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Guias e Dicas
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projeto tcc final mba, Teses (TCC) de Refrigeração e Ar Condicionado

ESTRATEGIA DE MANUTENÇÃO EM AR CONDICIONADO TIPO SPLIT

Tipologia: Teses (TCC)

2020

Compartilhado em 14/09/2020

hugo-alberto-souza
hugo-alberto-souza 🇧🇷

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Baixe projeto tcc final mba e outras Teses (TCC) em PDF para Refrigeração e Ar Condicionado, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MBA-ENGEMAN HUGO ALBERTO MONTEIRO CRUZ DE SOUZA ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO EM APARELHOS DE AR CONDICIONADO TIPO SPLIT, DA INSPEÇÃO AO DIAGNÓSTICO Monografia apresentada como requisito final para a conclusão do MBA em Engenharia de Manutenção da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientador: Carlos de Souza Almeida, D.Sc. Rio de Janeiro - RJ 2017 HUGO ALBERTO MONTEIRO CRUZ DE SOUZA ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO EM APARELHOS DE AR CONDICIONADO TIPO SPLIT, DA INSPEÇÃO AO DIAGNÓSTICO Monografia apresentada como requisito final para a conclusão do MBA em Engenharia de Manutenção da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aprovada em 19 de Junho de 2017. CONCEITO FINAL: “A” EXAMINADOR: Carlos de Souza Almeida, D.Sc. RESUMO Este projeto apresenta informações e soluções técnicas para o setor de manutenção e instalação de condicionadores de ar, onde será demonstrado o passo a passo que deve ser averiguado em um procedimento de manutenção e de instalação de aparelhos de ar-condicionado do tipo Split. Serão utilizados casos de não conformidades reais apresentados por técnicos de refrigeração no campo prático de suas atividades. Toda boa prática de manutenção deve ser efetuada com equipamentos e ferramentas adequadas, com isso, buscou-se apresentar todas as ferramentas necessárias para obtenção de rápidas e eficientes soluções no campo de trabalho. Neste projeto utiliza-se conceitos retirados dos manuais técnicos fornecido pelos fabricantes de condicionadores de ar e procedimentos avaliados e experimentados pela empresa JCC Ar Condicionado e fornecido no curso de instalação e desinstalação de ar-condicionado Split. Espera-se que através do estudo de caso, todo técnico de refrigeração tenha a capacidade de realizar, eficazmente, a manutenção preventiva e corretiva de um aparelho condicionador de ar do tipo Split e obter maior lucratividade com diversas manutenções durante o dia e serviços de qualidade. Palavras-chave: Manutenção; Qualidade; Ar-condicionado; Capacitação; Lucratividade. ABSTRACT This project provides information and technical solutions for industry maintenance and installation of air conditioners, where you will be shown the step- by-step that should be done in a procedure of the maintenance and installation of air- conditioning type Split. Will be used in cases of non-conformities actually presented for refrigeration engineers in the practical field of their tasks. All good practical one of maintenance must be effected with good equipment and adjusted tools, so we will present all the necessary tools for fast attainment and efficient solutions in the work field In this project, you use concepts from the technical manuals provided by the manufacturers of air conditioners and procedures evaluated and tried by the company JCC Ar Condicionado and provided in the course of installation and uninstallation of air conditioning Split. Through the case study, every refrigeration technician will be able to efficiently perform preventive and corrective maintenance of a Split type air conditioner and gain more profitability with various daytime maintenance and quality services. Keywords: Maintenance; Quality; Air conditioning; Capacitation; Profitability. LISTA DE FIGURAS Figura 1 Gráfico de Tendência de migração do Ar de Janela para o modelo Split. 12 Figura 2 Sistema Termodinâmico do cilco de refrigeração de uma geladeira. 17 Figura 3 Sistema de Refrigeração. 20 Figura 4 Componentes de um sistema de refrigeração de uma geladeira. 21 Figura 5 Exemplo de Unidade Condensadora de um Ar-Condicionado Split. 23 Figura 6 Exemplo de Unidade Evaporadora de um Ar-Condicionado Split. 23 Figura 7 Sistema Split. 24 Figura 8 Selo Procel de Economia de Energia. 26 Figura 9 Instalação típica de equipamento Split System. 26 Figura 10 Exemplo de modelo Split Hi-Wall. 28 Figura 11 Exemplo de modelo Window Split. 29 Figura 12 Exemplo de modelo Multi Split. 30 Figura 13 Exemplo de modelo Split-Cassete. 31 Figura 14 Exemplo de modelo Split Piso-teto. 32 Figura 15 Exemplo de modelo Split Canto Teto. 33 Figura 16 Exemplo de modelo Split Quatro Lados. 34 Figura 17 Comparação do funcionamento do compressor convencional e Inverter. 35 Figura 18 Funcionamento do sistema Inverter, comparado com o convencional. 36 Figura 19 Esquema comparativo para um ambiente refrigerado pela tecnologia Inverter. 36 Figura 20 Ilustração do Tubo Capilar no sistema de ar-condicionado. 44 Figura 21 Válvula Expansão Termostática. 44 Figura 22 Bomba de Vácuo. 46 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Comparativo entre sistema Inverter e Convencional. 37 Tabela 2 Nomenclatura de Gases Refrigerantes. 41 Tabela 3 Principais fluidos refrigerantes. 42 Tabela 4 Ferramentas recomendadas pela empresa Midea. 51 Tabela 5 Tabela com antes e depois da limpeza e higienização. 91 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SPLIT Aparelho de ar-condicionado dividido em duas partes: evaporador e condensador. BSRIA Building Services Research and Information Association. ABRAVA Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento. TR Tonelada de Refrigeração. CFC Cloro, Flúor, Carbono. HCFC Hidrogênio, Cloro, Flúor, Carbono. HFC Hidrogênio, Flúor, Carbono. TCC Trabalho de conclusão de curso. BTU British Thermic United. NR Norma Regulamentadora. NBR Norma Brasileira. EAS Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária. CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. CONAMA Ministério do Meio Ambiente. VRF Fluxo de Refrigerante Variável. IFECT Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. ODP Ozone Depletion Potential GWP Global Warming Potential PT Protetor Térmico CFM Pés Cúbicos por Minuto SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO..................................................................................................10 1.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 10 1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................ 10 1.3 JUSTIFICATIVA DO TEMA ............................................................................. 10 1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................... 10 1.5 ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO DOS CAPÍTULOS ................................... 11 2.0 EMBASAMENTO TEÓRICO ........................................................................... 11 2.1 UNIDADE TÉRMICA BRITÂNICA - BTU ......................................................... 14 2.2 TERMODINÂMICA .......................................................................................... 15 2.3 LEGISLAÇÃO NA REFRIGERAÇÃO .............................................................. 18 2.4 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO ..................................................................... 19 2.5 AR-CONDICIONADO SPLIT ........................................................................... 22 2.6 TECNOLOGIA INVERTER .............................................................................. 34 2.7 FLUIDOS REFRIGERANTES ......................................................................... 38 2.8 UMIDADE NO SISTEMA ................................................................................. 43 3.0 ESTUDO DE CASO ........................................................................................ 47 3.1 FERRAMENTAS PARA SERVIÇOS DE AR-CONDICIONADO ...................... 47 3.2 INSTALAÇÃO .................................................................................................. 53 3.3 MANUTENÇÃO ............................................................................................... 71 3.4 CHECK LIST DE INSPEÇÃO .......................................................................... 73 3.5 CASES ............................................................................................................ 83 4.0 CONCLUSÃO ................................................................................................. 92 5.0 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 93 12 De acordo com um estudo realizado na Universidade da Califórnia em Berkeley e publicado na revista Proceedings, da Academia Norte-americana de Ciências, até o final deste século o uso de ar-condicionado em residências poderá aumentar de 13% (números atuais) para mais de 70%. (JCC Empresa). De 2007 a 2015, os condicionadores de ar tradicionais, incluindo os do tipo montados em janela ou em buraco na parede e os portáteis não tiveram o mesmo crescimento em comparação com os “Splits”, possuindo até 90% de diferença em relação a demanda. Figura 1: Gráfico de tendência de migração do Ar de Janela para o modelo Split. Fonte: Samsung (2015). Segundo o estudo de Saziye Dickson, os aparelhos do tipo “split” apresentaram em 2014 um vasto crescimento comparado a 2013, atingindo 74,5 bilhões de dólares americanos. Os países que mais contribuíram para este crescimento foram China, Japão, Estados Unidos, Brasil e Índia e, juntos, estes países representam 70% do mercado mundial deste tipo de aparelhos. 13 Os países nos quais é esperado um maior crescimento anual entre 2013 e 2018 são Mianmar, Brasil, Nigéria, Índia e Colômbia. No Brasil, a principal razão por trás do crescimento foi o fenômeno meteorológico conhecido como El Niño, que produziu um dos verões mais quentes dos últimos anos. Segundo dados da Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, o mercado de climatização no Brasil tem apresentado um crescimento de 8% ao ano. Devido a grandes vantagens dos aparelhos “Splits” em relação aos convencionais de janela, em 2014, a alta demanda de requisição não acompanhou a disponibilidade de mão de obra qualificada, tendo um tempo de espera entre 10 e 15 dias para o atendimento, conforme publicado no portal de noticias G1 da Globo.com, 2014. Atualmente, mesmo perante a crise econômica vigente no Brasil, o mercado para técnicos e engenheiros que sejam especializados em refrigeração, ainda encontra-se em constante crescimento. Segundo o portal de noticias Campo Grande News, 2016, as vendas de ar condicionado caíram no final do ano, mas a demanda por conserto cresceu até 50% comparado com o ano 2015, devido as pessoas estarem preferindo consertar o aparelho que possuem, do que comprar um novo. Com a carência de mão de obra especializada e qualificada, o prestador de serviço que possuir os conhecimentos que aqui serão demonstrados terá a capacidade de executar com rapidez e eficácia os serviços de ares-condicionados. Fator este que possibilitará adquirir vantagens na manutenção e instalação em relação aos demais servidores, edificando a empresa que atua e expandindo o capital. Durante o desenvolvimento deste projeto será demonstrado um Check-list de passo a passo a qual deve ser utilizado e verificado na estratégia de manutenção, demonstrando um estudo de caso com detalhes práticos desta estratégia. 14 2.1 UNIDADE TÉRMICA BRITÂNICA - BTU O significado de BTU ou mais correto BTU/h, vem do acrônimo de British Thermal Unit (Unidade Térmica Britânica). É a unidade mais utilizada no Brasil para se definir a capacidade térmica de um equipamento, significando fisicamente a quantidade de troca de calor realizada pelo aparelho no intervalo de uma hora. 2.1.1 Calculo de Btu/h Neste tópico demonstraremos o calculo feito para variantes com pé direito de até 3 metros e cargas térmicas relativamente pequenas, usualmente utilizados para aparelhos do tipo split e de janela. Para determinar a capacidade correta do aparelho de ar condicionado deve- se saber quantas pessoas e equipamentos elétricos estarão presentes no ambiente, além disto, deve-se considerar o nível de insolação, ou seja, se o ambiente é exposto ao sol da manhã, ou se nele incide o sol da tarde ou do dia todo. O cálculo é feito da seguinte forma: • Para cada metro quadrado, multiplica-se por 600 BTU; • Cada pessoa adicional soma 600 BTU (a primeira pessoa não é contabilizada); • Cada equipamento eletrônico soma 600 BTU; • Cada janela, não exposta ao sol, soma 600 BTU; Exemplo: Uma sala com 30m², com três pessoas, dois computadores, pé direito 3 metros e ausência de janelas, será: BTU/h = 30m² x 600 BTU + 1.200 BTU (duas pessoas, pois a primeira não conta) + 1200 BTU (dois computadores). 17 Figura 2: Sistema Termodinâmico do cilco de refrigeração de uma geladeira. Fonte: EMBRACO (2017). Nesse processo, o calor sempre flui do corpo com temperatura mais alta para aquele que tem temperatura mais baixa. Nessas trocas térmicas, a transferência de calor pode ocorrer por meio de três diferentes processos, que são utilizados pela refrigeração ou têm impacto na sua eficiência: Convecção, Condução e Irradiação. A convecção é o processo mais presente nos equipamentos de refrigeração, a qual ocorre principalmente nos fluidos (líquidos e gases), resultado da circulação de um fluido, que pode ocorrer de forma natural, por causa de uma diferença de temperatura em partes desse fluido, ou forçada, por meio de um ventilador. As trocas de calor que ocorrem no evaporador e no condensador são exemplos de convecção. 18 Já a condução ocorre entre dois corpos a diferentes temperaturas, ou em um mesmo corpo, sempre do ponto mais quente para o mais frio. Está relacionada à condutividade térmica de cada material. Em relação a esse processo, é importante lembrar que o que define um isolante térmico é a sua baixa condutividade térmica, que é fundamental para um sistema de refrigeração eficiente. A irradiação não é utilizada na refrigeração, mas têm influência sobre o desempenho dos equipamentos. Ela ocorre através de ondas eletromagnéticas, especialmente as radiações infravermelhas, mesmo sem que haja contato direto entre os corpos ou substâncias. No que se refere à irradiação, merece ser lembrada a importância de manter equipamentos de refrigeração distantes de todo tipo de fonte de calor, para que o aquecimento não comprometa seu desempenho. 2.3 LEGISLAÇÃO NA REFRIGERAÇÃO Como quase toda atividade no Brasil, os sistemas de refrigeração devem atender uma série de normas legais como: Portaria no. 3.523/MS: Determina a criação um plano de manutenção, operação e controle (PMOC) para ambientes refrigerados com carga térmica acima de 60.000 BTU/h (5,0 TR’s2); Lei 2457/95: Dispõe sobre a proibição da liberação de gases de refrigeração à base de clorofluorcarbono. NR 15, anexo 7: Determina a insalubridade grau médio para as pessoas que trabalham com radiações não ionizantes, devido a soldas oxiacetilênicas. Aplica-se aos técnicos e mecânicos de refrigeração; 2 TR – “Tonelada de Refrigeração”. É uma unidade prática de ar condicionado utilizada para equipamentos e sistemas de grande capacidade. Sendo 12.000 BTU/h equivalente a 1 TR. 19 Decisão normativa 42 do CONFEA: Determina o registro no CREA local de toda pessoa jurídica que execute instalação e manutenção de sistemas condicionadores de ar; Resolução 09 Anvisa (2003): Padrões de qualidade do ar para ambientes interiores climatizados artificialmente; NBR 17256: Tratamento de ar de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS), requisitado para projeto e execução; NBR 16401: Norma para instalações de ar-condicionado de sistemas centrais e unitários, contendo parâmetros básicos para projeto; NBR 5858: Determina como deve ser feita a carga térmica para escolha de aparelho de ar-condicionado adequado à ambientes domésticos; Decreto Lei 9928090: Promulga a Convenção de Viana e o Protocolo de Montreal sobre substâncias que destroem a camada de ozônio; Resolução CONAMA 03: Define os padrões de qualidade de ar; Resolução CONAMA 267: Proíbe o uso e comercialização de várias substâncias utilizadas na refrigeração; Resolução CONAMA 340: Proíbe o uso de alguns cilindros e dá instruções sobre reciclagem de gases. Lei no. 9605/98: Lei dos crimes ambientais, aplica-se quando algumas das legislações acima não for atendida 2.4 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO Sistema de refrigeração ou ciclo de refrigeração é um sistema térmico que continuamente transfere energia térmica (calor) de uma região de baixa temperatura para outra em alta temperatura. Como este fluxo contraria a tendência natural do calor, só é possível absorvendo trabalho externo, conforme figura 3: 22 • Condensador: transfere o calor do fluido refrigerante para o ambiente externo. • Evaporador: transfere o calor do ambiente interno para o fluido refrigerante. • Elemento de controle: é o tubo capilar ou válvula de expansão, que cria uma resistência à circulação do fluido refrigerante, causando um diferencial de pressão entre o condensador, a alta pressão, e o evaporador, a baixa pressão. • Filtro secador: retém impurezas e/ou umidade quando estão presentes no sistema. 2.5 AR-CONDICIONADO SPLIT Os primeiros aparelhos de condicionadores de ar eram os do tipo janela, instalados com abertura do local apropriado ao seu posicionamento na parede. Com o passar do tempo novas tecnologias permitiram o surgimento de uma unidade mais simplificada e distribuída, tornando-se prática e sobretudo menos complexa. A palavra SPLIT, escrita em inglês, carrega diversas traduções, entretanto aparelhos de ar-condicionado SPLIT herdaram este nome pela tradução mais utilizada, ou seja, dividido em duas partes. O sistema Split, é um sistema de refrigeração usado em equipamentos condicionadores de ar, que são similares aos equipamentos do tipo janela, sendo divididos em dois módulos, denominados unidade interna (evaporadora) e unidade externa (condensadora), conforme figura 7: • Unidade Condensadora: Também conhecida por unidade externa, transforma o gás refrigerante em líquido no processo intitulado condensação. Deve ser fixada na parte externa e a distância à unidade interna varia de acordo com especificações do fabricante. 23 Figura 5: Exemplo de Unidade Condensadora de um Ar-Condicionado Split. Fonte: Portal Eletricista • Unidade Evaporadora: Conhecida por unidade interna, ela será colocada no interior do ambiente a ser resfriado através do condicionamento que provê. O local de instalação varia conforme o tipo, podendo ser na parede, no piso ou sob o forro quando for adaptável. Figura 6: Exemplo de Unidade Evaporadora de um Ar-Condicionado Split. Fonte: Portal Eletricista. 24 Figura 7: Sistema Split Fonte: Portal Eletricista Estas duas partes estão unidas por tubulações de cobre onde acontece a passagem do gás refrigerante e do dreno. O dreno é necessário para que aconteça o escoamento da água da evaporadora, que ocorre devido a condensação da umidade do ambiente interno. O principio de funcionamento destes condicionadores de ar, nada mais é do que a troca de temperatura do ambiente, através da passagem do ar pela serpentina do evaporador que por contato sofre queda ou aumento de temperatura, dependendo do ciclo utilizado, baixando a umidade relativa do ar. Quando alcançado a temperatura desejada se faz uma leitura através de um sensor localizado no evaporador que este por sua vez desliga o compressor, 27 2.5.1 Desvantagens do Sistema Split Como toda tecnologia existente, há algumas desvantagens evidentes, que são: • Se comparado ao modelo Inverter, o Split possui um maior nível de ruído e pode incomodar caso a pessoa tenha o sono muito leve. Porém o Split comum ainda é mais barato que o modelo Inverter. Veremos mais a frente a tecnologia Inverter; • Se comparado aos modelos Janela que possuem apenas uma parte (a condensadora e a evaporadora ficam no mesmo gabinete), o aparelho Split possui duas partes, precisando de espaço para a condensadora (parte externa) e também para a evaporadora (parte interna); • Hoje a grande maioria dos novos empreendimentos (prédios ou condomínios) são projetados para aceitarem a instalação do ar- condicionado Split, porém os mais antigos normalmente possuem aquele espaço adequado para a instalação do ar-condicionado Janela; • Alguns aparelhos são mais caros que os convencionais de janela devido a presença de novas tecnologias. 2.5.2 Tipos de Split Existem vários tipos de Split, entretanto o mais comum é o Hi-Wall. Além desse modelo tem o Split Piso-teto, Window Split, Multi Split, Cassete, Split Piso- teto, Split Canto Teto e Split Quatro Lados, conforme serão visto a seguir: Split Hi-Wall: O ar-condicionado do tipo Hi-Wall é um split que permite a instalação na parede, por isso ele também é chamado de “parede”. É o tipo mais comum de split, podendo ser encontrado, principalmente, em residências e em estabelecimentos comerciais de pequeno porte. 28 Figura 10: Exemplo de modelo Split Hi-Wall. Fonte: LG. Window Split: é uma mistura de ar condicionado janela e o tradicional ar condicionado split, ou seja, você pode ter toda tecnologia de um split instalada na abertura da parede onde são instalados os aparelhos comuns (janeleiros). Indicado para pessoas que possuem interesse em instalar um ar condicionado split e que são impedidas por poder comprometer a estrutura da construção ou modificar a estética da fachada. 29 Figura 11: Exemplo de modelo Window Split. Fonte: Springer Multi Split: possuem um sistema moderno, com funções e filtros semelhantes aos tradicionais modelos Split Hi-Wall, porém você pode ter duas ou mais evaporadoras com apenas uma condensadora. A quantidade de evaporadora vai depender da capacidade da condensadora e de cada fabricante. O Multi Split é ideal para quem precisa climatizar mais de um ambiente ao mesmo tempo e dispõe de pouco espaço externo para a instalação da unidade condensadora. Pode ser instalado em residências, pequenos escritórios ou ambientes de médio porte. 32 Figura 14: Exemplo de modelo Split Piso-teto. Fonte: Panasonic Split Canto Teto ou Teto Canto: é um modelo que possui design único e diferenciado dos demais aparelhos tradicionais de ar condicionado. Ele pode ser instalado em residências e ambientes de trabalho e pode ser encontrado nas capacidades de 9.000 a 12.000 BTUs, nos ciclos quente e frio. O canto teto costuma apresentar baixo nível de ruído, possui sistemas de filtragem do ar eficientes, controle remoto e até cinco modos diferentes de funcionamento. Essas características podem variar de acordo com cada fabricante. 33 Figura 15: Exemplo de modelo Split Canto Teto. Fonte: Gree Split Quatro Lados: é um tipo de ar-condicionado ainda pouco utilizado no Brasil, sendo difícil de encontrar no varejo. O Split Quatro Lados é indicado para locais de médio e grande porte e pode ser instalado no centro, lateral ou canto do cômodo, dependendo da necessidade do proprietário. Pelo fato de possuir quatro saídas de ar, permite uma distribuição do ar por todo o cômodo. Hoje em dia, ele vem sendo substituído pelos aparelhos do tipo Split Cassete. 34 Figura 16: Exemplo de modelo Split Quatro Lados. Fonte: Gree 2.6 TECNOLOGIA INVERTER A principal diferença entre o modelo Split com a tecnologia Inverter está no compressor. Entretanto, antes de detalharmos o funcionamento da tecnologia Inverter, é necessário entender como funciona o acionamento do compressor nos modelos convencionais não Inverter. Para medir a temperatura do ar que vai para o ar-condicionado utiliza-se um dispositivo chamado termostato. Quando percebe-se que o ar do ambiente atingiu a temperatura desejada pelo controlador, o compressor é desligado, mantendo somente a ventilação do ar-condicionado. Com o tempo a temperatura do ambiente começa a variar novamente. Sendo necessário o reacionamento do compressor para fazer circular o gás que vai esfriar ou esquentar o ar. 37 Outra característica da tecnologia Inverter é o gás refrigerante usado nesses tipos de aparelho: o R410A. Ele é chamado de “gás ecológico” porque não atinge a camada de ozônio. Mais a frente veremos a respeito no tópico dos fluidos refrigerantes. Por trazer os benefícios da tecnologia, é comum que o ar-condicionado Split Inverter seja mais caro, mas o custo/benefício costuma compensar, especialmente se o menor consumo de energia for levado em conta. A seguir podemos verificar uma tabela comparativa entre a Tecnologia Convencional e a Inverter: Tabela 1: Comparativo entre sistema Inverter e Convencional. INVERTER Convencional Controle de Temperatura  Atinge rapidamente a temperatura desejada.  Temperatura desejada é mantida constante com pouca oscilação  É necessário algum tempo para atingir a temperatura desejada.  A temperatura ambiente oscila (+/-2ºC) próxima a temperatura desejada. Consumo de Energia  Até 40% menor que o convencional.  Alta eficiência e economia de energia.  Baixo consumo elétrico. Operação  Compressor opera variando a rotação em função da temperatura desejada.  Aumento gradativo na rotação do compressor evitando picos de energia.  Compressor liga ou desliga para manter a temperatura ambiente próxima a temperatura desejada.  Compressor com partida direta, picos de energia. Nível de Ruído  Menor que o convencional.  Com a temperatura estabilizada, o compressor opera em baixa rotação, reduzindo mais ainda o ruído da condensadora.  Baixo nível de ruído.  Compressor liga e desliga. Gás Refrigerante  Gás R-410A que não agride a camada de ozônio  Gás R-22 (HCFC). Fonte: Fujitsu. 38 2.7 FLUIDOS REFRIGERANTES O fluido refrigerante é uma substância extremamente importante em qualquer sistema de refrigeração. É ele o responsável, juntamente com outros itens, por fazer a transformação do ar quente, em frio. Não há um fluido refrigerante que reúna todas as propriedades desejáveis, de modo que, um refrigerante considerado bom para ser aplicado em determinado tipo de instalação frigorífica nem sempre é recomendado para ser utilizado em outra. O bom refrigerante é aquele que reúne o maior número possível de boas qualidades. Conforme o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFECT), as principais propriedades de um bom refrigerante são: • Condensar-se a pressões moderadas; • Evaporar-se a pressões acima da atmosférica; • Ter pequeno volume específico (menor trabalho do compressor); • Ter elevado calor latente de vaporização; • Não ser corrosivo e não ser tóxico; • Deve permitir fácil localização de vazamentos; • Em caso de vazamentos, não deve atacar ou deteriorar os alimentos, não deve contribuir para o aquecimento global e não deve atacar a camada de ozônio. • Ser estável, sem tendência a se decompor nas condições de funcionamento; • Não apresentar efeito prejudicial sobre metais, lubrificantes e outros materiais utilizados nos demais componentes do sistema; • Não ser combustível ou explosivo nas condições normais de funcionamento; 39 • Ter um odor que revele a sua presença; • Ter um custo razoável; • Existir em abundância para seu emprego comercial. 2.7.1 Classificação dos Fluidos Refrigerantes Os refrigerantes podem ser divididos em três classes, conforme sua maneira de absorção ou extração do calor das substâncias a serem refrigeradas. São elas: Classe 1 – essa classe inclui os refrigerantes que resfriam materiais por absorção do calor latente. São exemplos dessa classe os CFC’s3, HCFC’s4 e os HFC’s5; Classe 2 – os refrigerantes dessa classe são os que resfriam substâncias pela absorção de seus calores sensíveis. São elas: ar, salmoura de cloreto de cálcio, salmoura de cloreto de sódio (sal comum) e álcool; Classe 3 – esse grupo consiste de soluções que contêm vapores absorvidos de agentes liquidificáveis ou meios refrigerantes. Essas soluções possuem habilidade em conduzir os vapores liquidificáveis que produzem um efeito de resfriamento pela absorção do calor latente. Um exemplo desse grupo é a água amônia ou amoníaco. Os refrigerantes da Classe 1 são empregados no tipo de compressão padrão dos sistemas de refrigeração. Os refrigerantes da classe 2 são empregados como agentes resfriadores imediatos entre a Classe 1 e a substância a ser refrigerada, e fazem o mesmo trabalho que a Classe 3. Esses últimos são empregados no tipo de absorção padrão dos sistemas de refrigeração (IFECT). 3 CFC’s – Composição de Cloro, Flúor, Carbono. 4 HCFC’s – Composição de Hidrogênio, Cloro, Flúor, Carbono. 5 HFC’s – Composição de Hidrogênio, Flúor, Carbono. 42 Utilização: Ar-condicionado automotivo, refrigeração comercial, refrigeração doméstica (refrigeradores e freezers) etc. (IFECT). 2. HCFC - Alguns átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (Exemplos: R-22, R-141b, etc.). Utilização: Ar-condicionado de janela, Split, Self, Câmaras frigoríficas, etc. (IFECT). 3. HFC - Todos os átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (Ex: R-134A, R-404A, R-407C, etc.). Utilização: Ar-condicionado automotivo, refrigeração comercial, refrigeração doméstica (refrigeradores e freezers), etc. (IFECT). Tabela 3: Principais fluidos refrigerantes. Fonte: Embraco, 2014 Em anexo, há outras aplicações para os tipos de fluidos refrigerantes. 43 2.7.3 Fluidos refrigerantes no ar-condicionado O fluxo do fluido refrigerante nos condicionadores de ar residencial inicia-se no compressor que aumenta a pressão e temperatura do gás, impulsionando-o para o condensador, onde se transforma em líquido pela troca de calor com o ar. Ao passar pelo elemento de controle (tubo capilar ou válvula de expansão), o fluido torna-se líquido a baixa pressão, já dentro do ambiente a ser refrigerado, no evaporador. Ao sair do evaporador, retorna ao compressor e o ciclo começa de novo, repetindo-se indefinidamente. (Embraco). Hoje, a maioria dos aparelhos de ar condicionado utilizam o HCFC, R22 e o HFC, R410A. O tipo de fluido refrigerante varia de acordo com modelo e marca de cada aparelho. Todos os aparelhos Hi-Wall (não Inverter) das marcas Consul, Electrolux, a Elgin, Philco, LG, Springer Carrier, Comfee ainda utilizam o gás R22. Já as marcas, Midea, Fujitsu e Panasonic não utilizam em seus aparelhos Split Hi-Wall este gás, apenas o R410A. Todos os modelos Hi-Wall com a tecnologia Inverter, de todas as marcas, já utilizam o R410A. Ao longo dos tempos, diversos fluidos refrigerantes foram utilizados, novos foram criados e cada vez mais é levada em consideração o tamanho de seu impacto ao meio ambiente. Hoje em dia, o principal desafio para os fluidos atuais é não impactar a humanidade e, ao mesmo tempo, cumprir com o papel do bom funcionamento dos aparelhos. 2.8 UMIDADES NO SISTEMA Segundo a empresa BSC INTERSERVICE, a umidade em um sistema de refrigeração (unidade selada), representa a principal origem de defeitos, causando congelamentos à corrosão, danificando e obstruindo válvulas, filtros e tubulações. A 44 umidade em forma de vapor (umidade relativa) é encontrada em toda parte, tanto nos sólidos como nos líquidos e gasosos. No sistema de refrigeração, a umidade, geralmente localizada no lado de baixa pressão, acarreta a obstrução do tubo capilar (figura 20) ou da válvula de expansão (figura 21). Se aquecermos o ponto de congelamento, os cristais de gelo passarão novamente para o estado de vapor e o fluído refrigerante voltará a circular normalmente, porém, após algum tempo, voltará a bloquear a passagem do fluído refrigerante. Figura 20: Ilustração do Tubo Capilar no sistema de ar-condicionado. Fonte: Rofran Ar Condicionado. Figura 21: Válvula Expansão Termostática. Fonte: Empresa Polipartes. 47 Figura 23: Esquema de funcionamento de uma Bomba de Vácuo. Fonte: Embraco. O melhor meio de evitar problemas causados por umidade é através do uso de uma bomba de vácuo. Este reduz a pressão no sistema fazendo que a umidade evapore. 3.0 ESTUDO DE CASO 3.1 FERRAMENTAS PARA SERVIÇOS DE AR-CONDICIONADO Segundo a empresa Ar Dias, para a execução dos serviços de instalação e manutenção de equipamentos de condicionamento de ar, é indispensável à obtenção de ferramentas especificas e qualitativas, tais como: ❖ Chaves: 48 • Fenda, Philips, Allen, Boca ou Combinada, Teste e Inglesa. Figura 24: Exemplos de chaves de Fenda, Philips e Allen. Fonte: Usina Info Figura 25: Exemplo de chave combinada. Fonte: Clube das Ferramentas Figura 26: Exemplo de chave teste. Fonte: Loja do Mecânico 49 ❖ Alicates: • Bico de Papagaio, Bico, Pressão, Cortar Fios e Universal. Figura 27: Exemplo de Alicates. Fonte: Loja do Mecânico ❖ Alicate Amperímetro: Figura 28: Exemplo de Amperímetro. Fonte: Loja do Mecânico 52 Contudo, a bomba de vácuo é a ferramenta mais importante, pois desidrata o sistema e impede a corrosão das partes metálicas. Figura 32: Exemplo de uma bomba de vácuo. Fonte: Enasco Outra ferramenta que deve ser utilizada é o maçarico de solda a qual precisa de cuidados para não causar explosões, no caso do contato de faíscas com um vazamento do gás. Por isso é importante manuseá-lo em ambiente aberto e escolher uma boa marca. Existem maçaricos a base de acetileno ou gás comum de cozinha. O multímetro, também chamado de medidor de volt/ohm ou MOV, é um dispositivo indispensável que mede os componentes elétricos para identificar possíveis problemas na voltagem, corrente e resistência. Além das ferramentas acumuladas ao longo dos anos de trabalho, os técnicos de refrigeração também precisam de cilindros com fluidos refrigerantes mais utilizáveis nos aparelhos modernos, R-22 e R-410A. Estes cilindros servem para repor possíveis perdas e danos ocorridos ao sistema. 53 Figura 33: Exemplo de ferramentas de um técnico de refrigeração. Fonte: Elgin Refrigeração 3.2 INSTALAÇÃO Como já foi relatado anteriormente, o ar-condicionado é responsável por climatizar espaços fechados, permitindo que a temperatura do ambiente seja regulada. Para instalar o modelo Split em uma residência, é preciso tomar quatros cuidados: conhecer a estrutura do local que será instalado, se possível com uma visita prévia, definir o local que será instalado, checar a rede elétrica e identificar o diâmetro das tubulações de alta e de baixa pressão. Antes da instalação é necessário lembrar que uma unidade fica dentro da casa e outra fora e que o local em que ficará o aparelho será ligado por tubos e fios até a outra parte do aparelho. Então, quanto mais perto, menor será o custo com tubos e com mão de obra. 54 A escolha do ambiente vai variar de acordo com a necessidade de cada pessoa, porém ao escolher o ambiente onde será instalado o primeiro cuidado e o mais importante é nunca instalar onde a tubulação do equipamento interfira na rede elétrica, água ou esgoto. É aconselhado observar bem qual a parede do ambiente e se pega muito sol ou se possui muitas janelas que podem transmitir calor. Assim que escolhido a parede que contem menor contato possível com fontes de calor, observe se a evaporadora não ficara em cima de nenhum aparelho eletrônico, pois alguns Split jogam um vapor de água para umidificar o ambiente e esse vapor em contato com os eletrônicos (TV, som, Home, etc) poderão danifica- los. A saída de ar do Split não pode ser obstruída e deve ter livre movimento, deixando no mínimo cerca de 15 a 30cm do teto, 5 a 15cm de qualquer parede lateral e 2 a 2,5m de distância do chão, conforme cada fabricante. Caso haja mais de um Split na mesma parede deve-se deixar uma distância mínima de 1,5m entre aparelhos. 57 Figura 36: Recomendações de instalação. Fonte: Manual Midea 3.2.1 Materiais para instalação Na escolha dos materiais em uma instalação, é imprescindível a utilização de materiais de qualidade que não prejudiquem o funcionamento do aparelho e não causem vazamentos, mantendo a garantia do equipamento e evitando retrabalhos. O primeiro passo em uma instalação é fazer a analise do local de instalação, identificar do modelo do aparelho (Inverter ou convencional), medir a distância entre as unidades internas e externas e identificar, através do manual de instalação, o diâmetro da tubulação de baixa e de alta pressão. Após as identificações das variáveis acima, deve-se saber que na ligação entre as duas partes do aparelho são usados: – Tubos em cobre ou alumínio (também chamado de tubulação frigorífica), com bitolas e espessuras adequadas à carga térmica que for escolhido; – Fiação elétrica, com cabos dimensionados conforme a carga do condicionador; 58 – Disjuntor exclusivo para cada aparelho de ar-condicionado, conforme amperagem e voltagem do aparelho; – Cabo de fiação elétrica para fazer a ligação entre as unidades, normalmente usa-se cabo PP 5 vias; – Tubos de PVC ou mangueira de dreno para a drenagem da água, ligados à rede pluvial da casa; – Rolos de fita térmica; – Isolante térmico contra troca de calor para os tubos de alta e baixa pressão, separadamente; Figura 37: Exemplo da instalação da evaporadora. Fonte: Empresa Climatizar. Além dos materiais de ligação entre as partes, deve-se ter: – Suporte para fixação da unidade externa, que poderá ficar suspensa ou sobre o piso, variando conforme o tamanho e a distancia dos pés da condensadora. 59 – Parafusos, buchas e arruelas de fixação do suporte da unidade externa, variando de tamanho conforme o peso da unidade; – Parafusos e buchas de fixação do suporte da unidade interna; – Terminais elétricos da borneira na unidade externa e interna, variando o diâmetro conforme o modelo e carga térmica do equipamento; Figura 38: Kit de material para uma instalação de Split. Fonte: Empresa SOS Assistência Técnica. 3.2.2 “Passo a passo” de uma Instalação A fim de facilitar o procedimento de instalação de ar-condicionado Split a um técnico de refrigeração, foi criado, no curso de refrigeração da Empresa Jcc Ar Condicionado, um passo a passo do que deveria ser feito em uma instalação, desde a chegada até a saída do local, também, com algumas recomendações técnicas, com o objetivo de facilitar a instalação e prestar um serviço de qualidade. 62 • Nivele o suporte da evaporadora com o nível e marque no mínimo 5 pontos de furação, respeitando os limite mínimos necessários para o bom funcionamento do equipamento, conforme cada fabricante. (figura 38); • Faça a furação e coloque as buchas e os parafusos recomendados; • Fixe o suporte. 3) Furo de Serra Copo: É recomendado utilizar Serra Copo diamantado de diâmetro mínimo de 65 mm, para facilitar a passagem da tubulação. • Marque o ponto de furo do serra copo conforme indicado no manual ou no gabarito; • Certifique-se que o furo não apareça após a instalação; • Coloque uma proteção embaixo de onde será o furo para o recolhimento do pó; • Inicie o furo com o guia do serra copo e depois incline levemente o serra copo (sem o guia) para o decaimento da água na mangueira de dreno; 4) Preparar a Evaporadora: Deve-se ter cuidado ao retirar da caixa, pois a carcaça é revestida por um polietileno frágil. • Ligue os cabos de interligação (cabo PP), com terminais adequados, na borneira da máquina. Não se esqueça do fio terra; • Posicione a tubulação de dreno e o cabo elétrico para passar no furo do serra copo. (figura 39); • Coloque a unidade evaporadora no suporte; • Confira o nível novamente. 63 Figura 41: Direções das tubulações. Fonte: Manual Midea. 5) Preparação do kit de instalação: Antes de preparar o Kit (figura 36), é necessário medir o quanto será utilizado para interligar as duas maquinas. • A medida entre as unidades nunca poderá ser inferior a 2m e o não atendimento deste requisito poderá causar vibrações, defeitos no equipamento e perda da garantia; • Passe a tubulação de cobre por dentro de cada tubo isolante separadamente. (Figura 40); • Coloque as porcas e faça os flanges com o Kit Flangeador (figura 41); • Junte os tubos com o cabo de ligação elétrica (cabo PP); • Posicione o kit de interligação (tubos e cabos) no local direcionado até a unidade externa; • Com as mãos, conecte levemente as porcas na unidade evaporadora e posteriormente utilize duas chaves inglesas para fazer o aperto final e evitar danos por torção nas tubulações. (figura 42). 64 Figura 42: Prática correto de utilização do tubo isolante. Fonte: Manual LG Figura 43: Exemplo de Kit Flangeador. Fonte: Empresa Refrigás 67 2) Suporte da Condensadora: O suporte é escolhido conforme o peso do equipamento, podendo variar, também, conforme o formato retangular ou cilíndrico. • Verifique a distância dos pés de fixação da condensadora; • Nivele o suporte da Condensadora com o nível e marque no mínimo três pontos de furação, respeitando os limite mínimos necessários para o bom funcionamento do equipamento, conforme cada fabricante; • Faça a furação e coloque as buchas e os parafusos recomendados; • Fixe o suporte. 3) Conexão dos tubos e elétrica na condensadora: • Posicione, sem ovular, os tubos já flangeados, fazendo um angulo com o niple da condensadora (figura 45); • Rosquei até o fim, com a mão, para garantir que esteja na posição correta. Jamais force com a chave inglesa (figura 46); • Após roscar com a mão, pegue duas chaves inglesas e faça o aperto final. • Ligue os cabos de interligação (cabo PP), com terminais adequados, na borneira da condensadora. Não se esqueça do fio terra. 68 Figura 47: Conexão no niple tubo. Fonte: Manual Midea. Figura 48: Aperto manual da porca na condensadora. Fonte: Manual Midea 4) Procedimento de Vácuo: Para mais detalhes, reveja o tópico 2.8.1 Bomba de Vácuo. • Utilize um manifold específico para o gás refrigerante da máquina; 69 • Conecte uma extremidade da mangueira azul oa lado esquerdo do manifold e a outra extremidade na válvula de baixa pressão da condensadora (tubulação mais grossa); • Conecte uma extremidade da mangueira amarela no centro do manifold e a outra extremidade na bomba de vácuo; • Abra a válvula azul do manifold; • Ligue a bomba de vácuo de 15 a 20 minutos ou até alcançar a faixa de 400 mmHg no vacuômetro, caso esteja usando; • Após o tempo recomendado, feche a válvula azul do manifold e desligue a bomba de vácuo; • Aguarde no mínimo 10 minutos e verifique se o ponteiro do manifold permaneceu em -30 psi ou se a faixa do vacuômetro subiu; • Se nada se alterou, abra a válvula de serviço com uma chave Allen, começando pela tubulação de alta pressão (mais fina) e depois a tubulação de baixa pressão (mais grossa). 5) Teste de funcionamento e Vazamento: • Ligue o disjuntor e o equipamento no controle remoto; • Aguarde armar o compressor; • Com um termômetro a laser, verifique a temperatura de saída de ar da evaporadora, devendo estar entre 0 e 7 graus Celsius; • A temperatura da tubulação de sucção deve estar de 10 a 13 graus Celsius; • Verifique se o equipamento começa a produzir água pelo dreno; • Verifique se a corrente está conforme o recomendado pelo fabricante. 72 São exemplos de manutenção preventiva: • Limpeza e Higienização; • Limpeza e verificação dos contatos elétricos; • Verificação da pressão do gás refrigerante; • Verificação da corrente elétrica; • Verificação da funcionalidade do equipamento; • Verificação da temperatura de saída de ar frio da unidade interna, evaporadora. 3.3.2 Manutenção Corretiva Antes de executar a manutenção corretiva é imprescindível verificar com o cliente se o equipamento encontra-se dentro do prazo de garantia dado pelo fabricante, sendo necessário informa-lo que esta no seu direito civil acionar a assistência técnica sem custos adicionais. A Manutenção corretiva age posteriormente a ocorrência do defeito ou falha, como medida de correção e tentativa de normalização do funcionamento do sistema que estava com avaria. Para identificar um defeito é necessário estar com as ferramentas certas, tais como: Nitrogênio e regulador de pressão, multímetro ou alicate amperímetro, Capacímetro, Manifod, sensor de temperatura (termômetro), chave inglesa, Philips, alicate universal e outros como já foi visto anteriormente. São exemplos de manutenção corretiva: • Localização de pontos de vazamento; • Reposição de gás refrigerante; • Troca de componente elétrico danificado; 73 • Troca do compressor, filtro e óleo; • Identificação de ruído; • Gotejamento no ambiente refrigerado. A melhor economia na utilização do equipamento condicionador de ar é a realização periódica da manutenção preventiva e assim evitar ao máximo a manutenção corretiva, ocasionada, usualmente, quando o equipamento esta com o funcionamento interrompido ou com baixo rendimento, em falha. 3.4 CHECK LIST DE INSPEÇÃO Na realização da manutenção, deve-se seguir um “passo a passo” para que o desempenho do equipamento permaneça eficaz. Com isso, é válido acompanhar um Check List de manutenção para estar ciente sobre qual caminho que a equipe de manutenção deverá percorrer para identificar e diagnosticar o defeito mais rapidamente e precisamente, gastando menos tempo no atendimento e aumentando a lucratividade. Segundo a empresa JCC Ar Condicionado, antes de se posicionar para realizar a manutenção é necessário “ouvir o cliente” e saber quais as informações que ele está ciente, realizando as seguintes perguntas:  Qual motivo da ligação para a visita técnica?  Qual o problema aparente?  Quanto tempo foi instalado o equipamento?  Quanto tempo da ultima manutenção do equipamento? Posteriormente, é necessário avaliar o display da evaporadora e identificar, através da análise e do manual técnico, se há um código de erro do fabricante que facilite a identificação da avaria. (Figura 48) 74 Figura 50: Exemplo de código de erro através dos Leds no painel frontal da unidade evaporadora. Fonte: Manual Midea Segundo JCC Ar Condicionado, após a análise do display é necessário identificar em qual unidade está o defeito, evaporadora ou condensadora, para assim poder obter 50% de possibilidade de identificação. Para isto é necessário realizar alguns testes, tanto na evaporadora quanto na condensadora, tais como:  Teste na Evaporadora:  Teste de Energia: Verificar se o disjuntor esta ligado e, através do alicate amperímetro, analisar se esta chegando corrente na unidade;  Teste do Controle Remoto: Verificar o funcionamento das pilhas e das botoeiras;  Teste de envio de sinal: Verificar, com a lente óptica do celular, se o controle está encaminhando sinal; 77 Figura 53: Terceira parte do Check List para identificação de erros – Testes na Evaporadora. Fonte: Empresa JCC Ar Condicionados. 78 Figura 54: Quarta parte do Check List para identificação de erros – Testes na Condensadora. Fonte: Empresa JCC Ar Condicionados. 3.4.1 Diagnóstico Para um correto diagnostico de erro, com precisão e eficiência, além de ter em mãos o Check List de “passo a passo” e as ferramentas necessárias, é importante conhecer as causas e os sintomas de falhas. No ambiente de trabalho, o técnico que souber os sintomas e as possíveis soluções da falha e defeitos, terão mais clientes e aumento da lucratividade, pois a rapidez e a eficiência ao realizar um diagnostico de falha garante reconhecimento e indicação, que neste tipo de serviço é primordial para vencer a concorrência. Com o propósito de facilitar o reconhecimento das causas, sintomas e soluções de não conformidade, a empresa JCC Ar Condicionado, desempenhou uma listagem com as principais causas de chamado dos clientes, dentre as quais são: 79 1) Limpeza e Higienização: Feito anualmente em locais residenciais e semestralmente em locais comerciais, tanto na condensadora quanto na evaporadora.  Principais Causas: Excesso de tempo de utilização que proporciona lodos causados pela água na bandeja de dreno e bactérias como a Legionella.  Sintomas: Mau cheiro, baixo rendimento, congelamento da evaporadora devido obstrução do ar, gotejamentos causado pela obstrução da saída de água no dreno e excesso de corrente elétrica.  Solução: Limpeza da serpentina, bandeja, turbina, carenagens, lubrificação do motor e verificação dos componentes. 2) Sem energia elétrica:  Principais Causas: Mau dimensionamento do disjuntor, componentes elétricos queimados e instalação elétrica incorreta.  Sintomas: Equipamento não liga e evaporadora não recebe sinal.  Solução: Verificar se o dimensionamento do disjuntor esta conforme o manual técnico do fabricante e verificar excesso de corrente. 3) Vazamento de gás:  Principais Causas: Má instalação, corrosão, movimentação inadequada, golpe de liquido6, mau funcionamento do compressor.  Sintomas: Baixo rendimento, congelamento da serpentina e dos canos de alta ou baixa pressão.  Solução: Identificação do vazamento, procedimento de vácuo, carga de gás e verificação do superaquecimento. 6 Golpe de Liquido: Nome dado ao aumento da pressão no sistema devido a liquefação interna nas tubulações. É gerado pelo excesso de gás no sistema e pela posição inferior da evaporadora em relação a condensadora com a ausência do sifão. 82  Condensador sujo / obstruído: Limpe o condensador ou desobstrua as passagens de ar para o condensador.  Nivelamento incorreto: Havendo ruído, verifique se desaparece quando nivelar o produto.  Fixação de componentes: Verifique se o ruído tem origem na fixação de componentes como: ventiladores, termostatos, fixações em geral.  Má vedação da tampa: Verifique se a tampa está mal ajustada ou se a gaxeta está rachada, descolada, deformada. Ajuste a tampa e/ou troque a gaxeta.  Localização inadequada (sem circulação de ar / local muito quente): Locais sem ventilação também prejudicam o seu funcionamento. A troca de calor do condensador com o ar ambiente é fundamental para o rendimento do aparelho.  Umidade do ar (acima de 85%): Explique ao cliente que não se trata de defeito do refrigerador, mas de uma característica do clima da região.  Falhas no isolamento térmico: Localize, substitua ou complete o isolamento térmico,  Excesso de gás refrigerante: Verifique se há gotejamento de água pela linha de retorno (sucção), se houver coloque a carga de gás recomendada.  Falta / insuficiência de gás refrigerante (vazamento): Geralmente neste caso, forma-se uma camada irregular de gelo no evaporador (“gelo falso”) e uma insuficiência de refrigeração é observada, podendo provocar até o não desligamento do aparelho pelo termostato.  Fixação inadequada do compressor: Verifique se os amortecedores de borracha estão soltos ou muito apertados. Se estiverem, afrouxe-os, pois do contrário o amortecimento das vibrações será prejudicado.  Compressor travado: Teste o compressor conforme descrito anteriormente. 83  Rendimento do compressor (compressão ou sucção): Teste o compressor conforme descrito anteriormente.  Compressor interrompido (queimado): Teste o compressor conforme descrito anteriormente.  Compressor jogando óleo em excesso no sistema: Teste o compressor conforme descrito anteriormente. 3.5 CASES Neste estudo de caso apresentaremos dez ocorrências reais geradas pelo próprio autor e de técnicos de refrigeração formados pelo curso de refrigeração da empresa JCC Ar Condicionado. 1) Não Conformidade: A saída de ar da unidade interna só sai gelado de um lado da maquina. Modelo: Split convencional, gás R-22, somente frio. Preço Estimado: Entre R$ 150 a R$ 200. Verificação: Verificar o estado de limpeza da evaporadora e se há mais de seis meses que foi efetuado a limpeza, caso seja uma área comercial, ou mais de 1 ano se for uma área residencial. Solução: A turbina e filtro estavam sujos e o equipamento precisava de manutenção. 2) Não Conformidade: Evaporadora é desligada pelo controle, mas condensadora continua ligada por 30 minutos. Modelo: Split convencional, gás R-22, somente frio. Preço Estimado: Entre R$ 150 a R$ 200. 84 Verificação: O relé da placa da condensadora pode estar colado, dificultando o desligamento. Solução: Foi trocado o relé e o funcionamento normalizou-se. 3) Não Conformidade: A maquina, bastante tempo sem funcionamento, é ligada e consecutivamente o compressor arma, entretanto, só fica em funcionamento por 5 minutos e logo desarma. Amperagem começa com 16 A e desliga o aparelho com 25 A. Modelo: Consul 22.000 Btus, Split convencional, somente frio. Preço Estimado: Entre R$ 200 a R$ 250. Verificação:  Verificar a pressão do gás. Se for R22, a pressão ideal para este fluído é entre 60 a 65 psi, podendo variar conforme o fabricante, não ultrapassando 70 psi. Se for R410 A, a pressão pode variar entre 110 a 160 psi. Entretanto é necessário verificar o superaquecimento ou a temperatura de saída do ar na evaporadora, que deve estar entre 0 a 5 graus célsius, podendo variar até no máximo 9 graus célsius;  Verificar se há entupimento no filtro ou válvula de expansão;  Verificar se há estrangulamento da tubulação;  Verificar se o compressor está com baixa compressão;  Verificar excesso de gás; Solução: Normalmente um aparelho de 22.000 Btus funciona a 15 A, dependendo do fabricante, e esse tipo de anomalia é devido a algum entupimento. Entretanto neste caso, havia excesso de gás refrigerante na tubulação que marcava 110 psi para o fluído refrigerante R22. A solução foi retirar o excesso de gás para uma recolhedora de gás, encaminha-lo para 87 Solução: Foi trocado a Válvula Inversora. 7) Não Conformidade: É acionado o modo “cool” no controle remoto e o compressor é ligado, entretanto após um tempo desarma. Modelo: Samsung 18.000 BTUs, Split convencional, gás R-22, somente frio. Preço Estimado: Entre R$ 150 a R$ 250. Verificação:  Verificar, com o multímetro, se a evaporadora esta mandando sinal para a condensadora, se estiver normalmente a não conformidade pode estar na unidade externa.  Verificar o capacitor do compressor;  Verificar a ligação elétrica na maquina, caso nenhum componente esteja funcionando (ventilador, compressor, etc.) e se esta com tensão de 220 v. Solução: A ligação de comunicação nos bornes estava com folga e isto causou variação de corrente, desarmando o compressor. Foi recolocado e normalizou o funcionamento. 8) Não Conformidade: Tubulação de baixa pressão (tubo mais grosso) congelando e pressão de funcionamento a 40 psi. Modelo: Split convencional, gás R-22, somente frio. Preço Estimado: Entre R$ 200 a R$ 300. Verificação: 88  Verificar a pressão do gás. No gás R22 a pressão ideal de funcionamento é entre 60 a 65 psi, podendo variar conforme o fabricante, não ultrapassando 70 psi;  Verificar se há entupimento no filtro ou válvula de expansão;  Verificar se há estrangulamento da tubulação; Solução: Normalmente quando a pressão está baixa, há algum vazamento no sistema. Neste caso, foi recolhido o gás refrigerante na condensadora e utilizado nitrogênio e sabão nas partes de conexão para identificar o vazamento. Posteriormente, realizou-se o procedimento de vácuo e completou o gás no sistema. 9) Não Conformidade: Vazamento de água por trás da maquina causando infiltração na parede. Modelo: Samsung, Split Inverter, somente frio. Preço Estimado: Entre R$ 150 a R$ 200. Verificação:  Verificar o nivelamento da evaporadora;  Verificar se o dreno está amassado ou congestionado;  Verificar se há falta de gás, consecutivamente, fazendo a tubulação de cobre congelar.  Verificar a borracha de vedação na serpentina, localizada na parte superior, entre a carenagem frontal e traseira. Solução: Raramente alguns equipamentos vêm de fabrica sem a vedação da serpentina que impede o escorrimento da água para a parte traseira da 89 máquina, entretanto neste caso o aparelho estava sem esta borracha e foi preciso adiciona-la com fita dupla face. (Figura 55) Figura 57: Infiltrações na parede devido a ausência de vedação. Fonte: Autor 10) Não Conformidade: Excesso de impureza, gotejamento, mau cheiro. Modelo: Split convencional, gás R-22, somente frio. Preço Estimado: Entre R$ 150 a R$ 250. Verificação:  Verificar o nivelamento da evaporadora;  Verificar a saída do dreno e se o mesmo encontra-se congestionado;  Verificar quando foi realizado a ultima limpeza. Solução: O equipamento estava com ausência de limpeza por dois anos e sua carenagem estava com muito lodo e impurezas. Foi realizada a manutenção corretiva, com a limpeza dos componentes das duas unidades. Infiltrações Infiltrações 92 Fonte: Autor 4.0 CONCLUSÃO Esta pesquisa acadêmica possibilitou a abordagem dos conceitos gerais sobre manutenção e instalação de condicionadores de ar em aparelhos do tipo Split, abordando práticas reais utilizadas no dia a dia de um profissional de refrigeração. A escolha pelo estudo de caso real foi referente à carência de mão de obra qualificada no Estado do Rio de Janeiro e a crise econômica a qual o país está inserido, levando em conta que práticas corretas geram lucratividade e desenvolvimento profissional para quem busca crescimento nos tempos emergentes. Através do estudo de caso, apresentamos um Check List de identificação de avarias, passo a passo de uma instalação e possíveis soluções corretivas e preventivas a diversas não conformidades, a fim de proporcionar um manual prático e eficaz para o técnico de refrigeração garantindo aumento da eficiência no atendimento ao cliente, rapidez na execução da manutenção e aumento da lucratividade, pois com a facilidade de propor um diagnostico aumentará, consecutivamente, a quantidade de atendimento e a ausência de retrabalho. 93 Embora esta pesquisa acadêmica esteja com o principal foco no técnico de refrigeração, também, é possível proporcionar aos usuários de ar-condicionado a possibilidade de conhecer e, simplificadamente, identificar a avaria no equipamento. Entretanto a correção e instalação devem ser executadas somente por um técnico especializado, visto que são utilizadas ferramentas específicas e conhecimentos técnicos mais abrangentes. A qualificação e o desenvolvimento profissional depende somente do próprio técnico, tendo em mente que em tempos de crise, sempre há espaço para quem tem conhecimentos e quem atende com qualidade e rapidez. 5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AR CONDICIONADO, POLAN – Tecnologia inverter - Acesso em: 15 maio 2017. BSRIA – Building Services Research and Information Association. Reino Unido - Acesso em: 21 Março 2017. CAMPO GRANDE NEWS – Por tal Economia – 2016 - Acesso em: 21 março 2017. CREDER, HÉLIO – Instalações de Ar Condicionado – 6º edição, editora LTC -2004. Acesso em: 05 maio 2017. DIAS, A. – Dicas de Instalação de Ar Condicionado – Acesso em: 31 maio 2017. DUFRIO – Especialista em Refrigeração e Climatização – O que deve fazer antes de instalar o seu ar-condicionado - Acesso em: 31 maio 2017. EMBRACO - Entendendo o conceito de refrigeração – Coleção Técnica: Clube da Refrigeração, Março 2013 - Acesso em: 03 abril 2017. EMBRACO – Fluidos Refrigerantes – Seção 6, coleção Tecnica, 2014 - Acesso em: 17 maio 2017. EMBRACO – Por que estão sendo banidos alguns fluidos refrigerantes? – Clube da Refrigeração, 2015 - Acesso em: 17 maio 2017. 94 EMBRACO - Termodinâmica: Entenda o que é esse ramo da ciência e as suas aplicações na refrigeração - Clube da Refrigeração, 2017 - Acesso em: 25 Abril 2017. FUJITSU – Ar Condicionado - Tecnologia Inverter – Acesso em: 15 maio 2017. G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO - Florianópolis – Verão 2014 - Acesso em: 21 março 2017. IFECT, INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – Campus Santo Amaro, Bahia, Apostila de Refrigeração, março, 2009. JCC EMPRESAS – “O Mercado” – Franquia - Acesso em: 21 março 2017. KOMECO, BLOG – Ar-condicionado Inverter: o que é e como funciona? - Acesso em: 15 maio 2017. LEGISLAÇÃO - A Legislação que disciplina a Refrigeração e o Ar-condicionado, 2017 - Acesso em: 28 Abril 2017. MAQFRIO – Electrolux Tecnologia Inverter – Funcionamento do sistema Inverter - Acesso em: 15 maio 2017. MIDEA – Manual de Instalação, Operação e Manutenção – Split Hi Wall – Modelo 256.09.056 - D - 08/13. Acesso em: 31 maio 2017 NEWTEMP – Quais são as vantagens do ar-condicionado Split? – Blog Newtemp, Janeiro 2017 – Acesso em: 05 maio 2017. PORTAL DA REFRIGERAÇÃO – Refrigeração.net – Conceitos de Termodinâmica, 2017. Disponível em: <http://www.refrigeracao.net/Topicos/termodinamica.htm> - Acesso em: 26 Abril 2017. SPLIT – O que é um ar condicionado Split – Web Ar Condicionado, Março 2010 – Acesso em: 05 maio 2017.