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Guias e Dicas
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potenciometria titulação, Esquemas de Farmácia

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Tipologia: Esquemas

2020

Compartilhado em 30/11/2020

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werkison-vermelho-2 🇧🇷

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Baixe potenciometria titulação e outras Esquemas em PDF para Farmácia, somente na Docsity! Prof. Valmir F. Juliano 1º/2013 INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ELETROANALÍTICOS QUI221 Classificação dos métodos analíticos CLÁSSICOS E INSTRUMENTAIS Chamados de métodos de via úmida Gravimetria Volumetria Espectrométrico Cromatográfico Baseados em propriedades físicas (químicas em alguns casos)í i l Eletroanalítico Propriedades elétricas i l t i Propriedades ópticas i ti Propriedades diversas i i Eletroanalítica A Bletroanalíticos Métodos não-interfaciais Métodos / interfaciais Titulações condutométricas Condutometria (G=1/R) Dinâmicos (i>0) I Potenciometria (E) Potencial controlado Corrente constante Titulações amperométricas (vol) Coulometria com E constante (Q=19 Titulações coulométricas (Q=1t Voltametria — Eletrogravimetria (m) Eletrogravimetria (m) i=HE) Métodos Potenciométricos Começando pelo fim... A aplicação, parte prática, antes da teoria! Métodos Potenciométricos Medição solução contendo o analito ionômetro Eletrodo de referência Eletrodo indicador Instrumento de medição Métodos Potenciométricos Como realizar medidas potenciométricas? • Necessário ter 2 eletrodos: indicador e de referência. • Instrumento de medição  Medidas diretas ou medidas indiretas?  Curva analítica ou titulação? Para responder a estas duas questões é necessário saber sobre a: • Existência de eletrodos indicadores seletivos com sensibilidade requerida. • Inexistência de espécies interferentes. ou possibilidade de mascarar os interferentes. Medid as direta s Potenciometria Direta Métodos Potenciométricos Aplicabilidade: • Durante muitas décadas foi somente aplicada para determinação de pH. Atualmente serve para determinação de qualquer espécie iônica (ou molecular que possa ser ionizada) para a qual exista um eletrodo indicador. Normalmente, a amostra não requer tratamento prévio, podendo ser opaca e até mesmo viscosa. Limitações: • Erro inerente às medidas da f.e.m. da célula, por causa das incertezas em E0 e Ej. Métodos Potenciométricos Potenciometria direta Dependem da força iônica e da composição do meio Métodos de calibração: • Curvas de calibração para medidas de concentração: Exemplo: Um eletrodo seletivo para Ca2+ foi imerso em uma série de soluções-padrão cuja força iônica foi mantida constante. Métodos Potenciométricos Potenciometria direta [Ca], mol/ L E, mV 3,38x10-5 -74,8 3,38x10-4 -46,4 3,38x10-3 -18,7 3,38x10-2 10,0 3,38x10-1 37,7 a) Construa a curva de calibração e determine a [Ca2+] para uma amostra que fornece uma leitura de -22,5 mV. b) Determine a sensibilidade do método. c) Determine o desvio padrão para a medida da concentração da amostra. Métodos de calibração: • Curvas de calibração para medidas de concentração: Métodos Potenciométricos Potenciometria direta y = 28,14x + 51,096 R2 = 1 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 -5 -4,5 -4 -3,5 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 log[Ca2+] E ( m V ) Y = mx + b a) leitura de -22,5 mV, -22,5=28,14x + 51,096 X = (-22,5-51,096) / 28,14 = - 2,615 [Ca2+] = 10-2,615 = 2,43x10-3mol/L b) A sensibilidade do método é a inclinação da curva de calibração. c) O desvio padrão relativo da regressão pode ser calculado a partir dos desvios padrões da inclinação e do intercepto, os quais foram calculados a partir do desvio padrão da regressão: sc/c = 0,005608  sc =0,005608 x 2,43x10-3 = 0,014x10-3 22              m s b s c s mbc Métodos Potenciométricos Potenciometria direta Vantagens: • Alta sensibilidade (ex.: análise de potássio - LQ 0,039 g/mL com eletrodo seletivo e 0,5 g/mL por fotometria de chama); • Funcionam bem em solventes orgânicos e em presença de moléculas solúveis em gordura; • Podem ser utilizados em soluções de redutores e oxidantes; • Grande faixa de resposta linear; • Não destrutivo; • Não contaminante; • Tempo de resposta curto; • Não é afetado por cor ou turbidez; • Facilidade de automação e construção de acordo com a necessidade (forma, tamanho, finalidade). Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica A- HA HA e A” (região do tampão) | 3 “ |2 1-1 0 5 10 15 20 Volume de Base Forte (mL) 25 A” e OH” 30 Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica 1) O que é necessário para realizar uma titulação? 2) O que é necessário para realizar uma titulação potenciométrica? Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica 3) Que tipo de titulação pode ser realizada potenciometrica- mente? 4) Que tipo de informação podemos obter de uma titulação potenciométrica? Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica E / m V Titulação de H3PO4 com NaOH O VPE independe dos valores absolutos de E (ou pH) J. Chem. Educ., 1995, 72 (12), p 1135 Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Titulação complexométrica com EDTA Por que os saltos de potencial na região do PE são diferentes? O potencial de um eletrodo indicador adequado é convenientemente empregado para encontrar o ponto de equivalência de uma titulação potenciométrica. • A medida direta de soluções de um ácido fraco e de um ácido forte com a mesma concentração com um eletrodo sensível ao pH leva a valores muito diferentes de pH devido aos diferentes graus de ionização de cada ácido. Por outro lado, a titulação potenciométrica de volumes iguais de ambos os ácidos requer a mesma quantidade de base-padrão. • O ponto final potenciométrico fornece dados mais exatos e mais precisos que o método correspondente com o uso de indicadores. Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica 0 1 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10 12 p H V HCl (mL) Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica 0 1 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10 12 p H V HCl (mL) Será que estes métodos fornecem valores coincidentes? p H p H Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Será que estes métodos fornecem valores coincidentes? Se os dados experimentais forem “bem comportados”: • sem “ruídos” operacionais • com grandes valores de E ou pH na região do PE Curvas “mal comportadas”  Dificulta o traçado geométrico  Se os dados experimentais forem “mal comportados” SIM Talvez sim, talvez não Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica 0 1 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10 12 p H V HCl (mL) -150 -100 -50 0 50 100 150 2 p H / V 2 VP.E. 2ª derivada Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica 0 1 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10 12 p H V HCl (mL) -35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0  p H / V 0 1 2 3 4 5 0 2 4 6 8 10 12 p H V HCl (mL) -150 -100 -50 0 50 100 150  2 p H / V 2 Normalmente não se tem a definição do mínimo (ou máximo) que corresponde ao VPE. É inquestionável a posição do zero da 2ª derivada que corresponde ao VPE. Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Todos os métodos de detecção do ponto final apresentados baseiam-se na consideração de que a curva de titulação seja simétrica nas proximidades do ponto de equivalência e que a inflexão da curva corresponda a esse ponto. Essa consideração é válida se o analito e o titulante reagirem em uma razão 1:1 e se a reação de eletrodo for reversível. Muitas reações redox, tais como a reação do ferro(II) com permanganato, não ocorrem de acordo com essa relação equimolar. Mesmo assim, essas curvas de titulação normalmente são tão inclinadas no ponto final que um erro muito pequeno (desprezível) é introduzido quando se considera que as curvas sejam simétricas. 0 2 4 6 8 10 12 0 1 2 3 4 5 6 Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica pH V Vmédio 1ª derivada Entra ou não no traçado? Gera “ruído” nas derivadas -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 0 1 2 3 4 5 6 Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Vmédio 2pH V2 2ª derivada Dependendo da quantidade de “pontos- ruído” o traçado da segunda derivada pode ficar comprometido. Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica - derivadas VNaOH (L) pH Vmédio 1 (L) pH/V Vmédio 2 (L)  2pH/V2 85,0 4,245 85,5 0,155 86,0 4,400 86,0 0,0710 86,5 0,226 87,0 4,626 87,0 0,0810 87,5 0,307 88,0 4,933 88,0 0,0330 88,5 0,340 89,0 5,273 89,0 -0,0830 89,5 0,257 90,0 5,530 90,0 -0,0680 90,5 0,189 91,0 5,719 91,25 -0,0390 92,0 0,130 93,0 5,980 12 12 VV pHpH V pH      12 12 2 2 VV V pH V pH V pH                     2 21 VVV   Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Método de Gran                   NaOHa NaOHNaOH NaOHa NaOHeq1NaOH a1 - 42 43a1 3 VV VC VV )V(VC K ]PO[H ]PO[HK ]O[H eq1a1NaOHa1NaOH3 VKVK]VO[H   NaOH NaOHeq1a1 3 V )V(VK ]O[H   y = -0,0053x + 0,0529 R2 = 0,999 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 VNaOH (mL) [H 3O + ] V N aO H y = -1,35E-07x + 2,69E-06 R2 = 9,99E-01 0,00E+00 5,00E-08 1,00E-07 1,50E-07 2,00E-07 18,50 19,00 19,50 20,00 20,50 VNaOH (mL) [H 3 O + ]V N a O H 1° PE 2° PE Vantagens (em comparação à titulação clássica) • Pode ser utilizada para soluções turvas, opacas ou coloridas; • Permite identificar a presença de espécies inesperadas na solução (contaminantes); • Determinação de misturas de espécies; • Aplicável para soluções muito diluídas; • Titulação de ácido fraco com base fraca; • Ponto final muito próximo ao ponto de equivalência (maior exatidão na determinação do PE); • Aproveita certas reações para as quais a técnica convencional é impraticável por falta de indicadores; • Permite automação e até miniaturização. Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Desvantagens (em comparação à titulação clássica) • Requer um tempo maior na análise (questionável); • Requer equipamento especial (potenciômetro, eletrodos indicadores e de referência) e, consequentemente, energia elétrica; • Maior custo da análise (questionável). Métodos Potenciométricos Titulação Potenciométrica Métodos interfaciais Dinâmicos Há fluxo de elétrons (corrente elétrica) Estáticos Não há fluxo de elétrons (sem corrente elétrica)Eletrogravimetria Potenciometria e ti . potenciométrica Métodos Interfaciais e- e- Cu2+ Cu2+ SO4 2- SO4 2-e- e- Oxidação Interface Eletrodo/solução CuSO4 -Ag+ Ag+ NO3 NO3 NO3 e- e- e- e- Interface Eletrodo/solução Redução AgNO3 Baseiam-se nos fenômenos que ocorrem na interface entre as superfícies dos eletrodos e a fina camada de solução adjacente a essas superfícies. Célula Eletroquímica Componentes de uma Célula Eletroquímica • 2 condutores imersos em uma solução contendo eletrólitos (eletrodos) • 1 condutor eletrônico externo para permitir o fluxo de elétrons • 1 condutor iônico para evitar o contato direto dos reagentes e permitir o fluxo de íons, equilibrando as cargas na solução (e manter o fluxo de e-). Eletrodo de Cobre e- e- Eletrodo de Prata Ponte Salina (KCl sat.) Cu(s) Cu2+ + 2e- Ag+ + e- Ag(s) [Cu2+] = 1,00 mol/L [Ag+] = 1,00 mol/L Ânodo (oxidação) Cátodo (redução) Atividade vs concentração Atividade ?!? O que vem a ser atividade? Representa a concentração efetiva, que considera o comportamento do soluto no seio da solução. Um íon em solução fica rodeado de outros íons de cargas opostas à sua. É impossível separar íons negativos de íons positivos. ai = iCi a) ai < Ci  i é em geral menor que a unidade; b) quanto maior Ci menor é ai  quanto maior Ci menor i; c) em extrema diluição ai = Ci  i = 1. Portanto,  ≤ 1. Atividade vs concentração ][ia ii  1i ][iai   22 1 iizc    i i i B Az   1 log 2 i: Coeficiente de atividade do íon zi: Carga do íon : Força iônica da solução A: Constante f(T,) (1,825·106(T)-3/2) (0,511 para H2O a 25 ºC) i: Raio iônico efetivo (hidratado) do íon em angstrons (10 -10 m) B: Constante f(T,) (50,3·108(T)1/2) (0,329 para H2O a 25 ºC) Equação de Debye- Hückel Atividade vs concentração H+ Li+ Na+ K+ Rb+ Be2+ Mg2+ Ca2+ Sr2+ CO32- SO42- SH- OH- F- Cl- Br- I- NH4+ Raio Iônico R. I. Hidratado Atividade vs concentração Qual a implicação disto? • Necessidade de ajustar a força iônica do meio através de um tampão de força iônica. Podemos até nem conhecê-la, mas devemos mantê-la praticamente constante. Célula Eletroquímica             ][ ][ loglog 0592,00 reagentes produtos n EE reagentes produtos      reagentes produtos a a n EE log 0592,00 ][ia ii  1i ][iai  constante Célula Eletroquímica – Movimento de cargas e- e- K+ K+ Cl- Cl- e- e- e- e- e- Cu2+ Cu2+ Cu2+ SO4 2- SO4 2- -Ag+ Ag+ NO3 NO3 NO3 e- e- e- e- e- e- Oxidação Interface Eletrodo/solução Interface Eletrodo/solução Redução AgNO3CuSO4 Ecélula = Ecátodo - Eânodo Em quais condições existe uma movimentação de cargas? E > 0 cél la u cáto od – + Ejunção Como as soluções podem conter vários tipos de íons, o potencial de junção não é facilmente quantificado. A grandeza do potencial de junção pode ser minimizado pela utilização de uma ponte salina entre as duas soluções. A estratégia está em usar altas concentrações de eletrólitos de mobilidade similar como KCl, KNO3 ou NH4NO3. Cátion Mobilidad e m2/(s.V) Ânion Mobilidad e m2/(s.V) H+ 36,3x10-8 OH- 20,5x10-8 K+ 7,62x10-8 I- 7,96x10-8 NH4+ 7,61x10-8 Cl- 7,91x10-8 Na+ 5,19x10-8 NO3- 7,40x10-8 Célula Eletroquímica Métodos interfaciais estáticos Afinal, de que assunto estávamos tratando até agora? .... Métodos Potenciométricos Célula eletroquímica O que se deve fazer para evitar um fluxo de elétrons, ou seja, a condução de corrente elétrica? e- e- X X O instrumento de medida precisa ter uma resistência interna muito grande! Analogia: Um objeto pendurado no alto de um edifício tem uma certa energia potencial gravitacional. Se ele for solto, cairá até o solo. Enquanto permanecer amarrado manterá sua energia. Solução Eletrodo de referência do analito ' Ê EI o EEE] Eletrodo indicador solução contendo o analito L E Instrumento de medição Métodos Potenciométricos Eletrodos de referência Características ideais: • Ser reversível e obedecer à equação de Nernst; • Manter seu potencial constante no tempo; • Retornar ao seu potencial original após ter sido submetido a pequenas correntes; • Exibir baixa histerese sob ciclos de temperatura. No entanto, nenhum eletrodo de referência atende a todos esses requisitos idealmente. Vários estão surpreendentemente próximos deles. Métodos Potenciométricos Eletrodos de referência Equilíbrio químico: AgCl(s) + e- ⇌ Ag0 + Cl- Eº = ? Ag+ + e- ⇌ Ag0 E°= 0,799V AgCl(s) ⇌ Ag+ + Cl- Kps= 1,8x10-10 AgCl(s) + e- ⇌ Ag0 + Cl- E°= xV Ag0 ⇌ Ag+ + e- E°= -0,799V AgCl(s) ⇌ Ag+ + Cl- E°= x - 0,799V E = 0 = (x - 0,799) - 0,0592 logKps x = 0,799 + 0,0592 logKps = 0,222V = Eº E = (0,799 + 0,0592 logKps) - 0,0592 log aCl- E = 0,222 V (atividade unitária Cl-) E = 0,197 V (solução saturada) Eletrodo de Prata/Cloreto de prata Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores 1° tipo ou 1ª classe: Mn+ + n e- ⇌ M Estes eletrodos metálicos desenvolvem um potencial elétrico em resposta a uma reação redox na superfície do metal. A maioria dos metais não serve para esse propósito devido ao equilíbrio não ser prontamente atingido na superfície do metal. Somente Ag, Cu, Zn, Bi, Tl, Pb, Cd e Hg podem ser usados como eletrodos indicadores para seus íons aquosos. • Somente Ag e Hg apresentam respostas reversíveis e nernstianas. • Cu não pode ser usado na presença de íons Ag+, pois haveria redução dos íons Ag+ sobre o eletrodo. • Zn e Cd não podem ser usados em meio ácido, pois se dissolvem. • Bi, Tl e Pb oxidam facilmente e por isso só podem ser usados em solução desaerada (remoção dos gases).   nM 0 ind a 1 log 0,0592 EE n Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores 2° tipo ou 2ª classe: MXn + n e- ⇌ M + nX- Estes eletrodos (M/MXn) respondem à atividade do ânion com o qual o cátion M forma precipitado ou complexo. AgCl + e- ⇌ Ag + Cl- Eind = E0Ag+/Ago + 0,0592logkpsAgCl – 0,0592logaCl- E = 0,222 – 0,0592 log aCl- = 0,222 + 0,0592pCl A resposta do eletrodo varia de acordo com a variação da atividade de Cl-. Lembre-se que este eletrodo pode vir a ser referência se a atividade de Cl- se mantiver constante. HgY2- + e- ⇌ Hg2+ + Y4- E = 0,210 – 0,0296 log (aY4-/aHgY2-) Mantendo-se a atividade de HgY2- constante, a resposta do eletrodo varia de acordo com a variação da atividade de Y4-. Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores 3° tipo ou 3ª classe: Um eletrodo metálico pode, sob determinadas circunstâncias, ser modificado para responder à um cátion distinto. Consiste de um metal em contato com um sal pouco solúvel (ou um complexo fracamente ionizado) do próprio metal e um sal levemente mais solúvel (ou um complexo levemente mais ionizado) de um segundo metal. É muito pouco utilizado. Ag/Ag2S,CuS Ag+ + e- ⇌ Ag Ag2S ⇌ 2Ag+ + S2- CuS ⇌ Cu2+ + S2-   2 2 1 log 0592,0 log 0592,0 799,0 CuCuS SAg ind anK K n E constante Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores Eletrodos de membrana = eletrodos íon-seletivos (pIon): Propriedades da membranas: • Solubilidade reduzida: Um dos requisitos é que a solubilidade da membrana no meio contendo o analito (geralmente aquoso) se aproxime de zero. Moléculas grandes ou agregados moleculares, tais como vidro ou resina poliméricas são ideais. • Condutividade elétrica: A membrana deve exibir uma condutividade elétrica, mesmo que pequena (migração de íons dentro da membrana). • Reatividade seletiva ao analito: Uma membrana (ou algumas espécies na matriz da membrana) deve ser capaz de ligarem-se seletivamente ao analito por troca iônica, cristalização ou complexação. Eletrodos íon-seletivos baseados em ionóforos • Fotomicrografia de um microeletrodo de valinomicina para monitoramento da atividade de potássio no interior de uma célula. célula microeletrod o Ponta < 1m Compostos neutros lipofílicos que formam complexo com íons. Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores M+ Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores Eletrodo de vidro para pH: • É um dos mais conhecidos e mais antigos eletrodos de membrana. Foi concebido por Cremer em 1906. • A membrana é uma fina camada de vidro. Troca iônica Membrana de vidro 10-5 cm 10-2 10-5 cm cm Si Si O Al O Si O Si O Si Si O Si O Al O Si O H+ H+ H+ H+ H+ Interno Externo Gel Gel H+H+ H+ H+ H+ H+ - - hidratado seco hidratado H+H+ Na+ Eletrodo combinado de vidro Ag/AgCl Solução HCl 0,1 mol L-1 saturada com AgCl Membrana de vidro Ag/AgCl abertura Ponte Salina KCl(sat) saturada com AgCl WE SEE ei ee Rei solução Vá Eletrodo 2 (indicador) Eind = k - 0,0592 pH Potencial de assimetria: Quando soluções idênticas são colocadas de cada lado da membrana Eint deveria ser zero. Contudo observa-se um pequeno potencial de assimetria que se altera lentamente. Potencial do eletrodo de vidro: Eind = Eint + Eref 2 + Eass Eind = L´ + 0,0592 log a1 + Eref 2 + Eass Eind = L + 0,0592 log a1 , sendo L = L´+ Eref 2 + Eass Eind = L - 0,0592 pH Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores – Eletrodo de vidro Erro alcalino: • O eletrodo de vidro responde tanto aos íons hidrogênio quanto aos íons de metais alcalinos univalentes em soluções alcalinas. A magnitude deste erro depende da constituição da membrana. • Em soluções com baixa concentração de H+ e alta concentração de íons de metais alcalinos univalentes, o eletrodo responde a estes pelo mesmo mecanismo de troca iônica e o pH medido é menor que o verdadeiro. Erro ácido: A fonte deste erro não é muito bem conhecida, mas admite-se ser por causa da membrana de vidro ficar saturada de H+, quando a concentração de H+ é muito alta, e não poder ser protonada em mais nenhum sítio. Devido a isso, o pH medido é maior que o pH verdadeiro. Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores – Eletrodo de vidro Erro ácido Erro alcalino Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores – Eletrodo de vidro Coeficiente de seletividade: Nenhum eletrodo consegue responder exclusivamente a um único tipo de íon, mas o eletrodo de vidro está entre os mais seletivos. O efeito de um íon de metal alcalino univalente sobre o potencial através da membrana pode ser calculado pela inserção de um termo adicional: Quanto menor o coeficiente de seletividade (kH,B), menor será a interferência da espécie B. Para o sódio: kH,Na assume valores de 10-13 a 10-10 (depende da membrana) O íon sódio é a principal espécie interferente, mas sua interferência é significativa quando a [H+] é da ordem de 10-12 mol/L ou menor e a [Na+] é da ordem de 10-2 mol/L ou maior. )1, bk BH 1ind (a log 0,0592 L E Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores – Eletrodo de vidro Composição da membrana de vidro: A alteração na composição do vidro alteram as propriedades da membrana. Com isso, o erro alcalino, o coeficiente de seletividade e outros podem ser melhorados (ou piorados). Os vidros para eletrodos são compostos por pelo menos 3 componentes: SiO2; R2O e MO (ou M2O3), em que R é um metal alcalino e M um metal divalente ou trivalente.  Substituição de Si(IV) por Al(III) ou B(III) gera carga negativa e favorece a troca de cátions monovalentes. • Seletivos a H3O+  Menos de 1% de Al2O3. A substituição de Na2O por Li2O reduz erro alcalino. • Genérico p/ cátions monovalentes  27% Na2O; 5% Al2O3; 68% SiO2. • Seletivos a Na+  11% Na2O; 18% Al2O3; 18% SiO2. Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores – Eletrodo de vidro Definição operacional de pH: A utilidade do pH como uma medida de acidez ou alcalinidade de meios aquosos, a ampla disponibilidade de eletrodos de vidro e produção de pHmetros de estado sólidos baratos fizeram da medida potenciométrica de pH uma das técnicas analíticas mais comuns em toda a ciência. pHR = - (ER – k)/0,0592 pHD = - (ED – k)/0,0592 pHD = pHR - (ED – ER)/0,0592 a 25°C pHD = pHR - (ED – ER)/(1,984x10-4 T) Métodos Potenciométricos Eletrodos indicadores – Eletrodo de vidro Eind = k - 0,0592 pH Considere R = solução de referência e D = solução desconhecida