem, e os tubos de luz, além dalocalização dos pontos de luz: 7 Decidir otipo deteto mais adequado, segundo oclimae os materiais que serão utilizados. elimaseco climatemperado E, setodaa família estiver de acordo, mãos à obra! 33 Ae RT IS Exemplo de uma casa simples para quem tem pouco dinheiro e umterreno difícil. ana O Na parte decimaficamo quartoe abanheiro. Na parte de baixo estão a sala de estar e uma área para a cozinha. LA Asfundações também são colocadas em alturas diferentes. sanitário Desenhando as paredes pela metade da altura, podemos ver a distribuição dosespaçosinternos. Esta planta serve para uma casa na praia ou na montanha. AMBIENTE Ml MR OT Acasaserve para nos proteger das condições climáticas, como calor, chuva, frio ou umidade, e porisso é importante observar primeiro oclimalocal. Trataremos detrêstipos básicos declima: Oclimatropical úmido, que é quente mas chuvoso, com muita vegetação e pouca diferença detemperatura entre o diae anoite. O clima tropical seco, que também é quente, mas com pouca chuva, vegetação escassa e fortes mudanças de temperatura entreodiae anoite. O clima temperado, em que há épocas de muito fria durante o ano, principalmente à noite. As pessoas migrantes às vezes cometem erro muito comum de ao chegar a uma região de clima diferente, construirsuascasas comas mesmas formas das deseus lugares deorigem. Porisso, quase sempre estas casas ficam muito quentes ou muito frias. É melhor observar a forma como as pessoas do local construíam suas casas antigamente. Assim, não se cai noerrodeimportar desenhos e materiais que não combinam com as condições locais. A casa deve estar de acordo com o clima e não o climacom a casa. Nos capítulos 2, 3 e 4 veremos como as diferentes características climáticas mudam totalmente os projetos e as construções. 39 der A CLIMA TROPICAL ÚMIDO Construiras casas perto de morros ou elevações onde há mais movimento doar. Paredes delgadas, para que não conservem umidade. Tetos bem inclinados, para quea chuvaescorra. Materiais: madeira, taquara ecapim. Janelas grandes, paramelhorara ventilação. Casas separadas, para que a brisa circule refrescando. == Varandas abertas em volta dacasa, para protegê-la da chuva. Piso elevado para evitar a umidade dosolo. 40 RR CLIMA TROPICAL SECO Em regiões de morros, construir as casas nas partes altas, onde há mais movimento dear. Paredesgrossas, que retardam a penetração docalor do dia e do frio da noite. Materiais: pedra, adobe, tijojose blocos. Janelas pequenas, para evitar a poeira co sol. Casas bem juntas, com menos paredes expostas ao sol. Uma dá sombra à outra. Uso de pátios internos, para ventilaros quartos. Piso apoiadosobre aterra paracaptaro frescordo solo. It] ci 41 mec O CLIMA TEMPERADO Construir as casas nas áreas mais expostas ao sol. Paredesgrossas para não perdero calor doscômodos. Tetos comiinclinação média. Materiais: madeira, adobe, tijolos, blocos. Janelas pequenas para o Sule grandes para o Norte. Proteger a casa dos ventos com vegetação e barreiras deterra. Uso do sol para aquecer os cômodos. isolaro piso dofrio do solo. 42 e, SE EO Muitas vezes as condições do ambiente onde se constrói não estãoclaramente definidas. Emalgumasregiões dectimatropical úmido os recursos florestais foram destruídos, e isto provocou escassez de madeira. Existemtambém regiões de climatropical seco com vales verdes cheios de palmeiras, onde as pessoas constróem suas casas todas em madeira. Noentanto, se há condições para construir casasem harmonia como meio ambiente, o melhor é fazê-lo assim. Claro, hoje temos a oportunidade de utilizar materiaisnovos-às vezes importados - mas é melhor utilizar estes materiais em harmonia com otipo de construçãotradicional, Mudartodos os aspectos materiais, como a forma da casa, a divisão interna, o uso de espaços, sempre causará mais tarde muito mal estar. Porexemplo: águaestagnada rachaduras CA entra muitoso! A CASA E SUAS PARTES Uma casa tem três funções básicas quanto às condições de abrigo: 1 proteção do sole dachuva 2 proteção da umidade do solo 3 proteção do vento E. claro, não deve cair com um ventinho ou quando passa um caminhão. no 43 O. A Emoutras palavras, necessitamos de: teto 4 OO. paredes LL Muitas vezes os problemas de manutenção da casa, como infiltrações de água, insetos, calor ou frio excessivo acontecem primeiro nas juntas ou conexões destas partes: teto, piso e paredes. aqui YU, eaqui 2 ; Da mesma forma, as falhas da construção, através dos efeitos do vento, chuva ou acomodações de terra, freguentemente começam a aparecer nestes pontos. | 48 49 OR Ola TO. e A | ve dll vai 3 ventilar bem os espaços para que o calorcircule,em vez deficar parado depende muito das posições de portas e janelas em relação à direção do vento predominante. b É [E Ees | Tb Er janelas altas: janelas baixas: i «e cima para baixo: : . retiram o ar sente-se na pele Í pouca eficaz de baixo para cima: quente junto afrescorda brisa. reftesca muito bem aoteto + 3 + ventoentrando caramanchão mais perto do teto: 7 a pelavaranda afastadoda ã maisquente E cieuiação cruzada arede À ú p com aberturas na parte baixa das portas | BA = dd TE aqui entraocalor do aquisaiocalor árvoresbaixas: a brisa á j árvor :abri telhado doquarto sobeenãventra Testa o alms.a brisa 50 Aa. Ts A distância entre as plantas ou árvores e a casa também é importante, porexemplo: cerca viva a 3 metros: 2 E - As abrisaentra cercavivaa metros: a DDD Ed brisa entra com mais remo, força em —s Noentanto, uma árvore fica melhor a uma distância menor: árvore a 6 metros: entra pouca brisa neah ee €—— êm — 3 —— maisfresca mia árvoreaImetros:a «Sm — brisa entra mais & 51 E As cercas vivas em volta da casa podem também mudar o movimento da brisa dominante: semplantas: abrisa passa porfora cercavivanafrente: a brisa passa ainda maislonge cercaviva atrás: abrisaentraerefresca cercaviva na frentee atrás: a brisa entra com maisforça 53 AMME B paraqueoar quente não entre nos cômodos se E A. ABERTURAS DE VENTILAÇÃO NO TETO Umaformade evitar o calornointeriordacasa éfazeraberturas na parte superior das paredes, ounoteto, paraqueo ar quente dos quartos possa sair. O ar quente sempre sobe. o ar quente sobe nos beirais escapa pelas aberturas na cumeeira. Hátrêstipos de movimento: À paradeixarsairo arquente dointerior: Exemplo dotipo B: com o ar fresco fora: deixa-se sairoar para que entre o ar mais fresco variação de abertura nacumeeira. Exemplosdotipo A: TIE aberturas nas paredes Cc paratiraroarquenteentre oteto eojirau Peep com teto plano: a tm, brisa leva o ar que está parado sob o teto. Exemplo dotipoC: abrisa passa pelos tijolos abertos postos na parte alta das paredes. varquente deve sair pelas aberturas noteto 58 RR Então, a decisão a respeito do tamanho dajanelae onde colocá- ladepende das condições do lugar. Mas, se depois de considerartodas as condições do lugar, por algumarazáonão se podem resolver os problemas de iluminação, devemos partir para outras ações: Quando entra luz demais, é preciso colocar persianas, treliças, cortinas ou plantas. É persianas treliças plantas cortinas Quando entra pouca luz pelas janelas, é preciso calocar outras entradas de luz. tetoplano: clarabóia 59 CR ES umasolução interessante: x teto inclinado: janelas altas ALTURAS DAS JANELAS Também é preciso considerar quetipode atividades vão acontecer nos espaços da casa. As janelas serão desenhadas de acordo comelas, mudando as alturas desde o piso. Porexemplo: 50 8o sala saladejantar 100 escritório cozinha 150 I 180 oficina banheiro Todas as medidas estão dadas em centímetros. 60 TR LUZ TAMBÉM É SAÚDE e. Quando osraiosdosolnão entram nosquartos porque as janelas são muito pequenas, ou por estarem semprefechadas, cria-se a oportunidade para o crescimento de ácaros, fungos, vírus e bactérias. Isto faz com que os moradores adoeçam com maisfacilidade. Portanto, deve-se tentarter asjanelas de modo que os raios do solentreme purifiquemointerior dacasa. N aquioarélimpo aquioaréimpuro AR eo invemo No caso de que se queira que o sol só entre por uma janela grande quando fazfrio, planta-se uma árvore que perdefolhas noinverno. 61 E) E CUIDADO COM A VISTA Quando construímos a casa num lugar com uma bela vista, colocam-se grandes janelas ou paredes de vidro. Mas rapidamente nos acostumamos com este prazer e depois de algumtempo não notamos mais a paisagem. vistaconhecida vistaa serdescoberta Como é muito difícilimaginar de antemão todos os detalhes de cadacômodo, as decisões podem ser divididas: algumas devem sertomadas no início da cbra, mas outras são tomadas mais adiante. Por exemplo, quando sabemos o tamanho das janelas, etas podemsercompradasoufeitas, mastambém podemos aproveitar janelas usadas. BaAs e K Agora levantamos as paredes até meio metro e, de deniro da Casa em construção, decidimos onde exatamente colocar as janelas. SITUAR AS CASAS RR IR E Há muitas formas de contaminação: cheiros, ruídos, fumaças, água suja, zonas feias, destruição da natureza, falta de infraestrutura. Muitas vezes algumas das atividades industriais causam contaminação dascidades. No entanto, pode-se diminuir um pouco a contaminação se as fábricasforem localizadas de maneira a não afetar a população. Além disso, asfábricas devem instalar aparelhos paratratar seus dejetos antes de lançá-los no ambiente. Agui, os dejetos da fábrica não afetamtanto as pessoas do povoado, oriocorre parafora. Devemos localizar as casas em áreas longe das fontes de contaminação. 63 BT E COMO LOTEAR OS TERRENOS As melhores áreas devem ser destinadas a locais de reunião: parques, praças, escolas, teatros, mercados. É melhorterterrenos de beleza natural, como bosques, vistas, brisa agradável. É preciso Planejar para que todos tenham fácil acesso a estetipo deespaços. Aspiores áreas podem ser destinadas afunções que necessitam muita construção e que provoquem uma mudança total do ambiente natural, como estação de ônibus, estacionamento, fábricas, vias de acesso. As ruas e praças devem estar situadas de maneira a requerer muito pouca movimento deterra para sua construção, seguindo o padrão de drenagem natural, para que as águas da chuva não paremaí. Osloteamentos pequenos para habitação devem incluir lotes para atividades comerciais da comunidade, evitando assim sua concentração em uma só zona comercial. É um erro dividir o terreno em lotes iguais. As áreas não têm sempre o mesmo valor: há lugares com árvores, água, melhor vista, com declivescujos valores devem ser considerados. Além disso, os compradores não dispóem da mesma quantidade de dinheironem podemeonstruirsuas casas em poucotempo. Vistade um terreno lotes Je Db Adivisão de um terreno 68 ds JM A Acasa estálocalizada de tal maneira que integra os elementos doterreno. terreno baldio: localizar a casa em qualquer lado da linhadocentro. terreno com um elemento: localizar a casa do lado oposto. terreno em desequilibrio:os IS elementos naturais e os A construídos estão muitojuntos. 69 O A FORMA DA CASA Todo mundo percebe que se sente melhor em certas áreas da casa doque em outras. Claro que muitas vezes o sentido dobem estar depende da orientação dos espaços, se entra O sol, se estão bem ventilados ou dotipo deacabamento ou dascores das paredes. Além disso, a forma da casa pode mudar nossa energia: As áreas ao lado da entrada são usadas para colocar a sala de estar ou quarto de hóspedes Casas em forma de "L": melhor não colocarcamas ou a mesas detrabalhona parede Ss indicada (a) e zonamuito boa paraasala ou quarto principal(b) b preencher o vazio do L com uma árvore, com uma pedra oucom uma fonte Alémdeabrigar... Acasaémaisque Uma construção para proteger-nos dachuva, do sol ou do frio. Deve ser um lugar onde a família se sinta bem acolhida e onde possamos receber os amigos. Nossa casa também deveter pequenos espaços onde possamos estar sós e trabalhar ou descansar, tanto dentro comofora dela. 70 E O UMA CASA EM ZONAS DE INUNDAÇÃO Em zonas de inundação e solos pantanosos é recomendável construira casa sobre pilares ou plataformas. Especialmenteem zonas não urbanizadas, isto é, sem ruas pavimentadas e sem drenagem adequada. Depois, quando a rua estiver construída, e quando não houver mais perigo de inundações nem de solos pantanosos, podemos construir as paredes de baixo, para ter mais espaços fechados. finalmente Finalmente, quando a zona estiver bem estabelecida, e devido às necessidades de uma família grande, se houver recursos pode-se acrescentar ainda mais espaço. E IA A, A, Aurbanização sempre funcionou assim: primeiro há edificações simples e frequentemente pobres. Como passardotempo, as pessoas melhoram suas casas, até que se tenham casas bonitas aolongo de ruas agradáveis. háalgunsanos agoraéassim Quem não faz melhorias em sua casa está próximo da morte” Provérbio árabe 72 TR ES ORIENTAÇÃO Para obter boa ventilação, é preciso construir os serviços - banheiro e cozinha -sempre junto a uma parede que dê para umjardim, um pátioou uma rua. Os serviços devem estar bem localizados para que Ê quando sopreo vento dominante não carregueocaloreos odores para os outros cômodos. Nas zonas de climatropica! quente situados abaixo da linha do equador, a cozinha fica orientada para o Sul, porque assim se evita o calor do sol, que bate nas paredes do Norte e do Oeste. Os quartos de dormir ficam melhor no lado leste da casa. Nas zonas frias, 0 sol esquenta os quartos de manhã, quandoas pessoas se levantam. Nas zonas quentes, 0soi da tarde - que entra pelo Oeste - não deve esquentar os quartos. Na hora de dormir preferimos um quarto fresco, deformaque é melhor situá-los no lado Leste. As salas ficam melhor quando dão para o Oeste. Nas zonasfrias sãa as áreas mais quentes da casa durante a tarde - hora em que estas áreas começam a ser usadas pelos moradores. EDIFÍCIOS e O Muitas vezes as pessoas da comunidade constróemseus próprios edifícios públicos. Massurgem problemas quando a comunidade cresce e é preciso ampliar estes edifícios, e por isso deve-se deixar lugar paraisto. Paragarantir um crescimento adeguado, nas páginasseguintes recomenda-se algumas possibilidades, com exemplos para este tipo de construções. E preciso pensar nas conseguências quando projetamos um edifício muito grande. Haverá mais movimento decarroseserá necessário espaço para estacionamento. Deve-se delimitar bem os acessos do públicoe o dosserviços. serviço público expansão futura 78 c ie Ma CLÍNICA FUNÇÕES DIMENSÕES A A recepção/espera 40m? B sala deexames 10m: c laboratório 20m? D despensa, armazém 20m? B E sala para pequenascirurgias 20m: F enfermaria 40mº G cozinha 20m H banheiros 20m? Cc I saladosfuncionários 20m? Distribuição dos espaços: entrada pública entrada dos Tuncionários OE 79 AR DESCRIÇÃO DO USO DO ESPAÇO Aáreaderecepçãoe espera serve parao primeiro contato comas pacientes. Uma enfermeira-recepcionista decide seotratamento é imediato ouse é necessária aintervenção deummédico. Assalas de exames são vários quartinhos com área para trocar de roupa, mesa para instrumentos e uma cama. Olaboratório é para exames simples, é usado também paraguardar os instrumentos e equipamentos médicos. Adespensaserve paraguardar osremédiose os materiais da enfermaria (lençóis, por exemplo). Também é usada paradistribuir remédios aos pacientesinternados. Asalade pequenascirurgias é para pequenas operações de emergência. Aenfermaria é usada para a recuperação decirurgias; por exemplo, partos e casos de tratamentos locais. Uma cozinha para preparar a comida dos doentese dos funcionários. Os banheiros. Sala dosfuncionários, para descansar, mudar de roupa e guardar objetos pessoais. 80 ER Os acréscimos para fazer uma clínica com mais serviços médicos serão feitas assim: ampliação planta básica ampliação serviços de E tratamemos internação e entrada Aqui a parte central (1) foi acrescida de uma parte com mais camas (2) e outra parte com mais consultóriosclínicos (3). Paraumaampliação maior dosserviços, será necessário consultar um arquiteto, já que uma planta mal pensada pode causar grandes perdas detempo e decirculação num hospital. Deve-se considerar também a clima local, para que os espaços dos pacientes não sejam úmidos nem quentes. Além disso, num hospital utilizam-se muitos instrumentos que requerem eletricidade e água, de forma que desde o princípio deve-se pensar muito bem onde localizar os canos e dutos dos serviços. Uma sala de radiografia, por exemplo, requer um acabamento especial, para que osraios-X não prejudiquem as pessoas em outrassalas. 81 JM A OBSERVAÇÕES: O acesso à clínica deve ser fácil: é essencial que tenha localização central, mas ao mesmo tempo deve estar numazonatranguila. Muitas das recomendações para as escolas também aplicam-se às clínicas, como o uso de materiais de construção, evitar a contaminação e ter vegetação em volta dos edifícios. Deve-se contar com entradas para pacientes, para emergência e para serviços (alimentos, materiais), separadas umas das outras. Deve-se fazer na fachada da frente uma entrada muito amplae protegida dosole da chuva, pois por ela entram os pacientes. Em caso de desastre, os pacientes poderão esperar aí, enquanto a área de recepção é usada para examesetratamentos. umavistadaentrada 82 e Ad PREFEITURA FUNÇÕES DIMENSÕES A | recepção e controle o B | administração variáveis, C | salas das autoridades proporcional D| arquivo àpopulação E | sala de reuniões domunicípio F | área de serviço, banheiros Distribuição dos espaços: comumandar F D El) E DZ B Cc A E— + 4 entrada 83 mm A distribuição mostra a relação entre os espaços. A área de recepção tem uma sóentrada para controle doacesso à rua. Ao mesmotempo, o públicotem acesso à administração e às salas dosfuncionários. A administração municipal fica ao lado do arquivo easala de reuniões fica próxima. As áreas de serviços - armazém, banheiros, talvez uma cozinha com refeitório -ficamao fundo, comseu próprio acesso de materiais. Como muitas vezesa prefeitura é o maior edifício num município pequeno, é recomendável cuidar de sua construção. Geralmente ficana praça principaloucentrale pode ter mais de um andar. No térreo ficam as áreas A, B, De F. enquanto € e E ficam no segundo andar. com doisandares ASSENTAMENTOS AM ES SO A 88 SE MR A OBSERVAÇÕES: O acesso é muito importante. Se possível, deve-se separar o estacionamento dos caminhões de carga do acesso ao público. Junta ao acesso dos caminhões - área de descarga - colocam-se os serviços: armazenamento, banheiros, lixeiras, lavanderia. Estes serviços devem estar juntos por facilidade e economia. É recomendável ter uma área para ampliações, que provisoriamente pode servir para estacionamento. A área aberta do mercado pode servir às vezes para exposições ou festas. Portanto, deve-se procurartornaro lugar agradável, comterraçose árvores emvolta. Vimos que as habitações nas zonas de clima tropical úmido são diferentes das de zonas secas ou frias. Da mesma forma, um grupo decasas, num povoado ounuma cidade, têm umaforma própria, que depende das condições dos arredores e do meio ambiente. O desenho mostra uma forma de utilizar os espaços. É só um exemplo, pois há muitas possibilidades, dependendo da situação doterreno, das vias de acesso e dos edifícios circundantes. 90 Ve: 91 dA E e o ay CLIMA TROPICAL ÚMIDO: Praças arborizadas. Praças pequenas, edifícios mais altos, mais sombra. Áreas comerciais com portais para proteção contra a Areas comerciais com portais parasombra. chuva. Ruas principaisnadireção norte-sul, assim umlado sempre Casas rodeadas de espaço para ventilação. temsombra. Ruas largas com árvores para sombra. Ruas estreitas, para ter mais sombra. Tetosgrandessobre colunas para atividades públicas. Casas juntas, com pátios arborizados. Parque na parte mais baixa, recebe a drenagem. Ruas que seguem os níveis do terreno, com drenagem parariosoulagos. Sa BS Na 92 E 93 dama Ro ÁREA PANTANOSA: oa Rs N=+ Praças menores, ao lado de canais. Ruas estreitas, transporte através de canais. Árvores ao lado de canais, para proteger as beiradas. Casasjuntas, ventilação pelas canais. Casas com vários andares, com armazéns no térreo. Zonas de comércio onde há um cruzamento do canale darua (em volta das pontes). ÁREA FLORESTAL: Umarquipélago de clareiras, ecaminhos de conexão entre elas sobas árvores. Embaixo das árvores, nos limites de cada clareira deve haver uma praça. Casas separadas para melhor ventilação. Usar as partes altas do terreno e drenar para fazer as clareiras, fazer a drenagem para a selva abaixo. Caminhoselevados, para que não se inundem. CLIMA RO Ao desenhar uma casa, devemos considerar três aspectos do clima: o sol, a chuva e o vento. j SOL Temos que construir as casas de forma que não esquentem umasàsouiras pelo reflexo dosraios solares. Abaixo vemos q exemplo de uma rua ou agrupamento mal projetado, tanto na orientação em relação ao sol, quanto na disposição dos elementos entre si. quartos de um edificio rua 1 Os raios do sol caem sobre um edifício com fachada de vidro, e refletem-se na rua e em outras construções, irradiando calor por toda parte. Rua de asfalto, absorve muito calor e virradianas pessoas. Os tetos planos refletem os raios na fachada do edifício oposto e aquecem as habitações. 99 RS E Os desenhos destas páginas são vistos em perspectiva/corte. Não étão difícil construir uma moradia mais cômoda. É preciso pensar como evitar o calor excessivo, causado pelos raios solares. Claro, toda edificação esquenta, mas umas esquentam mais que outras. E colocar aparelhos para esfriar custa caro, e consome muita energia. Vale a pena pensar antes onde o calor não pode entrar. Quando é inevitável, então deve-se pensar como este calor deve sair. Lembre-se que oarquentesobe. Emelhor fazer assim: Os raios caem sobre uma fachada irregular; a fachada projeta sombra emsimesma. As árvores fazem sombrano asfalto. Ostetostêm formas diferentes e são inclinados, e porisso oreflexo éirregular; além disso, as partes mais elevadas fazem sombranasoutras. 100 E CHUVA: Temos que localizar os agrupamentos e as casas nas áreas mais altas, dirigindo a água para as partes mais baixas, onde estão plantadas as árvores. isto nas zonas chuvosas. Nas zonas secas, acontece o contrário. | Aqui as casas ficam bem acima das águas: o 101 em AM VENTO: Naszonasquentes, temos que evitar quea brisa, que vem doar fresco, passe sem penetrarnoscômodos. Quando construímos com grandes paredeslisasesem janelas, o vento passa pelos edifícios quase sem tocá-los. direção do vento dominante. ovento passa... ovento refresca... Ovento deve darmuitas voltas, retrescando asfachadasetetos. Isto consegue-se construindo sacadas etetos inclinados. 102 Ré is E O mesmo sucede coma localização dos povoados em relação aos elementos do ambiente, como as caracteristicas do solo-as colinas, porexemplo-e o solouosventos. 103 AM id Pelo contrário, quando estamos numa zona quente, o povoado fica do outro lado do monte, parater pelo menosaigumas horas desombra. Abaixo pode-se ver os efeitos do sol e do vento sobre uma povoação bem localizada. osraios do sotesquentam o povoado o povoado ficana sombra Aquiestamos numazonafria. É preciso localizar o povoado de maneira que o sol esquente todas as casas. eoventofrio passe porcima No ambiente quente, o povoado foi localizado onde há maior benefício das brisas. brisafresca S Da Nazonafria deve-se procurar proteção dos ventosfrios. O monte Então dá i ã S c para ver como os climas e a formação das ter forma uma barreira natural contraofrioqueo ventotraz. e ras determinam a localização dascasas. 108 O ER = O Os desenhos destas páginas mostram como se resolve o problema dosespaços onde ocorrem atividades da comunidade: cada local requer uma solução própria. A-funçõescivicas B-funções religiosas C-funçõescomerciais Esta forma é muito utilizada em terrenos montanhosos para movimentar a menor quantidade possivel de terra durante à construção. Além disso, a drenagem funciona melhor assim, especialmente nas zonas úmidas. 109 JA A m eme Aqui, noterrena planofoi construído um edifício, neste caso a igreja, paracriartrês espaços diferentes, cada um com funções particulares. Nas zonas pantanosas pode-se aproveitar a água, formando Canais para dividir osespaços. 110 im A Nos povoados muito pequenos as vezes só existe a praça central. No entanto, é preciso planejar futuras praças para os habitantes das zonas distantes do centro. Nestas praças, pode- se instalar um mercado ou uma escola, um teatro oulojas. 111 RA Aquisão apresentados quatro exemplos: árvoresfrondosas cada obra pública tem casas e lojas rodeando seus espaços. PRAÇAS Aspraças devem estar localizadas nos melhores lugares, já que serão os espaços mais usados pelos habitantes. Podem ter árvores bonitas, uma vista agradável, situar-se notopo de uma elevação do terreno ou ao lado de um rio, como se vê nos desenhosaa lado. umavistaagradável 112 MR AM PRACINHAS E Im É recomendável alargar as ruas onde há uma mudança de direção do trânsito, cruzamentos, vistas agradáveis, ou onde existem árvores paracriarum lugar para reuniões. Além disso, os pequenos comerciantes podem exporsuas mercadorias nestes espaços. onde já existem bosques noscruzamentos onde há mudança de direção 113 LS Éimportante evitara concentração de funções, porexempla, de tipo comercial, porque causa muito trânsito e oclientetem que caminhar muito ou usarcarro. O melhor é planejar, entreasáreas residenciais, locais parafuturas áreas públicas ou comerciais. carrosecarros.. émelhor fazer vários centros pequenos 118 eta BM ES SERVIÇOS: Recomenda-se que as casas sejam construídas com sanitários secos, para não gastar a água potável e não contaminar osrios eosolo. Aágua usada para o banho dos moradorese a água que saida cozinha pode serfiltrada e reutilizada para regar jardinse parques. Por isso, osterrenos mais baixos serão para áreas com plantas. Desta maneira, não será necessário construir esgotos nem estações detratamento de água. Muitas comunidades já têm energia (eletricidade) para suas necessidades de iluminação. Mas raramente ela é usada para cozinhar - custa muito caro -e as pessoas constumam utilizar gás oulenha. Naszonas rurais, onde a população tem animais, pode- se usar o esterco para gerar gás. Vero capitulo 9. Neste caso, pode-se utilizar os dejetos de um grupo de casas paragerarogás-deumas dezfamiílias ou mais-. Assim, é mais fácil construirum só digestor para tados, com menostrabalho de manutenção. Os pequenos geradores de energia, que utilizam petróleo para gerar eletricidade, não devem estar próximos das casas, por causa do ruído das máquinas, do cheiro e do movimento dos caminhões. Mas também não devem estar muito distantes, porque perde-se muita energia na rede de distribuição. Muitas vezes, não é possível abastecer com serviço deluzeágua todas as casas de uma comunidade que está em fase de assentamento, especialmente se as casas ficam muito distantes umasdas outras. Nestecaso, é preciso colocar vários centros de energia, paranão perder muita eletricidade na rede de distribuição. Estescentros à podem funcionar com geradores que usam petróleo, gás ou dejetos. 119 a o Os agrupamentos das casas não devem ficar distantes ou separados das áreas comerciais ou de recreação. Paraevitaro excesso detráfego, é melhor que cada bairro ougrupo de casas tenha seu pequeno centro, com lojas e oficinas detrabalho. E 4 1 praçacentral 2 igreja 3 escola 4 oficinas 5 esportes 6 parque vista de um grupo de casas com seus centros Abaixo há o corte de uma cidade pequena: com as zonas de residências entre as áreas públicas c as áreas de trabalho. áreas públicas residências áreasdetrabalho e serviços Asáreas públicas tem os edifícios destinados aos funcionários, à prática de esportes e outras áreas de recreação. 121 me = O 120 RO Além da construção de casas e edifícios de apoio, como escolas, mercados, clínicas, administração, oficinas e locais de recreação, deve-se desenhar neste plano as redes de serviços, comoruas, água potávele eletricidade. Determina-se o ponto cia tornada de água (d), acisterna (e) earedede distribuição (f). 1 Primeiro colocam-se as áreas de uso comum, parques (a), praça cerimonial (b), áreas cívicas tc), perto dos lugares de beleza natural. 4 Finalmente, situa-se o gerador de energia elétrica, num localquenão perturbea comunidade e que esteja perto dos usuários maisimpartantes, como as oficinas, por exemplo. 2 Posteriormente, determina-se a rede de acessos, como as ruas e as estradas, as áreas comuns e as áreas de loteamento, respeitando os níveis doterreno para facilitar odesaguedaschuvas. Lo 122 E A LIXEIRA MUNICIPAL: E Olixo orgânico, isto é, os dejetos de origem natural, podem ser utilizados para fertilizar o jardim. Faz-se um buraco num canto adequado do jardim e nele coloca-se a lixo, cobrindo com uma capa deterra. Depois de alguns meses faz-se outro buraco, ese usaaterra-lixo do primeiro buraco como adubo. Masolixonão orgânico, isto é, tudo que éfabricado-como latas, plástico, vidro. etc. - pode ser usado paraaterrarterras baixasem volta da comunidade. Ainda melhor é usarestetipo delixo para reciclar; há indústrias que reutilizam estes dejetos. Deve-se escolher para lixeira terrenos que não serão usados para construção, porque com o tempo eles não serão muito estáveis. Pode-se usá-los para caminhos, mas não para estradas, poisserá necessário compactá-los bem. Uma maneira melhor será cobri-los com uma camada deterrae fazer um parque com muita vegetação. as lixeiras de hoje podem ser os parques de amanhã 128 sto Este desenho não é um plano de localização, ele só mostra as relações entre os diversos setores urbanos. RR via de acesso A áreas públicas B comércio € fábricas vista em planta O plana real dependerá muita do ambiente natural -isto é. das colinas, rios c bosques-da região. AS RUAS Aotraçaras ruas é precisoter cuidado para que não haja muitas alterações do terreno. Quando hé muito movimento deterra-o Que custa cara - mais tarde podem ocorrer inundações ou deslizamentos de terra, que poderiam derrubar o caminho Construído. Um desague malfeito ou mal colocado pode destruir lodootrabalhoem poucotempo. 128 RR di E! As ruas que dão para a praça principal e as que fazem ligação com as praças menores são de doistipos: com muita gente e poucotrânsito oucom poucagente e muitatrânsito. As primeiras terão lojas e as segundas oficinas de artesãos. Desta maneira, as pessoasterão espaços amplos paracircular. oficinas: pouca gente e muitos caminhões Depois de localizar as áreas públicas- praças, ruas-deve-senão apenas preservar as árvores existentes que não obstruamoO tráfico, comotambém logo plantar novasárvores, paraque dêem q sombra e um aspecto mais agradável às ruas. 129 E O Quando todasasruasem zonas montanhosassão pavimentadas, a água da chuva que corre para baixo causará inundações. Ao mesmotempo,as árvores da parte alta podem morrer porfalta d'água: aquias plantas secam aquihã água demais Asruasemterrenos inclinados devem ter de vez em quando um solo de absorção, parafiltrar as águas para o subsolo. Quando a rua é nivelada de acordo coma forma doterreno, as aguas são capturadas pelos lados: Trânsito rua 2 drenagem meio aberto 130 ei E E Nas zonas muito secas pode-se utilizar as ruas e pracinhas para captar a água dachuva e guardá-las em cisternas públicas. E ia o & sa cisternas Se vo “o É preciso construir o sistema viário de maneiraqueasruas comecem nos pontas mais altos do povoado e terminem nos lugares mais baixos, onde estarão as cisternas: fontemunicipal vomcistera embaixo uma praça afundada Ed Além disso, as pracinhas devem estar num nível mais baixo. Os edifícios públicos ao lado da praça serão construídos comcisternas. fonte cisterna praça Se os habitantestêm poços e não necessitam de água, pode-se utilizar a cisterna para regar uma praça com muitas árvores. no 131 E Dois exemplos de planejamento. O primeiro mostra um plano mal pensado. Parair ao comércio ou ãescola, todos têm que caminhar muito, ou usar ônibus: O segundo mostra um loteamento bein feito. As pessoas vivem em volta de um pequeno centro de serviços, caminha-se pouco. Também desta forma pode-se localizar o povoado nasterras Menosférteis. Com otempo, pode-se melhorar o solo dos lotes, como “composto” dossanitáriose com a água usada dascasas. Os agrupamentos devem servir às pessoas, endo aos automóveis. 132 AM A O TO O AMBIENTE E NOSSOS OLHOS Quando osolhos não se movem muito, os músculos endurecem. Paramelhorar a vista, recomenda-se que os olhos viagem mais sobre os objetos que vêm, como seostocassem linha porlinha. O mesmo ocorre quando se olham as linhas de umacasa: a So aquiosolhosse mavem osolhosficamtensos Com estas linhas, de uma cidade mai planejada os olhos perderão sua elasticidade, enquantoas linhas dos edifícios no desenho abaixo, estimulam j os movimentos dos olhos... 4 E MEIO AMBIENTE A ÁREAS VERDES DRA Não devemos deixar que as comunidades cresçam sem nenhuma área verde. Quando não houver um lugar com belezasnaturais, deve-se deixar algunsterrenos para que os habitantestenham um parque nofuturo. Da mesma forma como fazemos com otraçado de uma rua, o que se deve fazer primeiro é plantar árvores. No caso de um assentamentonovonaselva, deve-se deixar grupos de árvores para o desfrute dosfuturos habitantes. Naszonas rurais agrícolas as pessoastêm hortas em casa, e os Campos de cultivo ficam mais afastados do povoado, com uma zona de crescimento médio. Nunca se deve alinharas casas ao longo das estradas. Deve-se pensar que num povoado com traçado linear, se o campo de cultivo estiver próximo não há Problema; mas as demais famílias têm que caminharmuito. Num Povoado com traçado redondo, só quem trabalha no campo Caminha mais. 138 E Muitas vezesa gente esquece quanta tempo uma árvore precisa paracrescer. Poucosabemosa respeito do tamanho das árvores. Nos desenhos abaixo vemos o quanto as árvores crescem com o passar do tempo. 25 metros e 3 us 5 menarpaeenmpe=oonqe cauogen ney o nogueira 20anos 100 anos 25 metros e ! ' [20 b i i 115 L t | 10 k l h pinheiro 1 15 r ' t 12 anos 110 anos 20 anos Sabendo isso, melhor plantar uma árvore agora mesmo... Lo 139 MR A POLUIÇÃO MA Fala-se muito em poluição. Diz-se que em nossotempo o ardas cidades grandes é bem menos puro que o ar que respiramos no campo. Isto acontece por causa da fumaça que sai dasfábricas, dos caminhões e dos carros. Por isto, deve-se localizar as indústrias e as estradas fora das áreas onde estão ascasas. Porémfala-se pouco da poluição visual, isto é, em vez de uma bonita paisagem, ou uma praça com edifícios bem feitos, vemos somente um monte de lixo ougrandes letreiros ou conjuntos de casasmalfeitas. Quetipos de poluição podem-se observarneste desenho? FORMA DA CASA E ES A A MORADIA NO CLIMA TROPICAL ÚMIDO Impossível fazer um só modelo de umacasatípica paraoclima tropical úmido. Aforma da construção é determinada por vários fatores, como por exemplo: a disponibilidade dos materiais; o tipo de mão-de-obra; os costumesetradições locais; a possibilidade de usar materiais de outras regiões; a situação financeira da comunidade, e muitas outras razões. Um exemplo disto é o uso da madeira ou do barro nas paredes. Se estes materiais estiverem disponíveis, as casas podem ser de váriostipos: todade madeira todadebarro Ou este materiais podem ser combinados: madeira q 143 Ee MEM A Poristo, a forma da casa depende de muitosfatores: otamanho dafamília disponibilidade de materiaise o dinheiro para comprá-los asformastradicionais de construção aimaginação e a criatividade da população oclimadaregião oscastumes da região quanto ao uso dos espaços ascondições doterreno Este manual não pode apresentar uma única casa, que sirva paratodotipo de gente, e paratodas as regiões. Cada vale, cada colina, cada bosque temcondições diferentes. O mmesmo acontece comas pessoas de uma comunidade. Além disso, as atividades das pessoas diferem muito; a casa de um carpinteiro é diferente dacasadeum comerciante. Por isto, só vamos mostrar algumas maneiras de construir, para que a construtor escolha a que mais lhe convém. As páginas seguintes mostram uma variedade de formas e estruturas - todas adequadas ao clima tropical úmido - que dão uma idéia do que se pode fazer. Antes de mais nada, devemos estudar as possibilidades, para depois fazer a casa à partir da nossa própria imaginação, e Combinando as formas como quisermos. Vo 148 AE = Parautilizarmelhor o espaço entreotetoeoforro, podemos subir uma parte doteto: levantamosa parte centraldo teto. colocamos janelas nos dois ladas, entre os doistetos. 149 ea a Nas regiões onde não há madeira de tamanho suficiente para fazer as estruturas de um teto grande, é melhor fazer um teto para cada um dos cômodos. UR] E E podemos colocar as janelas de um só lado. estaformaservetambém para tetos de quatro águas. Corte de uma casa mostrando os cômodos do primeiro (edo segundo (2) pavimento. O vão sob o teto serve para guardar coisas (3). 150 ABRE E RR AE TETOS PARA COBRIR GRANDES VÃOS Nas zonas muito chuvosas é mais difícil para as pessoas se encontrarem nas praças, como se costuma fazer em outras regiões. Felizmente, há bastante material disponível (árvoresaltas) para desenvolver estruturas capazes de cobrir grandes áreas onde as pessoas possam congregar-se. As culturas indígenas inventaram uma grande variedade de formasarquitetônicas; não só quanto à construção, mastambém quanto ao uso do espaço, incluindo detalhes como a ventilação. Trêsexemplosdetetos paragrandes vãos. Todostêm aberturas para ventilação: vista doteto corte da estrutura Uma estruturasimples com esteios centrais. Emtorno doespaço centralfaz-se uma arcada. No interior há dois pisos, para uma áreade armazenamento. Nos espaços laterais pode-se construir lojas (a). Nota: Assapatas da parte central são maiores. Lo 151 1 dl Este tipo de estrutura presta-se muito bem para abrigar mercados cugrupos de oficinas pequenas. E RS A pode-se abriroteto paraterjanelas Partes da varanda podem ser fechadas com lojas; outras partes ficamabertas. Umaoutra possibilidade é levantar mais a estruturacentral para incluir 2 andares aos lados (a). ventilação corte da estrutura Esta é umaforma de estrutura que necessitatroncos bastante largos. A parte central é mais alta e aos lados se constrói um entrepiso ou galeria elevada. Os tetos laterais devem ser colocados mais baixos, parase ter uma janela triangular grande Parailuminarocentro. 152 Ee E Pra fazer a obra destetipo de prédio se levanta a estrutura do segundo andar parater uma plataforma paratrabalhar (1). Depois se colocam os troncos do piso mais alto no meio dos outros (2), os pilares das paredes exteriores e o piso da entreloja (3). Finalmente erguem-se os caibros doteto. Assim, temos um pequeno prédio ou galpão com umagrande |; variedade de espaços. 153 E E Outra forma interessante é o prédio emfarma de circulo; aqui também se oferece um uso de espaço variável: Estaéa planta dessetipo degalpão: Nesse exemplo, (a) será uma áreainterior coberta e ventilada porcima;(b) são áreasfechadas com acesso para dentroe para forae (c)uma varanda para expansão. Tal configuração pode abrigar umafeira, pequena escola ou um centro comunitário. Aestrutura é um pouco mais elaborada como mostra o desenho: osesteios (a) são enterrados e devem estar bem amarrados às vigas do teto, as quaisse apoiam sobre os postes (b). Acima há um anel de galhos juntos e atados com reforços diagonais(c). Acima do anel existe outro teto. As vigas de amarração seguem circularmente por toda a volta correndo porcima dos esteios. Obviamente, a estabilidade de uma estrutura como esta depende muito da qualidade das conexões; para se aprender o comportamento deste sistema deforças, é aconselhável fazer Primeiro um prédio menor, como por exemplo um galpão para Salinhas ou gado. ESTRUTURAS DR RS E AS ESTRUTURAS Quando as paredes são de materiais resistentes e duráveis, comotijolos, pedras ou blocos de concreto, a estrutura doteto podese apoiar na parede. Caso as paredes não sejam tão resistentes e só sejam construídas aos poucos, o melhor é fazer o suporte do teto separado da parede. Mas, independente do material usado nas paredes, deve-se construí-las sob umtelhado inclinado com uma ouvárias águas. Estas devem ter sempre grandes beirais, para proteger as paredes da chuva. 159 AEE ER A estrutura que se vê abaixo é para o teto básico de uma casa pequena. As casas maiores precisam de mais esteios e vigas principais. 160 E mi mi E A posição dos esteios que suportam a estrutura do teto pode variar em relação às paredes: Os esteios embutidos nas paredes ficam protegidos da umidade. Osesteiosfora das paredes não ocupam espaço na casa. O melhor é colocar os esteios um pouco fora e um pouco dentro. Além disso, as paredes com mais esquinas são mais resistentes aos movimentos de terra. Neste exemplo, a posição dos esteios facilita a instalação de uma janela grande ou de uma parede aberta; a parede está | protegida dachuva. Afastando mais aindaos esteios das paredes, obtém-se uma áreacoberta para varanda. 161 E Quando não houver madeira grossa para osesteioseas vigas, unimosalgunstroncos menvrescom arame oucipó. TO viga feita com feixcdegalhos junta de esteio e viga com madeiragrossa umajuntacom duas maneiras diferentes de unir osesteios. Ossotãos podem ser parte da estrutura do teto ou das paredes. sótão sobre esteios sótãosobre as paredes e 162 DRM é E E A SÓTÃOS Os sótãos servem para melhorar a ventilação dos cômodas e também para armazenar coisas ou secar grãos, sementes e frutos. Ossótãos podem ser feitas de esteiras de bambu ou de taquara com umacamada fina deemboço, ou de ripas com uma camada fina de lamae capim. parede Quando pessível, a altura dos forrosnos quartos vizinhos deve ser diferente, para ventilaros espaços: tijolosocos o ar quente sobe e passa pelo teto Detalhe da construção: o uso de tijolos abertos para que 0 ar quentesaia. Vertambém no capítulo 6, como construir painéis paraforros. 163 ES E BARROTES Os barrotes que recebem os caibros inclinados dos tetos apóiam- se nas vigas ou nas paredes. barrote caibros barrote parede O barrote deve ser bemfixado às paredes. Se deslizar, as vigas doteto podem soltar-se e toda a estrutura pode cair. Para construir um teto com duas inclinações, usam-se três barrotes : caibro doteto Ts barrotedoteto vigota do forro barrote principal 168 A E SS o MAIS JUNTAS COMBAMEU 3 cortaraocomprido “el e encaixe Tm — Acima vemos uma junta ou união para um bambu que não vai suportar peso. +—velsaa DE mem Aqui vê-se outro tipo de junta, para quando o bambu sofrer pressão. Alingueta passa dentro de dois nós. Esta é uma junta bemrresistente. - po nravo cortareperfurar amarrar Quando houver muita pressão de cima, o melhor é fazeruma junta comalguns cravos de madeira dura. Desta formaa junta fica bastante resistente. 169 o RR As juntas de bambu são feitas comeravase cipós oucordas. Normalmente, colocam-se os cravos perto dasdivisões (ou nós) dobambu. Depois, fazemos umencaixe bem unido. Para proteger dosinsetos, cobre-se o encaixe com piche ou óleo queimado. cava toi naparteoca do bambu j Pe Ló Ss, Y | encaixe pertodonó Otirante é unido ao esteio, encaixando-se na juntae amarrando- secomcipó e dando-se a volta pelas pontas salientes do cravo. Outraformaécortaralingueta no esteio (acima do nó), dobrando- aedepois amarrando. deixaruma lingucta tirante Fl ” dobrara lingueta esteio As cumeeiras são amarradas da mesmaforma, cortando-se uma juntagusandocravos. cumecirasimples Nunca devemos usar pregos nas estruturas de bambu, porque Podem enfraquecer e partiro bambu. — cipó cumeeira reforçada 170 E MA A Uma casa com esteios centrais. Nos centros onde estão os esteios podemser colocadas as paredes divisórias doscômodos. Esta casa tem dois vãos de 4 metros cada um. &— Sumeeira Neste desenha das juntas,os detalhes dos f caibros não estão indicados. esteiocentral Ku escora esteio da 9 parede escara b 171 E e A Detalhes da estrutura do teto: cumeeiras ecaibros simples. ahásica : form encaixe é € cumesira &— caibro Nas regiões com ventosfortes, usam-se duas cumeeiras, com umataquarano meio. formareforçada taquara Nostetos muito inctinados usam-se duas peças na cumeeira, uma acima da outra. Se oteto for menos inclinado, usa-se uma ao lado da outra. inclinação forte inclinação suave Amarrando-se bem as duas peças da cumeeira, conseguimos maisestabilidade paraoscaibros. Quando o material que usamos para amarrar é vegetal, corremos orisco de um ataque de insetos, mas se o material for metálico (arame, porexemplo) ele pode enferrujar. Poristo, os encaixes devem ser visíveis, para facilitar sua revisão periódica e uma substituição quando for preciso. 172 E ee DE COMO TRANÇAR PAINÉIS DE BAMBU Para fazer esteiras de bambu ou taquara para as paredes, divisórias ou pisos elevados, parte se o tronco de bambu e retiram-se os nós do seu interior. Depois, abrem-se os bambus e deixa-se secar com um peso em cima, para que fiquem estirados. Para casas modestas, deixamos as placas inteiras, para cobrir pisos ou paredes e amarramos umas às outras. Masomelhoréfazer painéis rígidos, trançandoripas de uns3cm delargura. Geralmente, os painéistêm a altura da metade de um quarto, isto é,1.50 metros e 50 cm de largura. 173 e O Il O bambu pode sertrançado de duas formas: a Senáohouverventosfriose quisermos uma parede muito leve, que deixe passar a brisa e que dê alguma privacidade, ele podeter umtrançado aberto. b Umaparede melhor acabada exige umtrançado apertado. Cobre-se o lado externo com piche esobre esto se aplica areia. Depois pinta-se dos dois lados com uma mistura de barro, cale sumo de cactus. no trançado aberto trançado apertado Depois detrançaro painel, queima-seosfiapos de bambu. Após então, põe-se no chão para aplicar o piche e a areia. Antes da segunda mão, deixa-se secar ao sol. Tem que estar completamente seco na hora de instalar na parede, para que a pintura final cubra bemo preto do piche. Reforça-se as bardas com outras ripas - uma de cada lado - amarrando comfios ou arame, formando uma moldura. Ou então usa-se uma taquara com uma fenda para encaixar a borda do painelirançado. taquara comfenda 178 a = E O RO TA ESTRUTURAS DE MADEIRA CORTADA Para edifícios públicos, como clínicas ou escolas, o melhor é usar madeira cortada em serraria. As juntas são feitas com parafusos, porcas e braçadeiras dentadas. Os detalhes abaixo mostram uma estrutura com vão de seis metros, vista de lado. O piso pode serfeito com um cimentado lisooucerâmica. caibro b N 4x16 3x 12 8x 12 4x 16 4x 16 (2) 179 BIA E A cumeeira fica 5 metros e meio acima do piso. As colunase os tirantes mais compridos têm 4x 16; as outras vigas têm 3x 12, eosbarrotes 8x 12. Os caibros podemter 4x7, dependendo dos tamanhos das madeiras. Se forem muitofinas, devemficar mais próximas umas das outras. As dimensões das colunas etirantesmais importantes estão em centimetros. No desenho vê-se um barrote de 4 x 8. Os 8 Números entre parênteses indicam a quantidade de peças. 4 180 ee TAI E Acumeeira e osbarrotes não devem mover-se como peso dos caibros. Neste detalhe vemos uma ripa de travamentodo barrote queserve para que este não se desloque sobre o tirante. tirante O desenho de baixo mostra uma estrutura leve, de 12metros, que podeservir para fábrica ou mercado. Os detalhes das juntas são iguais aos da edificação anterior, de 6 metros. Na verdade, são duas construções sob o mesmoteto. O detalhe (e) mostraa junta das colunas centrais. 5x10 + 800 e Note-se que a cumeeiratem saída parao ar quente. Os desenhos nãoindicamasripas sobre os caibros nem o material para cobrir otelhado. 181 ES ii 4316 E é parafuso º 4x16 o . o balirame de concreto e «O 4x18 (2) parafusos Umafundação contínua deveter blocosembutidos para conectar as duas colunas. Além disso, deve-se usar bases de concreto para quea madeira não apodreça. Oblocotem também 4x 16€ deve ser pintado com óleo queimado ou outro tipo de proteção. Vercapítulo6. Um outro exemplo de juntas. = sea 182 RE E COMO TRANÇAR FOLHAS DE PALMEIRA 183 e Abaixo vê-se autra forma de preparar folhas de palmeira para cobrirtetos. Dá um pouco mais de trabalho, mas o resultado é Primeiro cortam-se as extremidades dafolha. Depois, parte-sea melhor. folhaao meio ese arredondamas bordas da “espinha” outalo, para que não cortem as mãos na hora detrançar. $ Ê fio = folhinhas Tiram-se asfolhinhas de umafolha de palmeira. Depois, dobramos asfolhinhas em volta da “espinha” outalo dafolha. Com duas outrasripas de cada lado da “espinha”, amarramos asfolhinhas comumfio. espinha 2 artirao meio : : : P ' Umteto coberto com este tipo de esteiras pode durar muitos 3 arredondar anos. Agora, trançamos cada um dos lados formando uma tiralarga de ripas otrançado uma esteiraterminada Paraamarrarasfolhas, usamos fios de bambu, cortando-o em tirasbemfininhas. bambu +” uma esteira trançada fios paraamarrar
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